domingo, 31 de julho de 2011

Mau ensaio


Em noite que seria de festa, a equipa do Sporting foi infeliz na estreia perante os seus adeptos. Perante um ambiente de alegria e grande fervor leonino, os jogadores foram os únicos que não estiveram à altura do grande ambiente gerado. A equipa de Domingos apresentou-se perante um forte adversário (escolher o 3º classificado da Liga BBVA tem destas coisas) e não foi capaz de colocar em campo nenhum dos predicados que o treinador tentou impor até agora.

Domingos não ficou isento de culpa, uma vez que a equipa pareceu na primeira parte surpreendida com a velocidade e a predisposição atacante do Valência. Alguém não fez o trabalho de casa. De facto nenhum jogador esteve bem, falhou o individual e sobretudo o colectivo. Não houve equipa e um golo aos 5 minutos pode explicar parte, mas não explica tudo. Parece-me que existem muitos jogadores fora de ritmo, Onyewu, Izmailov, Capel à cabeça e outros em clara fase de adaptação, como Rinaudo, Schaars, Wolfswinkel.

Por isso a única coisa que retenho deste jogo e a única que penso ser útil retirar é a de que uma equipa pode perder, empatar e ganhar. Ontem perdemos e jogámos mal, frente a forte adversário o que justifica parte dos problemas, mas há muito ainda a fazer, muitos ensaios a fazer e muitas falhas a reparar.  Ainda há tempo e jogos para mostrar que o jogo de ontem foi um percalço. Espero bem.

Até breve.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Análise do plantel 2011/2012

Com plantel, por agora fechado é tempo de construir algumas previsões. Podem achar que sou demasiado optimista, mas não acredito que esta seja uma época com semelhanças a anteriores. Uma coisa é certa, Benfica e Porto estão menos forte, pode até ser pouca a diferença, mas é visível e importante, hora para projectar o que cada um do plantel pode dar à equipa à luz da sua evolução individual e concorrência.

Camisola 1
Rui Patrício

Uma ano para consolidar a titularidade e confirmar o mesmo na Selecção. Já está à porta da 1ª linha de guardiões mundiais, no final deste ano a continuar o nível exibicional, estará lá em pleno.

Camisola 12
Marcelo Boeck

Demorou a confirmar o talento que revelou no Brasil. Mas fê-lo e conquistou um lugar num grande. Esta época será suplente natural e a 2ª escolha para a baliza, mas com a uma futura venda de Patrício, abre-se se uma antecâmara onde pode mostrar uma candidatura ao lugar.

Camisola 16
Tiago

É da casa, conhece bem os cantos à mesma e pelo profissionalismo demonstrado é o elo de ligação que faz falta. Antes de encerrar a carreira irá fazer mais um ano, previsivelmente no banco, mas a utilidade de Tiago vai muito para além das convocatórias.

Camisola 19
Santiago Arias

Vai chegar tarde e veremos se a tempo de convencer Domingos. Existem Pereirinha, Pereira e Gonçalves, muita concorrência. A ficar deverá ganhar rotina em treino e em provas menores. Um ano para se ambientar. Uma boa aquisição. Árias é um lateral moderno, completo e com uma abordagem ao jogo bastante focada.

Camisola 88
Gonçalves

Depois de boas temporadas emprestado, este jogador formado na casa ocupa um lugar no plantel e uma última oportunidade de se mostrar. É o tudo ou nada. A sua polivalência na defesa é um extra que decerto pesou na sua avaliação.

Camisola 47
João Pereira

Espera-se um ano em grande. Com as portas da titularidade na Selecção escancaradas (Miguel, Bosingwa são nomes que já não assustam) este pode ser o auge de uma carreira pontuada com altos e baixos. Disciplinarmente espera-se evolução, os anos de rookie já lá vão e o estatuto que ocupa no futebol português obriga-o a uma abordagem mais responsável em campo.

Camisola 6
Evaldo

Visto como um dos mais fortes laterais do nosso futebol, deixou parte dos créditos por confirmar. Espera-se que beneficie como ninguém da chegada de Domingos. Precisa de rentabilizar o seu forte desempenho atlético, dando ao flanco mais segurança e mais consistência no ataque. Pode ser a sua melhor época.

Camisola 89
Atila Turam

Uma contratação sem qualquer previsão de sucesso. A sua cláusula de rescisão prova que muito se espera dele no futuro. Talvez dispute, algures pela época adentro a titularidade de Evaldo, mas para já parece-me um suplente natural. Tem boas referências técnicas, mas não tem experiência de futebol de 1ª linha.

Camisola 2
Alberto Rodriguez

Uma grande época no Braga, uma boa Copa América. O Peruano não tem titularidade garantida no clube, embora se espere que contribua para um bom desempenho defensivo, diferente do que foram as últimas duas épocas. O factor de acompanhar Domingos na transição de clube, parece à partida não ser uma vantagem inicial.

Camisola 3
Daniel Carriço

Já esteve mais perto de se afirmar como um valor imprescindível. Mesmo assim são enormes as condições que tem para continuar a crescer no clube e talvez até na Selecção. A capitania parece “pesar-lhe” um pouco, ainda assim é um dos que mais se identifica com a cultura do clube. Pode ser uma época de plena afirmação, tal como foi a anterior para o colega de formação Patrício.

Camisola 4
Anderson Polga

Esteve com pé e meio fora do clube, mas ao que parece foi “travado” pela intervenção de Domingos que preferiu a experiência do ex-campeão do mundo a arriscar mais uma entrada na equipa. Arranca como titular e esperam todos os sportinguistas que tenhamos o bom Polga este ano.

Camisola 5
Onyewu

O internacional norte-americano tem uma coisa que não existia no plantel até à sua chegada, altura e poder físico. Nas bolas aéreas promete fazer estragos, esperemos que defensivamente ajude a que a defesa leonina seja um dos mais fortes pilares da equipa.

Camisola 26
André Santos

De promessa a confirmação. Este ano a concorrência está mais acesa, talvez não exista a vaga de lesões na sua posição como na temporada passada e os valores que chegaram são de monta. Tal como no centro da defesa e no centro do ataque, existe muita disputa por cada lugar na zona média. A grande época que fez não vai ser porém uma vantagem. O jovem médio terá que provar semana após semana valor para chegar ao onze, esta disputa talvez apresse o génio de um dos melhores médios portugueses da actualidade.

Camisola 21
Fabian Rinaudo

Com as suas características é um jogador raro no futebol. Um bulldog de resgate de posse de bola, ao género de um Davids, o argentino revela ainda muita capacidade para discernir os melhores canais para a construção atacante. Promete muito, especialmente como pedra essencial para não permitir espaço ou tempo aos médios organizadores adversários, algo que foi dado em demasia no passado recente. A equipa pode ser construída à sua volta e é isso que Domingos parece querer fazer.

Camisola 28
André Martins

Inesperadamente abriu-se uma vaga para um jogador que nem tinha brilhado durante o empréstimo. Valor não falta, este médio é exímio no passe e demonstra uma leitura de jogo precoce para a sua idade. A presença física é aspecto menos forte num atleta que tem tudo para ser no futuro um bom sucessor de Moutinho. Deve ser um ano para ganhar maturidade e aprender com os companheiros.

Camisola 8
Stjin Schaars

É um jogador diferente, inexistente no futebol português desde a saída de Lucho. Polivalente, pode jogar na posição 6, 7 ou 8, embora seja na posição que equivale ao seu número da camisola que mais pode contribuir para que mostre as suas capacidades de organização e poder de finalização. Grande aquisição. Convocado para a selecção Holandesa. Promete dar mais clareza aos desenho ofensivos e muito mais perigo nas bolas paradas.

Camisola 22
Luis Aguiar

Contratação surpresa. Domingos quis, Domingos teve. E deve saber porquê da importância de um médio como é este “rebelde” Uruguaio. Dono de um senhor pontapé, virá para confirmar os créditos que renovadamente provou em Braga. A lesão só confirmou que parte em desvantagem face a Schaars, Izmailov ou Fernandez para a posição 8, embora possa também rivalizar com Schaars, Santos e André Martins na posição 7.

Camisola 25
Bruno Pereirinha

Até ao final de Agosto será difícil que alguém aposte na continuidade no plantel. Ainda assim este “apagado” valor da formação leonina pode ter algumas oportunidades. Para tal será preciso que as agarre de vez, o esconder-se do jogo impede que cresça e afirme a mestria com que sabe tratar a bola, assistir companheiros e percorrer o corredor direito.

Camisola 10
Marat Izmailov

Quem diria? O russo ficou e parece ganhar nova vida depois da lesão grave que o impediu de jogar quase a totalidade da última época. Couceiro foi hábil na recuperação de um dos melhores jogadores do plantel. “Preso” ao lugar de ala terá mais dificuldade em ser o Izmailov que todos esperam, mas o Czar leonino já provou no passado que sabe dar à equipa o que ela precisa, independentemente da posição em que joga. Para já ainda recupera índices e confiança física, mas lá mais para o meio da época pode ser um trunfo importante.

Camisola 14
Matias Fernandez

Não foi feliz na Copa América ao ficar lesionado logo no 1º encontro (onde foi decisivo). É o maestro da equipa e pelo final de época que fez mostra que existe um lugar entre o ataque e o meio campo que é dele, independente se é um 8 subido, ou um 10 recuado. É um pequeno génio que se dá bem à solta e só quem não quiser ver é que não vê. Precisa de assentar e ganhar raízes para se soltar e pode ser o ano de comprovação. Existem jogadores assim, é preciso tempo.

Camisola 11
Diego Capel

Futre revelou que chegou a deslocar-se a Sevilha só para o ver jogar. Pois acredito que o fenómeno possa acontecer em Alvalade também. O espanhol é uma aquisição de grande peso. Pelo futebol que tem, pela irreverência sempre ligada, pela carreira de astro que quer ver recuperada. Em Sevilha teria o lugar ocupado por investimentos avultados do clube para a sua posição e ainda bem, no Sporting faz muita falta. Um ala de raiz, esquerdino e…bom. Tempo para matar saudades de ver jogadores únicos de verde e branco vestidos.

Camisola 7
Valery Bojinov

A maldição do 7, será sobretudo para as equipas adversárias. Não se percebe muito bem em que lugar Domingos o colocará a jogar, se a 2º avançado ou a extremo, mas uma coisa é certa, pelas temporadas que fez em Itália, o búlgaro tem a obrigação de se superar em Portugal. Aqui as defesas são menos povoadas, existe um pouco mais de tempo para pensar e brilhar se o seu muito talento estiver concentrado no campo de futebol. Pode ser um Ás a sair do banco em muitas partidas. Um às de trunfo e triunfo.

Camisola 9
Van Wolfswinkel

O nome pode ser difícil de pronunciar, mas com golos não há nenhum nome que resista. É uma grande promessa do futebol das terras baixas e foi com perspicácia que Freitas detectou a oportunidade de interromper uma carreira natural que o levaria primeiro a um grande clube holandês e depois a um “tubarão” da Europa. É um avançado com mobilidade invulgar para a sua estampa física e promete colocar as defesas em sentido, mesmo que por vezes actuando distante da área. Terá como principal função impedir que Postiga se afirme no onze numa táctica um avançado e ser o companheiro ideal do mesmo num esquema com dois avançados (à partida o preferido de Domingos). Não irá ser fácil e tal como André Santos no meio campo, a rivalidade pode aguçar-lhe o engenho para não desperdiçar minutos em campo. Algo que parece ser-lhe nato à partida. Um ano para crescer e cimentar o nome num clube de maior projecção.

Camisola18
Diego Carrilho

É o grande mistério do plantel. Será um Djaló? Um Nani? Um Salomão? Ninguém sabe, ou ninguém se atreve a adivinhar o estatuto que pode ter na equipa. Parece remota a possibilidade de ser uma primeira escolha, mas o talento tem destas coisas, às vezes mais vale ser engraçado do que ter graça e Carrilho pode ter um papel importante a representar durante a época. Aguardemos.

Camisola 20
Yanick Djaló

O ano do tudo ou nada. Ou se assume como um predestinado para grandes exibições ou se confirma como um jogador irregular que tanto pode decidir uma partida como passar ao lado da mesma. É difícil para qualquer treinador saber que Djaló entra em campo, mas espera-se que Domingos consiga descobrir onde está a ligação que por vezes falha e que a solidifique de modo a não podermos dizer que “era melhor que se fosse embora”, frase tantas vezes dita pelos adeptos imediatamente depois de uma recepção falhada, de um remate ao lado ou de um arranque despropositado.

Camisola 23
Hélder Postiga

O jogador do planeta que mais odeia os postes da baliza está inspirado neste arranque de época. Revela alguma tranquilidade na decisão e com a chegada de bons alas será directamente beneficiado com boas bolas colocadas na sua posse mais perto da pequena área. Esperemos que o titular da Selecção mostre num pecúlio maior de golos todo o talento que sempre se viu nele. Um talento menos “jeitoso” e mais “proveitoso”.

Camisola 33
Diego Rubio

Talvez ainda não seja agora, mas será certamente um grande avançado no futuro. Tem todos os condimentos que um killer de áera deve ter: bom remate, excelente timing de desmarcação, leitura “nas costas” e sobretudo muita frieza na hora de enfrentar o guarda-redes. Como Zamorano, seu padrinho, é um “facturador” e prefere poucos toques na bola à presença na ficha de jogo como marcador. É rápido, embora tenha de trabalhar o seu “jogo de cintura”. Em Portugal as defesas são mais combativas e não vão abrir tantos espaços para as suas movimentações diagonais dentro da área. Tempo de aprender, tempo de ir aproveitando golo a golo as oportunidades que Domingos lhe poderá dar.

Até breve.

Voila...

"Não tenho nenhuma justificação para essas notícias. (Bendtner) É um jogador que estão tão perto do Sporting como o Higuaín, o Drogba ou o Krkic...é uma produção fictícia"

Sendo o próprio Freitas a fazer esta declaração torna-se evidente, conhecendo a forma de comunicar deste director desportivo, que o rumor de que Nicolas Bentner estaria para assinar pelo Sporting é falso. Enganou-se o CM e por arrasto meio mundo na blogosfera leonina. Que o clube tenha feito chegar uma proposta de 5.5me ao Arsenal numa fase anterior do defeso isso já toda a gente tinha entendido pelas noticias que circularam antes da contratação de Wolfswinkel. Mas o mais grave é a tentativa de fundamentar um rumor, justificando-se uma anterior não noticia.

Não é surpresa. Aliás o que me surpreenderia seria o facto do CM finalmente acertar numa manchete de alguma contratação do Sporting. Numa altura em que o investimento em Portugal pode estar em vias de ser classificado como perigoso e os títulos de dívida pública como "lixo", o CM antecipa-se claramente neste novo paradigma. De facto as noticias exclusivas do CM, pelo menos no que diz respeito ao desporto e ao Sporting, são lixo. Aos bloggers que se associaram a esta "onda dinamarquesa vestida de surpresa" recomendo que usem um pouco mais do seu senso comum e espírito critico. Cada vez mais não se pode acreditar em tudo o que vem nos jornais. No caso do CM, em nada.

Num post anterior referi 4 argumentos que tornavam muito improvável este negócio. Algo que escapou ao rigor jornalístico do CM. Antes de avançar com uma "bomba" há que verificar as fontes, cruzar informação e sobretudo analisar o facto à luz das circunstancias temporais e espaciais. Se eu fizesse circular um rumor de que existe petróleo na Costa da Caparica, o CM publicaria essa noticia? Pelos vistos, sim. Como digo, lixo.
Se eu estivesse no lugar de responsável do clube exigiria satisfações do jornal, pois uma boa parte da atractividade do jogo de apresentação esteve em perigo. Estamos a falar em prejuízo financeiro directo. Muitas vezes esquecemo-nos disso.

Até breve

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A brincar, a brincar...

O Sporting já contratou 10 internacionais A. Um Norte-Americano, 2 Peruanos, 2 Holandeses, 1 Argentino, 1 Espanhol, 1 Chileno, 1 Uruguaio e 1 Búlgaro. Saiu um Montenegrino e um Sérvio. Nada mal na contabilidade de valor e prestigio. Para os que se indignam com a fraqueza de verbas pelas quais saíram muitos jogadores, sugiro que olhem o panorama de trocas de atletas e reparem que muito pouco dinheiro circulou com jogadores de segunda linha no futebol europeu. É um jogo de agora ou nunca. Ou saiam agora e permitiam a entrada de novos valores, ou a nossa lista de jogadores a transferir estagnaria ad eternum.

Quando saltarmos das nossas cadeiras para celebrar um golo de livre de Aguiar, um corte de Onyewu ou um passe de morte de Bojinov é bom que nos lembremos do que foi tornado possível por um corte radical em recursos humanos. Ás vezes o tempo e o espaço não combinam para que se façam as melhores transacções. NAC, Zapater e porventura Stojkovic ou Pedro Mendes não são lixo, mas entulhavam-se na porta de saída à espera de uma remota esperança de um clube que quisesse comprar aquilo que não conseguimos vender. Neste estado, duas hipóteses: ficar à espera passando ao lado da abertura do mercado ou agir com decisão, custasse o que isso custasse. A meu ver a decisão foi boa e até que alguém apareça a provar que havia de facto clubes dispostos a dar dinheiro pelos jogadores que saíram a custo zero, acredito que o clube tomou o melhor caminho.

A verdade é que ninguém (exterior à SAD) sabe que cláusulas foram anexadas às várias dispensas. Só com o conhecimento integral dos contratos alguém pode ajuizar da razoabilidade destas opções. É má fé apregoar o contrário. Olhemos pois para os que vieram. Neste novo lote revolucionário há de tudo e para todos os gostos. Pessoalmente gosto do perfil de vários reforços. Rubio, Wolfswinkel, Rinaudo, Schaars, Aguiar, Boeck, Bojinov, Capel e Rodriguez. Já Carrilho, Turam, Arias, Andre Martins e Onyewu ainda são um mistério, acredito que façam sentido para Domingos e é tudo o que verdadeiramente é preciso.

A melhor contratação é Domingos? Sem dúvida. A prova disso mesmo será a época que Evaldo, Polga, Carriço, Fernandez, Djaló e Postiga poderão fazer. Sinto que para muitos destes jogadores será uma segunda vida no Sporting e isso só tem uma explicação. Chama-se orientação. Liderança.

Até breve.

Bentner ?

Não obrigado. A vinda do jogador do Arsenal parece-me pura especulação. Por 4 razões:

1- Depois de investir em Rubio, Bojinov e Wolfswinkel (com Djaló a correr por "fora") seria um trunfo a mais no plantel, alguém que obrigaria a uma dispensa, o que seria como admitir que as contratações foram erradas.

2- Face ao bom desempenho dos atacantes Wolfswinkel, Djaló, Rubio e Postiga, seria como despromover o esforço e empenho destes atletas.

3- O jogador não é nada barato, o que desequilibraria a folha de pagamentos, além de mais uma verba milionária pelo passe ou percentagem.

4- A politica de contratações tem seguido a lógica de rentabilidade médio e longo prazo, um atleta como Bentner (pelos valores possíveis) não encaixa nesta lógica de investimentos.

Ao CM que tantas contratações "inventa", o tiro saiu bonitinho, os sportinguistas esperam sempre surpresas e o nome já várias vezes foi ligado ao clube, mas acredito que nenhum jogador mistério será revelado no jogo de apresentação. Esses brilharetes são truques que já tiveram o seu tempo. Na era das SADs, das CMVMs, das redes sociais e mobiles, os trunfos são difíceis e ilógicos de esconder.

O único "brinde" que espero contra o Valência é o de um bom futebol, força colectiva e estádio cheio. Ficarei satisfeito. Deixo os Bentners para quem precisa de exibir mais do que o que pode ou deve exibir. Não faltarão clubes em Portugal e lá fora que encaixem neste paradigma. Quero boa gestão desportiva mais do que jogadores famosos. Quero uma boa equipa, mais do que nomes pomposos.

Até breve.

E agora...algo completamente diferente:

Depois de ver o jogo de ontem, fiquei com a impressão reforçada de que este ano o Benfica irá penar para vencer jogos. Aos 70 minutos Nolito quebrou aquilo que estava a ser uma exibição pobre, sem chama, sem ritmo dos encarnados. A imprensa bate palmas a 10 minutos de jogo, quando os turcos podiam muito bem ter saído da Luz com a eliminatória meio ganha. Lentamente os não benfiquistas começam a ficar mais tranquilos com o que o rival pode fazer.

Colocar o Trabzonspor na posição de grande clube turco é anedótico, estão ao nível de um Nacional da Madeira ou de um Guimarães. Têm 2 ou 3 jogadores aceitáveis, nada mais. Quem olha para o plantel de Fenerbache, Besiktas, Galatasaray ou Bursaspor, entende que este ano depois de vender os melhores jogadores este emblema poderá no máximo (se os casos de viciação de resultados não alterarem completamente a primeira liga turca) um 5 ou 6 lugar. Mas nada disso interessa. De facto o Benfica ganhou o jogo por 2-0 e os sinais de inoperância da equipa não interessam para a motivação do clube que mais audiências dá e mais jornais vende.

Parte de mim fica chocada com a falta de rigor jornalístico, a outra parte delira alegremente com este “andor” motivacional. Sempre foi o melhor aliado de Sporting e Porto. Daqui a uns 2 ou 3 meses, estaremos a ouvir falar em “crise” e “má preparação de época”, mas quando essas capas chegarem já será tarde de mais. Emerson parece-me vulgar, Garay fora de ritmo, Witsel o melhor candidato a flop desde Roberto, Enzo Perez virtuoso e pouco mais, Cardoso cada vez mais trapalhão. Alternativas a estes são poucas e à excepção de Capdevilla, não há nada que faça esperar grandes melhoras.
Gaitan, Luisão, Artur e Javi Garcia são do melhor que há na Luz, mas acredito que não chegará para uma época longa como a que se avizinha para Jesus.

Nolito e tantos outros que estão a ser carregados ao colo como grandes e promissoras estrelas são poeira fina que se levantará com a primeira brisa de final de verão. Quem quer ver, vê. Quem não quer, engana-se. Deixem andar o comboio, pela minha parte divirto-me com as análises da imprensa quase tanto como um bom sketch dos Monty Pyton…são intemporais, tal como os “favores” de vestir a camisola vermelha enquanto se escreve um artigo de opinião.

Até breve.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Tendências

Sem querer ser presunçoso, acho que entendo qualquer coisa sobre futebol. Tenho um bom sentido de palpite, nunca fundamentado em factores aleatórios, mas sempre no que designo "sentido de evolução" ou tendência de uma equipa. Quem ganha, sobe, se sobe demais pode escorregar. Quem perde, desce, mas também pode recuperar. Nestas 4 incógnitas, com duas tendências joga-se o tudo do futebol. Quem consegue "ler" nas entrelinhas do animo e dos recursos de uma equipa, consegue ver para além das capas de jornais, ou artigos de opinião de "mestres" proféticos que mais não fazem do que navegar no óbvio.

Olhar para os 3 grandes é a mesma coisa que estar atentos aos sinais colectivos e individuais de cada um. Perante o que tem sido a pré-época é mais ou menos evidente que:

Sporting

Muita gente fora, muita gente dentro. Todos os activos que por lesão ou oscilação exibicional não davam garantias sairam, uns de livre vontade, outros com mais qualquer coisa no bolso. Olhando para o que tem sido o nível de exibições dos leões, é notório a pressão que Domingos já põe sobre o colectivo, o domínio táctico parece sobrepor-se à preocupação de fechar um onze ideial. O maestro Fernandez ainda está por chegar e depois de Capel, faltará testar Carrilho, Rodriguez e Arias para ter uma noção mais completa do que pode render esta edição do leão. A imprensa desfaz-se em elogios a Rinaudo e Schaars, mas penso que a maior força esrtá mesmo na manutenção da defesa, nos novos alas e nas soluções para golo. Este ano existem muito jokers no plantel: Arias, Onyewu, Carrilho, Bojinov e Wolfswinkel não contam para já como primeiras figuras, mas a seu tempo podem espreitar a sua chance numa época longa e recheada de provas. Prevejo uma temporada mais competitiva onde daremos muito mais trabalho a Porto e Benfica. Se o Porto perdesse Hulk, Moutinho ou os dois a balança seria mais equilibrada para disputar o título.

Benfica

Já no mercado de Inverno parecia que os encarnados estavam a dar muitos tiros. Neste Verão ainda deram mais e assim que o sorteio ditou uns turcos medianos na Champions, os sinos tocaram a rebate. Não havia defesa, o meio campo e ataque tinha muitas unidades mas pouca soluções. Lentamente, mais lentidão do que seria necessário Jesus e Rui Costa vão lapidando a forma do plantel que ainda tem muitas lacunas. Mais um defesa central, mais um ala ou mais um avançado centro, são 3 lugares que a equipa precisa de reforçar para que nos próximos meses não tenha de "esgotar" um onze como na época passada. Hoje frente aos turcos, na primeira parte do "vai ou racha" joga-se a permanência de alguns activos como Cardoso, Aimar ou Luisão.
Sem Coentrão o Benfica perdeu, pode-se dizer, uma ala esquerda, algo que Perez e Capdevilla podem restabelecer se, e este se é muito importante se existir uma boa adaptação dos mesmos.
Colectivamente o Benfica 3 de Jesus vai ter imensas dificuldades, algumas já vêm da temporada passada e existem outras novas que levarão muito tempo a resolver, um tempo que se esgota a cada semana que passa.

Porto

Apesar da saída de Vilas Boas, Pinto da Costa parece conseguir manter as jóias de campo a salvo da muita cobiça exterior. Fernando, Pereyra e Rolando parecem próximos de bons negócios e já todos sabemos pelas declarações de vários jogadores que existem substitutos na calha. Iturbe, Alex Sandro e Kleber são para já os reforços que acrescentam pouco à equipa que se manterá sensivelmente a mesma da época anterior. Se VP não inventar, o Porto parte destacado nas apostas de toda a gente.

Até breve

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O supreendente futebol português

Com a economia do país no reino do "lixo", é notavel que a liga Portuguesa tenha estatisticamente ascendido ao 6º lugar. Não em mediatismo ou sucesso financeiro, mas em rentabilidade desportiva. De facto para o nosso território, número e tipo de população os grandes emblemas nacionais fazem proezas. Só neste ano, chegam a Portugal 2 internacionais espanhóis A (Capel e Capdevilla), um sub21 (Nolito), 3 internacionais argentinos A (Garay, Perez e Rinaudo) e um sub21 (Iturbe), um internacional A Norte Americano (Onyewu), um Belga (Witsel), dois Holandeses (Wolfswinkel e Schaars) e muitos outros de nações mais humildes mas que podem vir a dar muito que falar.

Estas importações mostram ao futebol europeu, que existem clubes portugueses a tentar posicionar-se na sua elite. O Porto já lá está e não tenho dúvidas que Benfica e Sporting para lá caminham. É um sinal revolucionário que os grandes tubarões da Europa tenham recolhido as mandibulas antes de dar dentadas em Hulk, Falcao ou Moutinho. Não é certo que não venham a sair, mas será preciso bem mais do que os 25me da ordem. A exportação de grandes valores da nossa liga passou das casas de vintenas para trintenas.
O Benfica tentou fazer o mesmo com Coentrão, mas o jogador foi bem instruido e desempenhou o seu papel na perfeição, fazendo pender a negociação para o lado mais endinheirado da questão.

Estou curioso para ver o que fazem Porto e Benfica na Champions, Braga e Sporting na Liga Europa. Confirmação, espera-se.

Até breve.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ir com calma

Para o caos que foram as últimas duas épocas, este defeso do Sportring certamente supreendeu muitas gente, entre os quais os próprios sportinguistas. Tudo parece ser feito com reflexão, ponderadamente e acima de tudo com fundamento e timing desportivamente correcto. Ainda é muito cedo para entender o bom planeamento irá corresponder a uma boa liga portuguesa ou a uma boa liga europa, mas é um bom indicio. 

Existem nestes 2 meses de verão, vários movimentos do clube que indicam a frescura de ideias e atrevimento que de repente começou a circular em Alvalade. Não preciso de mencionar que tipo de opinião tenho com a actual direcção, esse assunto já está morto e enterrado, devo elogiar o que me parece bem, é apenas justo. Como Sportinguista, agrada-me sentir que o clube está num bom caminho e ao contrário de GL espero que traga títulos bem cedo no triénio anunciado. Títulos, não título. Acreditar sim, mas com calma.

Para já vamos ver o que nos reservam os jogos de Juventus e Valência, clubes a sério.

Até breve.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Um sério extremo

Dificilmente se pode ter um extremo mais puro que Capel. É um "puro-sangue" das alas e apenas "fechado" na tacticas de 4 médios do Sevilha perde oportunidade de passear a sua velocidade, repentismo e técnica. Vi muitos jogos em que Capel saltou do banco e deu vida nova à equipa, mais dinamica e atrevimneto, arrastando o lado esquerdo todo da formação andaluz.

É escusado dizer que seria uma boa contratação, mas vale a pena erguer os polegares todos para cima e fazer votos para que seja realmente este o nível dos reforços ou reforço que ainda falta chegar. O espanhol é uma magnifica aquisição, e este sim já esteve mesmo na agenda de Real Madrid e Barcelona. Um investimento com fortes possibilidades de retorno. Aos 23 anos Capel já passou por um pico de carreira e não existem grandes dúvidas que na equipa certa, terá o definitivo afirmar de um talento que nas selecções sempre foi seguríssimo.

Até breve.

sábado, 16 de julho de 2011

Os Estados das Nações

Quem olhar as últimas movimentações do mercado vai tirar 3 conclusões: 1 – O Porto esteve à espera que o Benfica começasse a dar sinais das suas escolhas e ultrapassou mais uma vez os rivais no mercado. 2- O Benfica foi às segundas escolhas desenterrar um Capdevilla e um lateral direito desconhecido e a surpresa Eduardo (Artur, Mika e Roberto não chegariam?) na tentativa de mostrar que pode ter um papel inesperado no mercado. 3 – O Sporting continua pacientemente a colocar fora o que não precisa (ou não pode ter em excesso) e a definir espaço para a última jóia da coroa.
Estas 3 realidades apresentam também o estado de espírito das 3 “nações”. O Porto está a “barrar” o Benfica no acesso a soluções de primeira, já no passado duvidei do sucesso deste tipo de manobras, mas a verdade é que James Rodriguez, Falcão e Alvaro Pereyra teriam sido bons reforços para qualquer que fosse o clube. Este tipo de manobras diverte Pinto da Costa e quer o admitam quer não destabiliza completamente os planos dos responsáveis benfiquistas. Pode-se até dizer que tramar as águias é a principal preocupação do Porto, tal a descontracção quanto aos seus próprios problemas.
A nação vermelha anda, aqui estou em desacordo com a maioria dos jornalistas desportivos, completamente “desnorteada”. A escolha de Eduardo, Capdevilla e Emerson são na minha opinião muito frágeis em relação aos badalados Danilo e Alex Sandro, promessas brasileiras com alguma preponderância no mercado paulista. Ver-se-á no futuro o que fizeram os scouts encarnados e como se apresentará este novo Benfica face aos seus rivais, sendo certo         que perderam de facto o seu melhor jogador, Enzo Perez não há dúvidas passará a ser o favorito na Luz e talvez a única aquisição indiscutivelmente boa de Rui Costa.
No Sporting as coisas andam calmas, mas alegres. A esperança de não fazer mais uma vez “figuras” menos dignas nas competições nacionais e internacionais está a dar tempo aos atletas e treinadores leões para fazer o trabalho de casa que já devia ter sido realizado há muitos anos. O simples facto de Duque e Freitas se darem ao luxo de esperar pelo mercado para atacarem um extremo é sintomático de uma racionalidade e método ausentes de Alvalade em tantos Verões.
Até breve.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mais, mais, mais.

Oito a zero contra amadores dificilmente é uma prova de qualquer valor, melhoria ou teste individual, ao contrário de outros emblemas e outras entourages, não nos convém a nós adeptos leoninos embandeirar qualquer mérito, seja qual for a goleada aplicada a tão frágeis adversários. Nem sequer é o que mais interessa. Agrada-me que os jogadores se apliquem, que construam boas dinâmicas dentro de campo, quiçá descobrir afinidades e entendimentos que sejam úteis para jogos mais a sério.


Mas, o futebol é um desporto e mesmo rotulado de amigáveis e mesmo contra adversários de pouca monta interessa alicerçar o hábito de ganhar – por muitos a equipas menores, pelos que forem possíveis frente a oponentes mais evoluídos. Assim será sempre mais fácil, mais saboroso para os adeptos e mais confiante para a própria equipa. Por esta altura todos os jogadores se querem mostrar, pelo seu valor individual, por oposição aos seus rivais dentro do plantel.

Haverá jogadores a abrir o livro agora e haverá outros que o abrirão mais tarde. O que interessa realmente é que o abram de facto e não deixem por mãos alheias o firmar posição aos olhos de Domingos, que se sabe não é um scolariano (treinador que elege um núcleo fixo de titulares de que não abre mão).

Até breve.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Bring it on!

Um estágio na época de defeso é muitas vezes olhado como uma regra, uma formalidade. Mas nada poderia ser menos importante para o sucesso de uma época que o trabalho e as relações que se constroem durante este período. Talvez a menorização deste facto tenha contribuído para que no passado, o estágio da equipa do Sporting tivesse sido tudo menos uma época de construção. Todos os erros que se apontam hoje ao Benfica, o Sporting cometeu-os nos últimos Verões. Equipas por fechar, jogadores que desconhecem o seu futuro, posições no campo desguarnecidas, chamada de jogadores para fazer o "papel" de contratações imaginárias, adiamento de solidificação estratégica dos modelos de jogo, etc.

Pagámos caro a arrogância de achar que o calendário começa no dia 1 de Setembro. O calendário da construção de uma equipa nunca termina, nem nunca acaba. Este entendimento está na base de todo o sucesso do Porto e de qualquer equipa que queira ser e permanecer forte. Para cada peça que sai, tem de existir um nova. Para cada lesão sofrida uma opção credível. Por cada plano A, um falling back, um plano A2, não um plano B. Por cada risco tomado, uma alternativa segura. Este método é de todos o menos falível e só não seguido muitas das vezes por arrogância e lascismo. É mais fácil e agradável antecipar sucessos do que contabilizar contratempos.

O trabalho feito até agora pela tríade Duque, Freitas e Domingos é a todos os níveis notável. Sem alarido, uma equipa sai e uma equipa entra. Sem alarido aterra em Alvalade um novo Sporting. Ninguém sabe o que valerá, mas será sem dúvida alguma algo que nunca vimos antes, a pura contabilidade de caras novas introduzirá tantas variáveis que seja sucesso ou insucesso, está garantida a novidade. E já agora a esperança.

Desde logo nomes como Bojinov, Carrilho, Rubio, Wolfswinkel, Rinaudo ou Schaars serão sangue novo, juventude, atrevimento e novas leituras, umas mais práticas, outras mais criativas, o mapa de origens do futebol do Sporting diversificou-se, chamou mais latinidade e mais impulso à nossa lusa identidade. Confesso que aguardo com muita expectativa tanto a contribuição dos novos reforços, como a mudança de "cara" de jogadores com talento que já tínhamos. Para mim Izma,Carriço,Fernandez e o inusitado Postiga podem fazer uma época fantástica. Junto-lhe Evaldo que sem dúvida terá no banco mais compreensão e mais ajuda na preparação táctica das suas partidas.

Venha o futebol. Venham os golos. Bring it on!

Até breve.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Á Procura de 11

Olhando para o plantel, a que faltará apenas um extremo que dê algumas garantias (versão ainda mais lógica depois das declarações de Domingos) é possível começar a imaginar um onze. Não será uma equipa fechada, quem viu os Bragas de Domingos abe que o treinador português não “joga” com onzes permanentes (como por exemplo JJ) mas com um lote de 15/16 atletas que com 5 ou 6 referências apresenta grande rotatividade.

A baliza é um sector, que a salvo de alguma transferência, estará tranquilamente entregue à titularidade de Patrício. Nas várias competições Boeck dará alguma folga ao Português. Tiago é uma precaução que será activada apenas em caso de lesões.

Na lateral direita, Pereira continuará a ser titularíssimo. Gonçalves é um jovem bastante competente e multi-funções (pode jogar na lateral esquerda e a central) e Árias um jogador para crescer. Ambos os suplentes disputarão uma vaga no descanso de Pereira.

Na lateral esquerda e apesar dos muitos laterais que foram noticiados Evaldo apresenta-se como o provável titular. Turan é muito jovem ainda e terá de se adaptar a um clube com a dimensão e exigência do Sporting.

Na posição de central, em duas vagas uma dúvida. Se Carriço parece uma aposta para continuar (o valor do atleta cresceu bastante nos últimos dois anos e houve muito interesse na sua aquisição este ano). Polga parece-me uma solução segura para substituir alguma quebra de rendimento do português. A verdadeira luta para mim será entre Rodriguez e Onyewu. O facto de ter sido já treinado por Domngos pode significar que o peruano comece como titular, mas ao norte-americano será sempre dada a oportunidade para se testar, resta saber no lugar de quem.

3 nomes fortes para duas posições. André Santos, Schaars e Rinaudo. Será muito difícil que joguem simultaneamente e além disso o português tem um perfil posicional muito próximo de Rinaudo. O Holandês Schaars não é um 6 e isso dar-lhe-á em principio um dos lugares. A boa época do português dará uma vantagem mínima sobre o argentino, mas o “tripero” promete vender cara a vaga pretendida. Zapater será o típico suplente, não sendo de excluir o seu empréstimo, já que seria preferível ter um jovem com outro “peso” permanentemente no banco dos suplentes.

Nas alas a questão está em aberto. É certo que Carrilho foi contratado pela sua possível adaptação ao lugar (muito ao género de Nani) mas o Sporting parece querer fechar Bojinov numa das alas (em jogos mais ofensivos) e talvez Izma (em jogos mais equilibrados). Uma das titularidades estará então por atribuir, mas provavelmente será o búlgaro a estrear-se na restante. Djaló servirá na minha opinião para jogar não nas alas, mas com dois avançados na frente, um sendo (como é Yannick) mais rápido e menos posicional.

Na função de médio ofensivo e playmaker da equipa, não existem muitas dúvidas que será Fernandez o escolhido. Essa ideia foi reforçada com a saída da melhor alternativa para o lugar Valdez. Schaars ou mesmo Izmailov deverão fazer os minutos que o chileno não estiver em campo.

O lugar de ponta de lança da equipa será o palco da luta mais interessante no plantel. O Sporting passou da dependência absoluta de Liedson, para a de Postiga. Mas agora tem 4 jogadores, bastante diferentes entre si, para lutar por uma vaga. Todos têm trunfos a jogar. Postiga é o mais experiente e é o actual titular da selecção nacional. Wofswinkel foi a contratação mais cara e é uma promessa da selecção laranja. Rubio é o novo “benjamim” do plantel leonino. Bojinov também pode jogar na frente de ataque e será uma garantia caso as 3 soluções anteriores tenham rendimento deficitário. Aposto em Postiga para começar. Uma aposta puramente baseada em palpite.

Este não é o “meu” onze, mas é onze que penso convencer mais Domingos no arranque da época. Para que seja claro o meu onze seria (porque posso, tenho esse direito, mudar de opinião): 1- Patrício, 2-Pereira, 3- Evaldo, 4-Onyewu, 5- Carriço, 6-Rinaudo, 7-Izmailov, 8- Schaars, 9- Wolfswinkel, 10- Bojinov, 11-Fernandez.

Até breve.

Pés no chão

Quaresma. O nome diz muito aos Sportinguistas. Foi feito na casa, partiu para o Barcelona num negócio absurdo. Voltou para o Porto quando nunca foi exercido qualquer esforço para o desviar do Dragão. No Porto nunca hostilizou os seus fãs de Lisboa e partiu novamente para o Inter. Seguiram-se Chelsea e agora Besiktas.
Aos 28 anos é um grande jogador, mas com algumas oscilações exibicionais, o que fazem dele um valor incerto, relativo ao que aufere.

Sem dúvida que á a maior estrela do Besiktas. Sem dúvida que no Sporting seria figura nº1. Mas duvido mais da qualidade do investimento. A ganhar 250 mil euros limpos por mês e nunca custando menos de 8 me para ser transferido, Quaresma seria sempre um elefante branco no plantel de Alvalade. A ambição de trazê-lo de volta é legítima, mas para isso acontecer seria preciso uma verdadeira sucessão de acontecimentos que à data está longe de se verificar.

1-      O Besiktas estaria na disposição de prescindir do jogador;
2-      Fá-lo ia por uma verba a rondar os 5/6me
3-      Quaresma desejaria voltar a Portugal e ao Sporting especificamente
4-      Estaria disposto a baixar para quase metade o seu vencimento.

Dito assim parece mais evidente que apesar de tudo ser possível, não deixa de ser mais simples e menos arriscado apostar noutro nome para o lugar de ala referência.

Até breve.

domingo, 10 de julho de 2011

Quem perde?

Os jogos-treino na Holanda que o Sporting irá fazer não irão ser transmitidos pela SportTV. Tenho pena se isso quiser dizer que não os irei ver, mas também sei que muitos blocos de notas estarão vazios por altura do jogos de apresentação. Os tais blocos de notas que endeusam Mantorras e diminuem Moutinhos. Qualquer campanha de esteja à espera de ser iniciada, terá de esperar. Por agora as promessas continuarão a ser promessas.

Do outro lado da segunda circular, os craques já começam a "despontar". Tal como numa primavera súbita, glorifica-se o perfume despontante de dúvidas que de repente são certezas. Os adeptos do Benfica começam por esta altura a preparar um altar que dificilmente terá santo. Tanto mais numa época em que Porto e Sporting traçaram bem os seus planos, apesar da falta de recursos de um e da perda do treinador maravilha do outro.

A chegada de estrelas como Witsel que é um monstro no Benfica, mas não passaria de um jovem com potencial no Sporting confirma tudo o que disse antes e acrescenta, a meu ver, mais dúvidas do que esclarece. Se há posições em que o Benfica está bem apetrechado é o de médio centro com Javi Garcia, Carlos Martins, Matic, Yebda (que fez uma boa época no Nápoles) e o tão esquecido Ruben Amorim. Estourar a maior parte do dinheiro da venda de Coentrão num médio centro (8/9 me) e na compra de metade do passe de Garay (5.5 me) é uma loucura e o tempo irá encarregar-se de o confirmar, sobretudo pelos ordenados que ambos irão auferir na luz.

Mas é neste comboio que a imprensa entra, assobiando com os adeptos uma música tantas vezes ouvida. Ainda bem. Quanto mais iludidos melhor. Ganham Porto e Sporting e os seus adeptos que não deixam de aplaudir as tiradas dos jornais não porque são verdadeiras, mas porque são úteis. Costumo ouvir com atenção o que dizem os rivais sobre o Sporting, muitas vezes o distanciamento e a frieza são fundamentais na compreensão e nem sempre sou capaz que a mesma seja despida de parcialidade.

Até breve.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O tal Mister X

Não há unanimidade quanto ao Mister X que vai chegar ao Sporting. A imprensa dispara tudo o que é nomes que tenham um valor de mercado entre os 6 e os 10 me. Alguém provavelmente vai acertar. Mas enquanto não há confirmação permito-me olhar para a essência da questão, ou seja, falta um nome de monta ao plantel do Sporting?

A meu ver falta. Não que o plantel como está neste momento não dê já algum vislumbre de mais vitórias e melhor futebol, mas porque a vinda de um jogador de primeira linha (ou em vias disso) daria a estocada final na consolidação da ideia de que o Sporting estará sem dúvidas mais forte e mais importante do que isso seria o definitivo “convocar” dos adeptos a uma participação mais apaixonada, ao bom género da frase “amor com amor se paga”.

Para um clube com as debilidades financeiras do nosso, um investimento como o que fizemos com Wofswinkel e o tal Mister X é mais um caso de “amor” ao estatuto do clube do que uma aposta racional. Na verdade todos sabemos que o súbito investimento de largos milhões em contratações e rescisões, não deixando de ser a única via para recuperar o clube, é um acto de risco. Pode não dar certo. Nenhum Sportinguista quererá sequer analisar essa hipótese, mas ela é real.

O meio compromisso da temporada passada não funcionou, sobretudo porque houve falta de conhecimento desportivo. Transformou-se num total compromisso com o desastre. Caiu tudo. Um sinal de fragilidade que apontava para um beco sem saída. Se poupar o Sporting definha, perdendo a sua base de adeptos e logo a sua viabilidade comercial como um grande clube. Se o investimento não resultar, o Sporting passará da falência técnica para a falência absoluta e será forçado a desinvestir brutalmente. Mas ou menos esta segunda via tem uma oportunidade de recuperação.

Neste “resgate” não pode haver meio “pagamento”, logo concordo absolutamente com uma aposta a 100% na valorização do plantel. Não se será preciso uma aposta em valor transferência, mas sem dúvida tornar possível a chegada de um atleta com outra dimensão competitiva pode ser mais uma questão de ordenado, tal como o foi para o Benfica o argentino Saviola, ou para o Porto o brasileiro Diego.

Até breve.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Bons sinais

Agora que está quase tudo contratado, faltando a confirmação de Turan (aguarda a insolvência do Grenoble) e a apresentação do tal extremo (o grande nome...espera-se) podemos olhar para o plantel e compará-lo com outras equipas adversárias ou mesmo a sua versão anterior. Uma coisa é certa, todos estão a afinar pela mesma tecla - o Sporting está com um plantel mais rico em soluções e apesar de alguma incógnitas, parece mais próximo do Porto e principalmente (por culpa própria) do Benfica.

É bom que a imprensa, os bloggers e o público em geral disseminem esta noção. Ela é extremamente útil para a moralização e criação dum ambiente favorável à integração de tantos elementos novos. Ao fazer uma revolução no plantel seria de esperar alguma convulsão, alguma perturbação e ruído. Mas até agora, os responsáveis leoninos têm sabido conter estes efeitos secundários. Os tais cheques devem ter ajudado.

O Sporting desta época pouca ligação terá com o passado. Permanecem os jogadores mais importantes, mas há muitas caras novas, nomes de peso que pelo investimento terão de ser primeiras opções. O treinador é novo e completamente diferente do estilo táctico dos seus antecessores. O Sporting nunca poderá jogar à "Braga" e o desafio parece ter sido compreendido pelo técnico que repete palavras como "ganhar", "vencer" e "ambição" de uma forma mais veemente e sobretudo adequada a uma equivalência de exigência - a pedra de toque dos últimos Sportings.

O futuro dificilmente trará algo pior que as últimas épocas, mas dificilmente também alguém se contentará com mais uma época sem vislumbre de luta por algum troféu. A equipa em construção é uma verdade condicionante mas não alienante, o que significa que de forma alguma se espera que o Sporting facilite um palmo de terreno aos seus rivais. O que significa que as derrotas continuarão a ser derrotas ao contrário do discurso de Paulo Sérgio que via numa derrota bons sinais, evolução e mais confiança na equipa - esta visão demasiado soft para com a dimensão do clube foi suportada pelos responsáveis e até por alguns adeptos. Mas não mais. Esse tempo acabou.

Construir uma equipa significa dar passos em frente, evoluir. Não significa adiar constantemente o sucesso, empurrando com a barriga a realidade que se esconde por detrás de cada insucesso.
Esta pré-época está a revelar outra ambição e já está a ter retorno nos adeptos. A venda de Gameboxes e merchandising está a subir e as inscrições de sócios a aumentar. São bons sinais.

Até breve.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Será?



Ora isto sim é um rumor como deve ser. Se viesse ia a ver todos os jogos mais ou menos
com esta expressão facial.

Até breve.

O que faltará ainda?


Perante estes dois onzes, alguém imagina qual é a posição do reforço que falta. Escapa à minha imaginação.

Até breve

Boatos?

Anda a correr um rumor nos blogs e chats leoninos que João Ribeiro e Bruno Gama serão os dois próximos reforços do Sporting. Oxalá não engane, mas parece-me completamente ridículo investir em dois jogadores médios, quando se tem já valores mais competentes no plantel. Sinceramente preferiria antes dar espaço a Bruma. Não penso que passe do boato, o que já por si é mau. Serem os próprios adeptos leoninos a difundir é algo preocupante e está a começar a acontecer com regularidade. Ainda se fossem boatos com jogadores realmente de fazer água na boca...

Até breve.

Renovação

Não sei que tipo de época realizará Bojinov este ano. Ao que parece não é um jogador muito regular, oscilando entre a apatia e a desenfreada vontade de decidir partidas. Uma coisa é certa acrescenta uma coisa ao Sporting que já há muito tempo não me lembro de ter, um jogador que é realmente avançado e joga bem na linha. Não existem muitos. A maioria dos atletas que desempenha esta função são ou avançados centro com excelente técnica ou médios ala com boa capacidade de concretização, como era por exemplo Pires no Arsenal, ou mais actual, Ronaldo no Real Madrid.

É destas diferenças que se enriquece um plantel. Apesar das dúvidas quanto ao mindset do Búlgaro, que vem em queda permanente desde a transferência milionária para o Manchester City, a realidade é que é um jogador feito na Série A italiana, internacional pela Bulgária e mesmo jogando a extremo é uma ameaça constante para os guarda-redes.

Noutro plano a saída de Pedro Mendes, Vukcevic, Maniche, Valdês e quem sabe até Zapater são medidas que custam dinheiro e rompem com ligações emocionais, especialmente no caso de Vuk e Pedro Mendes. São difíceis de digerir, muito por culpa da sensação de que podiam ter tido muito mais sucesso no clube. O talento e arte está toda lá, num caso as lesões e no outro a fraca preparação mental para encarar a adversidade, deitaram tudo a perder. São passos necessários para existir uma verdadeira renovação e saúda-se a praticabilidade das medidas.

Luis Aguiar. O nome tem um misto de sabores. É bom jogador, por vezes decide partidas, mas tem um temperamento por vezes explosivo o que se torna numa incerteza táctica em campo. no Braga foi um trunfo recorrente de Domingos. Esperamos que o seja também no Sporting. A sua polivalência em todos os sectores do meio-campo tornam-no (finalmente) num sério candidato a fazer de Moutinho, lugar onde concorrerá com Schaars. Não penso que seja uma alternativa a Fernandez, embora em caso de lesão, e só neste caso, será quase de certeza o eleito.

Aguardo com alguma expectativa para saber o tal nome do “efeito X”, o tal nome “grande”. Embora tenha alguma moderação, face ao capital já investido, o certo é que é dito pelos próprios responsáveis. Esperemos então.

Até breve.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Um blog que promete!

http://leaodeplastico.blogspot.com/

Visitem...excelente!

Quinas enquinadas

A maior brecha da formação em Portugal e isso inevitavelmente inclui o Sporting, chama-se ponta de lança. Não há, não houve, nem se prevê que exista grande competência lusa para formar finalizadores ao nível de um Ronaldo, Figo, Rui Costa e companhia. Será sempre um problema para os clubes, que contratam ano após ano dezenas de avançados, será sempre um problema para a Selecção, que se vê privada de alguém que empurre as bolas para dentro da baliza.

Postiga, Nuno Gomes, Hugo Almeida, tal como os seus antecessores sendo bons jogadores nunca mostraram evidente instinto de “matador”, nunca suportaram médias de concretização acima do normal, nunca ascenderam à cúpula europeia de Real Madrid, Barcelona, Man Utd ou outros do género. O último grande avançado português chamou-se Manuel Fernandes e foi desprezado muitas vezes no próprio clube e ignorado nos momentos mais importantes, pela camisola das quinas.

A chegada de Rubio ao Sporting é uma boa nova de esperança num futuro a curto, médio e longo prazo. O chileno tem tudo para vir a ser um dos melhores pontas de lança mundiais e mesmo que não venha a confirmar esse potencial, será previsivelmente um dos destacados avançados da Liga portuguesa nos próximos anos. Mas será que é tão difícil formar um “Rubio” português.

Questão genética? Questão cultural? Questão desportiva? Sinceramente não consigo entender. Muitas vezes penso que é uma questão de dar confiança desde muito cedo a jovens com potencial, mas que raio, isso seria simples demais para nunca ter sido feito.
O Brasil revelava o mesmo síndrome quanto a guarda-redes, mas categoricamente ultrapassou o problema com distinção. Hoje em dia, no escrete, é difícil escolher um lote de 3 keepers para uma prova internacional sem deixar muito talento de fora.

Não sei que ferramentas foram usadas, que métodos introduzidos no nosso país irmão, mas talvez fosse chegada a hora de alguém nos departamentos técnicos dos 3 grandes, estudar o caso. Não haverá por aí nenhum finalista em Educação Física que se atreva a uma tese? Alguém sabe de algum estudo feito neste sentido? Ano após ano investimos em muitos jogadores, sem que o mercado interno apresente soluções. Nem nos clubes “mais pequenos” que costumam oferecer mais oportunidades, o avançado português tem conseguido especial destaque.

Olho para o jogador Bebe e não vejo absolutamente nada. Não consigo ver o que compraram os 9 milhões do Manchester, é este o futuro nº9 da Selecção? Balde? Rui Fonte? João Silva? Estarei a ser mais um a contribuir para eternização do problema?

Até breve.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O "peixe" que nunca morre pela boca

Ao longo das últimas semanas tenho andado a conter-me, mas depois de um post que vi publicado hoje num blog leonino, perdi a paciência.
Para alguns sportinguistas nada nunca está bem. Faz-me lembrar uma frase que ouvi num filme uma vez que dizia “you couldnt angree on the color of shit”.
É verdade que as últimas épocas foram ricas em más decisões e que sofremos semana após semana humilhações que darão para lembrar durante muito tempo. Mas não há como tolerar este constante meio entusiasmo, meio acordo, meia vontade de não estar nem de acordo nem a favor, abrindo constantemente a “porta” para um posterior “eu bem que vos disse”.

Ser profeta do desaire não é uma posição que se deseje, é um karma que só deve ser assumido quando está em causa a verdade e o futuro de algo. No ano passado, por altura de Setembro, comecei a entender que o que quer que estava a ser construído no clube (tenho algumas dúvidas que se possa chamar construção) errava de forma evidente nos jogos, naquelas quatro linhas onde tudo se decide. Eu como muitos outros apontámos os erros, de forma constante e veemente. Não houve meios compromissos. Para nós faltavam jogadores, era dada a oportunidade a muita gente sem talento em prejuízo de outros com muito mais. Faltava treinador, preparação física e muita ordem num caos patrocinado por Bettencourt e companhia.

De forma alguma vi alguém a reclamar mérito desta profética antevisão de fracasso. Foi algo que foi feito para que, a tempo, fosse possível remediar. O que vejo hoje em 3 ou 4 blogs é o oposto. É a mais hedionda forma de rentabilizar em visitas as frustrações passadas, nunca manifestando a mais pequena partícula de sentido auto-crítico ou compromisso com os interesses do clube. A opinião é livre, pois é, mas onde é que ela está? O que leio é uma sucessão de banalidades, comparando alhos com bogalhos, ideias vagas de futebol, inexistência de conhecimento ou informação. Pior que investir num Tiui, é achar que o mesmo foi contratado para primeira linha da equipa. Pior que comprar o restante do passe de Grimi é pensar que o mesmo rende o que rendeu nos últimos 2 anos apenas por culpa própria. Será que esta gente não tem um palmo de testa para entender que nem tudo é preto ou branco?

Diego Rubio. Digo-vos que é uma óptima contratação. Não me venham com “velhos” italianos, recheados de lesões crónicas e pouca vontade de “dar o litro” na liga portuguesa. “Ah e tal…mas ninguém conhece o Rubio! Queríamos era um nome grande europeu…”. Patético! Talvez um Gillardino? Um Higuaín? Um Rooney? Isto é de quem usa um cérebro? “Mas o GL disse que tinha 30 me para gastar.” Pois disse, mas estes 30 tem de dar (como se vê) para todo um plantel e não para 1 ou 2 jogadores. “Ah…o Wolfswinkel foi muito caro…ninguém o conhece.” Talvez se tivesse ido para o Ajax ou para o PSV daqui a uns anos estaria na liga Inglesa no Arsenal ou no Tottenham e aí talvez passasse a ser mais “conhecido” por estes adeptos.

Facto nº1 – O Sporting é um clube de transição no mercado europeu. São-no também Porto e Benfica. Isso significa muito mais do que apenas uma posição geográfica.

Facto nº2 – Num plantel existem vários níveis de jogadores, vários esquemas tácticos, várias combinações de atletas, vários tipos de adversários em fases diferentes das épocas. Não se procura semelhanças num plantel mas sim diferenças.

Facto nº3 – Quem achar que o orçamento do Sporting é bom e dá para muita coisa, veja os plantéis de alguns clubes holandeses, belgas e escoceses e veja o tipo de jogadores que por lá andam.

Facto nº4 – Passar da não ambição para ambicionar tudo é fruto de infantilidade ou histeria completa.

Meus caros, vamos dar um pouco de crédito a quem está no clube. Não “livres trânsitos” como no passado, mas um pouco de ânimo não fica mal a ninguém. Informemo-nos daquilo que escrevemos antes de o fazer. Por exemplo (volto a escolher o mesmo jogador) Rubio é uma esperança muito promissora da selecção chilena, é certo que não virá com a responsabilidade de ser “titular” à partida, mas não deixa de ser uma aposta com ambição e futuro. Não é ninguém que venda camisolas e gameboxes, mas tenho a certeza que pode vender muitas nas próximas épocas.

Até breve. 

A frieza da razão

Neste princípio de defeso, que o Sporting, finalmente, entendeu que termina quando se começa a treinar (e não a 31 de Agosto como em outras épocas), as surpresas são quase diárias e apesar de alguns ameaços de “contratações pesadelo” como Trezeguet, Nuno Gomes, Zé Castro ou Hugo Almeida, a verdade é que ainda não senti daqueles amargos de boca tão habituais no passado. Cada nome que é apresentado tem a sua lógica, uma certa dose de risco e sobretudo num processo de transferência calmo, sem as “festas” e “novelas” de imprensa (assentaram arraiais na Luz este ano).

A última surpresa dá conta da troca de Valdês por Bojinov. Confesso que nunca entendi o porquê da vinda de Luis Aguiar, quando, principalmente os dois chilenos (além Carrilho e Izma) poderem muito bem assegurar a função de pivot ofensivo. Agora começa a fazer sentido. Como muitos outros olharemos para esta operação com alguma desconfiança, uma vez que Valdês já nos é conhecido e o búlgaro não. O chileno teve bons momentos na época, chegou mesmo a ser o melhor jogador durante 3 ou 4 partidas consecutivas, mas resumo final ficou aquém do esperado. É bom jogador, apesar dos apesares e ninguém sabe o que poderia alcançar jogando na posição certa, com uma boa linha média atrás de si e especialmente boas soluções nas alas ou na frente.

Mas no futebol, os gostos ou preferências devem sempre dar lugar à razão e facto é que Luis Aguiar é uma aquisição a baixo custo, o jogador é mais jovem, em termos salariais quiçá mais racional e (aqui reside grande razão) o Sporting precisa de alas, muito mais do que precisa de médios ofensivos. Bojinov não é uma garantia de golos, mas de muita dinâmica pelas linhas e podendo actuar também como ponta de lança fecha  o ataque do plantel, juntando-se às opções Wolfswinkel, Postiga e Rubio. Não há como negar a racionalidade da troca.

Bojinov não é o atleta que em tempos se perspectivava, mas mesmo assim é um habitué nas tardes desportivas do Calccio, um jogador experiente que tem passado ao lado do estrelato, muito por culpa de um Parma a jogar para não descer. Só para se ter uma referência do apagamento do búlgaro, a Fiorentina pagou 14 milhões de euros há 6 anos pelo jogador e mais tarde o Man City 8 milhões de euros. Juventus e Lecce também se contam entre as equipas que já representou. Mais de 50 golos na Série A é mesmo assim um registo muito positivo para quem raramente foi primeira opção.

Até breve.

sábado, 2 de julho de 2011

Ala que se faz tarde

Existe uma questão sobre o mercado de transferências e sobre as movimentações do clube leonino que ainda não vi exploradas por nenhum artigo de opinião seja em blogs ou imprensa. Porque é que o Sporting ainda não adquiriu nenhuma ala de origem. Quando tantas vezes no ano passado todos admitiram que era uma brecha no plantel, quando todos são unânimes em afirmar que o plantel só tinha jogadores que sabem flectir das alas para o centro e nunca preenchendo a linha, porque tem passado quase ao lado das apostas no mercado?

Zahavi e muitos sul-americanos têm sido sondados, mas nunca Freitas ou alguém do Sporting fez mais do que abordar os clubes detentores dos passes. Não temos à excepção de Bruma (ainda muito jovem), nenhum jogador da Academia prestes a "explodir" nesta posição, o que torna evidente quem olhar para o plantel que não existe nem foi adquirido ninguém para jogar como extremo. Compreendo que possam existir algumas condicionantes, passo a citá-las:

1- Vukcevic, Salomão, Cristiano, Izmailov, Djaló e Valdés fizeram as posições no passado. Nenhum com grande brilhantismo e o russo passou quase a época ao lado. Salomão e Cristiano já saíram. Djaló é quanto muito um falso ponta de lança, Valdés é um médio centro. Sobram Vuk e Izma. Se Vuk sair ficamos com o russo apenas. Carrilho não é um ala, podendo fazer a função em caso de alguma lesão. Mas falta no mínimo um ala de origem, na melhor das hipóteses que jogue bem em qualquer dos lados. Estaremos a aguardar a venda de Vuk para avançar para uma das mais importantes contratações do plantel?

2- Outra hipótese é a de que os alvos identificados estão em fase de desvinculação ou colocação no mercado, um tabuleiro onde Freitas se movimenta especialmente bem.

3- Um ou mais alvos escaparam às pretensões de aquisição do clube.

4- O Sporting tem conhecimento da pretensão de algum jogador muito bem referenciado que esteja a forçar um processo de transferência.

Qualquer dos casos pode explicar o facto de que ao idealizar um onze base do Sporting para 2011/12 faltar sempre uma peça, um ala.

Até breve.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Análise dos Reforços

Foi preciso algum tempo para pesquisar e reflectir no que havia disponível para ler e ver. Analisar as perspectivas de um novo jogador é sempre complexo porque existem 3 condicionantes variáveis: o tempo de jogo, o enquadramento táctico da equipa e a habituação a um novo campeonato, língua, país, etc.

Vale o que vale, mas aqui fica a minha opinião:

Ricky Van Wolfswinkel (Holandês)

22 Anos, 1,85m
1 Int. A (0 golos), 17 int. Jovens (7 golos)
108 jogos sénior (43 golos)
Clubes: Vitesse, Utrech

Posição de origem: Ponta de lança
Rotina noutras posições: não tem
Velocidade: 6/10
Técnica:4/10
Passe: 4/10
Finalização: 8/10
Disciplina táctica: 7/10
Jogo aéreo: 7/10
Bolas Paradas: 4/10
Cobertura defensiva: 2/10
Jogador semelhante a: Juskowiak
Hipóteses de titularidade: 7/10

André Carrilho (Peruano)

20 Anos, 1,80m
2 Int. A (0 golos), 7 int. Jovens (0 golos)
21 jogos sénior (3 golos)
Clubes: Allianza Lima

Posição de origem: Médio Ofensivo Centro
Rotina noutras posições: 2º Avançado, Ala Direito
Velocidade: 7/10
Técnica:8/ 10
Passe: 6/10
Finalização: 4/10
Disciplina táctica: 5/10
Jogo aéreo: 3/10
Bolas Paradas: 6/10
Cobertura defensiva: 3/10
Jogador semelhante a: Nani
Hipóteses de titularidade: 5/10

Alberto Rodriguez (Peruano)

27 Anos, 1,82
43 Int. A (0 golos)
233 jogos sénior (8 golos)
Clubes: Allianza Lima, Braga

Posição de origem: Central
Rotina noutras posições: não tem
Velocidade: 7/10
Técnica:3/10
Passe: 3/10
Finalização: 3/10
Disciplina táctica: 9/10
Jogo aéreo: 7/10
Bolas Paradas: 1/10
Cobertura defensiva: 8/10
Hipóteses de titularidade: 8/10

Santiago Árias (Colombiano)

19 Anos, 1,70
20 Int. Jovens (0 golos)
28 jogos sénior (0 golos)
Clubes: La Equidad

Posição de origem: Médio Direito
Rotina noutras posições: Lateral Direito, Médio Centro
Velocidade: 8/10
Técnica:4/10
Passe: 5/10
Finalização: 3/10
Disciplina táctica: 7/10
Jogo aéreo: 7/10
Bolas Paradas: 2/10
Cobertura defensiva: 8/10
Jogador semelhante a: Nelson
Hipóteses de titularidade: 2/10

Stijn Schaars (Holandês)

27 Anos, 1,77
15 Int. A (0 golos)
173 jogos sénior (11 golos)
Clubes: Vitesse, AZ

Posição de origem: Médio Centro
Rotina noutras posições: Médio Defensivo
Velocidade: 7/10
Técnica:5/10
Passe: 7/10
Finalização: 5/10
Disciplina táctica: 9/10
Jogo aéreo: 8/10
Bolas Paradas: 7/10
Cobertura defensiva: 8/10
Jogador semelhante a: Horvath
Hipóteses de titularidade: 6/10

Fabian Rinaudo (Argentino)

23 Anos, 1,76
3 Int. A Jovens (0 golos)
33 jogos sénior (1 golo)
Clubes: Gimnasia La Plata

Posição de origem: Médio Defensivo
Rotina noutras posições: Não tem
Velocidade: 6/10
Técnica:5/10
Passe: 6/10
Finalização: 7/10
Disciplina táctica: 8/10
Jogo aéreo: 5/10
Bolas Paradas: 6/10
Cobertura defensiva: 9/10
Jogador semelhante a: Douglas
Hipóteses de titularidade: 8/10

Atila Turan (Francês/ Turco)

19 Anos, 1,76
37 Int. Jovens (1 golos)
21 jogos sénior (3 golos)
Clubes: Grenoble

Posição de origem: Lateral Esquerdo
Rotina noutras posições: Médio Esquerdo
Velocidade: 7/10
Técnica:5/10
Passe: 8/10
Finalização: 8/10
Disciplina táctica: 6/10
Jogo aéreo: 4/10
Bolas Paradas: 8/10
Cobertura defensiva: 6/10
Jogador semelhante a: Paulo Torres
Hipóteses de titularidade: 4/10
Jogador semelhante a: Paulo Torres

Marcelo Boeck (Brasileiro / Belga)

26 Anos, 1,91
0 Int. A ou Jovens (0 golos)
42 jogos sénior (0 golos)
Clubes: Inter PA, Marítimo

Posição de origem: Guarda-redes
Rotina noutras posições: Não tem
Reflexos: 7/10
Passe: 4/10
Penaltys: 5/10
Fora de postes: 7/10
Mancha: 8/10
Comando de área: 7/10
Hipóteses de titularidade: 3/10

Oguchi Onyewu (Norte-Americano / Nigeriano)
29 Anos, 1,96
60 Int. A (6 golos) / 9 Int. Jovens (2 golos)
185 jogos sénior (12 golos)
Clubes: Metz, La Louviere, St. Liege, Newcastle, Milan, Twente

Posição de origem: Defesa Central
Rotina noutras posições: Não tem
Velocidade: 4/10
Técnica:3/10
Passe: 3/10
Finalização: 4/10
Disciplina táctica: 8/10
Jogo aéreo: 10/10
Bolas Paradas: 6/10
Cobertura defensiva: 7/10
Jogador semelhante a: Phill Babb
Hipóteses de titularidade: 6/10

Até breve