Futebol e Politica. Os dois universos mais
controversos do dia-a-dia português. Verdadeiras comadres em submundos de corrupção,
influências, verdadeiras quintas onde a lei é dobrável ao interesse de muito
poucos. Pois bem, as comadres estão em vias de se zangar. O Totonegócio II, a
enésima tentativa do Fisco executar as dividas dos clubes está em vias de
passar à história com uma nova e súbita coragem do novo governo, que quer
obrigar agora em apenas um mês recolher o que não lhe foi dado em quase 15
anos.
Não sei sinceramente quem é directamente
responsabilizado, se a Liga ou a FPF como representante dos clubes, ou cada
clube por si, mas que isto vai dar um Carnaval de meia-noite...ah se vai! Com
um pré-anúncio de greve nos campeonatos profissionais à porta, o governo de
Passos Coelho vai ser verdadeiramente posto à prova, num campo onde sucessivos
primeiros-ministros recuaram com o rabinho entre as pernas. É certo que a
situação económica é bem diferente, mas o peso “politico” dos clubes mantém-se
e ninguém pode afirmar prever o desfecho deste braço de ferro.
De um lado o futebol e os seus fanáticos, do
outro o Governo e a grande maioria da opinião pública. No meio muitos negócios directos
ou paralelos, muitas cumplicidades secretas entre políticos que usam o futebol
e vice-versa. A minha pergunta é a mesma que todos fazem nesta altura: este
Governo tem margem de manobra para enfrentar um lock-out à séria de uma das
poucas coisas que ainda distraem a opinião pública da ruína financeira que se
atravessa?
Arriscaria a dizer que, num país a sério, sim.
Mas há muitos anos que não vivemos num pais a sério...
Até breve.
Edgar Manaca dava um bom dirigente para o Sporting!
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