Valor de Mercado
1/ Wolfswinkel 15M
2/ Patrício 14M
3/ Elias 9M
4/ Capel 8M
5/ Ínsua 7M
6/ Matias 6.5M
7/ Jeffren 5.5M
8/ Izmailov 5M
9/ Rinaudo 4.5M
10/ Schaars 4M
Valor Desportivo / Desempenho (época 11-12)
1/ Patrício
2/ Wolfswinkel
3/ Ínsua
4/ Capel
5/ Schaars
6/ Elias
7/ Matias
8/ Izmailov
9/ Rinaudo
10/ Jeffren
Utilização na posição (época 11-12)
1/ Matias Fernandes
2/ André Martins
3/ Elias
4/ Izmailov
Com capacidade para actuar na posição
(alternativas)
1/ André Martins
2/ Izmailov
3/ Elias
4/ Labyad
5/ Adrien
Estas enumerações servem para ilustrar o meu
raciocínio quanto à hipotética venda de Matias Fernandes. Se do ponto de vista
desportivo a venda se aceita visto existirem alternativas no plantel, do ponto
de vista económico o negocio, pelas verbas indicadas (entre 4 e 4.5 M), é
péssimo.
Matias é o sexto jogador mais valioso do
plantel, aceitar vendê-lo (mesmo que pressionados pelo fim do contrato) por
cerca de metade de um valor que fosse considerado bom para o Sporting não é uma
boa notícia por várias razões:
-
desvaloriza (comparativamente) os
restantes passes do plantel;
-
diminui o papel de “negociador” do clube;
-
alimenta uma sensação de urgência na
venda de activos na imprensa;
-
retira aos adeptos um dos seus jogadores
preferidos;
-
interrompe a subida de forma do
desempenho/ valorização do jogador;
-
é o jogador do plantel com mais
internacionalizações/ visibilidade exterior;
-
a alternativa mais competente será
Izmailov, mas face às suas fragilidades caberá muitas vezes
(senão quase sempre)
a André Martins fazer a posição;
Estas são as razões principais para quem
advoga que neste suposto negocio, o clube não actuou da melhor forma. De facto
substituir Matias por André Martins, apesar da validade na aposta de um jovem
com muito talento, é um risco. Sobretudo em jogos com equipas de nível
superior, é natural que o médio da cantera ainda não exiba a assertividade e
maturidade necessária. É muito diferente ter o estatuto de promessa emergente e
sentir que se é o plano A, a responsabilidade pesa toneladas.
Apenas num cenário esta operação (ainda não
confirmada por nenhum dos clubes) seria razoável: a aquisição de um substituto
de valia semelhante ou superior. É desconhecida qualquer movimentação do
Sporting por um médio ofensivo e Pranjic ou Labyad não têm capacidade de
transporte de bola pelo centro do terreno.
Concluindo, dependeremos da táctica de Sá
Pinto para anular a posição e papel de Matias, recuando o pivot ofensivo do
centro para uma das alas, assumindo um clássico 4-3-3 ou num formato mais
ofensivo desenhar um esquema com dois avançados, dois extremos com capacidade
interior e dois médios (um trinco e um de distribuição) o velho 4-4-2 que
desapareceu de Alvalade há quase 10 anos.
Mas nada disto anulará uma venda bastante
abaixo do razoável. Quantos internacionais de nações de top, a actuar na
Europa, com passe Comunitário e habituais titulares alguém consegue adquirir
por 4 milhões de euros?
Até breve.
Discordo.
ResponderEliminarQue tal pesar também a idade do jogador, a sua irregularidade e lesões, o seu ordenado, a sobrelotação do nosso meio-campo, e já agora a crise?
Eu gosto do Matias, tenho pena que saia, mas acho uma decisão acertada, e que ainda gera uma mais-valia relativamente ao valor de compra (no Sporting o historial de tais negócios é muito curto).
É um belo jogador, mas não fez história em Alvalade.
Com igual pena e igual compreensão veria sair Izmailov por negócio semelhante (o que talvez ainda venha a acontecer, digo eu).
SL, MTP
Caro Violino,
EliminarSão muito poucas as vezes que discordo da suas posições. O caso em apreço será uma delas.
Concordo em absoluto com o comentário do "Anónimo"(MTP) anterior.
SL
Tenho uma pergunta sobre este post.
ResponderEliminarDe onde vieram esses valores de mercado? Foi voce que os inventou, ou sabe onde estao essas pessoas que estao dispostas a pagar esse dinheiro pelos passes desses jogadores?
E' que se sabe por onde andam, devia ir avisar o clube lhes vender o Matias por esse preco.
E' que nao sei se sabe, "Valor de Mercado" e' quanto alguem esta disposto a pagar. Se ninguem esta disposto a pagar esse valor, os numeros que tem ai nao passam de ficcao cientifica.
Caro J,
ResponderEliminarTem toda a razão. Não são os valores "de Mercado" reais. É uma conjectura da minha autoria sobre os valores a partir dos quais as vendas entrariam na categoria de "bons negócios". Mas apesar de estar sozinho no meu julgamento, continuo a acreditar que a minha linha de raciocinio é razoável, ou não acham?
Numa altura em que não há dinheiro nem para vencimentos, a palavra de ordem é vender, ainda que por preço baixo. Só que quem vende esquece que com esta desvalorização de um jogador está a ser desvalorizado o plantel inteiro.
ResponderEliminarVeremos onde isto tudo vai parar!...
Caro Violino,
ResponderEliminarse você estiver numa situação financeira delicada e decidir vender a sua casa (da qual tem uma noção de valor subjectiva) pode fazer o negócio por um valor inferior ao que tinha em mente e ficar com a ideia - "fiz um mau negócio". Mas na realidade fez o negócio possível ao preço real de mercado no momento em que decidiu vender. Nesse momento "descobriu" o valor do seu imóvel. Por isso os valores contabilizados nos balanços dos clubes e sad's dos activos desportivos são pura ficção, bem como as mirabolantes cláusulas de rescisão. Na hipotética venda da sua casa, tudo o que tinha como referência de bom negócio é uma ilusão que lhe causa um sentimento de perda (ou de ganho caso a situação seja inversa), mas não se trata de algo objectivo e real, mas sim de algo emocional e subjectivo. Do foro psicológico e não do foro contabilístico e consequentemente revelador de uma qualquer realidade económico-financeira. Logo, como base irreal, não serve como linha de raciocínio sólido e válido, mas sim como base de "conversa de café". As circunstâncias obrigaram ao negócio possível que ao nível subjectivo parece ter sido mau. Mas não foi...não realmente.
Subsistem no entanto criticas a fazer à Administração do Sporting que se podem resumir pela situação de subordinação a circunstâncias às quais não se pode obviar. Numa linguagem mais corrente "ficar num beco sem saída". Que foi o que ocorreu no caso Matias. Um jogador à beira do fim do contrato e um clube sem capacidade financeira para negociar de forma alternativa, ditaram um negócio que nos parece mau. Mas que foi, talvez, o melhor negócio possível.
ResponderEliminar