domingo, 11 de dezembro de 2011

Suficiente

O futebol do Sporting foi suficiente para, mesmo sem grande eficácia, bater o Nacional por 1-0. Outros tempos houve em que não era assim, outros tempos houve em que perderíamos o controlo da partida e mais importante, o controlo emocional que permitia gerir a vantagem mínima. O Nacional podia ter marcado, mas o Sporting andou sempre muito perto de "acabar" com o jogo e as dúvidas. A partir dos 70 minutos, com um jogador a mais, Domingos preferiu a segurança. Fez bem.

Com um meio-campo "estranho" de Carriço a recuar, Martins a distribuir e Elias a "puxar" pelo jogo, foi óbvio que os dois formados na Academia preferem terrenos mais recuados para habitar, deixando o brasileiro muitas vezes levar sozinho a bola aos extremos. Nenhum fez uma má partida, mas não será este o triângulo ideal para vencer jogos importantes. Os madeirenses permitiram o domínio do Sporting e só fechavam os caminhos da área quando sentia perto o passe final (de ruptura). É um bom sinal quando uma equipa (com bons jogadores) como o Nacional faz um bom jogo e perde. Bom sinal para o Sporting.

A equipa de Domingos andou sempre um passo, ou um passe, atrás da perfeição. Foram dezenas de situações em que um pouco mais de concentração teria resolvido a partida e se o 2-0 tivesse chegado, ninguém se lembraria dos muitos lances de má decisão leoninos. Mas houve muita coisa boa na partida de ontem. Capel é um foguetão de velocidade e arranque, Wolfswinkel mostrou mais uma vez instinto de matador (ontem só mesmo instinto), Martins fez uma mão cheia de passes divinais, Patrício e Onyewu valeram pontos e mais visível, a garra de Insua e Pereira fizeram do Sporting uma equipa sempre ao ataque, sempre à procura do golo. Também houve, mais uma vez, show de Carrilho e mais uma vez, inconsequente.

Acho que Domingos precisa de rever o posicionamento do triângulo de meio-campo, principalmente em ataque continuado, ontem Wolfs, Capel e Carrilho andaram com 6 ou 7 jogadores adversários em cima, bem longe dos apoios de Martins e Elias e as muitas jardas de distância de Carriço, uma equipa tão esticada no meio-campo adversário, perde muitas bolas e permite contra-ataques bastante perigosos. É um detalhe que pode ditar muitos pontos. Mas estes 3 já ninguém nos tira e tranquilidade de mais uma semana descansados também não. O Porto esteve a 2 metros de empatar, é caso para dizer que se o Beira-Mar tivesse tido mais cabeça, teria "corrido" com o VP ainda esta semana. O que prova que nada está decidido.

Até breve.

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