terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Barretes de Inverno


Não faltará gente sem escrúpulos e sem espinha que tendo reduzido as prestações de Djaló nos leões a pouco mais que boa vontade se apreste nos próximos meses para “descobrir” um talento fora do comum, todo um novo jogador que estava escondido por debaixo dos erros de gestão desportiva do Sporting.

Com uma cajadada abatem-se dois alvos, os preferidos da nossa CS: elogiar o Benfica, desmerecer no Sporting. Para o sucesso de mais uma nuance deste nosso futebol ser plena só falta realmente a prestação do atleta. Aqui a coisa pode já não ser tão fácil.

Fim de assunto Djaló. Não merece talvez metade da polémica dos últimos meses.

No final das contas de Janeiro e apesar de tantas “promessas” em tantas capas de jornais, temos que:

Benfica – Entra Djaló. sai Amorim;
Porto – Entra Lucho e Janko, saem Belluschi e Guarin;
Sporting – Entram Neto, Xandão e Ribas, sai Bojinov;

Sinceramente fica tudo ela por ela, não havendo saltos nem quebras significativas na qualidade dos planteis. O Benfica não contratou um lateral esquerdo, o Porto um ponta de lança de créditos firmados e o Sporting apesar de algumas soluções  a mais continuará a não ter substituto real para Rinaudo. As dificuldades financeiras não explicam tudo e veremos mais para a frente (especialmente num contexto europeu) se todos não vão pagar uma factura elevada pela “teimosia” em não ver o óbvio.

Até breve.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um Sporting de fundo de court


Pelo meio dos equívocos e de alguma intranquilidade, o Sporting venceu uma partida. Os problemas ainda não desapareceram, provavelmente não irão ter fim tão próximo, talvez mesmo só na próxima época se consigam eliminar inoperâncias sistemáticas que dificultam a tarefa das transições (ofensivas e defensivas).

O Sporting é um bloco desagregado. Mais uma vez se observa um problema que afectou tremendamente a equipa de Paulo Sérgio e que foi ligeiramente corrigido por Couceiro – a 25 metros uns dos outros os jogadores do Sporting têm memos probabilidade de acertar passes, mais dificuldade de seguir em jogo corrido e a defender dão todo o espaço do mundo para abrir desmarcações. Não é por acaso que a maioria dos golos tem surgido de bolas paradas ou recuperações à entrada da área.

É extremamente fácil defender contra o Sporting. É muito mais fácil ainda qualquer jogador mediano “ler” o posicionamento dos defesas e médios e ocupar as zonas intermédias (entre os 20 a 25 metros que distam uns dos outros) à espera da bola. Domingos tem de “agrupar” mais a equipa. Não têm de jogar uns em cima dos outros, mas para quem tem a posse de bola, ver o companheiro mais próximo a uns bons 20 passos de corrida....é desanimante e torna-se demasiado tentador meter passes longos. Como não temos propriamente um meio campo de Xavi e Iniestas....acabamos com um jogo tipo Ténis, onde a bola fica invariavelmente na rede.

O kick&rush já só subsiste nas divisões inferiores das ligas britânicas e nórdicas, por uma simples razão: é ineficaz contra adversários que defendem e atacam em passe curto. Mas ao contrario dos clubes que ainda praticam assumidamente este tipo de futebol, o Sporting não tem atletas capazes de suster 90 minutos de jogo “precipitado”
e tem jogadores demasiado evoluídos para que não seja ultrapassado este problema.

Todas as equipas têm pontos fracos e fortes. Este plantel do Sporting tem inúmeras soluções e até as mais fracas podem ser rentabilizadas para dar algo de ameaçador aos adversários. Onyewu está a transformar-se num bombardeiro aéreo, deve explorar-se o momento de forma a que os adversários ao recear os cantos, acabem por cometer erros ainda mais gravosos. Este é apenas um exemplo do muito que existe a fazer até que voltemos a olhar para esta equipa como uma “vencedora” natural.

Uma palavra final para a politica de bilheteira do Sporting neste ano. Muito, muito melhor. Jogos à tarde no fim-de-semana? Sim por favor, sempre que possível!! Abertura de portas aos futuros leões? Excelente ideia! Prefiro mil vezes uma gestão de bilhetes a 10 euros com 40.000 pessoas no estádio = 400.000 euros, do que a anteriormente vigente de 40 euros com 10.000 pagantes = 400.000 euros. O income é igual? Não, não é. Ontem vimos que é bastante diferente. É preciso não esquecer que vivemos numa crise global.

Até breve.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Amigos, amigos...negócios...


Futebol e Politica. Os dois universos mais controversos do dia-a-dia português. Verdadeiras comadres em submundos de corrupção, influências, verdadeiras quintas onde a lei é dobrável ao interesse de muito poucos. Pois bem, as comadres estão em vias de se zangar. O Totonegócio II, a enésima tentativa do Fisco executar as dividas dos clubes está em vias de passar à história com uma nova e súbita coragem do novo governo, que quer obrigar agora em apenas um mês recolher o que não lhe foi dado em quase 15 anos.

Não sei sinceramente quem é directamente responsabilizado, se a Liga ou a FPF como representante dos clubes, ou cada clube por si, mas que isto vai dar um Carnaval de meia-noite...ah se vai! Com um pré-anúncio de greve nos campeonatos profissionais à porta, o governo de Passos Coelho vai ser verdadeiramente posto à prova, num campo onde sucessivos primeiros-ministros recuaram com o rabinho entre as pernas. É certo que a situação económica é bem diferente, mas o peso “politico” dos clubes mantém-se e ninguém pode afirmar prever o desfecho deste braço de ferro.

De um lado o futebol e os seus fanáticos, do outro o Governo e a grande maioria da opinião pública. No meio muitos negócios directos ou paralelos, muitas cumplicidades secretas entre políticos que usam o futebol e vice-versa. A minha pergunta é a mesma que todos fazem nesta altura: este Governo tem margem de manobra para enfrentar um lock-out à séria de uma das poucas coisas que ainda distraem a opinião pública da ruína financeira que se atravessa?

Arriscaria a dizer que, num país a sério, sim. Mas há muitos anos que não vivemos num pais a sério...

Até breve.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Os projectos


Durante o meu tempo de vida já muitos “projectos” no Sporting. Por vezes direcções com mais de um projecto e treinadores que transitaram de “projectos”. Na vocabulário dos sportinguistas palavras como projecto, plano ou modelo são sempre sinónimos da mesma coisa: Nada.

Num clube onde nas últimas duas décadas “dançaram” dezenas de treinadores, inúmeras direcções e várias centenas de jogadores na equipa principal é humorístico falar em projectos. No início existe sempre um plano muito bem alicerçado, pensado para colocar o clube numa rota evolutiva de bons resultados. Na primeira sucessão de desastres desportivos, perde-se a confiança nas pessoas que lideram o “projecto” e invariavelmente gera-se um ambiente insuportável à sua volta. Regra geral as pessoas demitem-se ou são demitidas, regra geral nunca mais ouvimos falar em projecto e entra-se na fase de recuperar os cacos e lutar pela dignidade do clube.

Todos conhecemos alguém na nossa vida que tem dificuldade em levar em frente os seus “projectos”. Ou empregos, ou negócios, ou relações, essa pessoa muito facilmente abdica dos seus projectos à primeira contrariedade. Nunca estabilizando, nunca tirando partida das oportunidades, nunca aceitando que mesmo o que é bom na vida dá muito trabalho, nunca entendendo que nada é permanentemente agradável e concordante. O Sporting é assim. Nunca luta pelos seus projectos e abdica facilmente daquilo que acredita ser o melhor para si, apenas porque não lhe oferece uma solução instantânea, uma garantia absoluta de sucesso.

Voltando ao nosso “conhecido”, normalmente estas pessoas acabam por passar dificuldades emocionais e materiais sem qualquer necessidade. Com o passar das oportunidades, passam também os melhores anos e as mazelas tendem a acumular-se. A personalidade perde coerência, as qualidades dão lugar a defeitos e com o tempo é cada vez mais difícil socializar com esta pessoa. Os “conhecidos”desaparecem, os amigos afastam-se e a família olha-a de forma diferente. Os “projectos” continuam a suceder-se, mas já ninguém tem paciência para os entender ou confiança para os apoiar.

É precisamente neste estado que se encontra o nosso clube. Somos uma sombra do nosso passado desportivo, somos um sucedâneo financeiro, humano e desportivo do grande clube que já fomos. Acima de tudo porque não acreditamos em nós próprios. Na nossa capacidade de gerir, treinar, jogar, comprar, vender, castigar, negociar, emprestar, todos os verbos que fazem parte da rotina de um clube de futebol. Este descrédito é tão grande que uma direcção leonina sabe que às primeiras derrotas no futebol, o seu “projecto” será posto em causa. Como se fosse humanamente possível algum plano assegurar sucesso desportivo imediato.

Como já escrevi neste blog, os sportinguistas “lavados” cerebralmente por uma imprensa que se delicia com “crises” pedem muitas vezes o impossível, exigem o improvável, tantas e tantas vezes levando os responsáveis a prometer em vão aquilo que nunca podem prometer como forma de “chamar” a família de volta, tal como o nosso “conhecido” que repete continuamente “desta vez é que é...”.

Pois se não queremos que o clube se torne num exemplo de retrocesso, num casestudy de falhanço desportivo e volte a ganhar, só podemos fazer uma coisa: acreditar. Levar um projecto adiante,

Até breve.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O que faz falta ao Sporting


Bom, a resposta mais evidente será...vitórias. É evidente que muitos dos problemas se ampliam quando uma equipa não consegue vencer sucessivamente os seus adversários. Mas onde está a origem dos problemas torna-se na questão essencial para Domingos. Quanto mais cedo começar, mais cedo libertará o conjunto sportinguista das amarras que exibe desde que o ano começou.

Pouco explica a questão de atitude e a questão das lesões. Como vimos esta noite, mesmo com a atitude no máximo, o Sporting não consegui marcar um golo a um Olhanense que se colocou bastante a jeito para isso. As ausências de jogadores influentes servem de atenuante, mas não servem como justificação plena. Um plantel com 27 jogadores não pode perder tantos pontos, pode perder alguns, mas não tantos como esta época...tantas vezes por não ser capaz de marcar um golo, tantas vezes por não ser capaz de segurar o jogo de forma a esperar pelo momento da decisão.

Desde logo parece evidente que a capacidade de criar oportunidades de golo diminuiu drasticamente. Não foi a fonte leonina que secou, foram os adversários que encontraram várias formas de impedir os desequilíbrios que Domingos tão bem soube criar. Frente ao Moreirense foi demasiado evidente que mais do que um problema de exibições individuais, o que o Sporting tem é um défice muito grande de interpretação ofensiva. Não foi a qualidade dos defesas da equipa da Liga Orangina e muito menos o bloco baixo que travou o Sporting, foi a fraca resposta que os leões deram ao povoamento dos flancos que esta e outras equipas têm feito para estancar o caudal atacante dos verde e brancos.

O Sporting tem nas faixas laterais (em contraste com anos anteriores) os seus jogadores mais perigosos, os criadores de jogo (Schaars, Elias, Fernandez) sentem que a bola evolui quando lateralizada, Capel e Carrilho apoiados por Pereira e Ínsua são quase sempre os mais inspirados e quer desenhando movimentações do eixo para a faixa ou o inverso, a materialização dos ataques do Sporting é basicamente sempre a mesma. 1x2 curto entre o extremo, o lateral e o pivot que serve o avançado no centro junto à área ou dentro da mesma.

Quando a equipa contraria impede o início deste esquema, convida o Sporting a avançar pelo meio. Várias vezes são Onyewu, Polga, Carriço ou Rodriguez os “pensadores” de jogo, o que desponta a interrogação: para que servem Schaars, Fernandez, Elias e os outros médio centro? Pode-se dizer que servem para isso mesmo, transitar a bola da defesa para o ataque pelo centro. Mas o problema é que o holandês e o brasileiro não são armadores de jogo e o chileno não sabe jogar tão recuado no campo. Para este sistema de Domingos funcionar, terá de ser “criado” um médio armador mais recuado, especialmente em jogos em que o adversário recue em bloco atrás da linha da bola.

Só me vem à cabeça o nome de Izmailov. André Martins também pode ser solução, Isto porque Renato Neto parece-me ineficaz no capítulo do domínio da bola em progressão. André Santos é pouco atrevido na hora de passe e Pereirinha não tem rotinas a jogar pelo meio. Desta forma o Sporting prescindiria de por exemplo Schaars ou Matias para colocar Izma ou Martins no centro, permanecendo as alas com Jeffren à direita e Capel à esquerda (o espanhol na direita é pouco mais que zero).

A solução de Domingos de jogar à Barcelona, com Matias a fazer de Messi, simplesmente não funciona, porque será preciso mais do que um jogo para conseguir criar fio de jogo sem uma referencia atacante. Mesmo assim aplaudo a criatividade, mesmo que sem resultados, é bom saber que Domingos não é teimoso e que está preparado para não dar a luta como perdida.

O problema, concluo eu, não é a capacidade deste ou aquele jogador, mas sim a capacidade de em campo a equipa saber ultrapassar as defesas, seja como for o modelo que estas definam. Ajudava realmente ter atletas mais experientes em campo, especialmente do meio campo para a frente. Hoje o ataque do Sporting esteve entregue a Carrilho, Capel, Jeffren e Rubio, no meio campo Carriço, Neto, André Martins....Matias foi o “veterano” na construção ofensiva da equipa, está tudo dito.

Espero sinceramente que as lesões terminem de uma vez, Só hoje havia Rodriguez, Rinaudo, Schaars, Izmailov, Wolfswinkel lesionados, Bojinov e Elias castigados e Jeffren ainda a recuperar de lesão. São 7 ausências e meia...é um exagero. As grandes equipas suportam 2 ou 3 ausências...mas esta época o Sporting nunca tem baixado das 6 ou 7. Como já disse, não explica tudo, mas será de todo impossível contrariar Benfica e Porto com este patamar de indisciplina e fragilidade física. Imagine-se o Porto ou o Benfica permanentemente sem 6 titulares. Também aqui existem lições a aprender e problemas a rectificar urgentemente. Não é só azar.

O que decididamente não faz falta é a palermice de a cada mau resultado da equipa "despejar" a frustração para cima da Direcção e do treinador. Como queremos ultrapassar os problemas? Mais uma revolução no plantel? Vamos dar o Domingos de bandeja a Pinto da Costa? Fazemos mais umas  eleições? Resistirá o Sporting a um constante estado de guerrilha interna? Vamos pensando nisso. 

Até breve.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Avaliações Intercalares


Metade da época decorrida, tempo de análise e alguma projecção para a próxima época.

Patrício – Elemento que mais cresceu na época passada, continua este ano a afirmar-se. Imprescindível. (Há interesse de clubes estrangeiros)

Boeck – Tem aproveitado os “descansos” do titular para mostrar que há um plano B com muita validade na baliza. Para continuar.

Tiago – Está a cumprir o que se pedia. Ajuda no balneário. Acaba contrato. Deixa uma vaga em aberto em 12/13

João Pereira – Continua a ver demasiados amarelos sem nenhum proveito para a equipa. Pior a defender este ano, a braçadeira de capitão é um exagero para o patamar comportamental que tarda em amadurecer. Para continuar, desde que não surja a tal oferta de 7 milhões de euros da clausula de rescisão. (Há interesse de clubes estrangeiros)

Árias – Testado apenas na função de médio direito, teve pouco tempo para que se possa avaliar que tipo de jogador é. Na próxima época (salvo alguma exibição positiva que esteja para vir) deve ser emprestado para rodar. A equipa B pode ser uma alternativa. Deixa uma vaga em aberto em 12/13. (Há interesse de clubes estrangeiros)

Evaldo – Completamente ofuscado por Ínsua, tem servido de cunha para fazer avançar o argentino, e bem...não se pode dizer que tenha estado mal. Deve continuar como plano B.

Ínsua – Claramente uma das melhores aquisições. Joga e faz jogar, marca golos, puxa a equipa para o ataque. Para continuar. Imprescindível. (Há interesse de clubes estrangeiros)

Onyewu – Para quem o viu jogar nos primeiros jogos é uma surpresa como consegui chegar ao posto de central mais seguro do lote. Não se lhe apontam grandes falhas, tem marcado o jogo da equipa pela sua imponente presença física. Não é especialmente rápido o que tem permitido muitas desmarcações dentro da área. Deve continuar como plano B.

Polga – Parecia estar a arrancar para uma época das “boas”...mas em 2 jogos apenas cometeu tantos erros que não restou a Domingos mandá-lo para o banco. Nota-se que perdeu muita capacidade atlética. Acaba contrato. Deixa uma vaga em aberto em 12/13

Rodriguez – Esta a começar a época agora. Para já não começou bem...veremos como evolui, pois será quase na certa titular desde que não volte a lesionar-se.

Carriço – De central a trinco, de titular a suplente. Este ano para o português tem sido péssimo. Restam poucas saídas ao Sporting senão tentar vendê-lo no final da época...ou terá Domingos qualquer coisa mágica que traga o bom central que prometia vir a ser de volta. Empréstimo pode ser uma boa opção. Deixa uma vaga em aberto em 12/13.

Xandão – Ainda uma incógnita, deverá ser testado ao lado de Rodriguez. Pela duração do empréstimo continuará na próxima época.

Rinaudo – Estava a ser dos melhores até se lesionar e Domingos não encontrou substituto durante todo o tempo da sua ausência. Deve continuar. (Há interesse de clubes estrangeiros)

André Santos – Uma época perdida para o médio até agora. A precisar urgentemente de jogar para ganhar confiança. Isso é o mesmo que dizer que deverá ser emprestado no final da época. Deixa uma vaga em aberto em 12/13.

Renato Neto – Pode ser uma das surpresas nestas próximas épocas, não pelo valor, mas pela posição no terreno. É um médio muito completo, polivalente e com muita margem de progressão. Deve continuar como plano B.

Schaars – Foi subindo de produção com as vitórias e descendo com os empates e derrotas. Parece fadado para capitanear a equipa na próxima época. A continuar.

Elias – A contratação mais cara, mantém-se ainda longe do que todos sabem que pode render. Um pulmão inesgotável e muito combativo. Deveria evoluir mais no momento de passe, tacticamente poderia ser mais aproveitado. Deve continuar.

Pereirinha – Com os regressos de Izmailov e Jeffren, o português parece destinado ao desaparecimento da equipa. Claramente não aproveitou as oportunidades. Não resta outra opção ao Sporting que não vendê-lo, mas a quem? Deixa uma vaga em aberto em 12/13.

André Martins – Este sim tem aproveitado as poucas oportunidades que teve. Bom jogador, deverá sair para rodar, agora com muito mais mercado e interessados. A equipa B não é de excluir. Deixa uma vaga em aberto em 12/13.

Matias Fernandez – Melhor este ano. Ainda assim parece sempre “quase” o grande jogador que podia ser. Deve continuar.

Izmailov – Conseguiu recuperar para logo se lesionar de novo. Espera-se sempre muito do russo, veremos o que sucede até ao fim da época. Deve continuar. (Há interesse de clubes estrangeiros)

Bojinov – Muito pouco rendimento. Lesões e agora um processo disciplinar. Ou sai já, ou se nada de transcendente acontecer sairá no Verão. Erro de contratação. Deixa uma vaga em aberto em 12/13. (Há interesse de clubes estrangeiros)

Capel – Já tínhamos saudades de verdadeiros extremos e o espanhol é isso mesmo. Com mais rendimento na esquerda, Capel cumpriu o mínimo que se lhe pedia e foi em muitos jogos dos melhores jogadores em campo. A continuar.

Jeffren – A recuperar após lesão, o espanhol ressente-se de várias leões consecutivas, psicologicamente está “perro”, fisicamente está “aceitável”, era a bandeira do início da época, ainda virá a tempo para recuperar esse estatuto? A continuar.

Carrilho – Projectado como um valor de futuro (como Árias, Rubio e André Martins) o Peruano tem mostrado aptidões extraordinárias para desequilibrar partidas. Há magia naqueles pés. Ainda executa lento, mas quando engrenar na velocidade europeia será uma ameaça evidente às defesas contrarias. A continuar.

Wolfswinkel – Na sombra de Postiga, começou envergonhado. Assim que o português saiu, elevou-se à categoria de homem-golo. Antes de se lesionar vinha a perder confiança, o que é bastante normal, é a primeira experiência fora do seu pais e a responsabilidade num clube como o Sporting é bastante diferente do Utrecht. A continuar. (Há interesse de clubes estrangeiros)

Ribas – É ainda cedo para avaliações, mas fica a ideia de que é um jogador combativo e forte no jogo aéreo. Há quantos anos não temos um avançado que marque golos de cabeça? Pela duração do empréstimo deve continuar na próxima época.

Diego Rubio – Na pré-época encantou os adeptos, chegou a entrar em alguns jogos oficiais, mas desapareceu. Espera-se agora com a lesão do holandês e o castigo do búlgaro mais oportunidades para aquilo que parece ser um grande futuro. Deve continuar, embora a equipa B seja o ideal no caso de não jogar muito mais esta época.


Portanto concluímos que se nada de especial acontecer, o plantel para 2012/13 deverá abrir 8 a 9 vagas. Tiago, Árias, Carriço, Polga, Pereirinha, André Santos, André Martins e Bojinov devem dar lugar a reforços. Existe um condicionalismo, deste lote existem 4 jogadores da formação que não poderão dar lugar a estrangeiros, assim sendo o ideal seria substituir Tiago por um  jogador formado no clube, Árias dar lugar a Cedric Soares, André Santos a Adrien e Polga a Nuno Reis, libertando as vagas de Carriço para um central de outra categoria, Pereirinha para Labyad (?) e André Martins para Ederson (?)

Este mapa faria com que na próxima época o Sporting apenas investisse forte num central, dando estabilidade ao plantel e às finanças. A maior parte dos que chegariam já seriam familiares ao clube, Mas tudo isto é futurologia, a época vai apenas a meio.

Até breve.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Avançados


Ao contratar Bojinov, Freitas sabia que no que estava a apostar. O talento é grande, desenganem-se os que pensam que o búlgaro é o que temos visto esta época, mas o jogador atravessa uma enorme crise de confiança. Nada sai bem, e não é a primeira vez que isso sucede numa carreira já longa, pontuada de momentos bastante diferentes. O risco implícito num atleta com este historial é enorme. Pode sair um goleador, como pode sair um empecilho.

Uma coisa Valery nunca foi - jogador de equipa. É um finalizador, que prefere vir das linhas, perito em movimentar-se sem bola. Como já disse nada disto se tem verificado em Portugal. Acresce agora o factor indisciplina a uma série já longa de más exibições. O que fazer? Bom...se Freitas e Domingos ainda acreditarem na capacidade de Bojinov regressar a boas exibições e com bastante humildade fazer as pazes com a restante equipa, podem sempre dar-lhe uma “férias” de bola, uma boa multa pecuniária e daqui a uns tempos tentar pouco a pouco chamá-lo à equipa. Se tiver chegado ao fim da linha a fé no jogador, há que tentar salvar a vertente financeira.

Emprestar o jogador já em Janeiro a uma liga “recuperadora” de avançados pode ser uma boa escolha. Escócia, Holanda, Bélgica, Turquia ou Rússia podem ser bons destinos. Nunca por nunca, enviar o atleta para Espanha, Itália ou França, pois todos sabemos o que sucedeu com Pongolle...em ligas mais competitivas, não jogar será proibitivo pensando numa venda a curto prazo. Vender no imediato é extraordinariamente difícil, principalmente se quisermos recuperar o valor da sua aquisição.

Outro dado em equação é o que pode suceder no caso da sua saída. Com Wolfswinkel e Ribas colocados (cada vez mais) na frente das opções, Domingos pode fazer mão ainda de Rúbio e Betinho, dois jogadores com muito futuro, que num cenário de valorização são muito mais promissores que Bojinov. O problema é que o búlgaro é o único jogador no plantel capaz de dividir a frente de ataque com outro avançado, como falso-ponta de lança. Wolfswinkel também o fez a espaços no Utrech, mas rendeu sempre mais como elemento mais fixo.

Não sei o que acontecerá, mas acredito que com o que sucedeu ontem, Domingos terá agora carta branca para (no mínimo) deixar Bojinov fora das próximas convocatórias. Do pior, o melhor...talvez seja a hora de apostar firme em Ribas e Rúbio. Dois jogadores totalmente diferentes, mas que me parecem capazes de dar muito à equipa. Pelo que já vi do uruguaio, é muito forte no jogo aéreo e abre muitos espaços, uma entrega ao jogo total e muito poder físico. Rubio é um killer, um rato de área, veloz e astuto. Bom toque de bola. Precisa apenas de estar mais em jogo, mais envolvido, a sua timidez é algo que não tem ajudado à sua afirmação, mas com 18 anos é normal que suceda.

Wolfswinkel não faz falta...é essencial. Com Rinaudo e Wolfs de fora...o Sporting ficou irreconhecível, vive às custas de Ínsua e Pereira, Capel e Carrilho. Não pode. Mesmo funcionado as linhas, é no centro que se marcam golos.

Até breve.  

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Os planos B


Desde a última vez que opinei sobre este tema, aconteceram alguns movimentos “políticos” que colocam as equipas B num limiar de realidade já interessante. Ainda faltando a formalidade (e sabemos como no futebol português isso pode demorar uma eternidade) dos papeis assinados, não deixa de ser curioso a atitude de cada um dos grandes do nosso futebol relativamente à criação deste novo elemento competitivo.

No Porto simplesmente não há registo de qualquer passo dado nesta matéria. Porventura terão guia de regresso muitos atletas emprestados, mas parece ser um tema menor na vida do clube. Na verdade todos sabemos que para Pinto da Costa ter uma equipa B significa pouco mais do que um espaço para rodar os poucos atletas que se afirmam ultimamente nos juniores. A rede de espaços na primeira e segunda Liga portuguesa é ampla e quase todos os clubes ditos “pequenos” anseiam pelos favores portistas, pela simples chance de poder ter um vínculo com o “Papa” do nosso futebol.

Na maioria dos casos, jogador emprestado pelo Porto joga sempre, excepto se for contra os próprios, as lesões nas vésperas são habituais e muito poucos jogadores defrontam o dono do seu passe. Ás vezes é difícil distinguir certos clubes profissionais de um Porto B.

No Benfica é a total subversão dos valores que levaram à criação das equipas B. Fomentar a ascensão do jovem futebolista nacional ao futebol profissional? Não me parece. São às paletes, as contratações de promessas sul-americanas e africanas, arrisco-me a dizer que o Benfica B será mais ou menos um Benfica A, com idades inferiores. Foi curioso ver o “recado” de Jesus à hipótese de a Liga criar uma cota de portugueses obrigatória na ficha de jogo e o medo que revelou que fosse obrigatório que os estrangeiros contratados tivessem um número mínimo de internacionalizações.

Só estas duas pequenas (muito grandes) medidas, revolucionariam completamente o futebol português. Do Marítimo para baixo da tabela classificativa, a maioria dos clubes estaria quase impossibilitada de contratar estrangeiros. Também os “grandes” seriam mais precisos, o atleta português teria muito mais espaço, a formação e a Selecção ganhariam novo fôlego.

Mas isso não interessa nada. O que interessa é que Porto e Benfica ganhem campeonatos e os clubes pequenos sobrevivam tangencialmente contratando camiões de brasileiros, onde apenas 10% deles faz carreira no nosso pais. A lógica de entreposto entre a América do Sul e o resto da Europa não serviu Portugal no passado e não serve minimamente no presente ou futuro.

É nesta lógica que o bonzinho e bem intencionado do Sporting se depara com muros intransponíveis. Entalados entre a necessidade de vencer com jogador experientes e com uma escola de alto rendimento que produz bons jogadores, os leões “esperam” pela definição estratégica da FPF e da Liga para fazer 1 de 2 coisas: relegar a Academia para segundo plano, assumindo a postura de entreposto compra por 4, vende por 20 (ex: Porto ou Benfica) ou investir na abertura de vagas no plantel a jovens promessas que façam uma mescla de experiência e potencial (ex: Barcelona ou Arsenal).

Na verdade será fácil de entender do precisa o nosso futebol para sobreviver, mas o futebol como a politica portuguesa são ricos em “saltos para o abismo” e espero com alguma curiosidade os próximos capítulos desta novela onde não tenho bem a certeza quem são os bons e quem são os vilões. Será importante para o Sporting vincar a sua postura com vigor, denunciando todas as manobras que poder que afectem o seu interesse e talvez até mais importante, que afectem a viabilidade do futebol nacional.

Até breve.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Descubram as Diferenças


No meu último post já tinha feito referencia aos muitos obstáculos que este época trouxe à nossa equipa. Ontem em Braga, estiveram quase todos presentes. Uma equipa em decréscimo de confiança, muitos titulares lesionados e em condições deficitárias, alguma improvisação inevitável (Ínsua não é um ala), bolas no poste, oportunidades perdidas, muita imaturidade de recém-chegados à nossa “manhosa” Primeira Liga e um adversário inteligente.

Perdemos, como poderíamos ter empatado ou ganho. Nunca fomos inferiores ao adversário, pelo menos ao ponto que se possa dizer que se ajusta às exibições o resultado. Se quiserem ver a diferença entre os anos anteriores e esta época, tomem nota: com Paulo Sérgio e afins, o Sporting perdeu todos os jogos em que merecia perder e empatou e venceu alguns outros onde fez muito pouco para arrecadar os 3 pontos. Esta é a grande diferença.

A Matemática é uma grande ciência, mas no futebol não expressa tudo. Perder com um Barcelona 1-0, não é o mesmo que perder com o Benfica pelo mesmo resultado. Empatar um jogo em que se esteve a perder 0-2, não é o mesmo que empatar depois de estar a ganhar 2-0. No final serve tudo o mesmo. Mas o final é algo que ninguém ainda conhece, não vale a pena “abanar” o fantasma da época no lixo, nem sequer é justo deixar “arrefecer” a Papa Cerelac.

É verdade que em poucos jogos “desligámos” a eficiência e banalizaram-se os erros de outros tempos. É uma queda abrupta, que deixou que Benfica e Porto descolassem definitivamente e até o Braga tenha ganho 3 pontos de avanço. Facto. A razão por tão grande despistagem? Talvez o grau de dificuldade das partidas, as sucessivas lesões, a perda de fôlego de atletas base (Capel, Polga, Pereira), mas não poderemos afirmar que é justo o que está a acontecer à equipa. Não quando se empenha e joga o suficiente para ter melhores resultados.

O futebol é rico em injustiças, mas distribui lealmente o prémio a quem trabalha e se foca num objectivo sério. Não tenho dúvidas que a maior brecha no conjunto de Alvalade é a imaturidade colectiva da equipa e as lesões de jogadores fundamentais. Ambos os problemas podem ser resolvidos de várias formas. O que não traz solução absolutamente nenhuma é “pedir cabeças”.

Quem for ao arquivo deste Blog pode constatar que fui dos primeiros a pedir que se despedisse Paulo Sérgio. Hoje sou dos primeiros a reconhecer que essa medida nada adianta. Precisamos de dar margem de erro a um novo projecto, e durante esta época ainda muitos equívocos irão acontecer. Mas, ao invés do passado, devemos estar confiantes no caminho seguido. Chegaram ao Sporting bons atletas que têm bastante margem de progressão. Chegaram com esses alguns que não valerão tanto a pena manter. No final desta época será feita mais uma triagem, afinar-se-á um pouco mais a mira e estou certo que certas gaffes defensivas serão corrigidas.

A diferença este ano é que quando perdemos ficamos desiludidos com Domingos e com o jogadores, porque esperamos sempre mais, porque acreditamos que têm a qualidade suficiente para poder fazer bem melhor...e se há potencial...é uma questão de tempo e maturidade para começar a dar frutos. Pareceu poder começar mais cedo, mas a realidade mostrou que teremos de esperar um pouco mais.

O que não podemos esperar é não estar na final do Jamor. Ganhar ao Nacional é o próximo jogo de importância capital, esse objectivo e o 3º lugar são o mínimo aceitável, qualquer coisa abaixo disso é ter uma equipa, não em “construção” mas, em “negação”.

Até breve.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Obstáculos

Obstáculo nº1

As Lesões - Como é possível fazer uma época de conquistas, quando metade da equipa titular se lesiona frequentemente? Além da diminuição do talento colectivo em campo junta-se a instabilidade de não ter um "onze regra". Dá-se a hipótese de segundas linhas competirem, mas à excepção de Carrilho e talvez agora Neto, ninguém tem ofuscado os nomes dos lesionados.

Obstáculo nº2

As Arbitragens - É certo que a "perseguição" acabou à algum tempo. mas o efeito que teve nas primeira 6 jornadas deixou marcas no posicionamento da equipa. É curioso que desde que se criou algum afastamento pontual com os 2 primeiros classificados, o nível das arbitragens melhorou, no último encontro frente ao Nacional chegámos mesmo a ter um árbitro (apesar de foras de jogo mal assinalados) rigoroso e competente, porventura não interessará à FPF ter uma final no Jamor Nacional - Oliveirense.

Obstáculo nº3

Os Rivais - Um Benfica sóbrio. Um Porto sofrível. Um Braga oscilante. Um Marítimo surpreendente. Parece que dos 5 primeiros classificados o Benfica é o melhor apetrechado para poder vencer a Liga. A equipa estabilizou (mesmo faltando um lateral esquerdo) e ganha sucessivamente o que o Porto não tem conseguido este ano. Vitor Pereira é um remendo de última hora e será difícil que sem ganhar algum troféu se mantenha no cargo. O Porto investiu forte em contratações, mas a falta de liquidez dos Bancos condena os portistas a malabarismos que deixa muitos atletas à beira da transferência. O Braga recuperou o início pouco rentável que teve, e colando-se ao Sporting, mostra aos leões que é possível fazer uma grande época apenas vencendo os jogos com os "pequenos". O Marítimo apresenta-se este ano como uma boa equipa, talvez a última oportunidade de brilhar, os clubes da Madeira entrarão num ciclo descendente, sem subsídios regionais escandalosos, tenderão a prescindir de manter ou contratar tantos bons atletas como têm feito até agora.

Obstáculo nº4

O Afastamento dos Adeptos - Em recuperação esta época frutos da série de vitórias, melhores atletas na equipa e gestão desportiva coerente, os adeptos vivem mesmo assim tempos de afastamento de Alvalade. O registos de ocupação em jogos caseiros deixam muito a desejar e no último jogo com o Nacional foi evidente a quebra de atendência, numa meia-final de um troféu que será talvez o único a que a equipa poderá chegar. Onde estão as dezenas de milhar que rumavam ao estádio noutras décadas? Envelhecimento? Empobrecimento? Falta de vitórias? Onde estão os Sportinguistas?

Obstáculo nº5

A Crise Económica - Sem margem de endividamento, os Leões têm feito das tripas coração para reforçar a equipa e continuar a pagar a má gestão de dez anos de falhanços. Mas estas "operações" de resgate desportivo terão o seu preço. No final da época o Sporting terá obrigatoriamente de vender 1 ou 2 dos seus atletas mais "vendáveis", será difícil manter Wolfswinkel e Elias, assim como será difícil suportar Izmailov, Jeffren, Rodriguez e Bojinov com o actual contributo que estão a dar (pouco mais que zero).

Nem tudo são dificuldades e o surgimento de boas surpresas pode compensar os danos causados pelos obstáculos criados ao clube. Carrilho, Onyewu, Rinaudo, Insua, Schaars são jogadores que estão a dar boa conta de si na equipa. Mas não só para a equipa principal chegaram bons reforços. Etock está a ser uma agradável supresa nos júniores e Rubio, Árias e Turan parecem material para explorar nos próximos anos. A ascensão dos subordinados de Sá Pinto a uma equipa B poderá ser o passo mais concreto dos leões a uma sobrevivência financeira no futuro.
Noutro plano. Domingos, Freitas e Duque tem realizado um bom trabalho no reposicionamento do clube como potência do futebol português. oxalá que não se desfaça tão cedo o triângulo.

Até breve.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sonhos cor-de-rosa

Krasic. Imaginar Krasic no Sporting é um exercício puramente académico. Nada tem de previsível ou real esta notícia veiculada em sites de "mentideros". Quanto vale o jogador? Entre 12me e 15me. Quanto ganha mensalmente? Cerca de 5 vezes e meia o que Capel aufere. Qual os clubes ou ligas que prefere? Espanha, Itália ou Inglaterra. Qual a probabilidade de vir para Portugal, para um clube português ou para o Sporting? Zero.

Quem me dera, deixem-me confessar, que fosse verdade. Mas não é e tenho pena que não haja mais critério ao julgar a veracidade desta notícia. Quando é que cai a ficha a certas pessoas de que nenhum dos 3 grandes tem a mínima capacidade nesta altura de se endividar? Sabe Deus como é que o Porto vai pagar ao Santos...

Até breve

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Olhar em frente

Depois de mais um fim de semana a perder pontos para os rivais, o Sporting apenas tem de continuar na luta, continuar a querer evoluir e ultrapassar as dificuldades que tem. A equipa não é perfeita, Domingos tem muito que pensar e mudar, mas há uma base, há um nível que a já não descemos. Isso é trabalho e talento. Trabalho técnico e mais qualidade no plantel.

No futuro teremos de marcar mais golos, fazê-lo o mais cedo possível, evitar expusões, penalties, falhas de marcação em bolas paradas. No futuro teremos de por no marcador aquilo que acontece em campo. Isso é crescimento, isso é o que Domingos está lá para fazer. Frente ao Nacional, espera-se mais um bom desempenho e sinceramente um resultado que nos permita ir à Choupana com um sorriso de orelha a orelha. O que menos interessa é saber se os 8 pontos do Benfica são recuperáveis.

Ao que parece a equipa do próximo ano já está a ser preparada (Labyad, Lopez, Adrien, Reis) e de certeza que será mais forte que esta. Crescer não significa ganhar, significa melhorar. Mas poder melhorar a ganhar é mais rápido. Se for possível óptimo, se não for...paciência. Estamos proibidos de voltar a carpir lágrimas passadas. Chega! Olhemos em frente!

Até breve.

sábado, 7 de janeiro de 2012

5 Notas de um Violino

Clássico em Alvalade. Uma oportunidade única de relançar a equipa e abrir o optimismo necessário para os desafios que se avizinham. O Porto deste ano não é a máquina de Vilas Boas, está muitos furos abaixo, a um nível muito mais acessível. Concentração é palavra chave. Bolas paradas e o critério disciplinar do árbitro são as zonas de perigo deste jogo e evitar cometer erros nestes campos é dar passos muito certos para poder vencer a partida. Uma das grandes lacunas deste Porto é a fragilidade da defesa pelas alas e a recuperação defensiva, cabe a Capel e por exemplo a Elias explorar ao máximo as bolas rápidas.

Ter Izmailov, Rodriguez e Matias de volta é muito mais do que ter 3 jogadores aptos. São jogadores muito acima da média e principalmente o russo e o chileno decidem partidas com alguma regularidade. Além disso são atletas valiosos, muito bem pagos, que convém que devolvam em golos e vitórias aquilo que o clube e adeptos lhes dão. Idolatrar um jogador lesionado é matéria de fé e o Sporting não pode ser uma Igreja. Faltará Jeffren e Rinaudo, tudo a seu tempo.

O mercado funcionou em Alvalade. Entraram 3 jogadores, não saiu ninguém. Xandão, Neto e Ribas não são propriamente vedetas, mas são atletas com grande margem de progressão.
O brasileiro vindo do S.Paulo já teve grandes períodos em "alta" no futebol sul-americano e apesar do apagamento recente é visto pelo mercado do futebol como um "prospect" interessante. A cláusula que tem é bastante acessível para aquilo que pode dar à nossa defesa, sobretudo no jogo aéreo e marcação individual. Neto é dos jogadores da formação que melhor fez a transição para os séniores. Brilhou na Bélgica, ao lado de Nuno Reis (outro sucesso) e pode em Alvalade fazer muitas partidas menos importantes em várias posições no meio-campo. Ribas é uma paixão antiga do Sporting e veremos se o "casamento" dá frutos. Acima de tudo é uma alternativa ao apagamento (normal) de Wolfswinkel e à dificuldade de Bojinov em agarrar um lugar (menos normal).

Djaló e Enzo Pérez, duas realidades estranhas no mercado do futebol. Se Djaló acabar no Porto isso é algo que escapa ao Sporting, os leões nunca poderiam receber o jogador de volta, isso daria argumentos à causa perdida do Nice. Assim deixemos Pinto da Costa fazer mais um número de reciclagem, é apenas mais um Varela, mais um Sokota, mais um Panduru. Muito peculiar a tardia decisão da UEFA em forçar o Nice a pagar Djaló ao Sporting, espero que não se faça jurisprudência europeia neste caso, era só o que nos faltava...já somos os "exemplos" em Portugal e isso chega-nos.
Enzo está a fazer na Luz, aquilo que Moutinho fez em Alvalade. Era bom que se definissem limites para o não profissionalismo de alguns atletas mimados que acham que o dinheiro e os contratos são meras formalidades.

A notícia do Público sobre a decoração do túnel de Alvalade é impressionante. Impressiona pela ousadia de afrontar o clube com acusações de "promoção de atitudes de violência" e reparem que estamos a falar de fotografias numa zona privada do Estádio. Nunca vi o Público tão veemente a apontar o dedo a outras "promoções de atitudes de violência" bem mais reais, físicas ou verbais, de outros clubes portugueses. Não penso que deve merecer processo jurídico, mas tão cedo não deveriam entrar nas nossas instalações jornalistas credenciados por esse OCS. Demorou ao jornal 4 meses para se lembrar de publicar esta notícia. Se porventura se lembrasse de investigar as ligações entre a direcção portista, a direcção da claque do Porto e o envolvimento de ambos em actividades que "promovem atitudes de violência" tinham muito mais para escrever do que imaginam.

Até breve.


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

2012

Olhar este novo ano do Sporting não pode deixar de ser, ao contrário de outras realidades, um exercício de confiança e esperança. Confiança no bom trabalho que está e promete continuar a ser feito. Esperança que esse empenho e talento seja recompensado com sucessos. No ano que passou aconteceram factos que de alguma forma inverteram a tendência suicida que o clube mergulhou. Saber se inverter a tendência é o mesmo que garantir a sua anulação definitiva é por agora um mistério. O passado é ainda recente, a má gestão desportiva ainda causa espasmos de dificuldade financeira e outros problemas herdados.

Antevê-se que será difícil uma equipa ainda a estabelecer a sua força superar rivais há muito "agarrados" intimamente aos poderes decisores do nosso futebol. Com orçamentos largamente superiores, com projectos desportivos já consolidados e especialmente com equipas de espinha dorsal adquirida, Porto e Benfica terão a maior responsabilidade na conquista do título. Separam-nos para já 6 pontos. Resta a esperança. Não é de todo impossível vencer a Liga, mas será preciso uma estabilidade que parece ter sido esquecida com a interrupção de vitórias consecutivas na Luz.

Mas à parte da probabilidades, existe uma realidade mais colorida para os adeptos leoninos. A qualidade. O Sporting pratica bom futebol na maioria do tempo de jogo e na maioria das partidas que disputa. Uns bons furos acima dos seus rivais. Não sendo tão eficaz, Domingos montou uma equipa, o que é desde logo um grande diferencial relativo aos últimos 3 ou 4 anos. Uma equipa com grandes jogadores que equivaleram a boas contratações. Uma equipa com jovens que podem valer muito no futuro. Uma equipa solidária e combativa. Se dúvidas havia que o treinador seria capaz de repetir Académica e Braga num clube de maior dimensão, elas estão dissipadas.

Neste próximo ano é mais ou menos lógico que possamos conquistar 1 ou 2 troféus. Taça de Portugal e Taça da Liga estão ao alcance. Liga e Liga Europa não sendo de descartar (são de facto os mais importantes) serão à vez bons medidores de evolução e é preciso não esquecer que o 3º classificado pode apurar-se para a Champions. Desistir não é uma boa palavra e este ano está ausente do vocabulário da equipa de futebol. Porquê? Porque o treinador no ano que vem será o mesmo, o presidente também e é essencial continuar a chamar mais adeptos ao estádio.

As derrotas são más, as vitórias são boas. Não há moralidade nem virtualidade no insucesso. Este novo Sporting encaixou esse chip. Tanto o fez que há indícios que, depois de investir em 17 jogadores novos e investir na saída de uma boa dezena de outros, Freitas pode estar a poucos dias de garantir mais jogadores para os lugares onde visivelmente há espaço para melhorar. Não havendo dinheiro, há imaginação e sagacidade para saber jogar o jogo do mercado. O Milan não quis Onyewu, o Liverpool não quis Insua e poucos saberiam quem era Rinaudo, Schaars, Wolfswinkel, foi com estes que se montou uma equipa. Neste mês de Janeiro será o mesmo esquema, recorrendo a empréstimos com opções de compra realistas, eu aprovo e aplaudo a solução.

2012 será pois um ano de caminho, de ensaios, de preparação. Nada impede que uma equipa em construção tenha sucesso durante o primeiro estádio de crescimento, nada impede que os sportinguistas se orgulhem da sua equipa mesmo que não ganhe, nada impede que se sonhe com futuros êxitos. Nada excepto a nossa própria relação com o clube. Por cada cadeira vazia no estádio existe um ponto de interrogação. Por cada uma ocupada, um ponto de exclamação. A frase entre pontos é sempre a mesma: O Sporting está de volta. De certeza que também e cada vez mais mais neste novo ano.

Até breve.