Todos os 3 grandes têm por esta altura o mesmo desafio.
Colocar contratações exorbitantes fora da folha de pagamentos, eliminando assim
ordenados principescos para contribuições desportivas tão pequenas. É assim
para Saviola, para Rodriguez e Pongolle.
Há já algum tempo (muitos meses) que o Sporting tenta ver-se
livre do jogador francês, foi uma contratação de valores proibitivos que
apostava muito optimisticamente no ressurgimento do Sinama “espanhol” dos
tempos do Huelva. Mas não foi nada disso que aconteceu. Os poucos jogos que fez
pareceu lento, disperso e nada confiante. Duas lesões e um grave incidente
familiar completariam o ramalhete que fez dele um verdadeiro e absoluto flop.
Vender seria a melhor solução, mas não havendo compradores, emprestou-se ao
Saragoça na esperança que os ares de Espanha produzissem melhor resultado. Não
produziram e regressou ao Sporting só para ser de novo emprestado, desta vez ao
St.Etienne clube que o formou. A época está correr melhor, pelo menos joga de
tempos a tempos, mas algo me diz que ninguém devolverá ao Sporting sequer
metade do que foi investido.
Saviola, o nome dizia muita coisa ao mundo do futebol,
especialmente aos que se lembravam dele no Barcelona. No Real Madrid era um
empecilho, um jogador que recebia dos mais altos salários e que sempre que era
chamado ao onze, desiludia. Mesmo assim o Benfica aceitou receber o jogador que
a imprensa apelidaria no momento como a grande estrela do nosso campeonato. Foi
meia estrela. Decisivo em algumas partidas, mas também inoperante noutras.
Ainda chegou a regressar à selecção Argentina, mas o seu tempo passou com o
brilho intenso do prodígio Messi, Aguero, Milito, Higuain ou Tevez. Neste
mercado de inverno já é óbvio a vontade de Benfica e jogador cessarem a
ligação. O primeiro porque o jogador não rende, o segundo porque o seu nome
ainda tem mercado especialmente em países Árabes que podem até pagar mais que o
clube português.
“Cebola” Rodriguez. Um grande “roubo” que Pinto da Costa fez
ao Benfica e que custou na altura verbas que hoje se tornam escandalosas,
especialmente se o jogador fica no banco, o que tem acontecido quase sempre. A
poucos meses de acabar contrato, é ainda assim possível encontrar comprador que
reponha pelo menos 15 ou 20% do valor de aquisição investida, mas não será nada
fácil aparecer um clube com a capacidade de pagar os ordenados a que o uruguaio
está habituado.
Todos estes casos têm uma coisa em comum. Foram
contratações “bandeira”, investimentos avultados em valores de rendimento
inconstante, que deram total primazia ao impacto que as suas vindas teriam nos
adeptos, muito mais que o seu real rendimento futebolístico. O que se esperava
destes 3 atletas não foi alcançado e os clubes tiveram e têm avultados prejuízos
com a sua manutenção na folha de pagamentos. A chegada este ano de Garay e
Capdevilla configura-se como uma situação semelhante, o que demonstra que se o
Sporting e o Porto aprenderam a sua lição, o Benfica persiste em investir em
nomes sonantes, por muito que isso custe às suas finanças futuras.
Até breve.
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