quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Reabrir dossiers


Apesar de tudo o que se tem escrito, não acho que em Janeiro venham mais do que 1 ou 2 jogadores, acertos pontuais possíveis, que a meu ver deveriam recair na função de médio centro criativo e ponta de lança.

Ao sair Fernandez, o plantel ficou órfão de um “fantasista”, um maestro. Nem Martins, nem Adrien e muito menos Labyad ou Pranjic provaram ser boas escolhas e a equipa desespera por alguma criatividade na construção de jogo. América latina ou Republicas ex-jugoslavas será o espaço ideal para encontrar este tipo de jogador a preços comportáveis.

A questão de dar rivalidade e sobretudo descanso a Wolfs já deverá estar mais adiantada, e penso mesmo que o nome já está fechado há mais de um mês.

Haveriam ainda outras posições a reforçar (lateral direiro e defesa central) mas o cobertor não deverá tapar assim tanto e melhor ou pior existem soluções no plantel A e B.

Ao contrario de outros anos, com a reabertura das transferências não chega nenhuma esperança de grandes soluções e a aposta em reforços deverá reflectir o momento financeiro e momento desportivo, ou seja, comedida, sem grandes aventuras, sem grande esperança. Mas terá de existir. O clube não pára, nem deve deixar de tentar melhorar, mesmo que seja de péssimo para mau.

Até breve.

A base caiu

Já por várias vezes referi neste blog a excessiva importância "politica" da Juve Leo nas decisões de poder do clube. Eu como muitos outros sócios estranhamos o alinhamento da claque em altura de eleições (está por explicar o comportamento de alguns "conhecidos" da Juve na madrugada da contagem de votos) e o porquê de tantas reuniões bi-laterais entre direcção e ultras.

A "retirada" da mais antiga claque portuguesa, especialmente numa altura em que paira no ar um abandono dos orgãos sociais à presidência de GL, não é o que pode parecer à primeira vista e só em parte se deve à crise de resultados. É claramente um sinal de que o regime caiu. Não tenho ideia da medida anunciada ter sido usada no passado, mas o que é certo é que mostra até que ponto chegou o desnorte do clube.

Apesar da manobra, que ainda não consigo relacionar o desfecho, ou a quem se destina o apoio que agora se retira a GL, a verdade é que é neste momento muito difícil a alguém que ame o clube sequer ver os jogos, quanto mais apoiar a equipa. Há um lado de mim que me diz que esta é a altura de mostrar ainda mais apoio, ainda mais convicção e ajudar um plantel a que todos já viraram as costas (inclusive alguns dos jogadores já dão mostras de falta de empenhamento e agressividade - apostados numa saída sem dúvida).

Mas o outro lado, mais "justiceiro" e não tão idealista leva-me a pensar que quem trouxe o clube até este estado de calamidade talvez já não tenha mais para dar e que deva dar lugar a um novo e definitivo projecto. Sim, GL não tem projecto, como não tem sequer soluções a vulso para jogar. Está nas mãos da equipa e do que esta consegue jogo a jogo e...isto não é um sintoma de poder, é um sintoma de fraqueza.

Quem é o responsável pelo departamento de futebol? Quem decide renovações, vendas, aquisições, rescisões? Um advogado numa direcção em part-time? Quem defende a equipa? Godinho Lopes? Quem é o superior de Vercauteren? Quem o apoia? O que está a acontecer à equipa B? (a perder gás a cada semana que passa)? O que se passa com os restantes escalões de formação? (alguns resultados surpreendentes/péssimos).

Há demasiados sintomas de que o clube está prestes a mergulhar num cenário de ruptura financeira completa, o que não deve estar dissociado da previsão de quebra de receitas nos próximos tempos (não ida à Champions em 13-14, eliminação prematura da LE depois de um fraco encaixe - o Sporting tem 2 pontos, quebra de receita de bilheteira brutal nas próximas semanas, venda de merchandising quase inexistente e especialmente a desvalorização dos passes de muitos jogadores, com os investidores a pedir "cabeças".
Tudo isto vai estar na mesa de voto nas próximas eleições, porque já não tenho dúvidas, a presidência de GL durará até ao fim do derby.

Até breve.


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Uma sombra

Este Sporting é uma sombra. Não é nada.

30 minutos depois de empatar um jogo frente ao último classificado (uma equipa claramente de 2ª divisão) da Liga, depois de estar perder 2-0 infantilmente, depois de ver o adversário perder os melhores jogadores por lesão, depois de ver os jogadores adversários "nas cordas" a defender o empate, depois de ver o guarda-redes jogar lesionado (um braço imobilizado). Depois de tudo isso...o Sporting foi uma equipa quebrada, a ver o jogo passar, com medo de sofrer o terceiro golo, com poucos jogadores a justificar o empenho que era preciso.

Capel, Eric, Rinaudo, Viola, foi só.

4 jogadores em 11 fizeram pela vida. Assim não dá.

Cada vez acredito menos nesta equipa. Eu queria, mas a verdade é que não acredito.
Aos responsáveis cabe ver aquilo que eu vi hoje. Ou seja, tudo e nada.
Quem quiser vê uma equipa que recuperou e podia até ter ganho o jogo, eu vi um clube glorioso e histórico amedrontar-se frente ao Moreirense, a lutar por pouco mais que um empate....isto não pode ser uma equipa a sério, que ganha ordenados a sério.

Capel ganha mais do que todo o plantel adversário.

Até breve

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

“O Sporting nunca esteve tão mal”

É esta frase que me impulsiona a fazer este post e a colocar todas as perguntas que faço a mim próprio aos leitores que seguem este blog. Seja este o momento ou não de introduzir mudanças (“piorar” é um verbo de grande relatividade na vida desportiva do nosso clube) penso que urge a cada um dos sportinguistas fazer uma preparação estruturada que construa uma leitura do Sporting racional. Esta leitura, acreditem em mim, vai ter de ser expressa muito mais cedo do que desejávamos.


27 perguntas, vários temas, várias considerações para que cada um escolha em consiciência o que é pior e melhor para o Sporting. Talvez no final da sondagem, tiremos algumas conclusões sobre em que é que acreditamos e quanto acreditamos.

Por favor votem.

Até breve.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Eu Adepto EXIJO!

Muitos temiam que oásis de Braga não fosse mais que uma miragem. Pois tiveram razão. Quase duas semanas de "pré-época", de calma, de condições de trabalho, de novas ideias e novos paradigmas técnicos e o resultado foi muito pior que os desaires recentes. O Sporting hoje nem sequer esteve no jogo. Houve apatia, desnorte e um baixar de braços chocante. Pode-se perder 3-0, 4-0 ou 8-0 mas não ser humilhado. Depende da atitude e hoje o Sporting foi esmigalhado por uma equipa banal do campeonato suiço, que só não marcou mais, por manifesta fanfarronice e falta de jeito.

Os jogadores valem 500 vezes mais do que isto. Mas cada vez dão menos. Cada vez são mais "resistentes" a melhorar...e sinceramente, de semana para semana, tenho visto mais erros que soluções. Não penso que Vercauteren seja o responsável, será até o menos culpado de toda esta trapalhada...mas a verdade é que os jogos vão passando e o Sporting não mostra sinais de "cura". Dentro de algum tempo chegaremos ao "mês, mês e meio" prometido pelo belga a GL. E depois? Como justificar tudo isto? Como ganhar um jogo que seja? Como ficar satisfeito com a não despromoção (este Sporting nunca chegará ao 5º lugar)?

Calculo que muitos achem que devemos vender esta equipa e comprar outra. Não é possível. O valor investido é enorme, e depois de uma época miserável a cotação de todos os investimentos deverá quebrar enormemente. Além disso o Sporting não é detentor de muitas percentagens dos atletas e nenhum fundo alienará um investimento por metade do valor, ou menos. Ainda bem. Algumas das nossas "vedetas" não merecem sair deste problema com tanta facilidade. Que nos tirem primeiro deste buraco. Porque são capazes. Porque ganham para isso. Porque hoje à 1h00 no Figo Maduro existirá muita gente que lhes lembrará que tipo de contrato assinaram com o clube. E não foi de certeza para humilhações deste género.

Que algum tenha a dignidade de aceitar baixar o seu salário face ao que tem produzido espantar-me-ia, o que já nunca me espanta mesmo é a dificuldade dos responsáveis do clube manifestar aos jogadores o desprazer que dão aos adeptos e à ruína de prestigio que estão semanalmente a provocar. E não me venham dizer que têm dado tudo, porque não é verdade. Tenham vergonha, calem-se e trabalhem a sério, quero lá saber dos treinos! Quero é que "morram" em campo, todas as semanas! Aliás não quero, EXIJO!

Até breve.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Retoques

Parece que será em Dezembro que o Sporting fará o “trabalho de casa” que ficou por fazer na pré-época deste ano ao falhar claramente na missão de encontrar um jogador alternativa a Wolfswinkel e um central que seja efectivamente forte na marcação individual (Carriço, Rojo, Boulahrouz e Xandão são defesas que preferem marcação zonal).

Confesso que há um dado que não encaixa no enquadramento destas notícias. Um grande dado – as finanças do clube. É que por mais que seja bom o esquema de utilização dos fundos, o clube terá sempre de investir em mais dois atletas. Se é entendível o esforço no ataque, não entendo que tipo de central poderá chegar que seja assim tão melhor que o que temos na equipa B.

Quanto à entrada no onze, o investimento pode ser rentabilizado de formas bem diferentes. Se um novo central poderia ocupar a “vaga” que nem Boulahrouz ou Xandão reclamaram definitivamente, já no ataque o cenário é bem diferente. Vercautaren tem preferido actuar com apenas um ponta-de-lança e recorrido a Viola para alargar a frente. Das duas uma, ou o Belga não aprecia particularmente o argentino ou entende-o como ala, o que lhe retira espaço, quando Carrilho, Capel e Jeffren serão sempre apostas mais consensuais.

A meu ver, e visto os objectivos da época desportiva terem sido desbaratados bem cedo, urge rentabilizar todas as contratações realizadas para que uma de duas coisas aconteça: confirmar a utilidade dos jogadores ou “prepará-los” (dando-lhes alguma visibilidade) para serem transferidos. Mas esta é apenas a visão de alguém que supõe que a capacidade de investir da SAD é pouco mais que zero. Pode não ser o caso e então o panorama será sempre muito diferente destas considerações. Resta esperar.

Até breve.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A grandeza

Um grande clube é um emblema que apesar de não vencer há uma dezena de jogos, estar afastado da hipótese de qualquer conquista e de saber que irá viver com grandes problemas económicos consegue ter adeptos que vão ao estádio e ao mínimo vislumbre de qualidade na equipa, aplaudem e puxam pelos jogadores.

Podemos descer os degraus que tivermos de descer, mas nunca seremos menos que "enormes". Porque a grandeza de um clube mede-se no orgulho, apoio e dedicação dos seus adeptos. Nesse capítulo damos lições como ontem à noite.

Mais do que os resultados ou os troféus, o que me orgulha é pertencer a um clube de gente "grande", gente "valente", gente de "luta". A minha palavra de grande agradecimento a todos os que comigo tentaram que o Sporting vencesse a partida, apoiando onde sempre estivemos, na bancada. O golo tardio dos Belgas matou um apuramento, mas não matou a sensação que se viveu durante 30 minutos, e foi boa. Equipa e público a lutar, jogadores e adeptos a ajudarem-se entre si. Um verdadeiro oásis numa época de monótonos erros crassos e desmotivação.

Oxalá seja um prenúncio de qualquer coisa melhor.

Até breve.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ah...Sportinguista!

Ter meia casa (previsão dos media) frente aos belgas hoje em Alvalade só vem mais uma vez provar que o Sporting é mesmo um clube muito grande. Pelo meio de uma crise de organização que dura há pelo menos 4 épocas e resultados desportivos humilhantes, o que se mantém sempre a um nível muito alto é o sportinguismo. Esse que é o maior bem activo do clube e nunca deixou de estar em alta.


Pena que permanentes más decisões não permitam o desenvolvimento desportivo evidente, mas não é um argumento honesto culpar os adeptos pelas derrotas ou pela falta de capacidade financeira do clube. Um aproveitamento razoável e mais equilibrado das receitas do clube poderá não ser suficiente para fazer frente aos orçamentos (por agora) bastante superiores dos rivais Porto e Benfica, mas tem de dar para muito mais do que está a ser conseguido.

Hoje o argumento, que vingou na era de Paulo Bento, de que o problema do clube era a juventude e inexperiência dos atletas da formação não colhe mais. Olhar para o rendimento competitivo de Veloso, Moutinho ou André Santos e olhar para o nosso meio campo hoje, de repente, passou a ser uma aspiração, por mais que se advogue que os resultados são semelhantes (sem títulos) a viabilidade económica é bem diferente.

Se o produto “made in” Alcochete tem procura, o que se pode dizer das aquisições internacionais do clube, que por exemplo, vende dois internacionais chilenos por menos de 4 milhões de euros. A prova é que não é o Sporting que valoriza o atletas, é a Selecção. O Sporting, neste momento, desvaloriza os seus atletas, única e exclusivamente porque perde e/ou joga um futebol sem brilho.

Paulo Sérgio, Couceiro, Domingos, Sá Pinto e Oceano têm uma coisa em comum, nunca foram capazes de substituir o “resultadismo” de Paulo Bento por um atributo de igual valia. E se culpo os treinadores por não terem definido o que queriam em campo, culpo as direcções por contratarem treinadores sem qualquer noção do que esses técnicos podem trazer (ou tirar) à equipa.

No final das contas é mais ou menos óbvio que o clube tem sido governado numa lógica de mercearia, acorrendo aos problemas de forma pontual, com amadorismo profundo nas grandes decisões estratégicas. Tantas e tantas vezes seguindo supostos “projectos” que não passam de ideias a vulso, prontas a cair ao primeiro desaire.
A paixão exacerbada (quero pensar que é por isso) com que são tomadas decisões com graves implicações financeiras e desportivas não pode continuar.

O sucesso do clube começa pelo respeito que tem pelo “Sportinguismo”. O respeito pelos sócios, praticantes, ex-praticantes, ex-sócios, ex-dirigentes tem sido, desde há muito enormemente deficitário. Porquê? Todos nós sabemos a resposta. Há falta de ser firme e lutador com os “inimigos externos”, o Sporting instituição tem assumido várias posições de força com as suas próprias massas, tantas vezes votando elementos dissonantes ou apenas pessoas que não tiveram sucesso no clube a um exílio profundamente infantil.

Não vou dar exemplos, mas as relações entre as pessoas do Sporting que gravitam ou já gravitaram em volta do clube são absurdamente tensas e conflituosas, numa guerra suja e surda e invisível, que está a contaminar o Sportinguismo.
A afluência ao jogo na Liga Europa é apenas mais um capítulo em que se nota claramente que o Sportinguismo é a força mais viva do clube, quem dera que as Direcções, Jogadores e Treinadores aprendessem com ele.

Até breve.