O primeiro teste do Sporting versão 12/13 foi
apenas a confirmação das forças e fraquezas que foram óbvias na pré-temporada.
É uma equipa mais confiante, mais dominadora, mas também exibe lentidão e
previsibilidade na criação de jogo ofensivo, o que preocupa.
A oportunidade de logo na 1ª jornada desta
liga ganhar vantagem com todos os principais rivais foi desaproveitada, não por
falta de atitude ou de talento, mas sobretudo por um zelo (quiçá exagerado)
notório em manter a equipa equilibrada no campo posicional. Esse esforço
(dispendido mais por distancia percorrida do que por compensações) pagou-se
caro na segunda parte e o Sporting apesar de rondar a baliza do adversário
inúmeras vezes, nunca pareceu capaz de posicionar os seus atacantes em boa
posição para marcar.
Capel e Carrilho exploraram bem os flancos,
mas com poucas assistências para Wolfs, quase sempre perdido na luta com os
centrais. Mesmo com a entrada de André Martins, o Sporting lutou mais com o
meio-campo Vimaranense do que com a sua defesa. Faltou um dez organizador, um
jogador que se colocasse à frente dos médios e que recebesse bolas entre as
duas linhas do Vitória. Nem Adrien, nem André, nem Elias tiveram ordem de
avançar no terreno e “morreram” nas trocas e disputas de bola a meio-campo.
Existem duas explicações possíveis. Ou Sá
Pinto não arriscou perder o predomínio da linha média (que foi assegurado) e da
posse de bola (o Guimarães poucas vezes chegou ao ataque) preferindo um empate
na pior da hipóteses. Ou a equipa não foi capaz fisicamente de se desdobrar em
transições ofensivas velozes, exibindo ainda carências na forma dos atletas.
Por erro táctico ou por índice atlético, o que é certo é que parece ainda longo
o caminho de Sá Pinto para colocar o Sporting no patamar muito promissor do
final da temporada passada.
Já se notam evidente melhorias defensivas, mas
creio que se devam mais à qualidade individual de uma defesa quase
integralmente renovada (restou Ínsua) do que a novos métodos ou movimentações.
Rojo e Boulahrouz fazem uma dupla forte e embora prefira Xandão ao Holandês,
terei de admitir que o “Canibal” dá uma agressividade inovadora à equipa, oxalá
seja poupado aos exageros dos árbitros. Nas laterais Ínsua está em baixo de
forma e Cedric tem mostrado que não precisamos de mais nenhum lateral.
Ainda neste campo, Gelson Fernandes tem
mostrado o que pode dar à equipa, ou seja, uma versão mais “calma” de Rinaudo,
sem os rasgos de brilhantismo deste mas com a mesma disponibilidade, excelente
contratação.
Na parte ofensiva, muita duvidas. Wolfswinkel
continua sem alternativa, Viola ainda está em integração. Jeffren, Izmailov e
Pranjic ainda vão demorar a ser alternativas nas alas e na construção de jogo,
os “promissores” Adrien e André Martins estão ainda a ganhar o “calo” necessário
para poderem um dia assegurar uma presença indiscutível no onze titular.
O tempo dirá se a defesa continuará sólida e o
ataque mais eficaz.
Até breve.
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