quinta-feira, 31 de março de 2011

Comprar ar e vender terra

Quem passar uma vista de olhos pela imprensa de hoje, irá (se estiver atento) certamente reparar que o Sporting passou de activo comprador, durante a campanha para as eleições, para um interessado vendedor de final de época. É caso para dizer, voltámos ao costume.

O optimismo de grandes reforços, deu lugar ao realismo de ter de vender o melhor, porque no clube não há nem haverá dinheiro para reconstruções ambiciosas. Quero pensar que a estratégia para a próxima época não passa por este tipo de postura no mercado, onde se trocam valores seguros e valorizáveis, por tiros no escuro.

No ano passado vendemos Veloso para ficar com Zapater. Vendemos Moutinho para ficar com Maniche. Vendemos Tonel para ficar com NAC. Vendemos Liedson para ficar com…ninguém. Pode-se ver algum tipo de investimento com estes negócios? Eu apenas vejo desinvestimento. Trocar o bom pelo pior e desviar as mais valias para tapar buracos financeiros.

Quando tanto se prometeu nesta campanha, tanta afirmação plena de convicção na mudança deste paradigma de “venda de anéis”, assisto agora ao regresso de um discurso velho e gasto em Alvalade. É verdade que ninguém admitiu nenhum cenário de venda, mas no passado também não e o que é certo é que as especulações da imprensa são confirmadas mais tarde ou mais cedo e os negócios são tão maus que fazem o adepto mais conformista “ir ao tapete”.

Pereira, Carriço, Djaló e Patrício são, dia após dia, colocados na “montra” de vendas dos media. Por vezes valem 20me, outras 30me, nos dias mais fracos 15me. E isto nem é o mais triste. O que é verdadeiramente desmotivante é a opinião de muitos de que este ou aquele seriam bem vendidos, como se fossem valores banais, culpados máximos dos maus resultados e das más exibições.

Só quem não sabe ver um jogador de futebol é que pode dizer que um jovem que em 2ª época a titular de um clube no estado em que está o Sporting, a jogar no centro da defesa e com a braçadeira de capitão não será no futuro um grande jogador. Só quem não sabe ver futebol é que pode afirmar que seria bem vendido nesta altura.

Aconselha-se mais calma aos adeptos a julgar talentos da sua equipa e mais calma aos gestores a vendê-los. Tal como na bolsa em que uma acção só será bem vendida depois de completar a sua curva de valorização, um jogador só deveria ser transaccionado depois de entendida a sua evolução com tendência à estagnação. Nestes 4 jogadores esse não é o caso. Ainda por mais porque nenhum tem um valor de mercado em alta.

De quem diz à boca cheia que Moutinho só deveria ter sido vendido pela cláusula de rescisão, só posso esperar a mesma firmeza quando os cheques de 6 ou 7 milhões baterem à porta por Carriço, Pereira ou Patrício. Especialmente quando se quer uma equipa para lutar pelo título.

Espero sinceramente que estejamos perante mais uma “campanha” de especulação e que seja tão real como as notícias de contracções da semana passada. Seguramente este não será o caminho de mudança.

Até breve.

Um xadrez "vendado"

A proposta de renovação de contrato que Salvador vai entregar a Domingos é um acto que me levanta muitas questões. É óbvio que o presidente arsenalista lê a imprensa e sabendo o que se tem dito sobre o futuro de Domingos é quase paradoxal que faça esta operação na ressaca de uma eleição que coloca o seu treinador praticamente certo em Alvalade.

Se o não está garantido, o que ganha Salvador? “Lavar as mãos” perante os adeptos? Garantir que consegue em tempo útil preparar a contratação de um novo treinador? Nenhuma destas razões me parece lógica. Primeiro porque Salvador nunca me pareceu o tipo de presidente que tenha de “prestar contas” aos seus sócios. Saiu Jesualdo, saiu Jesus e nunca se viu esta preocupação. Segundo porque da forma como o Braga está hoje organizado dificilmente o presidente não terá uma opção para a substituição, especialmente quando tanto se falou no final da última época que Domingos podia ir para o Porto ou para o Sporting.

Existem muitos rumores a circular, Leonardo Jardim, Jesualdo Ferreira, Rui Vitória, Manuel Machado, Paulo Sousa são nomes que pairam num triângulo Braga-Sporting-Porto. Incluo o Porto neste panorama, porque apesar da imprensa portuguesa estar mais concentrada na “super-equipa” do Benfica, a verdade é que o Porto versão 2010/11 está a ser objecto de estudo por essa Europa fora, com múltiplos artigos que falam já de Vilas Boas como um Mourinho versão 2.0.

Existem reais hipóteses de o Porto ficar sem treinador no final desta época. Não será fácil ver Pinto da Costa deixar sair um treinador campeão logo na primeira época, mas os milhões são argumentos de peso. Esta saída, precipitada por uma época que pode valer dois títulos (a taça de Portugal parece difícil) a um treinador estreante em equipas “grandes”, abre um panorama de escolhas muito mais complexo, onde Domingos seria confrontando com uma vaga no clube de que é adepto e ex-jogador.

Seja qual for o cenário, exige-se a Godinho Lopes um pulso diferente do que exibiu Bettencourt no caso de Vilas-Boas, cedendo, ingenuamente a uma “jogada” de rupturas, a sua escolha a Pinto da Costa. Domingos quer o presidente do Sporting admita ou não, foi um trunfo eleitoral, talvez até tenha rendido muito mais do que 360 votos, daí emana uma responsabilidade diferente na confirmação que será “exigida“ no final da época.

Aqui entra em cena Salvador, que pode inadvertidamente ser o maior aliado de GL, ao precipitar no tabuleiro que as “Rainhas” se mexam para apoiar os “Bispos” a fazer cheque-mate a um Rei que todos querem. Mas neste xadrez existe um “Papa” e todos sabem que é uma peça que não joga com as mesmas regras das outras.

Até breve.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Charters de Arrogância

A conferência de imprensa de Paulo Futre feita na Quinta-Feira antes das eleições vai constar na galeria de momentos caricatos do clube. Não tenho dúvidas que será um verdadeiro “tesourinho deprimente” pleno de humor, pois só com humor se pode classificar a forma impetuosa de Futre explanar as suas ideias.

Mas ao contrário de muitos Sportinguistas, não penso que o conteúdo fosse assim tão despropositado. A piada do “chinês” que circula na net como uma anedota viral, tem tudo para ser matéria de alguma reflexão. Só um tonto desaproveita boas ideias. Só um tonto é arrogante o suficiente para não ver um caminho só porque não está assinalado no mapa.

O mercado russo-asiático é um turbilhão de crescimento económico. O dinheiro está lá, em doses massivas. Mais do que no Médio Oriente que a qualquer momento pode entrar em recessão face à ascensão das energias alternativas, mais do que no Brasil e mais do que em África. É do tigre indiano, do urso eslavo e do dragão chinês que virão as bestas e os bestiais investimentos europeus e norte-americanos.

Não entender isto é grave e todos os que se riem com a ideia de o Sporting ter um jogador chinês de selecção no seu plantel, são eles sim, verdadeiros totós. Existem muitas empresas chinesas a querer investir na Premier League, na Serie A e na Liga BBVA. Porquê? Porque os seus consumidores internos na China vêem cada vez mais partidas destes campeonatos.

Se Portugal tivesse responsáveis desportivos inteligentes, sem palas nos olhos, nomeadamente na Liga de Clubes, poderia ser uma jogada fabulosa tentar em bloco vender a Liga nas cadeias emissoras asiáticas. Esse seria o primeiro passo para clubes portugueses terem acesso a contratos fabulosos de novos patrocínios. Se o nosso campeonato não tem mais visibilidade é por culpa dos péssimos espectáculos que as equipas dão semanalmente.

Quando tanto se elogia a capacidade do treinador português, muitos se esquecem das tácticas defensivas do “espreitar o contra-ataque”, da “manha” de fechar a equipa num recuo absoluto libertando dois alas e um ponta-de-lança. Esta é a táctica que o treinador português domina realmente. Quando tem de montar a equipa para marcar golos e jogar ofensivamente é o cabo dos trabalhos. Basta olhar a liga Holandesa, Escocesa e Belga para ver as diferenças, 3 ligas de menor dimensão que a nossa, mas muito mais ricas em golos e espectáculo.

Mas voltando ao tema do “chinês”, não serão óbvios os charters que PF menciona, mas seria óbvio o maior interesse que o Sporting despertaria nos media nomeadamente chineses. Esse interesse poderia ser uma aposta, não que justificasse um departamento, mas que valorizasse a imagem do tal jogador, a ponto de ser um argumento financeiro de peso, mais especificamente nos direitos de imagem do atleta para o exterior.

A visão de Futre está pelo menos correcta quanto à oportunidade. É desfocada na dimensão dos objectivos e lucro, mas a longo prazo e bem estruturada pode valer muitos “charters” de milhões de euros e a dianteira pela aquisição do tal jogador (não existem muitos).

Até breve.

terça-feira, 29 de março de 2011

Continuar!

“A qualidade e força de um homem não se mede quando ganha, mas da forma de como se levanta e anda depois de perder.”

Perdoem-me se não estou a parafrasear correctamente a citação, muito menos sei quem a proferiu. Mas esta é a frase que mais ecoa na minha cabeça depois de saber o resultado das eleições. Tal como muitos, o meu candidato preferido não ganhou. Não vi nele um ser iluminado que faria o milagre de transformar o clube num mandato, vi apenas algumas qualidades mais que os restantes. Juventude, imaginação e ruptura sobretudo.

Bruno de Carvalho é um mistério. Mas era isso que também seduzia, podia muito bem ser a sedução pelo abismo, ninguém saberá ao certo o quão perto estivemos dele. Tanto quanto da mudança e um novo caminho mais vitorioso. A questão é mesmo essa: ninguém sabe. Aliás, esse é pior inimigo de GL. Todos acreditamos saber exactamente o que podemos esperar dele, ou seja, muito pouco.

Conhecemos Luis Duque, conhecemos Carlos Freitas, conhecemos Ricciardi e Nobre Guedes, conhecemos Rogério Alves e pensámos que conhecíamos Varandas e PPC. Esta promessa de “velhos conhecidos” e do que já fizeram no passado retirou margem de sonho, de acreditar que com outros poderia acontecer algo de inesperado, algo de diferente.

A madrugada das eleições devolveu um clube em guerra, numa luta entre gerações, paixões e ideais. De um lado uma maioria plebeia e jovem, do outro uma aristocracia envelhecida. De democrática a eleição teve muito pouca, mas mesmo assim estava aceite previamente entre todos. Perdeu um Sporting, ganhou outro Sporting. O que é que fica?

O que temos nestes dias de recomeço, de fim de sonho, de ressaca eleitoral é uma imensa desilusão, uma descrença absoluta e feroz. Nos últimos dois dias vários bloggers têm desistido de lutar, preferindo a ausência a comentar este verdadeiro estado de sítio.
Muito adeptos estarão a reflectir se valerá a pena apoiar um clube que lhes escapa, que foge da sua vontade, que lhes nega o direito de o decidir.

Mas tal como a frase de começo deste post indica, é nesta altura que TODOS devemos juntar-nos à luta. É nesta altura que nos ergueremos mais uma vez. O Sporting não é de Godinho Lopes, não é de Bruno de Carvalho. O Sporting é uma ideia, são equipas que competem, ganham e perdem, mas permanecem.

Apoiar o clube é estar atento, é cobrar as promessas, é saber ser desportista e não rasgar cartões. Apoiar o clube é saber encontrar esperança, mesmo que nada pareça ser capaz de a suportar. Daqui a uns anos, quando findar o mandato que acabou de se iniciar, faremos novas apreciações quanto ao destino do clube. Se for mais cedo será muito mau sinal. Ninguém deve esperar ou desejar o insucesso de GL.

Abrir uma contracorrente no sucesso do clube será o mesmo que querer que o Sporting se transforme num sistema anárquico. Sabemos todos o que isso gerou no final do mandato de JEB. Nenhum jogador, treinador ou adepto se quererá juntar a uma organização sem apoio e sem liderança. Isso será o fim do clube. O Sporting é grande mas não pode desperdiçar grandeza, lutando contra si próprio.

É por isso que acredito que a direcção de Godinho Lopes deve ter de todos os adeptos e sócios o apoio que daríamos a qualquer outro candidato se tivesse ganho as eleições. A validade do acto eleitoral será decidida fora do clube e até lá TODOS devem respeitar o que os sócios decidiram. Sei que nunca mais será viável a distribuição de votos por antiguidade da forma como está, nunca mais será viável que não exista uma lista vencedora com menos de 50% dos votos, nunca mais será viável que seja apenas possível votar nas urnas em Alvalade.

Acredito que estas inviabilidades estarão perto de cessar, não faltaram vozes que irão propor as necessárias alterações. Posto isto tudo se decidirá, tal como no passado com o sucesso ou insucesso da equipa de futebol. Aí serão decisivas as escolhas de GL, aí será central a política desportiva, será óbvia a linha da continuidade ou ruptura. Se o que foi prometido servir para alguma coisa, penso que teremos uma equipa mais competitiva na próxima época.

Saiba Carlos Freitas acabar com o truque do “coelho a custo zero desacreditado”. Saiba Duque estar calado com o que interessa esconder e falar quando a equipa precisa. Saiba o treinador (seja ele Domingos ou outro qualquer) entender a diferença entre treinar uma equipa qualquer e treinar o Sporting. Saiba Carlos Barbosa fazer mais do que abrir guerras entre os sócios quando está mandatado para os unir. Saiba Varandas instruir GL a ter ideias que levem os sócios a Alvalade apoiar a equipa.

Saibamos todos nós que não podemos passar de um 3º lugar à rasca, para campeões num salto mágico, ao género de um filme de Hollywood com final feliz. TODOS sabemos que vai levar tempo a construir um projecto vencedor. TODOS sabemos que é para isso que GL lá está e TODOS sabemos que não podendo exigir vitórias, podemos exigir trabalho. E do bom!

Mais do que declarações de intenções quero ver acções, decisões. TODOS querem. Esperemos por elas. Mas unidos! Viva o Sporting!

Até breve.

O futuro

O futuro está ligado a um processador. Ligado a um ecrã. Ligado a redes de satélites. O futuro está na internet. Nas redes sociais. Nos I-pads, i-pods, e-casts, e-mails. O futuro pertence ao digital, ao wireless, ao plug&play.
O papel, a carta, o jornal, o livro percorrem algumas vias. Os computadores, telemóveis e as tablets percorrem muito mais.

Dizer isto é uma banalidade. Mas pensá-lo numa lógica de um clube de futebol como o Sporting não tem nada de prosaico. Esta é a melhor introdução que consigo imaginar para a ideia que lanço a seguir.
A comunidade de bloggers do Sporting é, goste-se ou não, a frente pública dos adeptos do clube. A AAS é um organismo extremamente útil, mas o seu universo é vasto e genérico. O estatuto dos blogs e bloggers é muito mais incisivo e activo. Até hoje vivemos de uma partilha fugaz e com alguma insistência isolada concebemos uma rede de sites e espaços que partilha uma audiência em crescimento notável.

Os blogs e as redes sociais são hoje em dia responsáveis pela criação de opinião de muitos dos adeptos Sportinguistas. Escapam os info-excluídos, que serão cada vez menos a cada dia que passa. Desde a criação de alguns espaços de profundidade editorial muito avançada e criteriosa, que o adepto entendeu que finalmente existir uma outra realidade, um outro Sporting que não surgia nos jornais e nas TVs, um clube diferente, que falava uma língua diferente, que expressava ideias diferentes, muito diferentes das dezenas de magazines de "paineleiros" ou crónicas desportivas.

Este "novo" Sporting lançou um Candidato às eleições. Quase ganhou. Não estou a dizer que todos os blogs foram partidários da Lista C. Estou a afirmar que sem os blogs, sites ou redes sociais, Bruno de Carvalho teria uma votação semelhante a Abrantes Mendes. Isto acarreta uma grande responsabilidade. Não entendê-la será ajudar o clube a continuar a navegar ao sabor da corrente, limitando-nos a nós bloggers a prestar um serviço digital de avisos, um autêntico serviço de "lembretes" virtuais.

Porque as Claques se organizaram, porque os Adeptos criaram uma associação, porque quem partilha um espaço e uma tarefa semelhante deve reflectir sobre o seu papel, utilidade e qualidade, proponho a quem queira pensar comigo que se comece o quanto antes a edificar a:



Não é uma acção de instrumentalização, restrição de liberdade de opinião ou ausência de pluralidade. É precisamente o oposto. A opinião, a critica ou a ideia que respeita o rigor, a verdade e o engrandecer do Sporting só pode ser mais útil, mais eficaz e mais fiável.

A quem interessar, o meu e-mail está à vossa disposição.

Até breve.

Entre o 8 e o 80

Neste verão, seguindo a premissa de mudança de que Bettencourt anunciou quanto ao investimento no futebol, os OCS “despejaram” camiões de contratações no Sporting. Foram bem perto de 100 nomes (!) durante dois meses, o que dá uma cadência de quase 2,5 nomes por dia (!). Apenas acertaram em 2 ou 3, dos 8 que chegariam à equipa.

Nestas eleições, quiçá seguindo os “ventos” de algumas candidaturas a imprensa seria mais uma vez inundada de nomes, foram mais 30 (!), muitos deles nunca sequer proferidos por ninguém das listas concorrentes.

A noite das eleições foi trágica. As fontes que relataram o avanço de 600 votos de BdC provocariam um motim, que foi o ponto final num momento de moralização e união sportinguista.

Record viria a pedir desculpa. OJogo teve durante todo o Domingo noticias no seu site relativas à vitória de BdC. A SIC escudou-se em “fontes” misteriosas, que Nuno Luz, por mais que viva, nunca poderá justificar.

Rigor, verdade, apuramento de factos e imparcialidade. Estas são as regras de ouro do jornalismo. Nada mais distante do que se tornou a imprensa desportiva em Portugal.
A diferença hoje em dia, entre um jornalista desportivo e um “espalha-brasas” é ínfima.

Sofrem os clubes que vivem maus momentos, pois se existem matérias de que os OCS mais gostam em Portugal é esmiuçar a “crise”, o conflito, a desordem.

O Sporting é hoje um autêntico “bobo da corte”, que é consumido em puro canibalismo pelos Sportinguistas e como “prato” de humor para os adeptos rivais.

Por que raio havemos nós Sportinguistas de confiar nas informações que são postas a circular na imprensa sobre o clube? Já não aprendemos a nossa lição?

Neste momento e até ao fim da época será prato forte dos media os nomes de Carlos Freitas para a equipa de futebol, o nome do treinador (que todos dizem ser Domingos, mas que nunca foi confirmado!) e quais serão os jogadores a abandonar o clube.

Vale a pena acreditar em qualquer notícia sobre estes temas? Não valerá a pena que GL mostre o teu pulso firme “disciplinando” (uma boa acção judicial pode serenar a vampiresca vontade de publicar boatos) os OCS?

Deixo à vossa consideração. Deixo à consideração de quem manda no clube entender o caos que os rumores e boatos tem provocado na vida diária do clube. Quem vê 80 na imprensa que equivalem a 8 na realidade só pode ficar desiludido com a direcção. Até quando vamos permitir isto?

Até breve.

Mudança de Perfil

Desde que abri este blog, do qual sou único responsável e "writer", que criei e usei o nome de perfil "Verdão". Reparei há dias que existe noutro site sportinguista um blogger que usa exactamente o mesmo nome. Porque que me parece ser um nome que usa há muito mais tempo do que eu, resolvi mudar o meu perfil para "Violino".

A homenagem à época de ouro do nosso clube (5 Violinos) é justa e espero que me inspire a escrever mais e melhor, nesta altura em que é decisiva a participação e clarividência de todos os que comentam a vida do Sporting. Serei ou tentarei ser um "violino" na blogosfera, sabendo que não existem mais 4, mas muitas dezenas que me fazem o favor de acompanhar e comentar neste espaço.

Até breve.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Como mudar uma derrota

Do desconhecido BdC quase ganhava as eleições. Metade dos votos e bem mais de metade dos sócios elegeu-o como o rosto da mudança. Esse é um capital valiosíssimo. Do que sabemos até agora, o acto eleitoral decorreu com alguma má organização mas sem matéria que dê razões para acreditar que o resultado foi adulterado. Faço esta afirmação completamente sem conhecimento do processo. Poucas pessoas poderão ter direito de alegar o que quer que seja sobre a legitimidade do processo, simplesmente porque, não estavam lá.

Imagino que o que move BdC a conceber a hipótese de impugnar as eleições seja apenas a marcação de território e o enfraquecimento do início do mandato de GL. Matéria de anulação existirá pouca e será muito difícil de comprovar. Sendo assim abre-se, mais pelo mediatismo, uma via para a candidatura de BdC rentabilizar um pouco mais o seu estatuto de oposição à “continuidade”.

Penso que será o passo errado para o futuro de BdC no Sporting. Acredito que salvo a existência de dados ainda não revelados e graves, impugnar as eleições nos tribunais só terá o resultado de agastar ainda mais a generalidade dos sócios e prolongar a agonia que foi esta campanha. De facto BdC não precisará de fazer absolutamente nada para garantir a sua próxima eleição. Por 3 razões:

1/ Porque o mandato de GL, já se iniciará por si próprio frágil e sem chama.
2/ Porque existem reais hipóteses de o mandato de GL falhar.
3/ Porque um líder que sabe esperar, conserva intacta a sua imagem.

Acho que para bem do Sporting, salvaguardando a ideia que foi uma votação justa e honesta, GL deve ter todas as condições para liderar o clube. Ninguém sairá a ganhar de mais um mandato fracassado, nem BdC. Pode ser até que nas próximas eleições um clube mais saudável e melhor organizado seja ainda mais apetecível. GL prometeu rever os estatutos, adivinho que não vá mudar a distribuição de votos (prevendo a sombra de BdC em anos futuros), o que será muito grave.

Grande parte do fracasso moral destas eleições deve-se à ideia de que existem sócios leões, outros lagartos e outros pouco mais do que vermes. Esta distribuição é exagerada e não estimula a participação. Querer mais sócios novos para quê? Para valerem 1 voto enquanto alguns valem 25? Até posso ser partidário de alguma diferença entre antiguidade, mas isto é perpetuar uma visão elitista do clube. Se queremos proteger o acto eleitoral de uma súbita adesão de sócios recentes, que se limite a participação aos que têm o mínimo de 1 ano de sócio.

BdC só precisará de tranquilamente continuar a participar nos momentos da vida do clube, discreto e sem criticas. Provavelmente o futuro dar-lhe-á o cumprir do sonho, apenas numa data posterior. Agora é altura de se mostrar magnânime e aceitar a derrota. Perderá o apoio das claques e dos mais extremistas, mas será temporário. Mas ganhará muitos dos votos dos mais conservadores e dos que acreditam que na democracia a palavra perder não existe.

O Sporting precisa de estabilidade. BdC pode, mesmo perdendo ser o seu paladino. Basta que jogue as cartas certas no momento certo e transformará uma derrota hoje numa pré-anunciada vitória no futuro.

Até breve.

domingo, 27 de março de 2011

Carta aberta a GL

Caro Consócio Engº Godinho Lopes. Parabéns pela sua eleição. Ganhou o lugar de presidente numa das eleições mais disputadas de sempre. Mérito para os votos que conquistou, mérito para a equipa que reuniu que lhe foi disfarçando óbvias fragilidades de discurso de ideias e fraqueza de carisma.

Conquistou o seu mandato, numa campanha muitas vezes “negra” contra o candidato que esteve a uns míseros 360 votos de o vencer. Ganhou as eleições, mas o clube e o coração dos adeptos, especialmente os mais jovens e exigentes, está longe de estar conquistado.

Conto-me entre os quais votou na lista de Bruno de Carvalho, conto-me entre os adeptos que olharão para os seus gestos futuros à espera de poder ver o que não vi nesta campanha: rigor, criatividade e combatividade. Exigo-lhe, sim tenho esse direito, exigo-lhe que respeite o seu programa e que comande o clube para um mandato de ruptura com o passado.

As desculpas com as quais os sócios tem sido “amansados” há mais de 10 anos, esgotaram-se. Esgotaram o fervor clubístico, esgotaram a capacidade de acreditar. Na próxima segunda-feira exigem-se soluções, vontades firmes, actos que visem mudar o que está mal e…há muita coisa que está mal no Sporting.

Prometeu uma equipa capaz de lutar pelo título. Pois bem, essa equipa neste momento não existe, tem de ser criada. Não sei como a sua lista pensa começar a preparar um plantel com um treinador no activo, num rival directo pelo 3º lugar, mas sabe-se da urgência de começar a explorar o mercado, procurando soluções viáveis, nomeadamente com jogadores em fim de contrato. Urge definir o que quer e como vai consegui-lo.

Palavra a Carlos Freitas e a Luis Duque. Os seus trunfos devem mostrar o quanto antes para que foram exibidos como garantias de capacidade. As notícias dos jogadores que ambos procuram “fechar” preocupam-me. Hugo Almeida não vale o valor que custará, Jô é um valor muito pouco credível e Zahavi não difere muito das soluções que o plantel já dispõe (Izmailov, Vukcevic). Procure nas listas adversárias e encontrará soluções muito melhores.

É tempo de explicar aos sócios como se encontrou a verba de 100 milhões de euros que prometeu. Aguardamos com ansiedade a explicação, tardia, de onde vêm esses valores, como a conseguimos e a que custo para o futuro do clube. O mistério que rodeia nomeadamente o nome do treinador, os jogadores e o valor do investimento no clube é um factor de dúvida nos que se lhe opuseram. É urgente e vital que o termine.

Será também importante que mostre firme liderança ao unir o universo dos sócios. Terá para isso de demover Bruno de Carvalho de impugnar as eleições, facto que a ocorrer será o destruir do início do seu mandato. Os líderes comandam e governam, para todos, e ficar de cadeira à espera do resultado da batalha administrativa será o maior sinal de divisão do clube. Um clube separado terá um líder frágil.

Procure juntar a cúpula de todas as listas e exigir compreensão estatutária pelo acto eleitoral, quiçá dando garantias pela sua acção futura como elemento agregador do clube. Leia a história das monarquias europeias e entenderá que líder não manda, mas serve os seus súbditos. Ser eleito presidente apenas significa que é o Sportinguista com mais responsabilidades, com mais dever de servir os sócios. Isso começa por servir os que foram seus adversários. Uma atitude arrogante conquistará uma oposição que durará todo o mandato, uma atitude humilde ganhará o respeito e as tréguas que precisa.

Tente esvaziar a necessidade que se grita de mudança. Se o conseguir será o presidente de todos nós. Se não o fizer ficará na mesma galeria de Dias da Cunha e Bettencourt, de presidente incapazes, que não entenderam o que é o Sporting e quem são os Sportinguistas. Acima de tudo há que:

1/ Investir em valores seguros na equipa de futebol. Jô e Hugo Almeida serão os seu  “novos” Pongolle´s.
2/ Mudar os estatutos, cessando esta oligarquia de conservadorismo e abrindo o voto por correspondência.
3/ Desligar a máquina do empresarialismo, iniciando uma nova época no clube, dando mais voz aos núcleos, aos sócios.
4/ Acabar com a atitude subserviente à banca, ao Porto e Benfica, aos Oliveiras, ao Estado.

Se isto for feito rapidamente terá dado os sinais essências para poder realmente ser o presidente de todos os sportinguistas. É que nem todos somos “enganados” com cenouras de jogadores duvidosos, de um treinador do Braga que pode também estar a caminho do Porto, de promessas de auditorias e pintura de cadeiras. Alguns como eu saberemos estar a atentos a actos muito mais importantes. Nunca como opositores, mas como sócios do Sporting.

Até berve.

A exigência

Parabéns a Godinho Lopes. Será o novo Presidente. Dificilmente posso dizer que estou contente. Tive sempre a noção que é um homem colocado por outros e não alguém que por força da sua ambição procurasse o desfecho de se tornar a figura máxima do clube. Pode-se discutir o mérito da sua lista, da sua campanha, do seu programa, mas nada disso parece ter influenciado o eleitorado que viu em Carlos Freitas, Luís Duque e Domingos a salvação desportiva do Sporting.

O clube está partido em dois. Entre uma minoria de sócios mais antigos e conservadores e toda uma juventude à beira de um ataque de nervos, é o Sporting que começa um novo período. Começa um grande desconhecido, porque nenhum dos candidatos soube prometer a certeza e o futuro. Prometeu-se isso sim o sonho e a ilusão, que agora vai bater à porta de GL perguntando pelos jogadores e treinador que foram trunfos e capas de jornal.

Há que respeitar o voto, por mais cruel que tenha sido. Poucos elegeram pelos muitos, mas não mais nenhuma direcção terá cartas e cheques em branco. GL sabe que terá de convencer muitos sportinguistas, só de uma forma, cumprindo o que prometeu. Apetece dizer que o clube errou mais uma vez, que escolheu continuar um caminho desmotivado para lado nenhum, mas não é essa a postura certa, as regras são válidas para todos e se perdemos, perdemos todos.

Desejo a melhor sorte a GL, gostava que fosse o presidente mais bem sucedido da história do Sporting, que me fizesse engolir as (muitas) palavras que escrevi aqui sobre a sua solução para o clube. Desejo o melhor também para toda a equipa que comandará o clube no futuro. Mostrem-nos que não são da "continuidade"!

Viva o Sporting!

Até breve.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Começar

Dificilmente o dia de amanhã não será uma “madrugada” de esperança na longa noite que o Sporting atravessa. Todas as facções, grupos e sectores de sócios querem acordar o clube. Querem levantá-lo de uma enorme cama de desmotivação e dívidas. Não há como não reparar que o clube está doente, letárgico, num sono pesado pleno de todo o tipo de pesadelos. O pior deles será o abandono dos sócios.

Ter 35.000 sócios pagantes não é triste, é um pronuncio de doença grave, uma doença que pode até matar. O único elixir capaz de curar esta doença é a motivação, união e aproximação dos sócios. Enquanto continuarmos a virar as costas o clube continuará a definhar. Todos, uns mais outros menos, vimos em JEB um médico capaz e com o prestígio certo para aplicar uma receita energética e interromper o calvário.

Mas não foi. Acima de tudo porque não soube ser líder, não soube escolher uma equipa acima de tudo, competente. Mas JEB é o passado e junta-se a uma galeria de erros e más decisões, nunca estará sozinho na atribuição de culpas, porque é um sócio e foi mandatado por sócios. Um clube é isso mesmo. Uma organização liderada por sócios, uma parte que é incumbida de decidir pelo todo.

Ao culpar “apenas” um sócio, estamos a desvirtuar o que é o Sporting. Pois de facto se celebramos as vitórias juntos como se fossem nossas, devemos aceitar as derrotas de igual forma. Só neste espírito estaremos a tornar o Sporting mais forte. Só com este tipo de sportinguismo ergueremos o clube à altura que desejamos.

O principal problema do clube, desde o mandato de Roquette, é a distância que foi criada entre os sócios e as decisões, a vida do Sporting. Uma empresa gere, mas gere em função dos seus resultados, não em função dos seus “clientes”. Este pequeno detalhe afastou a critica, a visão diferente, 99,9% de opiniões diversas. Acabou o debate. Soares Franco viu um clube do séc.XXI em que uma empresa “serve” os sócios com um produto chamado desporto, que é consumido.

Faltou um ingrediente no “cozinhado”, os sócios. Os sócios só o serão se tiverem poder, se sentirem que existe espaço para participar, para influenciar. Só assim poderão considerar o clube como deles. Este Sporting, não é nosso. Mas temos de o conquistar. Não o podemos fazer contra nada nem ninguém, mas a favor do próprio Sporting.
Teremos de ser mais exigentes com quem dirige, com quem analisa, com quem comenta, com quem joga.

Temos de mostrar que estamos atentos e nunca mais permitir verdades inquestionáveis, dogmas empresariais. Apenas porque a visão de um ou dois sócios pode de facto falhar, mas a visão de centenas ou milhares será mais próxima de decisão perfeita.

Não nos podemos continuar a inspirar em Porto e Benfica, Barcelona e Real Madrid, como se fossem universidades de modelos e formas de organização. Cada clube escolhe o melhor para a sua realidade, o melhor para o seu tempo e espaço, o melhor para a sua força e capacidade.

Só existe um caminho para começar a estruturar o clube. A proximidade e participação dos sócios. Se a próxima direcção não entender isso, cabe a todos exercer a primeira regra de uma sociedade de interesse comum – contestação e proposta de alternativa. Nos espaços certos e não na imprensa, onde a vaidade é facilmente usada em desfavor do clube. O caminho começa amanhã. Levar-nos à onde quisermos. Onde formos capazes de levar a direcção. Sem cheques em branco, sem licenças para governar sem sócios.
Nós também mandamos. Basta que nos unamos.

Comecemos por votar massivamente!

Até breve.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O sprint final de Futre

"Os Jogadores abaixo referenciados têm todas as condições contratuais acertadas com o Dr. Dias Ferreira e com o futuro director geral de futebol do Sporting, Paulo Futre. Se o Dr. Dias Ferreira vencer as eleições, este sábado, todos estes jogadores assinarão contratos com o SCP já a partir da próxima segunda-feira dia 28 de Março. Taiwo - Defesa esquerdo do Marselha. Selecção nacional da Nigéria Donadel - Médio centro Fiorentina Trochowski - Médio e extremo direito Hamburgo. Selecção Alemanha Oscar Wendt – Lateral esquerdo Copenhaga. Selecção Suécia   Todos os outros nomes avançados na conferência de imprensa pelo Dr. Dias Ferreira e por Paulo Futre são apenas alvos identificados com valor para a estratégia da futura direcção do SCP."

Por: José Dias Ferreira

Grande bomba de Dias Ferreira. Não sei se é bom, mas é uma bomba eleitoral. Dois laterais esquerdos? Um médio ofensivo e um médio centro? Dispensaria obviamente Wendt se pudesse ter Taiwo. É absolutamente despropositado investir em 2 laterais esquerdos. Quanto ao resto...é até estranho que nasçam contratações destas com tanta facilidade. Onde andaste durante este anos Paulo Futre? Ou melhor como é que vamos pagar toda esta "euforia"? Não cobrarão por mês só estes 4 jogadores mais que toda a equipa actual? Quanto iremos pagar em prémios de assinatura? O Sporting aguenta esta "bomba"? Já agora porque não um ponta-de-lança deste gabarito? Não seria uma carência mais óbvia?

Estou mais do que surpreendido, atordoado. Só consigo fazer perguntas. Esperemos pelos sprints das outras candidaturas. No final do dia não vamos ter 5 unhas, mas talvez umas 20!

Até breve.

Recta Final

Debate na SportTV. Mais um. E foi apenas isso mais um. Durasse a campanha mais uma semana e mais alguns debates e estes candidatos chegariam à conclusão que não existe nada que verdadeiramente os diferencie. A cada sessão destas fico com a ideia que apesar de algumas questões fracturantes como é o financiamento e a história da continuidade, no essencial estão todos de acordo:

Futebol

1/ É preciso investir na equipa de futebol para salvar o clube do abandono dos sócios.
2/ O próximo treinador do clube tem de ser muito melhor que os últimos
3/ Criar uma Equipa B, iniciar alterações estatutárias para que possa ascender à 2ª Liga

Politica

3/ O Sporting precisa de voz activa na Liga e na FPF
4/ Chega de alianças com Benfica ou Porto
5/ O Sporting deve exigir mais competência na arbitragem

Finanças

5/ Mais empréstimos não é solução, o pagamento dos juros tem de ser negociado
6/ É preciso uma auditoria aos últimos mandatos
7/ Um fundo de investimento privado de jogadores é uma solução viável

Modalidades

8/ As modalidades amadoras (de pavilhão) precisam de uma casa própria
9/ Criar novas modalidades (em ascensão) como o Rugby, Ténis e Golf

Estádio

9/ É essencial cobrir o fosso e pintar as cadeiras
10/ Rever a gestão do complexo Alvaláxia XXI

Sócios
10/ É importante criar o voto por correspondência
11/ Aproximar mais os sócios do clube, criando espaços e formas de participação

Mas o facto de não existirem projectos que se possam demarcar dos restantes não quer dizer que estejam errados, penso que quase todos os candidatos reviram bem as necessidades do clube e apesar de pensar que podia ter existido bastante mais criatividade nas soluções, ninguém pode dizer que não houve trabalho e preocupação.

Esta similitude obriga os sócios que irão votar no Sábado a ter como agente diferenciador o perfil de liderança e as escolhas conhecidas. Não é nada de muito diferente com o que acontece no Governo do País, onde as semelhanças entre PS e PSD são tão poucas que é a “figura” do candidato e seu discurso que vence as eleições.

Visto isto:

Abrantes Mendes

É uma espécie de Manuel Alegre destas eleições. Apaixonado, romântico e fantasista na sua real hipótese de ganhar. Se quisermos fazer justiça, também parece ser o mais honesto e ponderado no que diz aos sócios. É óbvio que a responsabilidade que não sente de ter de ganhar lhe permite ficar a assistir de cadeirinha à demagogia das promessas e à troca de insultos dos outros candidatos. Teria sido um fantástico Presidente há 10 anos atrás.

Bruno de Carvalho

De “nobody” a favorito foi um passo curto. Algo que só o avanço tardio das outras candidaturas e a rápida assunção que representa a ruptura deixou acontecer. Notou-se inteligência nalguns aproveitamentos, sobretudo na captura da opinião dos mais jovens e dos que acham que um camião de dinheiro resolve tudo. Tem o discurso que exibe um líder exigente e frio, destemido e “aventureiro”, o que quebra a ideia que o presidente do Sporting deve ser um cavalheiro moderado e polido. Isso traz-lhe muita simpatia de voto. Quer realmente um Sporting diferente e apresentou soluções com esse fim. Ninguém sabe o que vai ser capaz de fazer, mas uma coisa é certa, não irá ser nada do que temos vistos nos últimos 20 anos. Será melhor? Muitos acreditamos que sim e está na hora de arriscar, chega de cautelas e de medo!

Dias Ferreira

Não precisa de apresentações. É um candidato normal, de quem todos já têm opinião formada. É o grande “mistério” destas eleições, uma vez que pode ganhar muitos votos de última hora ao eleitorado de GL. Ninguém sabe se pode vencer ou ter 5% dos votos, mas eu arrisco que vai ganhar muitos dos votos dos indecisos. Verdadeiramente Futre não ajudou ao materializar desta lista, o que prova 2 coisas: a coragem de DF de não se ter “livrado” da sua escolha e de que os adeptos do Sporting não esquecem facilmente traições. Figo fez mais ou menos o mesmo que Futre, mas fê-lo para o Barcelona e não para um rival directo. Hoje Figo é um nome respeitado em Alvalade (e até esteve próximo de assinar pelo Benfica). DF tem sem dúvidas o melhor treinador.


Godinho Lopes

Não parece ter o perfil de grande líder, mas sente-se o esforço que faz para parecer sê-lo. A máquina de comunicação que o ajudou só….desajudou. As frases feitas que deve ter sido instruído para repetir até à exaustão retiraram fluidez ao discurso…a cassete de Freitas e Duque levou muita gente à náusea. No final dos debates fica a ideia de um homem pacífico, calmo, educado e generoso…provavelmente qualidades que o elevam como ser humano, mas que serão de pouca utilidade para a guerra feia e suja que o clube irá ter de disputar em breve (banca, rivais, liga, árbitros, etc).

Pedro Baltasar

Fico com a dúvida se esta é uma candidatura para vencer estas eleições ou as próximas. O candidato entrou demasiado tarde, sem grandes novidades e com um discurso indeciso entre a mudança e a ruptura. Ao longo da campanha foi-se tornando claro a adaptação de PB a estas lides clubísticas, mas a verdade é que parece uma proposta de fora para dentro do Sporting e não um movimento que tenha génese no seio dos adeptos e sócios do clube. PB parece uma pessoa bastante inteligente, com a capacidade clara de definir e executar um projecto. Com o acréscimo de ser de longe o que estaria mais preparado para trabalhar financeiramente o clube. Zico não convenceu, a definição do director técnico e chefe de scouting já foram apresentados fora de timing. Tudo somado dá um esboço de proposta e de liderança, com um projecto no papel muito coerente e objectivo. Faltou o principal, a proximidade e diálogo com as bases, os sócios.

Em resumo, parece claro que as eleições serão disputadas a 3 entre GL, BdC e DF. Ganhará a figura que se torne mais próxima da vontade dos adeptos de mudar, de crescer, de fazer diferente. Os jogadores que serão atirados para os media entretanto ajudarão a convencer alguns indecisos, mas no fundamental penso que será um resultado bastante dividido entre as 3 listas referidas. Ganhar-se á por uma curta margem de votos, o que acresce a responsabilidade de todos os sócios em votar em massa no candidato preferido.

Que ganhe o melhor. Que ganhe o Sporting! Viva o Sporting!

No final do noite de hoje e até ao resultado dos votos ser conhecido, este blog não comentará mais a campanha, respeitando o período de reflexão. Ela deve existir e ser profunda, isenta das “notícias de última hora”.

Até breve

quarta-feira, 23 de março de 2011

Sonhos para quem sofre de pesadelos

Primeiro foram as definições de quem é candidato. Depois os candidatos elegeram o director para o futebol. O director escolheu o treinador. Agora cada lista procura nomes de jogadores. Digo nomes porque não há qualquer critério na escolha. Não é pelo potencial, não é pela vantagem do negócio, nem sequer é pelo modelo de jogo que o treinador imporá. É o nome pelo nome. Interessa apenas que seja conhecido e de preferência que já tenha passado por um grande clube europeu.

De todos os mais de 30 nomes que já passaram pela imprensa, apenas 4 vejo como contratações capazes de dar à nova equipa reais hipóteses de fazer muito melhor. Elmander do Bolton, Drenthe e Pedro Leon do Real Madrid e Santon do Inter. São jogadores com características especificas e provas dadas de força para agarrar um lugar de caras no onze do Sporting. Para quem não conhece bem estes 4 jogadores (o que é difícil) deixo aqui as minhas notas de scouting de trazer por casa.

Elmander (Sueco) – 29 Anos – 1,88m
É um jogador que se impõe pela força e desempenho atlético. É daqueles que aos 93 minutos ainda faz um sprint de 60 metros. Não é nenhum tosco com a bola, tem capacidade de drible mas não é esse o seu forte. O seu grande cartão de visita é o remate e desmarcação, o que faz com que habitualmente marque muitos golos, mesmo que sejam raras as vezes que joga no lugar de ponta-de-lança. Pode jogar em qualquer das alas, visto ser eficaz com os dois pés (raro no futebol) e no lugar de avançado.

Drenthe (Holandês) – 25 anos – 1,67m

Este esquerdino que pode jogar na ala esquerda (posição preferida) ou como defesa-esquerdo (adaptação com menos sucesso), tem como principal atributo a sua irrequietude dentro de campo, nunca estando imóvel durante os 90 minutos. Rápido, confiante no seu arranque (lembram-se de Douala) é destemido e não evita o contacto físico com os defesas. Este facto faz com que seja uma grande dor de cabeça para os laterais que não podem dar muito espaço de manobra ao holandês. È conhecido por ser bastante temperamental.

Pedro Leon (Espanhol) – 24 anos – 1,83m

Grande talento de Espanha. Apenas com 16 anos já era uma vedeta da “roja” das camadas jovens. Do Múrcia para o Valladolid, do Levante para o Getafe, provou que soube crescer até despertar o gigante Real Madrid. É um médio com uma capacidade técnica fora do normal, excelente driblador e passador, marca bem todas as bolas paradas, graças a um pé direito exímio em efeitos na bola. Não é muito rápido, mas domina o espaço da ala como se fosse plenamente seu. No Real vê-se tapado por um DiMaria mais capaz de interpretar o esquema de 3 avançados. Leon é um extremo à antiga e precisará sempre de um homem mais avançado como referência. Também pode jogar como pensador central do ataque, mas com pouca capacidade de choque diminui a sua influência no jogo.

Santon (Italiano) – 20 anos – 1,87m

É bastante improvável que PB consiga este jogador. Primeiro porque o seu passe vale qualquer coisa como 15-20me. Depois porque é o lateral esquerdo “nomeado” pelos experts da imprensa transalpina para substituir esse “monstro” Maldini na Selecção de Itália. È um lateral esquerdo moderno, bom a defender e rápido a subir na linha. Remata bem e é muito disciplinado tacticamente. É curioso que tenha feito toda a recente carreira como lateral esquerdo, já que é dextro, mas sabe-se lá porque rende mais na esquerda. Mourinho nunca teve hesitações em usá-lo como substituto ora de Maicon, ora de Zanetti, ganhando muitas vezes o lugar ao lateral / central Chivu.

Enfim…sonhos…válidos até 26 de Março?

Até breve.

Rumores laranjas?

Não tenho dúvidas que Van Nistelroy seja capaz de marcar uns bons 15 golos no campeonato. Também não tenho dúvidas que a sua apresentação é um grande trunfo eleitoral. O que tenho mais dúvidas é se com este tipo de jogadores, ou seja, com esta idade de jogadores, vamos recuperar financeiramente o clube. Mesmo que o jogador venha a custo zero (não acredito nos 7me de encargos que fala PPC, mas uns bons 3me custará sempre) perder-se-á uma oportunidade de recrutar um avançado que seja o melhor marcador da equipa durante pelo menos (poderá sempre ser transferido) um bom par de anos.

Receio por este “trunfo” de BdC, mesmo que seja mais um argumento para a vitória das urnas. Tenho a certeza que não deveríamos investir em jogadores de 34 anos, é o caminho errado, tal e qual como uma caixa de chocolates está para uma pessoa obesa. Vai saber-lhe pela vida, mas no final só irá piorar-lhe a saúde. Eu sei que Van Basten pode convencer muitos jogadores a assinar pelo Sporting, o seu prestigio na Holanda  (apesar do que se diz) é intocável, mas não encontrará ninguém um pouco mais jovem?

Até agora a candidatura de BdC tem sido exposta a inúmeros boatos, já ninguém fala do Sogou, do Rodriguez e do Mateus…espero que no dia das eleições ninguém se lembre do Nistelroy.

Até breve.

terça-feira, 22 de março de 2011

Uma dúvida em bola de neve

Desde há duas semanas que todas as análises sobre as hipóteses de ganhar as eleições do Sporting dão como certo um cenário: a luta taco-a-taco entre GL e BdC. O mais engraçado é que ninguém se perguntou ainda se este cenário é real. As sondagens num clube de futebol são porventura os inquéritos mais falíveis de todos. Existem muitos sócios que não poderão votar e alguns que não querem votar. Dos que vão votar, e espera-se uma grande votação, ninguém poderá saber ao certo se os votos não flutuarão em poucos dias.

Esta última semana está a ser hiper-informativa, recheada de debates, sessões de esclarecimento, entrevistas, conferências de imprensa, etc. Sucedem-se os rumores, os anúncios, os contactos e outras formas de manifestar possibilidade de contratar jogadores. Esperam-se muitas novidades para os últimos dias, especialmente nas candidaturas que se vêm supostamente atrás de BdC. Nesta lógica parece evidente que a lista de GL e DF farão tudo para até ao final ganhar o máximo de votos. E parece que vai valer mesmo tudo.

É portanto um cenário em plena evolução, um enquadramento difícil de prever. Mas  parecem dados certos que, GL reunirá os votos dos mais conservadores, DF e PB conquistará os menos conservadores e BdC assumirá o eleitorado mais insatisfeito. Agora o que ninguém sabe é que percentagem de voto tem cada sector do eleitorado. Tenho assumido que os sócios mais antigos darão maioritariamente o voto a GL, o que será quase o mesmo que vencer por grande margem as eleições. Mas, e este é um cenário que não tenho forma de materializar, e se não fosse GL o candidato preferido desta faixa de sócios? E se fosse DF?

E se de repente a luta fosse entre DF e GL? Ou entre BdC e DF? Não sei porquê, acho que parte da massa de adeptos de GL está a resvalar para DF e AM. Tenho um feeling...

Até breve.

O que fazer com esta equipa

Ontem no debate em resposta à pergunta o que fazer com a actual equipa de futebol, todos os candidatos fugiram à resposta. É mais do que evidente que nenhum tem ainda um desenho concreto do futuro da mesma. Ainda bem, existem decisões que só devem ser tomadas na posse de todas as informações, depois do técnico ser confirmado dar o seu parecer. Deixo aqui uma pequena reflexão.

A equipa, a meu ver, tem três grandes lacunas: 1/ a capacidade de marcar golos, 2/ A capacidade de jogar (bem) pelos corredores, 3/ A capacidade de rentabilizar as bolas paradas. Existem outros problemas de movimentação e posicionamento, mas isso não se resolve com a entrada de jogador A ou B, mas com treino específico e demorado. As 3 dificuldades que enumero podem ser resolvidas da seguinte forma:

1/ Contratação de 2 pontas de lança de nível superior (ou 1 se Postiga ficar)
2/ Contratação de 2 extremos e melhoria dos actuais (Izmailov e Vukcevic)
3/ Encontrar nas contratações um ou dois bons marcadores de livres e cantos.

Fora estes enquadramentos e por sectores:

Na posição de guarda-redes, é óbvio que esta época confirmou Patrício como um dado mais que certo da equipa, não valendo a pena ter um “nome grande” como rival. Tiago é um veterano do Sporting e apesar de no passado ter visto com bons olhos o passar do seu testemunho a um jovem guarda-redes, é mais útil na próxima época um pouco mais de segurança e veterania para o caso de alguma lesão e o não corresponder da 2ª solução, essa sim um jovem. Hildebrand só pode sair.
Titular: Patrício, 2- R.Baptista ou Golas, 3-Tiago

Investimento: 0me (poupa-se o ordenado avultado de Hildebrand)

Nas laterais, é pacifico que é preciso um outro lateral esquerdo para dar luta e descanso a Evaldo, na direita a situação é mais segura com Pereira e J.Gonçaves. Abel não renovaria.
Titular: Pereira, 2- J.Gonçalves / Titular  Evaldo, 2- Contratação (1)

Investimento: 2me (abate-se 1.5me com a venda de Grimi ) – 0.5me

No centro da defesa é mais do que óbvio que Polga chegou ao final do seu ciclo. Carriço, Torsigleiri e NAC são bons valores e com uma preparação física e táctica diferente podem e devem dar mais soluções. Mesmo assim é preciso mais um central de outra dimensão.

Titulares: Contratação, Carriço / 2- Torsiglieri e NAC

Investimento: 4me (abate-se 1me com a venda de Polga) – 3me

No centro do meio campo temos um grande problema. Maniche. O seu aproveitamento deixou a desejar e a equipa não pode ter (numa dupla posição no onze) dois veteranos sujeitos a longas lesões como se viu esta época. Manter Pedro Mendes é essencial, pela experiência e segurança que ainda pode dar e André Santos é só (a par de Patrício) um dos poucos jogadores que melhorou esta época. Zapater pode ser muito valorizado num esquema de 3 médios. Sai Maniche e entra um médio que interprete bem o 4-3-3 mais descaído para a esquerda.
Titulares: Contratação (2) e A.Santos, 2-Zapater e P.Mendes

Investimento: 2me (abate-se 1me com a venda de Pereirinha) – 1me

Nas alas é pacifico que Vukcevic e Izmailov são muito melhores do que se viu este ano, ambos podem ser beneficiados com tácticas mais atacantes e por duas razões diferentes não os venderia (lesão russa e desmotivação montenegrina). Salomão tem muito caminho a percorrer e jogar pouco pode matar uma ascensão natural, penso que deveria ser emprestado a um clube estrangeiro. Cristiano foi um erro.
Titulares: Izmailov e Vukcevic, 2 - Contratação (3) e Contratação (4)

Investimento  - 5me

No meio campo ofensivo é bom ter soluções que pensem o jogo numa linha directa com o ponta de lança. Fernandez e Valdes são do melhor que existe no plantel. Mas na minha opinião apenas Valdes faz bem esta posição, o que remete Fernandez para um papel de segundo avançado. Como seria um esquema alternativo julgo que ter Valdes chegaria (Fernandes seria segunda opção para o lugar em caso de lesão)
Titular- Valdes

Investimento  - 0me

Avançados, o grande problema da equipa. É fácil de perceber que não basta 1 reforço. Postiga teve um bom início de época, mas apesar da titularidade na selecção…não marca. A ficar seria claramente uma sombra do(s) reforço(s), sendo preferível não renovar. Se renovar isenta a equipa de procurar mais do que um ponta-de-lança. Saleiro está a mais (ou a menos) e deveria ser emprestado ou vendido. Djaló pode ser útil no 4-3-3 e tem margem de progressão numa equipa mais confiante.
Titular: Contratação (5), 2- Contratação (6) 3- Fernandez e Djaló

Investimento – 7me (abate-se a venda de Pongolle 4me + Saleiro 1m)  - 2me

Podem constatar que são 6 contratações, mas existindo dois regressos (guarda-redes e lateral direito) chega-se ao número 8, talvez esteja mais poupado do que o que pretende Inácio e Bruno de Carvalho, mas ainda bem. É sinal que talvez não seja preciso tanto investimento.

Resumindo seria preciso um investimento de 11, 5me, que resulta de 20me de compras e 8.5me de vendas. Sairiam Hildebrand, Cedric, Abel, Polga, Grimi, Maniche, Pereirinha, Cristiano, Tales, Postiga, Saleiro, Pongolle e entrariam 8 jogadores, sendo que 2 seriam a custo zero (regresso de empréstimos).

As posições a reforçar seriam: 
Lateral esquerdo – 2me
Central – 4me
Médio centro – 2me
2 Alas – 5me
2 avançados – 7me

As vendas a realizar seriam:
Grimi – 1.5me
Polga – 1me
Pereirinha – 1me
Pongolle – 4me
Saleiro -1me

È certo que será difícil vender Pereirinha e Saleiro por 1me, mas também é verdade que talvez valham isso. Grimi, Pongolle ou Polga podem também valer mais. Por isso…entre um pouco mais de uns e menos de outros, penso que fui realista.

Não sei se existirá 11.5 me para gastar, mas se não existir não valia a pena todos os candidatos andarem a prometer mundos e fundos. Por exemplo dos 50 me de BdC sobrariam 38.5m para pagar ordenados e reforçar a tesouraria para o ano inteiro.

Até breve.

Debate

Embora seja o candidato que prefiro, tenho de admitir que BdC não foi o vencedor. A existir um, teria de ser Abrantes Mendes. Será o pior candidato em termos reais e face às necessidades futuras do clube, mas foi o vencedor.

BdC perdeu demasiado tempo e foco em responder a Pedro Baltasar, que estupidamente está a facilitar a tarefa a GL. Faltou um pouco de experiência a BdC para entender que quem vai à frente preocupa-se consigo e não com os que estão atrás.
GL foi mais do mesmo, procurou ser mais aguerrido, mas não está no seu adn ser combativo e batalhador, especialmente em debates. Dias Ferreira esteve bem, sólido e incisivo, facto que não admira ninguém.

Por norma foi um debate morno, aqui e ali salpicado pelas polémica em torno da continuidade de GL, quem escolheu quem para treinador e qual a credibilidade de BdC como gestor. Muito mal GL que afirmou de várias formas (todas elas completamente bacocas) que Domingos é o seu treinador. BdC não soube defender bem a opção Van Basten, eu não preciso de ser convencido, mas deixou que ficasse no ar a ideia de que é Rijkaard a melhor opção.

Pedro Baltasar melhorou muito, mas perdeu-se em ataques a GL e BdC, não apresentando aquilo que sei ser um óptimo modelo desportivo para o Sporting.

Foi importante, mas tudo ficará na mesma. Não penso ter servido para esclarecer ninguém ou alterar sentidos de voto. É pena, mas é o que penso.

Até breve.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sonhos de Primavera

Pedro Leon. Jogador do Real Madrid. Um grande médio…do Real Madrid. Convém não embarcar em euforias com nomes de jogadores, pois até terem um pré-acordo fechado Pedro Léon continuará a ser do Real Madrid, assim como Hugo Almeida do Besiktas. É certo que as candidaturas procuram mediatismo e melhorar o seu estatuto na opinião pública dos adeptos do Sporting, mas convém aos votantes das eleições votar em factos e não em contactos.

Se isto vai por este caminho eu próprio posso mandar um press release aos jornais a comunicar que estou a contactar Real Madrid e Barcelona para trazer Ronaldo e Messi para o Sport Grupo Sacavenense. O que é que isto vai dar? Provavelmente sou bem recebido pelos directores desportivos e face à minha capacidade negocial, mandam-me para casa com um saquinho de recuerdos de merchandising e um volte sempre.

A imprensa portuguesa vende-se por pouco e facilmente instrumentalizada. Jogadores como Garay, Drenthe e Pedro Leon ficariam bem em qualquer clube do top10 europeu, mas terá alguma validade querer uma equipa com este peso financeiro? Quererão alguma vez estes jogadores sair do maior clube europeu e do melhor campeonato para jogar numa liga pouco atractiva no 3º classificado?

Coloquemo-nos no papel de cada jogador e tiremos as elações.

Até breve.


Desvirtuar...

Pode-se não concordar com o rigor das sondagens feitas à porta do estádio, mas alegar que foram manipuladas é um sintoma de mau desportivismo e uma acusação grave. Primeiro Carlos Barbosa acusa a candidatura de Godinho Lopes de intencionalmente desvirtuar o inquérito e depois esquece-se de que é apenas uma sondagem. Pergunto-me se quando o mesmo tipo de sondagens dava resultados mais equilibrados entre GL e BdC o presidente do ACP não sentiu vontade de fazer este tipo de acusações.

A verdade dos factos é apenas uma. A candidatura de Godinho Lopes passou da agressividade ao desespero e no meio deste processo, qualquer argumento serve para denegrir a candidatura de BdC, aspecto que só reforça a ideia de que é esta última lista que poderá roubar mais os votos “dourados” dos sexagenários, percentagem com GL sempre contou como certa para vencer as eleições.

Esta tendência de voto extremamente sólida de BdC, pode pesar no dia das eleições, especialmente quando o nome de Domingos aparentemente não conquistou a imaginação dos media. O treinador do Braga decidiu não “fazer campanha” o que só abre ainda mais espaço para o diálogo com Van Basten , facto que foi sobejamente nítido durante este fim de semana.

Sobram os nomes de jogadores e ex-jogadores. Aqui GL tem atirado em tudo o que mexe, tentando encher páginas de jornais com nomes e mais nomes. Espero até ao final da semana muitos boatos, muitas notícias de possíveis reforços não confirmados, Hugo Almeida (péssima ideia…não é um jogador que valha o dinheiro que o Besiktas pedirá por ele) e Garay (bom central, não sei como teríamos acesso a uma segunda linha directa do Real Madrid…é que mesmo o empréstimo poderá ser caro) são só os primeiros nomes de uma lista que aumentará conforme o desespero de Carlos Barbosa e afins.

Godinho Lopes poderá estar a criar um cenário sem paralelo no Sporting. Não se perder, mas se ganhar. Imaginando a hipótese de vencer as eleições, a lista de Godinho Lopes terá uma dificuldade extrema em cumprir tudo o que prometeu e ainda vai prometer, são dezenas de ex-jogadores, ex-treinadores, reforços…nem quero imaginar a decepção dos adeptos quando no dia a seguir às eleições alguém como por exemplo Luis Duque tivesse de comunicar aos sócios que tudo não passou de ilusões, estratégias para ter visibilidade nos jornais e blogs.

Seria começar a perder. Eu não quero começar a perder. Quero dados consumados, confirmados e planeados. Os rumores e “não confirmados” da imprensa só servem para enganar e desvirtuar as eleições, mas isso já não preocupa Carlos Barbosa. Mas preocupa-me a mim. Porque o Sporting não acaba no dia 26.

Até breve.

domingo, 20 de março de 2011

Domingos, Rijkaard, Zico e Van Basten

Alguém conseguirá explicar o facto de em vez de Domingos, Rijkaard, Zico e Van Basten, o Sporting tenha investido para esta época em Paulo Sérgio? Foi uma questão financeira? Não. Só o resgate deste treinador ao Guimaraões custou 500 mil euros. Foi o curriculo? Não, como é óbvio. Foi o potencial? Se considerarmos que quem faz uma boa época no Paços de Ferreira o suficiente para atestar do caminho de crescimento de um treinador...então talvez, mas o passado de Carvalhal e Paulo Bento era bem mais promissor. Foi o desviar de um valor adversário? Não. O FCPorto já se tinha comprometido com AVB e Jesus acabava de ser campeão.

Então porquê Paulo Sérgio? Os quatro treinadores que vão estar (sim é verdade) a votos não seriam apostas mais condizentes com o estatuto do clube? Sim. Então? Então esta é a chave para entender os motivos dos últimos anos de insucessos. Se no caso da escolha de treinadores andamos tão longe do necessário imaginem o que deve ter acontecido em matéria de jogadores. Este deveria ser o principio para um grande debate interno, para quem vença as eleições. Onde é que errámos. A meu ver, servindo a escolha de Paulo Sérgio como bitola, pode-se afirmar que:

Sofremos de uma grave incapacidade para nos atrevermos a usar a imaginação. Aliás a escolha de Domingos, que não ouso discutir o mérito é sintomática da mesma miopia, que só nos leva a ver o futebol num raio de 500 kms, como se não existisse mais futebol. Leio em muitos sítios que o Sporting procura no estrangeiro erradamente a solução técnica para os seus problemas. Dizem os mesmos, que o treinador português é o melhor e ninguém como este sabe contornar as grandes questões tácticas do nosso campeonato. Pois é, mas esquecem-se que o Sporting já há 8 anos que tem treinadores portugueses e ninguém viu vantagem absolutamente nenhuma nestes.

Todas as lógicas estratégicas dos clubes funcionam por ciclos, e o ciclo luso no banco do Sporting já há muito que tinha terminado. Os analistas que pateticamente colocam o treinador português num pedestal só não dizem que treinador português serviria o interesse do Sporting, isso seria colocar a sua cabeça de "intocável" num cepo, coisa que nunca fazem. Mas também não era preciso. Todos os bloggers já varreram todas as hipóteses. Chegamos assim ao nome de 3 treinadores. Domingos, Rui Vitória e Jardim. Os dois últimos ainda têm de provar que não são fruto de um momento, de uma moda. O primeiro tem um valor mais perceptível, mas ninguém sabe ao certo se seria capaz de tecnicamente colocar esta equipa do Sporting a fazer algo de novo, algo que Bento, Carvalhal, Paulo Sérgio ou Couceiro não tenham feito.

A tendência para baralhar um pouco e esperar mudar alguma coisa não chega. Nesse sentido, é preciso encontrar outra escola. O futebol praticado pelo Braga, pelo Paços de Ferreira ou pelo Beira Mar, é sem grandes diferenças, a mesmo filosofia de Carvalhal e Paulo Sérgio. Sectores bem juntos, saídas rápidas para o ataque e o desdobramento em harmónio para cobrir as alas na passagem da defesa para o ataque. E isto é tudo muito bonito, idealmente tudo funciona, mas quando se tenta aplicar o que resulta num Paços de Ferreira (sem responsabilidade de ganhar 90% dos jogos) no Sporting a solução é tendencialmente muito curta e os maus resultados são quase imediatos.

Um grande tem de jogar à grande. Pressionando, "pagando" as despesas físicas do jogo, jogando bem para chamar 40.000 espectadores às bancadas. É isso que vemos no jogo do Braga? Este ano com o estatuto revisto pela última temporada Domingos tem se visto à rasca para colocar o Braga a dominar os seus adversários. Curiosamente quando o adversário tem a responsabilidade do jogo, o Braga exibe-se bem. É a mentalidade meus caros. É bem diferente ser treinador do Paços de Ferreira do que ser treinador do Braga e é também diferente ser treinador do Braga e treinador do Sporting.

Existem treinadores que mesmo nos Bragas, Maritimos e Leirias exibem outros argumentos, uma ambição diferente como foi o caso do Leiria de Mourinho (num jogo em Alvalade, e o Sporting foi campeão nesse ano, lembro-me de um Leiria arrojado a discutir o jogo taco-a-taco, ganhámos com um pouco de sorte, mas foi visível que o Leiria jogava muito acima do seu estatuto) o Braga de Jesus ou o Boavista de Manuel José. Estes exemplos mostravam treinadores que poderiam ser eficazes ao serviço de um grande.

É fácil de entender, pelo menos para mim, que não existem neste momento estes treinadores na actual Liga. Existe ainda outro factor a ter em conta. A auto-estima. Duas épocas de maus resultados, demasiada discussão financeira, saídas constantes de responsáveis produziram uma massa adepta descrente, letárgica e sobretudo insegura. Perdoem-me a opinião, mas não é com treinadores como Domingos que se levanta o "moral das tropas".

Não faltarão nos próximos dias analistas que desconfiem da capacidade de Van Basten, Zico e Rijkaard. que abordem os seus currículos à lupa dos resultados, esquecendo e menosprezando a necessidade dos adeptos de ver injectada ambição e grandeza nas escolhas do clube. Ninguém sabe o que um treinador como Van Basten e Rijkaard pode valer num projecto sólido, de vários anos no Sporting. Eu não sei. Mas sei quantos adeptos podem estar a mais nos estádios com soluções deste género, símbolos de ambição e futuro.

Lembro-me do Koeman no Benfica, do mal tratado que foi pelos adeptos e pela imprensa. Lembro-me do que fez com uma equipa miserável, que contava com artistas como Moretto, Dos Santos, Bruno Aguiar, Beto, Robert e Marcel. Fernando Santos veio depois e fez melhor? A Koeman não foi dado tempo nem jogadores para construir uma equipa à sua semelhança. Tenha o Sporting mais arte e engenho para saber segurar o seu técnico, dando-lhe o melhor que a criatividade e bom senso pode dar.

Ninguém espere toques mágicos, nem de Van Basten, nem de ninguém. O Sporting precisa de dar espaço e tempo a gente com talento e ambição. Não a Paulos Sérgios. Estes precisariam de muito mais tempo e uma paciência que não existe neste momento em nenhum clube de futebol.

Até breve.

sábado, 19 de março de 2011

Os efeitos surpresa

Surpresa 1
Bruno de Carvalho mais uma vez, agita estas eleições, ao apresentar ao vivo e a cores o seu treinador Marco Van Basten. Tenho de admitir que não tem muito curriculo, uma presença no Ajax e uma na selecção holandesa. Mas e este mas é muito importante é um treinador que tem uma visão diferente do futebol "não basta ganhar por 1-0, é preciso jogar bem" é a frase que deu inicio à sua carreira. Veremos se BdC ganhar as eleições como será o seu futebol.

Surpresa 2
Godinho Lopes apresentou mais um reforço, Beto. Não é para jogar ao contrário de Garay e Hugo Almeida que serão reforços se GL vencer as eleições. Juntando estes a Drenthe e Adriano da lista de Baltazar, Sogou e Rodriguez (que ninguém desmentiu ao que penso). Já vamos em 6 reforços, dos quais Drenthe, Garay e Adriano (se alguém meter juizo naquela cabeça) seriam fabulosos.

Supresa 3
Abrantes Mendes diz que gostava de ver Balakov como próximo treinador do Sporting. Não é uma confirmação, mas não deixa de ser uma surpresa, AM ter algo para dizer de novo.

Supresa 4
PB lá fez a sua sessão de esclarecimento no meio de tantos problemas técnicos (era para iniciar às 18h30, começou às 19h20). Mas gostei bastante das soluções que propôs e foi muitíssimo esclarecedor nas criticas à direcção anterior e à lista da continuidade. Dá-me a sensação que temos 2 ou 3 candidatos que seriam melhores presidentes que os últimos 3. Recomendo que vejam o vídeo no site scp.pt.

Surpresa 5
Salvador não desmentiu e lá está...Domingos para a candidatura de GL. Apesar do bom Braga e apesar de Domingos poder ser um bom treinador, não me parece que estejamos a falar de um próximo Mourinho. Nesse sentido Rijkaard e Van Basten são mais ruptura e Domingos mais continuidade.


Surpresa 6
Uma equipa falida contra o Leiria. Falida de golos, força, inspiração e motivação. Alguém me explica para que é que o Saleiro entra? As estaticistas da época de Postiga vão ser arrasadoras...acreditem em mim (não é possível falhar tantas ocasiões...simplesmente não é).

sexta-feira, 18 de março de 2011

Dificuldades alheias

Depois de ver em directo, sem uma única interrupção ou falha no streaming, a sessão de esclarecimento de GL no site do Sporting, eis que chega a vez de Baltasar e...nada...rien...nicles. Não sei se por azar técnico ou falha de alinhamentos de planetas desportivos, mas é caso para dizer que até na internet é preciso ter sorte. Espero que a candidatura de GL não seja a única bafejada pelos deuses da fortuna virtual.

Fica a pergunta, para PB, quantos votos se perderam desde as 18h30? As candidaturas não deveriam estar em pé de igualdade? Se não havia condições para assegurá-la, não deveria ter avançado esta iniciativa. Eu achei que foi tremendamente feliz, mas assim...tenho muitas dúvidas.

Até breve.

3 mísseis SCUD (Sogou, Rodriguez e Mateus)

Que alguém ache estes jogadores de qualidade suficiente para substituir Postiga, Vukcevic e Carriço é intensamente preocupante. O Mateus é um Djaló mais pesado e lento, o Sougou é um atleta de corta-mato, uma espécie de Peter Crouch mais baixo colocado na linha e Rodriguez é um bom central, mas muito ao nível de Polga.

Seja quem for que pense ser esta a linha de contratações que vai recolocar o Sporting no caminho das vitórias, está obviamente muito equivocado. Duvido que seja verdade que depois de prometer um Sporting competitivo e ambicioso BdC tenha dado o aval para garantir pré-acordos com estes 3 atletas. Seria o fim da candidatura de BdC, o fim da motivação para muitos votantes na sua lista. Pois não seria 1 sinal de miopia na prospecção mas logo 3 de uma vez.

Tenho “quase” a certeza que será desmentida. Pois não faz nenhum sentido. Aliás será “talvez” mais uma das muitas notícias postas a circular nos media, que visa entupir a comunicação da campanha de BdC com necessidade de desmentidos, um atrás do outro. De tantas mentiras, pode ser que uma ou outra cole na mente dos adeptos, é essa a esperança de quem tem passado a campanha mais preocupado com a lista de BdC do que a sua.

Isto está bonito, está.

Até breve.

quinta-feira, 17 de março de 2011

A riqueza do discurso de Godinho Lopes

Perdoem-me os sportinguistas que apoiam Godinho Lopes, mas não consigo entender onde está o mérito da sua candidatura. Pode até ter pessoas muito válidas na sua lista, mas o que sai do seu discurso é profundamente maçador, uma colecção de frases feitas cheias de nomes e adjectivos à sua pessoa.

Segui atentamente a apresentação da candidatura de GL no site scp.pt. Aqui está o fundamental das suas ideias.

"Blá…blá…blá…tem de suar a camisola….blá…blá….propus um livro que os ex-jogadores não quiseram assinar….blá…blá…fotografias nas paredes da Academia…blá…blá…Vidigal e o Nelson….o filho joga nas camadas jovens…blá…blá…a minha paixão…blá blá….ecletismo…Moniz Pereira…pavilhão….ecletismo….queridos amigos…o clube tem sócios….blá blá…ganhar o título…vitórias….blá blá…André Cruz…tem lá a mulher e os filhos….lista de continuidade…tenho muitos jovens…fui discutir…querido amigo…Galhardas…blá…blá…querido amigo…Ricardo Tomaz…blá blá…Mário Patrício…Figueiredo…blá blá…querido amigo…ops…salva de palmas para Moniz Pereira…blá blá…sou da ruptura…blá blá…foi travagem…88 milhões de euros…Alvaláxia…blá blá…queridos amigos…bla…queridos amigos…o ar triste do meu filho…conversa com Luís Duque….blá…blá…João Lindo Castro…é por dentro que faço as coisas…blá…fui por dentro…em torno dele…blá…blá…queridos amigos…JEB…Nobre Guedes…blá blá…abrir tampas e saltarem coelhos…blá…blá…Duarte Galhardas…não veio para somar por acaso…blá blá…Fundação…Diáspora portuguesa…sentir o pulsar…blá blá…ACP…trazer para o Sporting…blá blá…eu não sou candidato da banca…blá blá…eu não tenho dois chapéus…demiti-me da Somage…defendi o chapéu do Sporting"

Como vêm é coerente, esclarecido e não levanta dúvidas a ninguém. Seriamente, ninguém pode dizer que será um bom presidente do Sporting. Começou o monólogo calmo e pausado e foi lentamente ficando mais agressivo vociferando contra os que o acusam de ser da continuidade, esquecendo-se que, todos os dias, alguns membros da sua lista atacam tudo e todos, por vezes com os mais mesquinhos argumentos. Oh Lopes ninguém dúvida do seu sportinguismo e do seu direito de se candidatar. O que duvidamos é da lógica que obedeceu à razão da sua candidatura e das soluções nebulosas que propõe.O que duvidamos é da aritmética que está por detrás do seu plano financeiro, que cheira intensamente a BES e a BCP, o que é bem pior do que o cheiro a dinheiro russo nesta altura.

Mesmo assim gostei da iniciativa que aplaudo de pé. Fico à espera das próximas candidaturas, esperando que tenham perguntas menos "mansas" para os candidatos (a sessão de Q&A de GL parecia uma conversa em família, completamente inútil).


Até breve.

O meu voto

O meu coração, o meu lado irracional dará sempre o voto a Dias Ferreira, pois admiro a sua força, a sua predisposição para o combate e muitas vezes sinto que tem o tipo de sportinguismo que fizeram deste clube enorme e vibrante. Mas nestas eleições joga-se muito mais do que ter um clube apaixonado por si próprio. Joga-se a viabilidade e o futuro do clube.

Neste sentido, com pena minha, DF não soube incorporar a mensagem de futuro, especialmente a da mudança sustentada em rigor. A não existência de programa a 10 dias das eleições e a pouca clareza nas soluções financeiras, faz-me pensar numa gestão semelhante às mais recentes, mais vivida, mais inteligente, mas semelhante.

Não tenho qualquer problema em afirmar que não vejo nenhum problema com a escolha de Futre, não entendo de “traições” ao ponto de rejeitar ainda por mais a um sócio, com plenos direitos, um cargo que pelos vistos até está habilitado a ocupar. Não sei realmente qual será a maior traição: sair do clube com 18 anos e quando se acenam com verbas que podem mudar a vida de toda uma família ou recusar ajudar o clube numa função em que se tem boas soluções.

Para mim a traição de Futre seria dizer não nesta altura e não o que fez em tenra idade, que atire a primeira pedra quem ache que teria feito diferente. Não é de todo essa a fraqueza da candidatura de Dias Ferreira e o próprio deveria assumir isso.

Posto esta ressalva, vamos ao que interessa. A razão. A parte inteligente da coisa.

Apoio clara e inequivocamente o candidato Bruno de Carvalho. Assumo-o e convido todos os que lêem este blog a compreender o meu raciocínio.

1/ Foi de longe o que até agora procurou (ousou) a novas soluções.
2/ Personaliza um discurso de mudança com um novo rumo para construir
3/ Assume um programa com o qual não concordo inteiramente, mas também sei que são linhas gerais e não dogmas fechados a debate.
4/ É o candidato mais em contacto com uma ideia jovem e ambiciosa do clube, rompendo com a ideia de um Sporting “sexagenário”
5/ Tem revelado o tipo de ambição e persistência que faz falta ao clube. Os presidentes anteriores estiveram apagados, sem chama, sem capacidade de motivar e galvanizar os sócios
6/ Apesar de todos os golpes baixos, tem sabido ser ágil e resistente, não perdendo tempo e energia em respostas que não servem para esclarecer nada, apenas desviar o centro do debate e colocá-lo numa posição defensiva, invertendo a situação “atacante” que tem, muito bem, mantido.

Estas são as razões. Chegam-me. Decidi fazer esta declaração antes do anúncio do treinador, para que não se pense que hesitei apenas por esse motivo. Continuo a achar Rijkaard uma óptima solução. Aliás continuarei a comentar a campanha de igual forma, o mais justo possível, pois não sou um braço de campanha de BdC. Mas penso ser mais honesto manifestar a minha pré-intenção de voto antes de entrarmos na fase decisiva do debate.

Até breve.

O sucesso "instantâneo"

Escrevi aqui várias vezes sobre a necessidade de participar nestas eleições como votante mais atento ao programa e projecto de cada candidatura do que às figuras e discurso das mesmas. A campanha está a ser tudo o que não devia ser, o que até acho compreensível. O Sporting está demasiado “ansioso” e “traumatizado” para que exista um diálogo construtivo e racional sobre o futuro.

Ansioso porque se vê com poucos recursos para sair do beco sem saída que é a dívida aos bancos e traumatizado pelas sucessivas direcções que prometem mudar o clube apenas conseguindo endividá-lo mais. A questão do treinador e director desportivo ganharam contornos absolutos no posicionamento do debate, o que também é fruto do fracasso de escolhas anteriores.

Paulo Bento, Carvalhal, Paulo Sérgio dum lado, Pedro Barbosa, Sá Pinto e Costinha do outro construíram duas épocas completamente desesperadas, com futebol e resultados miseráveis. Obviamente não estiveram sozinhos, JEB foi o arquitecto de um plano que falhou a toda a ordem, principalmente porque o Benfica soube acordar mais cedo para uma realidade que nós só agora começamos a desvendar.

Nesta realidade que é o status quo do futebol português, o Porto vence e deixa umas migalhas para Sporting e Benfica irem partilhando à vez. Estes “restos” que são as taças e os segundos lugares (com apuramento para a Champions) são o melhor caminho para a conformação e o enfraquecimento da expectativa e da exigência. A prova desta diminuição é o “flash” de um Braga que consegue roubar um acesso à Champions numa época atípica do Porto.

O Sporting acordou tarde e acordou histérico. Olhou à sua volta e viu um Benfica e um Porto muito distantes da sua realidade. Entendeu o tempo que perdeu a justificar segundos lugares como vitórias, o tempo que perdeu para construir um plano para chegar em primeiro. Nestas eleições estamos a assistir aos planos “instantâneos” para transformar um clube desmotivado e sem músculo, num clube confiante e ganhador.

Esta solução, em que a receita consiste juntar dinheiro a caras novas é tudo menos mágica, é tudo menos certa. Todos os candidatos prometem lutar pelo título na próxima época, eu pergunto como será isso possível? Nova direcção, pessoas novas, ideias diferentes, jogadores novos, treinador novo…ninguém ainda entendeu que isto pode demorar o seu tempo?

Na ânsia de convencer ao voto, os candidatos esquecem-se do principal. A honestidade. O Manchester City recebeu durante dois defesos do melhor que o dinheiro compra, técnicos, jogadores, está a lutar pelo título? Na época passada ficou em 5º lugar a 19 pontos do líder, esta época segue em 3º a 9 pontos. Talvez na próxima época se aproximem mais um pouco, mas será na 3ª época que talvez lutem pelo título.

No Sporting pensa-se que se vai descobrir a pólvora. É o melhor caminho que encontro para a desilusão. Primeiro porque os rivais têm projectos desportivos consolidados e segundo porque a novidade precisa de tempo para dar resultados. E quem é que tem este discurso?

Espero que daqui a um ano não estejamos a falar em “mentira”, em “engano”, erradamente desiludidos com um projecto que precisará de 2 ou 3 anos para ser efectivamente um começo.

Até breve.

quarta-feira, 16 de março de 2011

O que me custa...

Schuster e Manuel Fernandes. Dois grandes ex-jogadores. Um com Godinho Lopes, o que me custa e o outro aparentemente convidado para treinar sob a presidência de BdC o que também me custa. Porquê? Porque Manuel Fernandes é um símbolo do Sporting e preferiu estar ao lado da lista que menos prefiro. Porque tenho orgulho na carreira de um homem que sempre colocou o clube à frente dos seus interesses e agora apoiará um candidato sem chama, sem coerência. É um trunfo muito forte e até inesperado.

Apetece-me dizer “Oh Manel agora é que me lixaste pá!”. Mas como dizia Dias Ferreira (ando a citar muito este senhor…) noutro dia acerca do apoio de Moniz Pereira também a Godinho Lopes “Manuel Fernandes não é de nenhuma lista…é do Sporting e de todos os sportinguistas. Seja qual for o candidato vencedor tenho a certeza que irá existira espaço para que permaneça no clube e terá muito que fazer, sobretudo na formação dos atletas da Academia.

Bern Schuster custa-me por outros motivos. Não é um treinador brilhante. É uma espécie de Quique Flores um pouco mais inteligente, mas ainda assim mais nome que competência. Aliás o fenómeno dos grandes jogadores que dão grandes treinadores é muito mais raro do que pode pensar. Schuster é um exemplo vivo de alguém que passando por Colónia, Shaktar, Getafe e Real Madrid apenas tem uma Liga espanhola no currículo (num ano em que o Barcelona ficou a 18 pontos no 3º lugar, o último de Rijkaard) o que é muito pouco. No Besiktas com uma equipa recheada de estrelas, um dos mais caros plantéis europeus, conseguiu muito pouco ou nada.

Penso, aliás desejo que este tenha sido apenas mais um dos nomes sondados pelo candidato BdC e que eleja melhor, se quiser a minha opinião (vou fazer de conta que sim) dou aqui 3 soluções mais condizentes com o seu próprio projecto.

Michel – Getafe
Bielsa – ex Seleccionador do Chile
Muricy Ramalho – ex Fluminense

Até breve.

O Carnaval de Godinho

Hoje acordamos com a sondagem feita pela lista de Godinho Lopes ao nome de treinador Scolari. Pelo que já li, o nome está a ser chumbado a toda a linha. Parece que GL e os seus comparsas vão ter de continuar a procurar mais nomes, porque este está mais queimado do que 10 Zicos juntos.

Scolari é um óptimo líder de balneário, aglutina razoavelmente os adeptos à volta de uma ideia (normalmente contra alguém) mas é muito fraco tacticamente e não se lhe conhecem proezas de valorizar planteis acima das suas capacidades. É uma má solução até porque será bem mais caro que outros treinadores de enorme capacidade.

A falta de imaginação que mostra esta “solução” Scolari exibe aquilo que mais se teme na lista de GL, o investimento sem critério, sem julgamento de valor, os nomes pelos nomes. Mas enquanto este nome de treinador já é passado as declarações que responsáveis da lista fazem todos os dias roça a mediocridade, exibindo uma impreparação tremenda para governar.

Carlos Barbosa diz que foram JEB e Costinha que provocaram o fracasso recente do Sporting, mas depois diz que Nobre Guedes é essencial porque foi ele que salvou o clube. Tinha o presidente do ACP como alguém mais inteligente, mais honesto intelectualmente. Dizer aos sócios que numa direcção a culpa é toda de 2 pessoas é “vender” a ideia de que os restantes não estiveram lá a fazer nada, apenas dizendo sim aos disparates do presidente e director. Mesmo a ser verdade, é grave, pois a cumplicidade também é crime.

Luis Duque arrasou a equipa actual, quando GL se fartou de dizer que era responsável e nunca iria afectar a confiança dos jogadores no que ainda falta da época. Duque fez até aquilo que ninguém tinha feito até hoje, apontando objectivamente o dedo acusador. O máximo que os outros candidatos tinham afirmado era que a equipa precisaria de reforços, o que parece a mesma coisa, mas não é. É diferente eu dizer que preciso de ovos em casa e dizer que os que tenho não são bons.

Godinho Lopes diz que é independente da banca, a julgar pelas parcas ideias que deu em como “arranjaria” 100 milhões de euros, uma coisa ficou clara, é através da banca que o fará, o que mostra a extensão diminuta da “trela” que o prende aos bancos e à necessidade que tem em agradar aos que o colocaram na posição de candidato. GL é tão independente da banca como um automóvel de combustível. É bonito, tem rodas, rebate os bancos, mas sem gasolina não anda.

Cristóvão, o revolucionário que passou para o lado dos “conservadores” diz que a lista de GL é a que o Porto e o Benfica têm tentado que não ganhe. Nota-se aliás, pelo destaque que as mensagens desta lista têm na Bola, Record e no Jogo. Acho que o que PPC não está a compreender é que são os sócios, especialmente os mais esclarecidos e exigentes que estão a fazer tudo para que GL não ganhe, infelizmente temos pouca capacidade para chegar aos jornais desportivos, e menos capacidade ainda para “alugar” espaços nos media.

Estou indeciso, mas se existe coisa em que estou mais do que certo é na impossibilidade da lista de GL em ter sucesso ao comando do Clube. Não duvido do sportinguismo, da vontade de ganhar e fazer um bom trabalho. Duvido das soluções, do talento para liderar e das ideias desta lista.
Até breve.

terça-feira, 15 de março de 2011

Os candidatos

Dias Ferreira

Esteve ligado à gestão de João Rocha, participando activamente na regulamentação e implementação do primeiro projecto de Liga de Clubes. Foi o braço do Sporting em muitas lutas jurídicas do Clube e participou paralelamente em alguns processos complicados de contratações de jogadores. Participa há muitos anos em painéis televisivos sobre futebol, tornando-se numa espécie de “porta-voz” não oficial do Sporting. Foi pré-candidato às últimas eleições, mas acabou por juntar-se a JEB que lhe ofereceu o lugar de Presidente da Mesa da Assembleia Geral, cargo que cumpriu com descrição.
É um homem emotivo, apaixonado pelo clube e nota-se que tem há muitos anos a vontade de fazer retornar o clube a um estatuto moral e desportivo muito diferente do que tem sido.
Nestas eleições tem um ponto muito forte e outro bastante discutível. Rijkaard é a melhor proposta de treinador até agora, mas Futre numa posição de director do futebol levanta muitas dúvidas, mais quanto à justiça de atribuir uma posição tão destacada a quem trocou em tempos Alvalade pelas Antas. Esse episódio, com quase 30 anos, está longe de estar esquecido pela maioria dos sócios mais antigos.
Dias Ferreira aposta tudo na recuperação desportiva do clube, como forma de o salvar financeiramente e alicerça na figura do treinador a grande solução, querendo mimetizar no possível o modelo Barcelona – interligação e estabilidade entre formação e equipa principal.
As probabilidades: 1-4

Abrantes Mendes

Antigo membro da direcção de Sousa Cintra (salvo erro) foi após este período uma figura muito contestatária do projecto Roquette. É uma voz que paira nos OCS sempre chamado a comentar os maus momentos do clube, algo que tem feito com algum rigor e clareza. É de reconhecida independência critica, nunca esteve ligado a nenhuma facção de notáveis e participa activamente em todos os debates internos do clube.
É uma pessoa claramente com enorme devoção ao Sporting, mas que faltou sempre um pouco mais de projecção e compreensão dos sócios. Apesar das inúmeras criticas feitas ao longos dos anos, faltou sempre a apresentação de soluções alternativas algo que nestas eleições se torna fundamental.
Apresenta-se ao eleitorado com um discurso fortemente assente na força moralmente correcta da sua figura, na vontade de motivar o clube a novos rumos, mas nunca objectivando as ideias que afirma ter.
As probabilidades: 1-20

Pedro Baltasar

É um empresário de sucesso reconhecido. Apesar de jovem, os seus projectos profissionais assumiram uma maturidade fora do comum, dando-lhe alguma projecção dentro do mundo restrito do empreendorismo. Tem sido um investidor activo nas várias emissões de participação económica da SAD do Sporting, órgão do qual já fez parte como administrador.
Tem sido uma figura muito discreta no clube, mas um sócio com que se pode contar nas alturas de maior aperto de tesouraria. Alguma polémica na compra das suas acções pela SAD, sendo o valor da venda superior ao valor de mercado, não ficando claro e explicito o porquê dos valores da transacção.
Avançou para as eleições com um projecto alicerçado numa dupla aposta em recuperar financeiramente e desportivamente o clube, mas ao passo que lhe é reconhecida alguma competência na componente económica, a vertente desportiva está longe de estar materializada. A “proposta” Zico ficou num impasse, não colhendo nenhuma unanimidade nos sócios. É talvez a candidatura mais forte nas segundas linhas da futura direcção, mas a sua participação em debates não feito muito pelo crescimento da sua proposta. Não está claramente adaptado a um espaço hiper-mediático e apesar de lhe reconhecermos uma visão coerente e inteligente do futuro do clube, torna-se difícil imaginar o que conseguirá fazer na motivação urgente dos sócios.
As probabilidades: 1-6


Godinho Lopes

Até ser nomeado candidato pela estrutura que remanesce da direcção de JEB tinha sido uma figura discreta do clube. Ligado sempre a dossiers de património em constantes direcções, GL entrou e saiu conforme as necessidades do clube. Tem no seu passado uma forte ligação com a construção do Alvalade XXI, o qual passou de símbolo de modernidade e futuro para símbolo de equívocos e despesismo.
Surge nestas eleições como a figura da continuidade o que é uma meia-verdade, pois nunca se lhe conheceu e continua a deixar vaga a noção de apoio ou oposição às decisões da direcção anterior. Para todos os efeitos encabeça uma lista recheada de grandes nomes, muitos com grandes responsabilidades no momento actual do clube.
Com uma agência de comunicação a gerir a sua campanha, parece não conseguir afastar muitas dúvidas sobre o seu projecto, entre as quais se destacam o financiamento, gestão e evolução do departamento de futebol. GL tem ainda a desvantagem de conter na sua lista personagens que há meses se opunham fortemente, não sendo claro o que une esta multiplicidade de opiniões.
Os grandes trunfos da sua campanha são o regresso de Carlos Freitas e Luis Duque, figuras que deixaram imagens diferentes quando saíram. Ao passo que Freitas veria no Braga confirmado um valor que nunca foi evidente no Sporting, Luis Duque deixou uma imagem mais ou menos intacta, ajuda o facto de ter saído pouco após a conquista do último título de campeão.
GL não parece que venha a ser o líder carismático que o clube necessita, e nota-se algum desespero por afirmar qualidades que evidentemente nunca foram o seu forte. É um pormenor que irá decerto escapar à analise da sua grande base de apoio, que são os sócios mais antigos, mais conservadores, os que costumam dar a vitória nas urnas.
As probabilidades 1-2

Bruno de Carvalho

As eleições estão a ser completamente marcadas por esta figura. Do nada, ou assim parece, surge um candidato que de “lebre” passou a favorito em algumas faixas de sócios. Antigo membro da Torcida Verde (e actual diga-se) e mais recentemente chefe de secção do Hóquei Patins (não é uma estrutura interna do clube, o Sporting apenas dá o naming à equipa) Bruno de Carvalho é a figura mais desconhecida do passado do clube, mas muitos dos que o acompanham afirmam ser uma pessoa decidida e ambiciosa, que se encontra há muito a preparar um proposta para o futuro do clube.
A chamada de Inácio para liderar o futebol foi muito menos gravosa que por exemplo a opção Futre, mas não colheu muita simpatia inicial, estando a fazer-se agora um esforço comunicacional para melhorar esse aspecto. Sabe-se que vai apostar forte na escolha do treinador, apesar de muitas notícias apontarem para Domingos Paciência, parece mais inclinado para a escolha de um estrangeiro. Porventura esperará até que GL apresente a sua solução, para mais uma vez “golpear” a candidatura daquele que se tem esforçado para contrapor.
O fundo de jogadores tem sido o seu “cavalo de batalha”, onde aliás parece ter ganhos muitos pontos a favor, quase tantos como os que perdeu com a apresentação das suas listas, que contam com muito pouco para a força desta candidatura.
O grande problema de BdC será convencer os sócios mais antigos e conformados de que não é um aventureiro, uma vez que os votos dos mais jovens e revoltados será inteiramente seu.
As probabilidades: 1-4


Esta é a minha visão. Portanto, ainda indeciso.

Até breve.

Contar espingardas ou bisnagas?

Godinho Lopes não para de me surpreender e se este candidato ganhar as eleições, só por um milagre o clube ficará melhor do que está neste momento. Não há qualquer critério, só desespero nesta lista, tudo serve para fazer uma notícia numa tentativa desesperada de "mostrar" serviço. Hoje anunciou que irá contar com Nelson, um antigo guarda-redes suplente e Vidigal o ex-médio que fez uma boa época no Sporting.

Ambos farão parte da estrutura técnica do clube. Pasme-se ele apelidou ambos de "referências do clube". Ó Lopes, se estes dois são referências então o que serão Manuel Fernandes, Jordão, Carlos Xavier, Oceano, Venâncio, Inácio, Yordanov ou Liedson? Já agora convém alguém lembrar ao homem que o clube vai ter de pagar a estes dois ex-jogadores ordenados. Sim, não sei para quê, mas vai.

É uma notícia que toca a comicidade, sobretudo para os que conhecem o Nelson e o Vidigal. Aliás penso que GL vai fazer com que o ex-guarda redes interrompa a "brilhante" de comentador da SportTV. Os seus comentários estavam a tornar-se lendários, um pouco como um Gabriel Alves com apenas 40 palavras no vocabulário. Mas GL viu talento, e como é competentíssimo e um líder difícil de enganar, reuniu longas horas com os dois trocando pérolas sobre as suas visões sobre o futuro do futebol e do Sporting. No final GL estava rendido às ideias inovadoras de Vidigal e à visão clínica de Nelson.

Ou muito me engano ou esta sagacidade para recrutar dará ainda mais frutos na escolha de treinador.

Ó Lopes...! Tem juízo pá!

Até breve.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Três dúvidas "rascas"

1/ Porque é que para subscrever um fundo de 50 milhões de euros, terá um candidato de ir à Rússia, não poderiam Roquette, Baltazar e Sousa Cintra (só como exemplos) fazer a mesma coisa?

2/ Será que lhes foi apresentado o fundo?

3/ Se foi porque não aceitaram e se não lhes foi apresentado, o porquê?

Até breve.

Cheque...check?

Pelos vistos da Rússia. Não sejamos inocentes, os fundo de jogadores de muitos clubes asiáticos, europeus e sul-americanos têm, todos, origens bastante duvidosas. Não é à toa que nenhum jogador propriedade ou co-propriedade de empresas ou fundos poderá ser transferido para a Premier League. Mas o puritanismo do campeonato britânico tem sido facilmente contornado, bastando ao clube que vende comprar aos investidores a parte que lhes cabe e depois sim vende-lo.

Ao que parece há muito medo pelo dinheiro vindo da Rússia, o que é estranho uma vez que ninguém se assusta com o dinheiro angolano do fundo do Benfica. É evidente que o fundo de jogadores do Sporting patrocinado por BdC não poderá nunca ser fruto de lavagem de dinheiro, mas mais uma vez parece que existe muita inocência nesta discussão. Alguém imagina uma operação deste género, tão mediática e aberta ao conhecimento do público, realizada amadoramente expondo um “crime”a olho nu?

Considero óbvio que BdC sabe que não pode pisar em ramo verde, e imagino que ao viajar para a Rússia vá com a consciência de que o dinheiro que trouxer de volta tem de ser financeiramente comprovado como legal. Não existe espaço para “criatividades” nem “originalidades” quanto a esta matéria. Arriscar o bom nome do Clube seria bastante mais caro do que 50 milhões.

Espero eu e imagino que todos, boas notícias a partir das 17h00, pois um fundo desta ordem, racionalmente construído no beneficio total do Sporting seria essencial para BdC ou qualquer outro candidato que vença as eleições. Como diz Dias Ferreira e muito bem, todo o trabalho de cada candidatura é feito para o usufruto do Sporting e não do candidato que o produziu.

Gostava que se encerrasse este assunto de uma vez por todas, pois existe muita matéria para discutir e o debate está estrangulado há semanas neste vai e vem de verbas.

Como atrair mais sócios? Como captar os jovens? Como agregar sócios, simpatizantes, espectadores e praticantes? Como manter o futebol e modalidades sem prejuízos comuns? Como racionalizar um clube ao dinheiro gerado? Como projectar uma mudança de paradigma do clube do 3º lugar? Como recrutar melhor nas camadas jovens? Qual o plano de carreira para os jovens da Academia? Que novas fontes de rendimento existem por explorar? Qual o peso do Sporting na Liga e na FPF neste momento?

Estas são só algumas perguntas que ainda não vi programa algum abordar sem ser superficialmente.

Até breve.