terça-feira, 31 de maio de 2011

Onde há fumo...

Enquanto o empresário de Moreno vai “roendo” a paciência e resistência do Sporting, à espera de uma tentação súbita para confirmar uma transferência mais que assegurada, o outro suposto avançado Bobô aguarda pacientemente convites dos recentemente “endinheirados” clubes brasileiros para decidir o seu futuro.

Não está fácil a vida para Freitas e Duque, que ainda procuram o sucessor legítimo de Liedson, sabendo que Postiga não é o tal homem golo providencial. O uruguaio Ribas já está de prevenção para o caso de um deles decidir-se por outras paragens. Outro avançado está em vias do mesmo, para o caso drástico de acontecer o mesmo a ambos. Ouve-se por portas e travessas mais esguias, que este último avançado de reserva é um jogador bem conhecido do futebol internacional, que virá para Alvalade em último caso e provavelmente para acabar a carreira.

Mas o post não serve para levantar, por agora, falsos alarmes, mas sim verdadeiros. A última vez que vi um caso de um avançado colombiano ser intransigente na fase final das negociações, o mesmo acabou no Porto, em vez do Benfica. Falcão acabou por sair baratíssimo ao Porto e demasiado dispendioso para o clube da Luz. Não façamos nós agora o mesmo papel de “inocentes”.

Acho bem a irredutibilidade leonina face a exigências desprogramadas, mas também tenho a certeza que o mercado do futebol é um tabuleiro que se joga com “cínicos” e com “sérios”. Por detrás de uma “força” existe sempre “outra” – não é uma lei do futebol, mas é uma lei no mercado de transferências. A melhor forma de abortar um negócio acordado entre todas as partes é fazer um nova exigência, ligeira o suficiente para parecer um braço de ferro, mas pesada demais para ser aceite.

Não tenho como garantido que Moreno seja o sucessor de Falcão no Porto, mas o fumo está a ficar demasiado parecido com o fogo do defeso de há dois anos. Apenas um dado me provoca alguma confusão. Seria Pinto da Costa capaz de 2 deselegâncias seguidas com o Sporting? Primeiro Kleber e agora Moreno? O presidente portista raramente abriu duas frentes na “guerra” com Lisboa. Terão as vitórias esmagadoras desta época e a fraqueza recente dos leões subido à cabeça do “Papa”?

Até breve.

domingo, 29 de maio de 2011

Linha de sucessão

Domingos sucede a Couçeiro. Carrilho, Rodriguez, Moreno, Rinaudo, Neira e Moreno sucederão a Vukcevic, Saleiro, NAC, Liedson, Maniche e Salomão. Faltará saber se vêm mais 2 brasileiros e um sueco (Alex Silva, Bobo e Wendt). O plantel será muito mais sul-americano, muito menos português. É uma aproximação aos modelos de Porto e Benfica. Não gosto, mas as alternativas seriam porventura mais arriscadas. Para não realizar esta latinização do plantel o Sporting poderia:

A) Dar oportunidade a jogadores portugueses como Zeca (Setúbal), João Silva (Everton) ou Manuel da Costa (West Ham) e fazer regressar jovens promessas como Adrien, Pereirinha, Nuno Reis ou Neto. A vantagem seria o pouco investimento realizado. A desvantagem - pouca mediatização, pouca confiança, nenhuma novidade e muito pouca curiosidade dos adeptos.

B) Investir em jogadores portugueses com currículo a jogar no estrangeiro. Hugo Almeida (Besiktas), Manuel Fernandes (Valência), Nelson (Osassuna), Vierinha (PAOK) ou Paulo Machado (Toulouse). A vantagem - soluções seguras, já provadas em outras ligas. Desvantagem: o enorme investimento em salários e verbas para aquisição de passes.

Claramente Freitas e Duque, quiçá com o aval de GL e Domingos, preferiram a solução mais viável e mais imediata. Contratar bons jogadores na América do Sul é uma forma mais simples de resolver a falta de competitividade do nosso plantel. Os jogadores são em regra mais baratos que os europeus, e olham para o Sporting como porta de entrada para os grandes clubes de Espanha, Itália e Inglaterra.

Ninguém sabe o que será um Sporting com estes novos jogadores. É um mistério de duas faces. Por um lado existe a esperança de serem (tal como Falcão, Hulk ou David Luiz) melhores que a encomenda e darem corpo a uma equipa poderosa e capaz de produzir futebol a sério. Por outro existe a incógnita do tempo que levará a estes jogadores a realizar uma boa adaptação a um novo país, futebol, mentalidade.

A verdade é que ninguém sabe ou saberá até a época se iniciar. Por agora acompanharemos as mudanças como positivas, sonhando com os dribles mágicos de Carrilho, os 31 golos de Moreno ou a estóica resistência defensiva de El Mudo.

Até breve.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Sonho (Sul) Americano - Parte 2

De entre os “quases” da imprensa até à apresentação de um jogador em Alvalade vai um mundo, ou melhor, um oceano atlântico de diferença. A julgar pelas notícias sucessivas, o Sporting descobriu o caminho marítimo para o Peru, Colômbia, Argentina e Chile. O navegador-mor chama-se Freitas e nas suas naus leva milhões de euros que espera trocar por futuros Falcões, Hulks, Luisões e Fernandez. Uma vez chegado a Portugal, a mercadoria rentabiliza-se e exporta-se para o resto da Europa.

Mas este mercantilismo futebolístico, envolve riscos. Nem todos os “Morenos” são realmente Falcões. Alguns serão apenas morenos. Todos os Sportinguistas sabem que jovens sul-americanos são um produto bastante perecível. Alguns “estragam-se” logo na viagem, outros depois de uma época na prateleira de suplentes do plantel. Há que escolher muito bem, como dizia Domingos.

Olhe-se para o outro lado da 2ª circular e atente-se ao descalabro que foram a maior parte das aquisições de jovens prodígios das Américas. Quaisquer 100 mil euros são essenciais para o Sporting nesta altura, mas nem sempre o que é barato irá ser rentabilizado exponencialmente, às vezes se queremos qualidade evidente, é preciso investir um pouco mais. Quem sabe comprando menos, mas melhor. É uma lição que, direcção após direcção, se vai ignorando.

Com uma época a ser delineada (por agora) por jovens incertezas, as dúvidas serão muitas até a bola começar a rolar e aí podem acontecer 3 cenários:

1-      Os miúdos são todos revelações e sai o jackpot ao Sporting
2-      50% aproveita-se, o que é uma margem proibitiva para as nossas finanças
3-      “Chumbam” todos o teste “Europa” e afunda-se ainda mais o clube.

É um risco. Mas há esperança. Sobretudo se Freitas descobrir Liedsons em vez de Spehar´s e Duscher´s em vez de Kmet´s.

Até breve.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Filosofia de Satélite

Ao chegar a Lisboa, Salvio trazia consigo a desilusão de uma época a substituir Sabrosa ao 75 minutos de jogo. Nada que se pudesse antever da grande promessa argentina que tinha feito em tempos parceria com Piatti, Musacchio, Mori e Di Maria nas selecções jovens do país das pampas. O Benfica era uma oportunidade para relançar um trajecto, que poderia continuar ascendente jogando, sendo titular, marcando golos e fazendo assistências.

Para o clube lisboeta, Salvio era uma boa solução para as alas, que após a saída de DiMaria ficaram órfãs de grande talento. Salvio fez uma boa época, brilhou e…voltou a Madrid. Para o Atlético de Madrid o empréstimo resultou em cheio. Para o Benfica ficou um amargo de boca, próprios de quem recebe um brinquedo e tem de o devolver.
Para clubes como Porto, Benfica e Sporting, empréstimos sem opções de compra realistas são a curto prazo soluções financeiramente úteis, mas desportivamente ineficazes a médio e longo prazo.

A lição de Salvio, assim como a de Reis (ambos do Atlético) provam que ter mais olhos que barriga também é mau na hora de escolher jogadores. Tudo isto a propósito do especulado interesse do Sporting no empréstimo de Romeu, um canterano do Barca de 19 anos. O rapaz tem só uma cláusula de rescisão de 30me! É certo que o valor de mercado está estabelecido em 3me, mas por este valor nunca o clube catalão venderia uma das suas maiores promessas. O seu empréstimo ao Sporting seria uma autêntica vassalagem leonina ao Barcelona, uma lógica de investimento mais própria de um clube satélite de que de um par europeu.

Abomino a assunção de menoridade e prefiro mil vezes apostar num jovem Zezinho das nossas escolas, do que receber qualquer Oriol Romeu, por mais que isso caia nas boas graças do provável campeão europeu. A dignidade e independência andam de mãos dadas como orgulho e amor-próprio, negócios como este que o Record dá como possível são impossíveis de compreender. Ainda para mais num clube que tem das melhores escolas de formação mundial.

Mesmo que a cláusula de compra fosse acessível, Romeu, Nolito ou Muniesa não serão pérolas de jogadores, serão quanto muito atletas de algum potencial, tal como dezenas de outros que os 3 grandes de Portugal tem nas suas fileiras sub21. A marca Barcelona é prestigiante, mas não é uma fábrica de replicação de Messis, Xavis e Iniestas. A segunda e terceira divisão espanhola estão repletas de ex-promessas catalãs e não consta que nenhum adepto do Blaugrana se preocupe muito com isso.

Até breve.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Os primeiros 3 pontos de Domingos

É oficial e vem na hora certa. O anúncio da escolha de Domingos para treinar a equipa na próxima época é a confirmação de um processo longamente discutido e demasiado especulativo. Não há mais dúvidas. Depois de presidente, depois de director desportivo (quase…), depois de treinador, agora só faltam os jogadores. A mais que gasta “desculpa” de que era preciso o aval do treinador já não irá colar…e o tempo esta a contar, já não falta muito até a maior parte dos jogadores definir o seu rumo.

Três pontos me merecem destaque neste momento. O primeiro vai para a gestão da comunicação da decisão. É certo que o Sporting foi “obrigado” a saber esperar, mas nada justifica a desmazelada e atabalhoada comunicação de GL. Depois de um tabu tão grande o mínimo que se podia esperar era uma conferência de imprensa em prime-time, dando visibilidade e impacto à notícia que todo o universo do futebol português queria ouvir. Esta oportunidade foi adiada para amanhã, mas depois do anúncio de hoje o impacto e o destaque serão menores. Péssima nota para a responsável de comunicação do clube, que tinha obrigação de gerir melhor esta oportunidade.

O segundo ponto é a durabilidade do contrato. Já foi avançado que será um contrato válido por uma época com outra de opção. A meu ver é uma boa opção. Ninguém pode garantir que Domingos não passa por um cenário semelhante ao que passou Paulo Sérgio e as indemnizações custam muito aos cofres do clube.

Terceiro ponto, apesar de achar que Rijkaard daria mais peso, reforços e confiança a um plantel do Sporting, Domingos é uma escolha feliz. Com 3 épocas na função de treinador principal, na Académica e no Braga só restaram saudades, mas é pouco tempo para aferir que tipo de treinador é Domingos. Em ambos os clubes construiu fortes colectivos, que superaram claramente a falta de argumentos individuais. Isso é bom, aliás isso é essencial no Sporting, uma vez que o nosso clube pode não garantir reforços que à partida pareçam equivaler aos dos seus directos rivais.

Mais dúvidas tenho na estruturação da equipa para enfrentar adversários que se fecham e dão o controle do jogo ao opositor. No Braga esse foi o calcanhar de Aquiles que evitou a perfeição. Falta de jogadores? Talvez, e espero que seja de facto essa a razão, porque os campeonatos não se perdem para os rivais directos, mas sim frente a equipas
que procurando um ponto acabam por levar os três.

Finalizo com a curiosidade do nome do treinador. Espero que haja muita Paciência para este técnico, talvez seja um sinal divino enviado aos dirigentes do Sporting, um sinal para darem argumentos e mais tempo a este treinador. Os adeptos não estão a contar com títulos, estão a contar com dignidade, bom futebol e muito trabalho. Se os houver é garantido que não vamos fazer as pobres figuras que temos feito. O problema tem sido que ao nomear um treinador, os restantes responsáveis desaparecem ao primeiro mau resultado, deixando o futebol entregue a si próprio. Isso não é construir uma equipa, é apenas cobardia.

Até breve.

domingo, 22 de maio de 2011

Reis, Damas e Duques

Ninguém sabe, por agora, o que levou a imprensa a dar Duque como “fora do baralho” leonino. O próprio limitou-se a desviar o discurso, evitando confirmar alguma discordância. Num trajecto até agora pacífico e linear, a direcção de GL tremeu por instantes. GL e os seus comparsas sabem que qualquer contrariedade auto-provocada nos próximos meses cairá muito mal a uma massa adepta ainda a tentar “engolir o sapo” de umas eleições mal explicadas e vencidas por uma lista que não chegou aos 50% dos votos, nem foi a lista mais votada numericamente.

Este é um período decisivo para ganhar tempo e espaço para operar o clube, para injectar paz e serenidade antes da próxima época ter início. Uma hemorragia neste período sabático só dará voz e razão a manobras de contestação, voltando a abrir as feridas que a campanha eleitoral abriu. A comunicação de Duque não é um desmentido e isso prova que existe de facto algum atrito entre quem está a preparar a época. O que irá acontecer a seguir já é um filme demasiado visto em Alvalade. Uma lenta divisão de “espingardas” que abrirão fogo ao primeiro sinal de contrariedade. O tiroteio tem hora e data marcada e só um presidente forte e concentrado no sucesso do clube anulará a necessidade de confronto. Birras e amuos não se aturam. Quem quer trabalhar fica, quem quer protagonismo sai.

Assim vejo a melhor resolução destes problemas. Muitos já o tinham previsto. Neste momento existem mais pessoas que cargos no desenho directivo e técnico do Sporting. Nem Barcelona, nem Real Madrid, nem Manchester terão a quantidade de “boys” que o Sporting tem neste momento. A somar ainda teremos a equipa técnica de Domingos. Serão dezenas de pessoas entre Alvalade, a SAD, Alcochete, dezenas que sem uma liderança forte tenderão a agrupar-se em menores unidades de opinião. Está criado um parlamento e não um departamento de futebol.

Primeiro teste ao valor de GL. Veremos como se sai.

Um comentário adicional à entrevista de Paulo Sérgio. Depois de ler fico com a certeza de que foi um treinador errado para um clube com a dimensão do Sporting. Se o caro Paulo pensava que ia para um clube organizado, cheio de grandes jogadores e dinheiro para recrutar ainda mais uns isso só prova que além de ler mal o jogo, também não sabe analisar quem é quem no futebol português. Teve a sua oportunidade e não teve mãos para a coisa, a entrevista é uma prova cabal dessa assunção.  

Até breve.

sábado, 21 de maio de 2011

Rinaudo no Sporting

Depois de Carrilho eis que está assegurado o segundo reforço da época. O seu nome é Fabian Rinaudo, 24 anos e internacional A pela Argentina. É um médio defensivo clássico, muito à semelhança de Pedro Mendes o que indica que o ex-internacional português deve estar de saída. Ainda não existe confirmação oficial do Sporting, mas por toda a imprensa argentina é dado como certa a transferência, ficando o clube luso com 50% do passe, com custo aproximado de 1me.

Na verdade quando os olhos estavam postos noutro jogador do Gimnasia (Neira) o primeiro a chegar será mesmo Rinaudo. É uma boa contratação, especialmente pela valorização que terá depois de ser pré-convocado para a Copa América. Não sei se é jogador para pegar de estaca nos próximos tempos, André Santos realiza um trabalho muito semelhante no meio-campo e ter dois trincos será redundante na maioria da partidas. Mas é um valor interessante, com bastante mais currículo que Carrilho.

Parece uma "descoberta" à Freitas, um jogador em plena ascensão, em conta e com larga margem de valorização. Tem procura na Europa e espanta-me que nenhum clube espanhol e italiano se antecipado ao  Sporting. Mas com o mal dos outros posso eu bem. É um possível patrão do meio-campo, jovem e com pouco historial de lesões, o que o torna no herdeiro ideal de Pedro Mendes. O português quando apto fisicamente é um valor imprescindível, mas em duas épocas foram poucas as alturas em que não esteve lesionado, transformando-se num dos mais caros jogadores do plantel (num rácio investimento - aproveitamento desportivo).

Esta contratação também exibe a proximidade que outro médio-defensivo terá de ser dispensado, falo de Maniche. É que com Zapater, Rinaudo e André Santos e possivelmente Adrien ou Zezinho, ter Maniche é chover no molhado. Mais caro e mais molhado que o desejado. O meio-campo defensivo fica portanto fechado, mais barato (reduz-se para metade o custo em salários que Zapater, André Santos, Maniche e Pedro Mendes auferiam) e mais competitivo.

Agradece também o fundo de jogadores, uma vez que Rinaudo parece talhado à medida do que um fundo de jogadores requer. Juventude, margem de evolução e mercado na Europa (é de lembrar que Rinaudo tem passaporte italiano, não contando como extra-comunitário).

Parece que todos ficam contentes com o negócio. Veremos o que este argentino consegue mostrar na nossa Liga, assim de repente em alguns videos no YouTube faz-me lembrar Paulo Sousa, mas no YouTube qualquer gato passa por lebre, que o diga Jorge Jesus...

Até breve.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Problemas de suspensão

Salvador quase estragava a “festa” da apresentação de Domingos, fê-lo com o desdém de “esposa traída” e obrigou a pelo menos dois comunicados da SAD que contornam a verdade como um ilusionista esconde o lenço numa mão enquanto exibe a outra. Entretanto as acções estão suspensas, tal como as negociações por alguns dos reforços que farão parte do plantel da próxima época.

È o status do clube actual: suspenso. À espera do treinador, à espera das confirmações das estrelas que finalmente ocupem os lugares vagos deixados por Liedson, Moutinho, Nani, Ronaldo, Figo, Balakov, Valckx, Yordanov. Onde estão os símbolos? Encontraremos em Patrício, Carriço, Fernandez ou André Santos as vedetas de amanhã? Serão Carrilho, Rodriguez, Neira, Bobô ou Wendt os novos representantes de um novo Sporting?

Quem será o patrão da baliza? Patrício vai para o Manchester? Ou para o Atlético de Madrid? Quem será o patrão da defesa? Garay, Alex Silva, Carriço? Torsi é para ficar? Quem chefiará o meio-campo? Pedro Mendes? Ou vai para o Colónia? Quem jogará nas alas? Carrilho? Então mas esse não é uma aposta de futuro? Qual é a do presente? Vuk sai? E quem chega? Quem fará esquecer Liedson? Bobô? Vamos ter de gramar com o Hugo Almeida? E quem chefia a equipa dentro de campo? Carriço?

Muitas perguntas e um prazo demasiado longínquo remetido para 30 de Junho. Por essa altura é bom que esteja já tudo decidido ao contrário do que diz GL, essa data não é o início do fim, mas o fim do início. Entretanto centenas de nomes serão atirados para os jornais e centenas de jogadores serão confirmados e desconfirmados diariamente. Nada que não estejamos habituados, mas também algo que podia ser mudado esta época.

Hoje 20 de Maio, confirmados na próxima época estão: Evaldo, Carriço, André Santos, Izmailov, Fernandez e Carrilho (6 jogadores!). Patrício, Pereira, Djaló, Pedro Mendes e Postiga têm interessados. Hildebrand, Tales, Cristiano e Caneira nunca fizeram parte da equipa, Tiago, Polga, Abel, Grimi e Saleiro têm fim de ciclo no clube. Torsi, NAC, Cedric, Zapater e Vukcevic farão melhor em evoluir noutros clubes. Sobra Maniche e Valdes, os dois casos bicudos deste plantel.

Está tudo em suspenso. Será que os blogs não deveriam acompanhar esta moda? Ou seguir outra, a da imprensa, inventando soluções e caminhos imaginários, Sportings hipotéticos? Não sei, estou suspenso.

Até breve.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Dois destinos

A dimensão do jogo entre Porto e Braga na final da Liga Europa aumentou consideravelmente (para os sportinguistas) desde que se começou a entender que seria Domingos o próximo treinador do nosso clube. Não que faça muita diferença para o que será a próxima época, mas para o que pode mudar no estatuto individual de Domingos.

Se o Braga vencer a Liga Europa, será provavelmente a maior conquista feita por um treinador português desde que o Porto venceu o Bayern Munique na final de Viena.

Primeiro, porque fá-la no Braga, um clube bem orientado, mas sem historial e dimensão financeira.

Segundo, porque os jogadores bracarenses são individualmente bastante inferiores aos da equipa adversária.

Terceiro, porque desde há vários meses (desde a vitória de GL nas eleições do Sporting) que Domingos está sozinho a levar o barco em frente, com pouco apoio de uma direcção amuada com as suas próprias previsões, que anteviram uma queda quando se deu uma escalada vertiginosa.

Dois destinos diferentes para Braga e Sporting: O Braga está na final e previsivelmente perderá o treinador e a espinha dorsal da equipa (Artur, Sílvio, Rodriguez, Alan, Lima).
O Sporting não estará na final, mas receberá um prémio inesperado, um treinador finalista da Liga Europa e (por agora) o central da equipa finalista (Sílvio pode ser uma boa opção no Sporting pela capacidade de jogar em ambas as laterais).

O agora é do Braga, mas o futuro parece caminhar com mais esperança na direcção de Alvalade. E tanto que precisamos dela.

Um Domingos campeão da Europa seria cereja no topo do bolo e a primeira grande escolha de Godinho Lopes. Se isso significará sucesso ninguém sabe, mas lá que não seria continuidade, não seria.

Se a escolha dos jogadores fosse tão feliz como foi a cartada Domingos, a nova direcção e os adeptos seriam brindados com uma temporada bastante diferente do pesadelo das épocas mais recentes. Se…

Até breve.

terça-feira, 17 de maio de 2011

O custo do zero

Vai se adivinhando o plantel da próxima época, com os facebooks e jornais a confirmarem as negociações em curso. De entre noticias mais ou menos verdadeiras e outras mais ou menos falsas, a melhor (ou a que me fez rir um bocado) foi aquela que dava conta que o Sporting iria preferir duas aquisições de peso em vez de várias mais modestas. 10 milhões de euros por cada jogador. Só um palerma encontrará viabilidade neste raciocínio.

Num orçamento reduzido, que será no máximo 35/37me, os encargos com apenas dois jogadores consumiriam quase 50% dos recursos. Se este argumento não colhe (o que será pouco provável) juntemos a probabilidade de insucesso dessas aquisições “galácticas” (como Pongolle) e teremos o mais puro acordar para a realidade de algumas “aquisições”.

O Sporting pode e deve recrutar jogadores à medida das suas possibilidades e dentro destas pode-se encaixar jogadores em fim de contrato, jovens promessas internacionais de campeonatos menos mediáticos e algum internacional mais desvalorizado à procura de revitalizar a sua carreira.

As vendas serão fracas, não se prevendo nenhuma venda milionária (20-25me) o que quase estreita o valor para compras ao orçamento anual. O empréstimo obrigacionista e o fundo de jogadores servirão mais para equilibrar tesouraria do que para investir em jogadores novos. Isto não é um sinal de limitação de ambição, é uma prova de limitação financeira. Se a primeira pode mudar a segunda é incontornável.

Quem pensa que os jogadores em fim de contrato vêm a custo zero, erra rotundamente, qualquer atleta com algum mercado pede avultadas somas em prémios de assinatura, uma moda inventada nos EUA pelos gestores de carreira de profissionais do basket e do futebol americano, os “free agents”, ou seja, os jogadores sem vínculo pedem uma verba para assinar contrato, uma espécie de variação do esquema usado pelos mercenários das guerras religiosas do séc. XVI.

Ficará sempre mais barato pagar 0,8me a Bobô do que contratar pela mesma verba um outro atleta, pela simples razão de o mesmo valer 4 ou 5 vezes essa verba. Além disso por menos de 1me não se contrata ninguém que seja reforço para um clube como o Sporting. Isto mesmo acreditam Freitas e Duque ao terem tantos jogadores referenciados (quiçá contratados, veremos depois de quinta-feira) nesta condição.

Até breve.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Os bobos do corte

Não sei que raio de equipa é que alguns sportinguistas pensam que o clube poderá ter na próxima época, pelos vistos não uma onde entre o avançado do Besiktas Bobo. O que é mais estranho é o desconhecimento que estes mesmos revelam sobre a qualidade do jogador. Não sei se pelo nome, ou pela carreira discreta que tem feito, mas existe já muita piada corrosiva sobre a possível chegada do brasileiro a Alvalade.

Caros leitores deste blog, para quem não sabe Bobo é um bom jogador, com instinto de goleador, capaz de marcar (até num confuso e hiperbolizado Besiktas) cerca de 15-20 golos por época. Sugiro que em vez de imaginarmos pontas de lança de elite de camisola verde e branca vestida, em vez de sonharmos com internacionais brasileiros e argentinos a marcar 50 golos por época na Liga, coloquemos os pés na terra e agradecermos a chegada de jogadores da qualidade do ex-avançado do Corinthians.

Este problema entronca num outro mais vasto. Consequência de uma vontade acérrima de ver tudo diferente em Alvalade, muitos adeptos começam agora a falar de títulos, de ser campeão já na próxima época. Porque vai haver Domingos e algum dinheiro para investir, muitos sentem que a mudança pode ser mágica e que se pode colocar a fasquia à altura do título. Erro número um.

Com uma nova direcção, um treinador novo e muitos jogadores novos, nada pode ser mais sufocante que a exigência de resultados imediatos. É necessária uma cultura mais exigente, mas isso constrói-se dentro do clube e não pelos “pedidos” dos adeptos. Para começar não seria nada mau que disputássemos os títulos, que nos mantivéssemos na luta até bem mais tarde do que o que tem sido hábito. Não seria nada mau ter uma equipa com grande colectivo e alguma arte na interpretação do jogo.

Normalmente é mais fácil começar pelo princípio, i.e. começar por construir uma equipa. Como isso não vem pré-fabricado, demora o seu tempo e terá alguns dissabores pelo caminho, caberá a cada sportinguista ser realista e entender o caminho traçado. Dificilmente o caminho pode ser exigir a Domingos que em 3 meses construa um campeão, especialmente com os limites orçamentais a que estará obrigado.

Ao contrário do Porto do ano anterior, o Sporting não transita para a próxima época com uma base de plantel sólida, a precisar apenas de um novo treinador e alguns acertos de jogadores. Quem comparar a reviravolta nortenha à que o Sporting poderá fazer estará a menosprezar quase todos os ingredientes que costumam fazer parte da receita dos campeões. O que alguns estão já a pedir a Domingos é uma espécie de poção mágica, instantânea, miraculosa.

Os tais 30 milhões de euros que se apregoa para investir são uma verba muito considerável, enorme à escala portuguesa. Mas não nos enganemos, não é o suficiente para comprar uma equipa, ou títulos, é um esforço muito importante para dar uma injecção de talento e revitalizar a confiança do clube, mas não passemos do 8 ao 80, o fosso que existe entre o Sporting e os seus eternos rivais vai bem mais longe que 30me.

Mais importante até que o dinheiro é a atitude e a postura dos dirigentes e adeptos do clube. Da ausência de confiança e exigência não convém nada passarmos para o completo inverso, os extremos atraem-se e ambos os caminhos levam ao mesmo resultado. Insucesso. Com este texto não isento o Sporting da conquista de títulos, isento-o sim da precipitação, da vertigem e dos equívocos de quem quer tudo já.
Neste quadro Bobo, assim como qualquer avançado com a sua valia deveria ser bem-vindo e com alguma calma esperar que se adapte ao nosso futebol e às balizas portuguesas.

Os verdadeiros Bobos são os que se riem ainda antes da piada.

Até breve.

domingo, 15 de maio de 2011

Quem ri por último?

Confesso que não esperava (desejava, mas isso vale muito pouco) a vitória em Braga. Disse-o aqui faz tempo, que a 3ª melhor equipa portuguesa é o Braga e não o Sporting. Por tudo o que o Sporting não soube fazer e o Braga surpreendentemente repetiu não era nada de espantoso que ficássemos atrás do Braga na tabela.

Mas o futebol é um desporto onde tudo pode acontecer e ontem surgiu um Sporting a jogar à Braga e um Braga a jogar à Sporting. Ganhou a equipa um pouco de dignidade, os adeptos um pouco de esperança e a direcção um pouco de carisma. GL sempre disse que não ficar em 3º seria a sua primeira derrota no mandato. Pois bem essa já passou, mas seguem-se outras, porventura até mais complicadas.

Este plantel não era mau (também não era bom) mas foi muito mal orientado. Fisicamente, tecnicamente e tacticamente os jogadores em equipa evoluíram zero. Pontualmente existiram atletas que estabilizaram e cresceram, mas fizeram-no por sua conta, graças ao seu talento e força mental individual. No final da época eis as análises:

O Péssimo:

A desistência de Bettencourt. Provou-se errada a lógica “contida” e “discreta” do seu mandato, JEB não entendeu a dimensão do fosso que nos separa do profissionalismo do Benfica, Porto e Braga e quando olhou em seu torno só viu números, banca e más escolhas. Tomou a opção mais fácil, abandonar o barco. Podia e devia ter personificado uma revolução interna, afinal de contas estava mandatado para tal.

Paulo Sérgio. É um bom homem e na escala de um Guimarães ou um Setúbal até pode ser um treinador satisfatório, mas a sua escolha desiludiu os adeptos, sentimento que só viria a piorar com as péssimas exibições na Liga. Na Liga Europa as tácticas rudimentares de PS ainda foram passando despercebidas, mas até um Estoril foi capaz de controlar (justa e merecidamente) o Sporting.

A venda de Liedson. Vender o melhor marcador, símbolo e talvez ainda o melhor jogador da equipa por 1,5me é anedótico. Os bons jogadores são caros, mas a identidade do clube não tem preço, especialmente quando trocada por “miudezas” desta ordem.

O mau:

A passagem de Costinha acabou numa mão cheia de pedras jogadas à direcção. Podia não ser o director desportivo mais habilitado para a função, mas ficar amuado perante as condições que lhe deram para reforçar a equipa não provou as qualidades que tanto lhe apregoaram. Na hora de por a equipa à frente das suas “culpas”, preferiu “defender-se” o que foi a pior face que alguém pode dar à derrota.

O colectivo. Não houve equipa este ano em Alvalade. Houve um plantel cheio de problemas que nunca tocando na pedra desfilosofal da indisciplina, também nunca se mostrou muito coesa na hora de se assumir perante as dificuldades. Houve centenas de declarações aos media, milhares de desculpas e “vamos melhorar”, mas as palavras levou-as o vento e devolveu muitas exibições apáticas. Nunca houve líder em campo e os capitães só o foram pela braçadeira. Carriço ainda é muito jovem e duvido da sua capacidade para entender os momentos em que deve “disciplinar” os seus colegas.

Os golos. Poucos, muito poucos. O melhor atacante na Liga foi Postiga com 6 golos! É irrisório para um clube como o Sporting. Não é culpa exclusiva dos atacantes, mas ou por que estes não marcam ou porque não são ajudados a marcar o problema é sempre o mesmo, a equipa marca poucos golos. Na era Paulo Bento também era assim, mas nessa altura a defesa era a melhor do campeonato.

As eleições. Pobres de argumentos, numa campanha que se centrou no nome do treinador e no dinheiro para reforços. Acabou em tragédia grega, sem estado de graça para quem ganhou. A continuidade venceu, quando a mudança tinha mais adeptos, poucos decidiram o destino de muitos o que é sinal de uma importância de votos muito elitista e conservadora.

O duvidoso:

A qualidade de alguns jogadores. Zapater, Postiga, Evaldo, NAC, Torsiglieri, Polga, Maniche, Valdes, Salomão, Djaló e Vukcevic têm todos uma coisa em comum – ninguém sabe dizer se são jogadores para o que o clube precisa, ninguém sabe o que ficaremos a perder se fossem treinados por alguém mais competente.

A arbitragem. Este ano houve demasiados erros, demasiados casos de manutenção de critério. O Porto e o Benfica não precisavam de tantas “ajudinhas”. Jogos como o Setúbal-Porto na Liga e o Benfica-Sporting para a taça da liga foram escandalosamente memoráveis.

O resultado das eleições. Muito ainda se descobrirá sobre o que realmente aconteceu por volta da 01h00 da manhã na noite das eleições. Muita gente (que esteve presente) sentiu que existiu algo que não deveria ter existido, umas mini-confusões que viraram grandes, monumentais. Quando um dia algumas pessoas decidirem explicar todo o contexto da actividade das claques na vida e nas decisões do Sporting pode ser que entendamos  quem a/as controla e a que preço para o próprio clube.

As finanças. Estamos mal e dependemos de grandes épocas para equilibrar a força do nosso clube.


O assim-assim:

A classificação. Perante as prestações da equipa, miseráveis, o 3º lugar acaba por ser uma melhoria face ao que aconteceu na época anterior. Podemos agradecer ao facto do Braga estar dividido em 2 frentes no fecho da época. Acabar a mais de 30 pontos do Porto é motivo de reflexão e não de passividade.

A cantera. Patrício, Djaló, Carriço, André Santos, Nuno Reis, Renato Neto, Cedric são jogadores que se valorizaram esta época. O que diz tudo.

Os adeptos. Mesmo sem esperança de nada, regressaram a Alvalade com atendências acima dos 30 mil. O que seria se a equipa estivesse a jogar bem e a vencer?

O agradável:

A escolha de Domingos é pelo menos diferente das opções que têm sido tomadas ultimamente. Este treinador pelo menos chega com um rótulo de competência e motivado pelo seu próprio sucesso. Olhando para os jogadores do Braga que defrontou o Sporting ontem é fácil entender o mérito de Domingos.

As modalidade “amadoras”. Com pouco vão fazendo milagres. O hóquei em patins merece todo o destaque possível.

O discurso de ambição da nova direcção. Foi um ponto final na conversa da “tranquilidade”, do “equilíbrio financeiro”. Ponto parágrafo na “tiopatinhice” com que se olhava o investimento em bons jogadores.

O bom:

A época acabou.

O óptimo:

Como é inimigo do bom, espera-se que os responsáveis compreendam que urge ser mais rápido e decidido que qualquer rival para encontrar argumentos que contrariem as últimas duas épocas. Não há tempo para descompressão, é hora de fechar o que houver para fechar. Deixar para amanhã o que se pode resolver hoje só vai levar aos erros que devíamos ter entendido como irrepetíveis.

Até breve.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Com a verdade me enganas

O comunicado da SAD do Sporting esclarece que este organismo não está a negociar com nenhum treinador e que o fará só depois do fim da época. Esta é a peça final do puzzle da contratação de Domingos.

Tanta segurança do comunicado só revela que os responsáveis da SAD nada temem neste momento. Se por alguma questão houvesse alguma incerteza no pré-acordo de Domingos com Godinho Lopes (e não com a SAD, pois esta não pode firmar contratos com alguém que está contratado) ela acaba de ser desfeita o que coincide curiosamente (e suspeitamente) com a admissão de Domingos que o seu futuro já estava decido há muito e não contemplava a permanência em Braga.

1+1=2 e apesar de no futebol nem sempre esta regra ser válida é certo que o próximo treinador do Sporting se vai chamar Domingos Paciência. Será bem vindo pelas épocas surpreendentes que fez no Braga, apesar de manter as minhas dúvidas quanto à validade dos seus argumentos tácticos perante equipas que cedem o domínio de jogo ao adversário.

Das duas uma, ou Domingos comprova que ainda tem muito que aprender até estar pronto para um clube de títulos como devia ser o Sporting ou prova que o fio de jogo que construiu no Braga foi apenas uma adequação ao jogadores que tinha à disposição e que sabe dar o cunho dominador a uma equipa que assume as despesas ofensivas do jogo.

Á partida já está colocado numa equação de perfil que os últimos 4 treinadores não conseguiam completar – ganhador, motivado, em ascensão profissional. A Paulo Bento faltava diversidade táctica, a Carvalhal faltava carisma e pulso forte, a Paulo Sérgio faltava discurso e profundidade técnica e Couceiro herdou as consequências de todas estas incompetências mais as da direcção anterior.

Resta ao Braga cumprir a vontade do seu presidente e agora sem outro remédio assumir o acordo com Leonardo Jardim, tal como irá restar ao Porto procurar uma nova solução sabendo que nem Domingos, nem Jesus (o Benfica fez marcha-atrás precisamente pelo previsível destino do seu treinador) estarão disponíveis. Desta vez Pinto da Costa vai ter mesmo que arriscar em algo mais desconhecido, algo que sabendo da forma como pensa andará bem próximo de um Rijkaard ou um Rui Faria.

Uma coisa é certa, o Special Two dificilmente continuará no Dragão. As propostas são muitas e valiosas. Depois de esta época onde pode conquistar tudo, a próxima já nada teria para melhorar, a Champions League é por agora, ainda e só mesmo, uma miragem.

Para o Sporting a próxima época começa com este comunicado. Com um treinador, mas ainda sem equipa.

Até breve. 

terça-feira, 10 de maio de 2011

Projecção de Plantel 2011/12

Para todos os sportinguistas que seguem o clube, já se torna nítido que a condição de suplente de Vukcevic por oposição à titularidade de Izmailov quer dizer muita coisa. A mais concreta é que o montenegrino irá ser vendido. Já é mais ou menos público que Hildebrand, Tiago, Abel, Caneira, Polga, Grimi, NAC, Maniche, Tales, Cristiano e Saleiro não fazem parte das contas do próximo treinador. Permanecia a dúvida de Cedric, Salomão, Zapater e Vukcevic. Se os dois primeiro serão emprestados, o segundo deverá ser vendido (enquanto o nome ainda diz algo no mercado espanhol) e o terceiro ao que parece deverá ser transferido para Inglaterra.

Ao todo são 15 jogadores, bastante mais do 50% do plantel. Se isto não é uma renovação completa, ficará muito perto de o parecer. Dos 15, apenas 5 ou 6 serão aquisições, destas 2 serão tal como Carrilho apostas para o futuro, o resto será preenchido com o regresso de empréstimos, a equivalência deverá ser qualquer coisa deste género:

Tiago – Golas (Boavista)
Hildebrand – R.Baptista (Olhanense)
Abel – J.Gonçalves (Olhanense)
Grimi – Wendt*
Polga – A.Silva*
NAC – Rodriguez*
Zapater – Hurtado*
Maniche – Adrien (Académica)
Vukcevic- Zahavi*
Saleiro – Neira*
Cristiano – Carrilho
Liedson – Bobo*
Salomão - W.Eduardo

* Últimas referências do mercado

Caneira, Tales e Cedric não terão substituição uma vez que eram opções extra.

O plantel deverá ser muito próximo de:

Guarda Redes - Patrício, Golas e R.Baptista
Defesas direitos – Pereira e Gonçalves
Defesas esquerdos – Evaldo e Wendt*
Defesas Centrais – Carriço, Torsi, A.Silva* e Rodriguez*
Médios Centro – P.Mendes, Adrien, André Santos e Hurtado*
Médios Ala – Izmailov, Carrilho e Zahavi*
Médios Ofensivos – Fernandez e Valdes
Avançados – Bobo*, Postiga, Djaló, Neira* e W.Eduardo

Custo: 7.2me

Wendt – Prémio de assinatura  - 0,5me
A.Silva – Compra de 50% de passe (+opção de compra) – 2,5me (+2,5me)
Rodriguez - Prémio de assinatura  - 0,2me
Hurtado – Compra de passe – 0,5me
Zahavi – Compra de passe – 0,8me
Neira - Prémio de assinatura  - 0,6me
Carrilho - Compra de passe – 1,3me
Bobo - Prémio de assinatura  - 0,8me

Vendas: 11me

Grimi – 1me
NAC – 2me
Zapater –  2,5me
Vukcevic – 3me
Pongolle – 2,5 me

Quem estiver a ler este plano de reformulação deve estar a pensar “mas então e os 30 milhões para reforçar a equipa?”. Pois, na verdade GL não disse de onde vêm essas verbas e o que penso ser mais correcto é o investimento do futebol para a próxima época será realmente de 30me. Isso contempla ordenados, compras de passe, rescisões, equipa técnica, scouting, etc. Estes 11me que avalio (em baixa) de vendas fazem já parte dos 30me.
Paolo Hurtado, Carrilho e Neira serão as tais jóias da coroa para o futuro. 1 lateral esquerdo, 2 centrais, 1 ala e 1 ponta de lança serão reforços de maior experiencia e estatuto. Penso que para o caso da venda de Patrício, Artur do Braga será o substituto escolhido, algo que dificilmente acontecerá, o Sporting pede 15me e o Man Utd só está disposto a dar 8me. DeGea custará a Ferguson 20me. O Atlético de Madrid não quer vender o jogador e não existem por aí muitos com a idade e o valor destes 2 guarda-redes. Arsenal, Tottenham e Milan seguem com atenção o processo.

Sublinho que esta não é a minha visão de como o plantel deveria ser construído, mas sim a que prevejo que vá acontecer. A equipa melhora, irão existir mais soluções, mas faltará um ou outro argumento de maior peso, nomeadamente no meio campo e nas alas.

Até breve.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O resumo da época

Concordo totalmente com Couceiro. O jogo frente ao Setúbal foi um resumo infeliz de toda a época. Uma equipa profundamente incapaz de superar dificuldades. Qualquer equipa da Liga soube criar grandes problemas ao Sporting. Averbámos tantas vitórias à rasca, como derrotas e empates. Contam-se pelos dedos de uma mão os jogos que o Sporting tornou fáceis e ganhou sem passar por apuros atacantes ou defensivos.

A equipa nunca foi muito solidária, muito focada, nem esclarecida. O que foi mesmo foi frágil. A perder nunca conseguiu dar a volta ao marcador, a ganhar nunca foi tranquila para segurar esse marcador. Existem várias razões para que tal tenha acontecido, mas 3 são demasiado evidentes para que sejam ignoradas.

1/ A equipa foi mal preparada fisicamente
2/ Tacticamente não tem nenhuma filosofia de jogo
3/ Não há liderança dentro de campo, mentalmente é o Sporting mais fraco que já vi.

Couceiro, tal como Carvalhal o havia feito, tentou que o “prédio” não desmoronasse, o resultado será previsivelmente o mesmo - o 4º lugar, sem troféus, uma saída inglória da Liga Europa, uma temporada inteira a perder com os eternos rivais. Jogadores desvalorizados, adeptos desmotivados.

A direcção bem tentou criar uma onda positiva que fechasse a época em crescendo, mas no jogo de despedida perante os seus adeptos, a equipa mais uma vez foi um poço profundo de inaptidão e inoperância.

Na última jornada o Sporting vai a Braga, discutir um 3º lugar que na minha opinião não merece minimamente. O Braga foi e é melhor equipa. Os jogadores leoninos bem que se esforçam em afirmar que vão ao estádio AXA para vencer, mas ninguém (talvez nem mesmo eles) acredita numa equipa que perdeu toda e qualquer partida decisiva esta época.

Pode de facto acontecer uma surpresa, mas é sintomático que o Braga seja favorito para o jogo e o acesso ao 3º lugar. É sintomático da derrota desportiva do projecto do Sporting, que não dá nem para se sobrepor a um Braga de cabeça voltada para a Liga Europa. É simplesmente mau. Sem rodeios a direcção de GL tem uma tarefa monumental à sua frente, pegar numa equipa destroçada e construir algo que seja próximo daquilo que o Sporting nos habituou.

Palavra para Domingos, que ao pegar nos destinos do Sporting terá um desafio à altura de um Mourinho. A oportunidade para se transformar num herói e lenda apenas numa época. Em Braga já conquistou esse estatuto. Fazer igual no Sporting seria algo como conquistar o título, o que olhando para o plantel actual e para as finanças do clube, parece mais um acto de magia do que uma operação desportiva.

Até breve.

sábado, 7 de maio de 2011

Contra o tempo

Todos os clubes europeus investem conforme a perspectiva de retorno que a próxima época pode prever. Ir à Champions ou ir à Liga Europa é o que mais difere na escolha de contratações. Nesta altura a maioria dos clubes dos maiores campeonatos europeus já tem esse desfecho nítido. Chegou à altura de começar a abrir processos negociais para compras e vendas.

Esta é uma fase que ao iniciar-se “fecha” aos clubes com menos capacidade de investimento o acesso a bons jogadores em final de contrato. Dora avante não mais serão permitidos contactos com um bom jogador sem que existam mais interessados. É como a diferença de ir a um hipermercado ao dia 23 e a partir do dia 1. O Sporting parece ter tentado ser mais célere esta época, mas à excepção de Carrilho, todos os outros atletas preferiram adiar o compromisso para agora poderem escolher de entre mais clubes.

Volta-se à estaca zero. É necessário, pois o Sporting não conseguirá competir com os clubes médios de Espanha, Inglaterra, Itália e Alemanha que oferecem mais mediatismo e mais condições económicas. E voltar ao início dos processos de negociação é o mesmo que dizer que voltamos o foco para jogadores dos campeonatos brasileiros, argentinos, chilenos, e paraguaios. Não é o mesmo que internacionais suecos, não é o mesmo que ex-internacionais brasileiros e argentinos.

Para Carlos Freitas que deve ter definido o lote de jogadores a comprar há muito tempo (a falácia de “estar à espera do treinador” fica perfeitamente desmentida com a compra de Carrilho) é também uma nova fase, porventura mais complicada pois uma coisa é um jogador em final de contrato, outra é a compra de um passe. Mas não há tempo para lamentações, apenas se pode olhar em frente e a falta de noticias sobre Bobo, Alex Silva, Wendt e outros só demonstra que a imprensa não sabe onde param os “olhos” do nosso director desportivo.

Penso que nas próximas duas semanas, as segundas escolhas vão começar a surgir e a politica de comunicação da direcção irá começar a desviar a atenção dos outrora “confirmados” trunfos eleitorais, para outros alvos, que deverão ser colocados num pedestal para que os sócios “comam” a casca a pensar que é melhor que a própria fruta.
O tempo dita tudo. O tempo, esse grande inimigo do Sporting.

Até breve.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Destinos gémeos

Dois clubes. Uma enorme disparidade de argumentos financeiros, mas os mesmos problemas. Sporting e Benfica partilham uma má gestão desportiva. Olhar para os plantéis deste dois clubes é constatar que pelo meio de bons jogadores, boas promessas e valores seguros, subsiste uma legião de erros crassos de casting.

Depois de vender David Luiz, Ramires e DiMaria o Benfica deslumbrou-se e desatou a investir em “putos maravilha” como Airton, Felipe Menezes, Kardec, Roberto, Jara e Gaitan. Não só não são substitutos à altura, como custaram muito aos cofres da Luz sem que, à excepção de Gaitan, se veja como rentabilizar os muitos milhões investidos. É a repetição exacta do que aconteceu com o Sporting de há uns anos, recordo-me assim de repente de Kmet, Hanouch (ou coisa que o valha), Quiroga e outros que de “wonderkids” não tinham nada.

A capacidade de identificar valores jovens para rentabilizar não é fácil e com o tipo de capacidade de investimento que os clubes portugueses têm, é e será sempre um risco. No jogo de ontem com o Braga, Jesus olhou para o banco e sacou de Jara, Kardec e Menezes, a equipa não sentiu nenhum abanão, nenhuma frescura, nada. Foi como se tivessem entrado 3 Saleiros.

Para a próxima época, muitos destes jogadores, promessas adiadas não ficarão nos plantéis dos clubes da 2ª circular. Serão substituídos por outros negócios de ocasião, talvez não cometendo os mesmos erros, mas outros. Carole e Fernandez no Benfica, Carrilho e talvez Neira no Sporting terão de tentar contrariar a tendência de apostas erradas em valores por confirmar.

Os olheiros, ou o scouting como se diz agora, têm sido tragicamente uma das áreas mais erráticas dos dois clubes. Roberto e Pongolle são escolhas gémeas, sintomáticas de uma miopia crónica que adia a construção de equipas sólidas e realmente competitivas. Hoje o discurso do dinheiro já não cola, olhando para o Braga o Benfica compreendeu o que o Sporting descobriu a meio desta época…o dinheiro não compra equipas, compra apenas passes de jogadores.

O Sporting aprendeu tão bem esta lição que recrutou o treinador do Braga. Talvez o Benfica não tendo essa hipótese decida comprar Sílvio e Artur Moraes, são formas de abordar a questão. Outra mudança paradigmática irá ser a opção pelo treinador. Parece óbvio que Jesus será o elo mais fraco e as palavras de LFV de ontem deixam adivinhar que o “sacrifício” do treinador será a formar de cicatrizar as feridas abertas por uma época que desmoronou no final e sem nenhum traço de glória e esperança para a próxima.

Ao triângulo Porto, Braga e Sporting sobre a questão treinador, junta-se agora o Benfica. Irá ser um final de época interessante. Jesus pode até escolher entre Porto e Braga, Domingos entre o cumprir de acordo com o Sporting e a saída pouco honrosa para o Porto e Vilas Boas para onde ele quiser (Juventus, Chelsea, Atl.Madrid, Roma…). Adivinham-se 3 nomes para 4 entradas, um bailado estranho que promete incluir ainda Leonardo Jardim.

Uma coisa é certa serão novamente 4 treinadores portugueses no comando da Liga e talvez mais uma “recuperação” de Pinto da Costa que terá toda a intenção de ir resgatar Jesus ao Benfica, foram muitas as vezes que o presidente portista expressou a sua admiração pelo ainda treinador do Benfica e já não seria a primeira vez que o tentava contratar. Será sobretudo um desfecho curioso, inesperado no começo desta época.

Até breve.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Uma novela interminável

O futebol português é rico em episódios. É uma espécie de telenovela venezuelana de 3ª categoria em que não há personagens boazinhas. De tempos a tempos muda-se o mau da fita e a série continua interminavelmente sem finais felizes onde os maus acabam a cair num desfiladeiro ou na prisão e os bons casam-se e têm muitos filhos.

De apito dourado, ao apito de xadrez, a apito vermelho agora temos o apito fotográfico. Supostamente alguém do Braga no intervalo do jogo com o Leiria passou por debaixo da porta duas fotografias que exibiam dois erros do árbitro Bruno Paixão. Hoje esse comportamento, mais uma táctica “chico-esperta”, incessante no nosso futebol, já é visto como coacção do árbitro e punível com um castigo que varia entre multa, perda de pontos e desclassificação.

Sinceramente acho que é matéria para prestar devida atenção, que merece castigo apropriado que será no máximo a averbação de derrota no jogo com o Leiria. De facto o gesto do Braga (que desmentiu desnecessariamente o acto, como se o lobo de repente fosse um cordeiro) visava influenciar o juízo de Bruno Paixão na segunda parte do jogo e isso não sendo um gesto de corrupção é uma forma de condicionar a isenção do árbitro.

Mais graves ainda são as acusações da direcção do Leiria de que responsáveis do Braga invadiram o balneário da equipa visitante agredindo jogadores da União. A ser confirmado é a entrada do Braga numa liga de “bad boys” que sendo do agrado de alguns adeptos mais trogloditas, não deixa de ser a despromoção moral de um clube que sempre vi como honesto e desportivamente correcto.

O Sporting não é nenhum clube santo e já teve em tempos reflexos deste regresso a instintos primários. Felizmente hoje em dia respira-se um ar respirável em Alvalade, um ar despoluído de influências na arbitragem, na disciplina e na justiça desportiva. Honestamente e olhando o lixo sem escrúpulos que se transformou o dirigismo do futebol acho que vai ser preciso “sujar” muitas mãos para que alguém do Sporting alguma vez consiga interferir positivamente nesta tragédia interminável dos meandros do futebol português.

Cada vez mais se torna impossível olhar para o panorama competitivo da Liga e ver futuro. Não existe imparcialidade, sentido de espectáculo, honestidade, equilíbrio, verdade desportiva e financeira. É o vale-tudo que contempla um vasto leque de “atentados” ao jogo e ao desportivismo. Tudo visto complacentemente pelos responsáveis das instituições reguladoras, ineficazes, subservientes aos “poderes mutantes” que os amarram a uma corrupção passiva impedindo a evolução e melhoria do futebol em Portugal.

Todos sabem que o Porto corrompeu árbitros durante mais de uma década, com o apoio institucional do Boavista. Fê-lo contra uma hegemonia de árbitros adeptos do Benfica e do Sporting (que se diziam da Académica ou do Oriental). Depois veio a reacção do Benfica que não corrompendo nenhum árbitro forçou a um novo equilíbrio do “medo” promovendo uma “caça às bruxas” também conhecida por apito dourado. Passado o efeito “punitivo” do caso e saindo ileso Pinto da Costa e FC Porto (quem pagou as favas foi o Boavista) tudo voltou ao mesmo. Hoje passa pela cabeça de um árbitro exactamente o mesmo que passava há 5 anos atrás, ou seja, “se errar contra o Porto estou lixado”.
Hoje não se marcam penalidades inventadas, isso é demasiado evidente, as câmaras da TV crucificam quem o fizer. As “artimanhas” passam por outros favorecimentos como o tempo que demora um jogador a ver o cartão amarelo, a marcação ou não de livres à entrada das áreas, a não marcação de faltas que permitem a uma equipa parar sistematicamente os ataques e contra-ataques de uma equipa, enfim é um arsenal de manhas bastante difíceis de ver num resumo de 4 minutos.

Assim vai o nosso pobre futebol, assim vão os clubes “inventando” guerras-santas que só apodrecem as bancadas vazias e as audiências na TV, diminuindo a força de todos os clubes. Diminuindo o futuro brilhante que uma competição saudável e emotiva poderia dar ao nosso estatuto como país. Portugal é um país de futebol, o português é um futebolista de grande talento, poderíamos ser facilmente uma Argentina no futebol do continente Europeu. Mas não somos.

Até breve.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O encanto da serpente

Parece fechado o negócio que trará André Carrilho, esperança peruana de 19 anos para Alvalade. Por pouco mais de 1me o Sporting contrata uma espécie de Nani, sendo incerta a sua capacidade para lutar por um lugar no onze. Penso que mais do que assegurar um valor para ser futuro imediato, o clube garante uma luz para brilhar em anos posteriores. O talento parece ser considerável, mas a consistência ainda não.

Ocorre-me pensar que não será este tipo de reforços que fará do Sporting uma equipa mais regular e assertiva na próxima época, não foram este tipo de jogadores que foram prometidos na campanha para as eleições. Mas, acredito que existem oportunidades que não se devem perder, sobretudo quando se trata de valores jovens que podem trazer magia e espectáculo para o relvado de Alvalade.

Carrilho é um jogador de técnica acima da média, um “fantasista”, um driblador nato que se impõe pela sua velocidade e coragem no um para um. Tal como DiMaria, faltará trabalhar tacticamente, fisicamente e mentalmente o jogador e sobretudo ter muita paciência para os erros que certamente irá cometer. “La culebra” ainda não possui veneno suficiente para ser letal, mas pode muito bem ser a primeira peça que mostra a vontade de dar repentismo a um plantel que produz um futebol muito previsível.

Existem jogadores de futebol recto, seguro e esquemático, existem jogadores que pensam, desenham e abrem espaços e depois existem atletas como Carrilho que inventam tudo no segundo em que pegam na bola, precisam de espaço e de apoios (às vezes só para os “recusarem”) mas ao contrários dos primeiros os defesas não sabem o que esperar. Estes jogadores trazem surpresa ao jogo e fazem muita falta.

Até breve.

domingo, 1 de maio de 2011

Factos e Argumentos

Facto: o Sporting jogou bem na primeira parte. Assumiu o jogo e desenhou boas jogadas através dos flancos, com Pereira, Izmailov e Fernandez em bom plano.

Facto: o Portimonense é uma equipa frágil tacticamente, com vontade e aguerrida, mas sem jogadores e treinador capaz de sustentar uma permanência na 1ª Liga.

Facto: o Sporting tende a recuperar de um “trauma” chamado Paulo Sérgio, com a equipa a mostrar-se mais sólida, pode nem chegar para o 3º lugar, mas este Sporting está mais forte que o de há 3 meses atrás.

Facto: acusar Torsiglieri e Carriço por uma falha num lance aéreo (uma cada um) de serem “maus” centrais é não ver a prestação de toda a equipa na segunda parte que foi má. Indisciplinada e desinspirada.

Facto: Duarte Gomes tem uma “cena” com o Sporting. Não interessa quem começou ou que é o pior, simplesmente não o podem colocar a arbitrar jogos do nosso clube.

Facto: A expulsão de André Santos é justa. Pode se dizer que o jogador do Portimonense sentido o toque do médio adversário se atirou para o chão, mas não se pode dizer que o árbitro esteve mal em dar cartão amarelo. No estádio deu mesmo a sensação de que foi falta para segundo amarelo.

Facto: Em casa pude ver o que ninguém entendeu em Alvalade, a expulsão de Pereira. É óbvio que muitos jogadores fazem o que fez o lateral leonino e não são expulsos, mas Pereira já é reincidente. Tem de se controlar mais.

Facto: O excesso de zelo de Duarte Gomes foi notório. Não influenciou o resultado, mas esteve perto.

Facto: Com o empate do Braga em casa e jogando e perante os jogos da próxima jornada, o Sporting pode ir à cidade dos arcebispos com dois resultados suficientes para garantir o 3º lugar: a vitória e o empate.

Argumento:

O que distingue um adepto de futebol de um fanático é a capacidade de ser justo perante a realidade. Ontem o Sporting fez um jogo razoável perante um fraco oponente e tivemos um árbitro que castigou o clube com intenção, mas respeitando as leis do jogo. O Sporting só se pode queixar de si próprio. Não fez o 3-0, sofreu o 2-1 e viu dois jogadores serem expulsos.

Fernandez está a fazer um bom final de época. Izmailov mostra ainda pouco, mas o pouco dele é mais do que muitos têm feito até agora. Valdês está sem confiança. Pereira e André Santos erraram disciplinarmente. O lateral estava a ser talvez o melhor jogador até ser expulso. Os centrais Carriço e Torsiglieri não estão habituados a jogar juntos e notou-se. Patrício fez 2 grandes defesas. Evaldo, Zapater e Djaló estiveram um pouco apagados. Postiga está a fazer a melhor época de há muitos anos…mas ainda é preciso mais.
Se o Sporting ficar à frente do Braga, bem pode agradecer à participação do último na Liga Europa, é que entre as duas equipas existe uma consistência de jogo bem diferente.

Até breve.