quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sporting TV ou Sporting na TV


A ideia já foi lançada por Rui Calafate (se o homem político me levanta algumas dúvidas, o sportinguista acerta quase sempre nos seus raciocínios - o que me leva a dizer que está ali o melhor director de comunicação para o Sporting). Se não há dinheiro para construir um canal de TV de raiz (como fez o Benfica), se não há dinheiro para comprar um já existente (como fez o Porto), porque não “alugar” espaço num canal já existente, um desses canais com poucas audiências a precisar urgentemente de espectadores.

Mal ou bem, existem inúmeros canais que veriam no Sporting a tábua de salvação para a sua sobrevivência. Era um negócio onde todos ganhariam, especialmente os adeptos do clube e os gestores financeiros do canal escolhido. Nem tinha de ser tudo feito de uma vez. Podia começar por algumas horas num dia do fim-de-semana e crescer progressivamente à medida da capacidade de retorno do próprio investimento. Se não resultasse…paciência, o prejuízo seria bem menor do que o valor que o Benfica deposita diariamente na conta da PT para estar no Meo (ou será que é mais uma daquelas permutas imaginárias?).

É certo que nunca seria uma Sporting TV, pelo menos não no nome. Mas seria-a de facto e isso é a única coisa que interessa. Preferiria mil vezes poucas horas de excelente programação num espaço que não tem o nome do clube a uma tv ordinária e entediante com 24 horas de emissão diária. É que o objectivo é comunicar com os adeptos e não mostrar aos “amigos” que se tem um canal com o nome do clube. Já várias vezes escrevi neste blog que se for para termos algo aproximado ao Benfica TV, mais vale que o projecto não passe do papel, pois “aquilo” é tudo menos um canal de televisão. Colocar amadores em frente a câmaras de tv a debitar conteúdos programáticos da agenda política da direcção é tão interessante como o PCP criar um canal que só passa as suas intervenções na Assembleia da Republica, comentado por jovens de gorro, barba “guevara” e charro na boca da juventude comunista.

Em resumo, aplaudo a ideia de Calafate, esperando ver na direcção o ressoar prático de mais uma excelente alternativa, em tudo elogiosa de uma capacidade criativa de fazer “mais com menos”.

Até breve.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Expectativas


Com Jeffren e Izma a poucos jogos de regressar, Domingos ganha dois jogadores essenciais à sua táctica de flancos bem activos. O espanhol será talvez mais importante nessa missão já que é um flanqueador de origem. Já Izmailov, um ala muito interior (nunca se posiciona junto à linha) será uma boa hipótese no centro do ataque, numa boa alternativa a Fernandez (que ainda se espera por saber o tempo de paragem).

A grande expectativa deste ano sempre foi saber o que Capel e Jeffren podiam fazer juntos nas alas. A boa campanha “quase” nos fez esquecer aquele que foi a contratação mais sonante do verão, pois não é todos os dias que se contrata um jogador ao Barcelona, mesmo que seja suplente. Pode-se argumentar a surpresa que foi a chegada de Elias, mas Jeffren é daqueles jogadores que “traz” gente aos estádios, que põe o público expectante jogada a jogada, um pouco do suspense que Quaresma e Ronaldo
tão bem provocavam no nosso público e nos defesas adversários.

A imprevisibilidade é um dom raro e muito poucos jogadores conseguem neste momento provocá-la. Rentabilidade não é o “negócio” deste tipo de jogadores, por cada jogada magistral há uma recepção falhada, um pique inconsequente, mas quando sai bem…senta os defesas e marca golo. É curioso que desde que Nani saiu nunca mais o Sporting tinha tido um jogador com estas características, este ano chegaram 2, pois com Jeffren chegou também Carrilho, um peruano tímido que promete ser dos jogadores mais talentosos que já alguma vez vestiram a camisola verde e branca.

O plantel de 2011/12 pode ficar na história, talvez não pelos títulos, mas pelo início de leão ao peito de grande jogadores, futuras estrelas do futebol mundial. Aos mencionados junto obviamente Rinaudo, Rubio e Wolfswinkel. Serão jogadores que estarão por pouco em Alvalade, jogadores que mostraram muito mais que o que se esperava na 1ª época e que estão a tirar todas as dúvidas junto dos observadores dos emblemas mais endinheirados da Europa. Schaars, Capel, Patrício, Pereira e Fernandez há muito estão (até já estiveram) na calha para um boa transferência.

O valor de uma equipa ou de jogadores também se mede pelo interesse de outros clubes e esta equipa já tem demasiados scouts presentes nas suas partidas para que se ignore esse significado. E ainda há 3 ou 4 jogadores juniores que podem fazer a sua estreia. Há muito futuro.

Até breve.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A guerra das gaiolas


Sempre escrevi neste blog sobre a falência da ideia de que associados a um rival (seja Porto ou Benfica) o Sporting fica mais forte. É verdade num plano teórico, mas falha sempre na transposição para a realidade. Nunca vi nenhuma vantagem de nos metermos nas guerras sujas entre vermelhos e azuis. Já o oposto, ou seja, num plano de combate político com ambos, me parece mais verdadeiro e honesto não só para o Sporting, mas para qualquer clube que se paute pela verdade desportiva.

Se o Porto é rei do submundo da arbitragem e observadores da mesma, também não menos verdade que o Benfica é dono e senhor do submundo dos gabinetes e da imprensa. Se dragões prometem dinheiro, águias prometem fama. Quem é o mais corrupto? Quem causa mais dano ao futebol? Estar associado com estas lógicas beneficia o Sporting em quê? São questões que ninguém conseguirá responder. Os sportinguistas mais conservadores receiam a ira dos 2 rivais simultaneamente. Porquê? Seremos mais prejudicados na arbitragem? Seremos mais castigados nas comissões? Seremos mais difamados na imprensa?

A resposta é não. Se somos o “saco de pancada” e “cobaias” de tudo o que é mau, ao menos que vejamos isso com clareza e usemos o argumento em nosso favor, nomeadamente para deixar a falar sozinhos os presidentes dos que nunca sofrem na pele as consequências das suas manobras políticas. A expressão de LFV “Reavaliar a relação com o Sporting” dá entender que os dois clubes lisboetas viviam tempos de concordância e boa convivência. Se tal é verdade, o que dizer da “gaiola” propositadamente acabada em tempos de derby. Não será essa a primeira “pedrada” nas relações entre os dois clubes?

A hipocrisia é algo que me enoja, especialmente quando desnecessária. No ano anterior também adeptos do Benfica queimaram cadeiras em Alvalade, ouvimos algum responsável leonino referir-se ao facto? Enviámos a conta para a Luz? Não. Porquê? Porque nenhuma direcção do Sporting vive de populismo de rua, nem pretende armar-se da valentia de arruaceiro para impor seja o que for. Se LFV acha que o seu clube é maior, mais forte que o Sporting pois que a ideia o aqueça em noites de Inverno, mas não tente passar das ideias às palavras nem aos actos. É que se isso acontecer, vamos ter sérios problemas.

O anti-benfiquismo é inato a muitos sportinguistas, um pouco como a relação que os Portugueses têm com os Espanhóis…vive latente…mas à mínima provocação emerge com uma violência desmesurada. Se o presidente do Benfica está tão preocupado com a segurança e a manutenção da paz desportiva entre o seu clube e o Sporting, a melhor opção é estar sossegado e especialmente calado, pois apenas ele (e um assessor para a comunicação que tem o dom que querer provocar tudo e todos) tem incendiado esta polémica.

A tentativa de fazer passar a mensagem de que é ele LFV quem decide o estado da relação entre os 2 emblemas é apenas o reflexo de uma miragem romântica que os adeptos encarnados mais primários acarinham de que o Sporting é um clube empobrecido e enfraquecido. Uma miragem perigosa quando expressa por atitudes de desrespeito óbvias.

Peço à direcção do Sporting que se mantenha firme nas suas posições e que em nenhuma altura se silencie perante o “lixo argumentativo” que de 3 em 3 horas é difundido pelo Record e pela Bola, espaços onde uma guerra de palavras (e não só) é sempre bem-vinda. Mas peço também que a defesa do Sporting e dos seus adeptos se faça com critério e inteligência nunca baixando ao nível “feirante” de LFV e de outros papagaios vermelhos.

domingo, 27 de novembro de 2011

5 Notas de um Violino


Gostei que algumas pessoas sóbrias tenham reconhecido que o Sporting jogou tão bem ou melhor que o Benfica. É o mínimo de respeito que se pode evidenciar pelo trabalho de Domingos e pelo talento dos jogadores. Chamou-me a atenção que fosse também reconhecido que este Sporting leva 4 meses de trabalho, enquanto o seu adversário de ontem leva…3 anos. Não chegou para ganhar, nem para empatar, mas esteve muito perto disso. É caso para pensar que daqui a mais 4 meses será possível até (porque não?) estar melhor que os directos rivais.

Tenho cada vez mais certo que os calcanhares de Aquiles deste Sporting são neste momento o centro da defesa (constantes lesões não permitiram ainda a estabilização de uma dupla) papel de médio defensivo (por ocupar desde a lesão de Fito) e a ala direita (que desespera pelo regresso de Jeffren ou Izma. As soluções têm sido satisfatórias, mas para ganhar títulos não chegarão.
Contratar um central ou chamar Nuno Reis é uma prioridade. Não esperar por Março e por Rinaudo também. Adrien tem crescido na Académica portanto só resta a hipótese de ir ao mercado. Quanto à ala direita existe a opção de deixar evoluir Carrilho ou procurar um ala que dê garantias. Tudo vai depender do grau de ambição e se o Sporting fez algum preparo nas finanças para ajustar o plantel em Janeiro.

Queimar cadeiras na Luz não só é inútil como contraproducente. Ver LFV a fazer o papel de justa vitima é ignóbil, uma caricatura só permitida pelo péssimo comportamento das claques leoninas. Mais uma vez. É falta de inteligência, no mínimo.

Seguem-se 3 jogos em casa. 3 vitórias serão mais que suficientes para colocar a equipa mais uma vez nos carris onde seguia tranquila. O fim do ano está próximo e talvez até lá consigamos recuperar alguns dos pontos perdidos para o Benfica. Na próxima jornada os encarnados vão à Madeira defrontar o Marítimo, que já provou (em Alvalade por exemplo) que deve ser levado a sério.

Assistir à queda meteórica de Kleber no Porto (quase tão grande como a sua ascensão) e depois de saber o quanto custou… fico ainda mais contente por termos preferido Wolfswinkel.

Até breve.

sábado, 26 de novembro de 2011

Rés vés

Sentiu-se que a equipa podia ter sido mais feliz. Perdemos o derby e não vale a pena tapar o sol com a peneira, são menos 3 pontos e um forte empurrão no Benfica. Só o tempo dirá se vamos ser capazes de "usar" bem ou mal este resultado. A confiança deve ser mantida, tanto dentro da equipa como a dos adeptos para com a mesma. É essencial não deixar que um mau resultado nos engane criando algum complexo de inferioridade.

O Sporting esteve (frente a 11 como frente a 10) no mesmo patamar exibicional do Benfica, na casa deste, na semana em que carimba o apuramento para os oitavos da Champions em Old Trafford. O mesmo é dizer que seria difícil ir à Luz num pior momento. E só posso dizer que não vi razão para tanta festa benfiquista, o Sporting provou durante 94 minutos que ainda vai dar muitas dores de cabeça a quem quiser fechar as contas do título.

Perdemos sim. Mas jogámos bem. Não houve medo, não houve sorte também. Como diz Domingos, a sorte trabalha-se e há que trabalhar mais para vencer muitos outros derbies e clássicos.

Até breve.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Ser Grande

Enquanto vamos somando essencialmente vitórias e muita moral, vamo-nos distanciando do passado recente, vamos esquecendo a depressão profunda que era ver um Sporting errático e frágil semana após semana. Hoje encaramos derbies com confiança, imaginamos menos provável a derrota, mais lógica uma boa exibição. Muito se deve a duas pessoas. A Freitas e Domingos. Se o primeiro "comprou" as ferramentas, o segundo está a usá-las na perfeição.

É importante reconhecer isto, de forma a que ambos sintam o apreço pelo seu trabalho, por aquilo que já conseguiram. E não deve ter sido fácil. Limpar todo um plantel de equívocos bastante dispendiosos, intervir no mercado quase sem margem de manobra e dar fio de jogo a dezenas de culturas de jogo diferentes pareceu complexo (ainda parece) mas valha a justiça, houve coragem, inteligência e pela primeira vez há muito tempo, uma cultura de gestão desportiva a sério.

Quis escrever este post antes do derby, antes de uma derrota ou vitória parecerem um apoio ou uma consolação. Não, apenas tenho gratidão pois poucas coisas fora da família e amigos me dão tanto prazer como ver o Sporting a jogar bem e a ganhar jogos. Este ano prometeu-se menos aos adeptos, mas estamos a receber muito mais. É neste espírito de humildade e ambição (não são contraditórias), que se mistura desejo e cautela, sonho e realidade.

Domingos tem sido o símbolo da sobriedade, da lucidez, não tem tentado brilhar na imprensa e nota-se que as grandes mensagens ficam no balneário. A intelectualidade de Mourinho não é uma obrigação, cada treinador pode ter um estilo diferente e o nosso tem o seu. Não faz "mindgames", tenta concentrar-se na sua esfera de acção, não tem reservas em falar de jogadores individualmente e no sentido inverso preocupa-se sempre numa mensagem colectiva.

Todas as semanas vejo algum tipo de melhoria, embora nem sempre os jogadores brilhem individualmente, como equipa, o plantel tem crescido imenso. No regresso de jogadores chave, na estabilização de um onze sem lesões, nos retoques normais de Janeiro, o Sporting será ainda mais forte e há todas as razões para acreditar num 2012 com sucesso. Eu pelo menos acredito nisso e agradeço a quem tornou possível este caminho.

Seja qual for o resultado do jogo de amanhã, eu estou com o treinador e com a equipa. Ganha-se e perde-se mas a confiança e a ambição não pode quebrar. Chama-se a isso..."ser grande".

Até breve.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Oportunidades


No dia 1 de Janeiro os clubes poderão começar a transaccionar passes de jogadores, reequilibrando os seus plantéis. Nesta dança, os jogadores mais procurados são sempre os que finalizam contrato no Verão seguinte, o seu valor é obviamente condicionado pela necessidade do clube vender o atleta antes que este possa sair a custo zero ou acertar um pré-acordo válido a 6 meses. O Sporting, como todos os clubes não foge à regra e aqui estão alguns jogadores (acabam contrato a 30.06.12) que encaixariam numa possível reestruturação.

Caso João Pereira seja vendido:

Srna – Shaktar D. – 29 anos – Lat. Direito – 16me (possível por 3.5me)
Gaspar – Villareal – 20 anos - Lat. Direito – 4me (possível por 1.5me)
Cáceres – Racing – 25 anos – Lat. Direito – 1.0me (possível por 0.4me)

Passando Carriço a medio defensivo:

Douglas – Twente – 23 anos – Defesa Central – 8.5me (possível por 3me)
Xandão – São Paulo – 23 anos – Defesa Central – 2.8me (possível por 1.5me)
Botinelli – San Lorenzo – 27 anos – Defesa Central – 2.0me (possível por 1.0me)
Tiago Heleno – Palmeiras – 23 anos – Defesa Central – 1.5me (possível por 1.0me)

Para colmatar a lesão de Rinaudo:

Muntari – Inter – 27 anos – Médio Defensivo – 8.0me (possível por 4me)
Maduro – Valência – 26 anos - Médio Defensivo – 4.0me (possível por 2.2me)
Ponzio – Saragoça – 29 anos - Médio Defensivo – 3.0me (possível por 1.0me)
Dudka – Auxerre – 27 anos – Médio Defensivo – 2.5me (possível por 1.0me)
Toszer – Genk – 26 anos – Médio Defensivo – 3.0me (possível por 0.8 me)
Ledesma – Catania – 27 anos – Médio Defensivo – 2.0me (possível por 1.0me)

Caso Matias seja vendido:

Ederson – Lyon – 25 anos – Médio Ofensivo – 5.5me (possível por 2.5me)

Para colmatar a não recuperação de Jeffren:

Pranjic – B.Munique – 29 anos - Ala Esquerdo – 4.5me (possível por 1.5me)
Obraniak – Lille – 27 anos – Ala esquerdo – 4.0me (possível por 2.0 me)
Drenthe – Real Madrid – 24 anos - Ala Esquerdo 3.5me (possível por 1.5me)
D.Larsson – Malmoe – 24 anos – Ala Esquerdo/ Direito– 2.0me (possível por 1.5me)
Biseswar – Feyenoord – 23 anos – Ala Direito – 2.8me (possível por 1.5me)

Para preencher as saídas de Postiga e Djaló:

Rodallega – Wigan – 26 anos – Avançado – 8me (possível por 3.0me)
Amauri – Juventus – 31 anos – Avançado – 6.0me (possível por 0me)
Rosengerg – W.Bremen – 29 anos – Avançado – 3.0me (possível por 1.0me)
Dagoberto – São Paulo – 28 anos – Avançado – 2.5me (possível por 1.0me)
Zidan – Dortmund 29 anos – Avançado – 2.0me (possível por 0.5me)

Olhando a todas esta hipóteses, a entrada de Xandão, Dudka e Dagoberto não ultrapassaria os 4 milhões de euros e teriam uma palavra a dizer na luta pela titularidade. Se o bolso fosse mais largo então Douglas, Muntari e Rodallega…mas para isso seriam precisos mais de 10 me…o que é impossível a não ser que João Pereira seja mesmo vendido para o PSG (que quer um internacional A português para mais uma vez capitalizar a preferência da comunidade lusa de Paris) por 8me, aí talvez recuperasse o grande lateral Srna e apostasse em trazer Douglas e Muntari, deixando o sector atacante para futuras oportunidades.

Palavra agora para Freitas.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A história da sorte














Quem afirmou que o Sporting teve sorte frente ao Braga deveria ver os 92 minutos do jogo do Manchester frente ao Benfica e redefinir o significado da palavra. Não quero dizer que os encarnados fizeram um mau jogo, nada disso, sair de Old Trafford com um empate 2-2 é sempre um bom resultado, numa Liga dos Campeões é excelente. O que quero dizer é, os melhores avançados do Benfica foram...os centrais ingleses.

Imagino só o "tratamento" que o Ferguson deu aos seus "meninos" no final do encontro. É que para uma equipa com aquele tipo de jogadores, fazer aquele tipo de jogo...é mau demais. Fica a ideia que sem Rooney, sem Anderson, com Ferdinand "parado", Chicharrito no banco e com um Berbatov a rastejar "psicologicamente" este United é...sofrível, Nani é muito bom...mas não dá para tudo.

O Benfica consegue assim o apuramento, os meus parabéns, e consegue provavelmente ficar em 1º...valha a verdade não servirá de muito, evita apenas Barcelona, R.Madrid, Bayern....mas terá pela frente AC Milan, Chelsea ou Marselha, é diferente, mas sinceramente...dará tudo ao mesmo, o nível de superação para seguir em frente será sempre o máximo.

Nota para a lesão de Luisão, será uma pena se perder o derby, pelo menos para as ideias de Jesus que terá de fazer de Jardel ou Miguel Vitor o companheiro para Garay...o que não é bem a mesma coisa.

Agora só falta a vitória do Porto para fechar uma semana europeia positiva. Os pontos na Europa são decisivos, que o diga o 3º classificado desta época.

Até breve.

Pequenos Oásis


Existem muito poucos jogadores nas equipas “pequenas” realmente interessantes aos olhos dos grandes, mas entre o deserto de má gestão desportiva existem raridades que não estando ainda a um nível competitivo capaz de assegurar entrada no onze dos 3 maiores da nossa Liga, são óptimas aquisições de futuro. Para o Sporting interessará chegar primeiro a boas possibilidades de negócio e embora não possa contratar tudo o que é promessa, existem carências na 2ª linha do plantel que podem abrir vagas num futuro muito próximo.

A saber:

Hugo Vieira – Gil Vicente – Avançado (POR)
23 anos, 1.78m – Valor Aprox. 1.0 me














Ludovic – Feirense – Médio Centro / Ala Esquerdo (POR)
21 anos, 1.68m – Valor Aprox. 1.1 me
















Caetano – P. Ferreira – Ala Esquerdo (POR)
20 anos, 1.65m – Valor Aprox. 1.2 me

















Josué – P.Ferreira – Médio Ofensivo Centro (POR)
21 anos, 1.72m - Valor Aprox. 0.7 me

















Yohan Tavares – Beira Mar – Defesa Central (POR)
23 anos, 1.88m – Valor Aprox. 0.5 me














Ismaily – Olhanense – Lateral Esquerdo / Médio Esquerdo / Médio Centro (BRA)
21 anos, 1.76m – Valor Aprox. 0.6 me














Sissoko – Académica – Avançado (C.MAR)
19 anos, 1.77m – Valor Apróx. 0.4 me















João Silva – Setúbal / Everton – Avançado (POR)
21 anos, 1.89m – Valor Aprox. 1.4 me














Ruben Ferreira – Marítimo – Lateral Esquerdo / Defesa Central (POR)
21 anos, 1.83m - Valor Aprox. 0.4 me



João Aurélio – Nacional – Médio Centro / Médio Direito (POR)
23 anos, 1.85m – Valor Aprox. 0.8 me














Fran Mérida – Braga / Atl.Madrid – Médio Ofensivo Centro / Ala Esquerdo (ESP)
21 anos, 1.75m – Valor Aprox. 2.0 me













Qualquer destes jogadores seria uma boa aquisição, os valores de referência nem serão os valores reais de uma transferência, a necessidade profunda de encaixar verbas levaria a maioria (excluo Braga e Beira Mar) dos clubes a negociar por bem menos.

Até breve.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ganhar...mas a que custo?

Não parece uma pergunta a que Pinto da Costa se tenha colocado alguma vez. Na sua óptica qualquer expediente é válido desde que sirva o fim isolado de beneficiar o FC Porto. Não vou aqui enumerar sobre a longa lista de meios pouco lícitos usados nos vários mandatos da sua presidência, seria exaustivo e deprimente, o que me faz perder o tempo em falar desta personagem do nosso futebol é a notória oligarquia criada no maior clube da cidade do Porto.

Quando um presidente, usa o líder (mais que associado a redes de crime organizado) da principal claque do clube para "controlar" a revolta dos adeptos a seguir a um mau resultado...a ideia de clube, associação de adeptos caiu. Faliu em algum momento entre as vitórias consecutivas e a ausência de ética de instituição plural. O FC Porto é neste momento um clube em que os sócios servem apenas como plumas decorativas, acessórios desconfortáveis à acção de uma direcção que espelha apenas o que o seu líder permite.

Esta ditadura, pelos vistos "militarizada", cairá um dia. Talvez apenas quando o seu Generalíssimo já não conseguir desempenhar o cargo, mas nesse momento já existirá um percurso largamente decadente, que julgo inclusive já ter sido iniciado. No dia em que o clube nortenho voltar a abrir portas à democracia isso não será uma prova de vitalidade, mas de queda absoluta, de fragilidade extrema perante a ausência de um todo-poderoso herdeiro da linha absoluta e marginal de Pinto da Costa.

A história desportiva julgará todo o passado de glória do FC Porto trazido por Pinto da Costa, mas não  duvido que a um preço muito alto, talvez o preço de não saber competir em pé de igualdade com os seus adversários, talvez pagando a factura de nunca ter crescido à medida do sucesso que conquistou.

Até breve.

Justiça e destques


O Sporting venceu 2-0 o Braga. Podia ter marcado mais 2, como também podia ter sofrido outros dois. Houve penalties por assinalar para os dois lados, um par de expulsões também. O Sporting continua em prova…o Braga não. Mas para os nossos queridos analistas, o Braga merece aquela “simpatia” de equipa brava que mesmo a perder e com menos um, mandou uma bola ao poste (ninguém viu mas o Paulo César não saltou…em cima e não por cima do defesa leonino).

Tenho pena que ninguém se tenha apercebido que o Sporting jogou muito mais do que o Braga e que tenha dominado (sim teve 2 ou 3 falhas defensivas…porque o adversário também joga à bola, nesse domínio o Braga teve quantas falhas defensivas? 12?...) quase toda partida, a segunda parte foi em slow motion, o que acho inteligente por 2 razões: 1 – A ganhar 2-0 e com mais um jogador…com um plantel cheio de lesões…poupou-se o esforço e amarelos; 2- Humilhar o Braga (o Sporting podia tê-lo feito…) só iria beneficiar o Porto.

Algo que também escapa normalmente às análises dos nossos jornalistas é a forma quase natural como este Sporting vence os seus obstáculos, uma vantagem que se começa a mostrar logo nos primeiros instantes da partida e se mantém regular por todo o jogo. À excepção do jogo fora frente ao Vaslui e no particular frente à Selecção Angolana, que coincide com onzes de circunstância, os leões com menor ou maior facilidade cumpriram com aquilo que se pedia.

Faço aqui os destaques que ninguém fez, pelo menos de forma justa à equipa:

Patrício – Tirou 2 golos. Importantíssimo.
Polga- Seguro, para quem tanto pediu que saísse…ora se não é o melhor central, anda lá muito perto.
Onyewu- O espaço aéreo é dele. Não lhe peçam rapidez e grandes sprints atrás de avançados…o Americano faz o que pode com a sua constituição.
Carriço- Assim que entrou a equipa soltou-se mais e embora ache que a função de médio nunca lhe será natural…quem não tem Rinaudo, caça com Santos e Carriço.
Elias- Mais uma partida que mostrou a capacidade de estar em todo o lado, o brasileiro vale por 2, o mesmo é dizer que o Braga jogou sempre com 1 e depois 2 jogadores a menos.
Capel- Se levantasse a cabeça quando corre com a bola, seria um dos melhores extremos do futebol mundial, assim é só o melhor ala esquerdo a actuar em Portugal. Coisa pouca.
Carrilho- Quando jogar mais e se deixar de “esticar” demasiado a passada com bola será um portento. Se fosse scout de uma grande equipa europeia comprava-o já, antes que o preço subisse. E vai subir muito.
Wolfswinkel- A qualidade deste avançado vem muito para além dos golos. Sabe jogar “baixo”, abrir linhas de passe, servir de pivot atacante, sofre uma quantidade astronómica de faltas nas costas sem protestar e é incansável na pressão aos médios de construção adversários. Enfim…um achado, eu que pensava Liedson tão difícil de substituir.
Ínsua- Quase sem se dar por isso, o lugar mais problemático dos últimos anos ficou resolvido…o argentino não é espectacular em nenhum parâmetro do jogo, mas é muito bom em todos…mais um golo.
Evaldo- Posso levar uma multa dos “odiadores” deste jogador, mas ontem não há como não ter visto que entrou muito bem…fez lembrar o Evaldo…do Braga.

Até breve.

domingo, 20 de novembro de 2011

Meio caminho andado

Ainda é muito cedo, mas depois de hoje à noite, o Sporting pode ter meia taça nas mãos. Não é desconsideração pensar que fora Porto e Braga, Benfica é o único rival da mesma dimensão que resta na prova. Poderão haver outros jogos difíceis, principalmente fora e principalmente contra Guimarães, Marítimo, Nacional, Setúbal ou como está visto...Académica. Mas evitando esses confrontos e esperando por embates entre primo-divisionários, podemos ter caminho bem mais largo até à final no Jamor.

O problema é se o Porto fica excluído da Liga Europa. Num par de semanas podemos ter um rival directo sem 2 competições em cima, sem o treinador deficitário que tem e completamente concentrado na Liga, onde ainda segue em primeiro. Torço para uma vitória do Porto na Champions e pela permanência de VP, pelo menos até ao embate com o Braga. Uma vitória hoje do Sporting sobre a ex-equipa de Domingos, "picaria" Jardim para um bom resultado frente aos Dragões.

O Sporting, com alguma sorte e competência pode derrotar o Benfica na Luz, depois de ver os últimos jogos da equipa de Jesus não seria nada de transcendental, e pode (bem mais importante) acabar esta semana no topo da tabela da Liga, facto que seria impensável no início da época...diga-se até para os adeptos do Sporting. Mas isso são apenas conjecturas de vários resultados, com algum optimismo, a verdade desta época é que jogo a jogo os níveis de estabilidade e tranquilidade são mais fáceis de controlar.

Hoje em Alvalade não espero um jogo fácil, bem pelo contrário, a partida entre o Braga e o Benfica mostrou-nos uma equipa minhota nada amedrontada, com personalidade a jogar as suas melhores cartas para derrotar um dos principais candidatos ao título. A jogar fora, apostarão num jogo com mais segurança defensiva, à espera das jogadas de ataque que Lima, Barbosa e sobretudo Alan consigam criar. O ponto fraco será sempre as faixas laterais, onde Carrilho e Capel terão a hipótese de conduzir muito jogo, pelo menos até servir Wolfswinkel mais adiantado ou Schaars e Elias em linhas de passe na entrada da área.

Se fosse de apostar, jogava todas as fichas nos remates de meia-distância ou nas bolas paradas, parece-me que este Braga é algo "nervoso" em bolas bombeadas para a área. Afinar a pontaria nos cantos ou livres indirectos pode ser a chave para a nossa vitória. Muita atenção à condução de bola de Alan, se "fecharmos" este "caminho" o Braga deixa de conseguir pensar e apenas reage.

Mas faz-se tarde e há um lugar à minha espera em Alvalade.
Até breve.


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A geração diamante

Houve o tempo da Geração de Ouro do futebol português. O termo surge em meados dos anos 90 para classificar a abundância de excelentes jogadores, que na sua maioria haveriam de chegar aos maiores clubes da Europa, criando uma linha directa de grandes transferências entre os 3 grandes e os maiores tubarões europeus.

Vítor Baía, Fernando Couto, Paulo Sousa, Jorge Costa, Rui Costa, Figo, Sá Pinto, João Pinto, Capucho, Sérgio Conceição, Hélder, Pauleta, Nuno Gomes, Paulo Alves, Domingos, Rui Jorge, Paulo Bento, Rui Bento, são alguns dos maiores nomes que Juventus, Barcelona, Lazio, Dortmund, Fiorentina, Milan, Real Madrid, Atlético de Madrid, Parma, PSG acolheram e tornaram ainda mais célebres, ainda mais eficientes, sobretudo em termos de mentalidade, a Selecção ficaria com um lote de jogadores precocemente competitivos e maduros.

Não houve quebras dramáticas com a saída desta geração, embora se verifique um quebra de resultados. Muito por culpa de atletas como Pepe, Ricardo Carvalho, Ricardo, Bosingwa, Sabrosa, Ronaldo, Nani, Quaresma, Portugal viveu ainda uma ressaca áurea que começa agora a dar sinais de declínio. A prestação da Selecção de Sub20 no Mundial podia ter dado sinais de um rápido recobro, mas no panorama dos 3 grandes clubes não há espaço nem tempo para fazer crescer atletas. Como suplentes ou em clubes de menor dimensão, nunca atingirão o patamar dos anteriores e tardam numa afirmação que sempre foi pouco provável.

Mas há falta de um "laboratório" nacional, está a emergir um grande "superfície" de leão ao peito. A Academia de Alcochete / Puma, vista por muitos como um espaço asséptico e industrial onde o talento era refinado mecanicamente e onde haveria sérias dificuldades em criar um novo Ronaldo, Nani ou Figo, apresenta nos dias de hoje a sua mais recente fornada de talentos. A imprensa e os opinion leaders desportivos têm feito o máximo para passar ao lado da notória qualidade destes jogadores, mas uma nuance competitiva chamada Next Gen Series (desportivamente um sucesso, desconheço o lado financeiro) veio quebrar o anonimato e a "ideia" errada de a Academia passa por tempos menos inspirados.

Nesta competição, uma verdadeira Champions League de equipas jovens que junta muitas das melhores formações europeias (não tenho dúvidas que em próximas edições, serão todas), o valor externo das escolas de futebol é posto à prova...e...só se pode dizer que na fase regular, o Sporting é o maior destaque da prova. O que era apelidado de provavelmente uma das melhores formações mundiais começa a assumir-se como provavelmente a melhor ou pelo menos, ou com alguma modéstia, uma do top 5 (Ajax, Barcelona, Man Utd e Juventus serão as restantes).

Mas esta não é uma nova Geração de Ouro. É mais uma geração de diamante. Com a lapidação certa chegarão ainda mais longe, com a errada, serão apenas mais uma fornada de jogadores sem continuidade na equipa principal do clube. À semelhança da NGS, é preciso encontrar novos espaços competitivos, onde em conjunto e sob o cuidado do clube de origem, jovens de grande valor possam continuar a evoluir sem quebras ou mudanças abruptas. Falo obviamente da equipa B.

A carreira notável da equipa comandada por Sá Pinto parece gritar-nos aos ouvidos a urgência da criação do Sporting B, uma verdadeira antecâmara onde ex-juniores podem iniciar o seu percurso profissional. Numa Orangina de pouco recorte técnico e muita exigência física, os franzinos e habilidosos leões ganhariam o poder de choque e a velocidade (motora e mental) que normalmente lhes falta, assumindo muito mais depressa candidaturas reais a um lugar na equipa sénior.

O Sporting é o mais interessado nesta solução, e será sem dúvida uma ferramenta essencial no futuro do clube. A recessão, as novas regras da utilização de estrangeiros e extra-formação fará da Academia e da Equipa B a principal fonte de talento e receitas da equipa principal...e neste campo estamos anos de luz à frente dos nossos rivais. A lógica do Campeonato de Júniores é construída para que clubes sem qualquer tipo de condições financeiras possam disputá-lo (sem encargos de viagens permanentes), o que distorce o valor real do campeão numa fase de playoff mais equilibrada. Uma bola no poste pode decidir um título...isto quando já houve uma época inteira de jogos.

Nenhuma outra medida será tão importante para o futuro do Sporting como a regulamentação das Equipas B e seria de todo interesse criar um lobbie suficientemente forte (internamente e com outros clubes) para que tal aconteça. Isso começa aqui na blogosfera.

Até breve.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A verdade


A equipa do Sporting está mais forte. Não falo de espectáculo, de golos ou público. Não falo sequer em ânimo ou confiança, para quem gosta de números para justificar conceitos, esta é a prova:

Cristiano – Beira Mar – 6 jogos 1 golo 0 assistências (suplente) 2.0M
> A.Martins – 1 jogo 0 golos 0 assistências (suplente) 1.0M

Pedro Mendes – Guimarães – 10 jogos 0 golos 0 assistências (titular) 5.9M
> Schaars -  17 jogos 3 golos 3 assistências (titular) 5.5M

Saleiro – Servette – 4 jogos 0 golos 0 assistências (suplente) 1.2M
> Rubio – 7 jogos 0 golos 1 assistência (suplente) 1.5M

Zapater – Lokomotiv – 14 jogos 1 golo 2 assistências (titular) 7.5M
> Elias – 9 jogos 3 golos 3 assistências (titular) 7.0M

NAC – Braga – 2 jogos 0 golos 0 assistências (lesionado) 1.8M
> Rodriguez – 9 jogos 0 golos 0 assistências (titular) 5.8M

Vukcevic – Blackburn – 4 jogos 1 golo 0 assistências (suplente) 5.5M
> Capel -  16 jogos 3 golos 4 assistências (titular) 7.3M

Postiga – Saragoça - 10 jogos 4 golos 1 assistência (titular) 5.0M
> Wofswinkel – 14 jogos 11 golos 0 assistências (titular) 6.0M

Hildebrand – Sem clube – 1.7M
> Boeck – 2 jogos (suplente) 0.8M

Maniche – Sem clube – 0.7M
> Rinaudo – 14 jogos 0 golos 1 assistência (lesionado) 4.0M

Grimi – Genk - 0 jogos (Suplente) 3.0M   
> Ínsua – 9 jogos 2 golos 3 assistências (titular) 4.8M

Valdes – Parma – 4 jogos 1 golo 0 assistências (Suplente) – 4.0M
> Jeffren – 4 jogos 1 golo 0 assistências (lesionado) 5.0M

Torsiglieri – Metalist - 16 jogos 1 golo 0 assistências (titular) 2.5M
> Onyewu – 8 jogos 1 golo 0 assistências (titular) 5.0M

Abel -  Sem clube – 0M
> Árias – 1 jogo 0 golos 0 assistências (suplente) 1.0M

Salomão – Coruña – 11 jogos 3 golos 0 assistências (titular) 2.0M
> Carrilho – 11 jogos 0 golos 4 assistências (suplente) 1.1M

Djaló – Não inscrito – 5.2M
> Bojinov – 8 jogos 2 golos 1 assistência (suplente) 4.8M

Entre jogadores que saíram e que entraram (não foram contabilizados jogadores que não estiveram no plantel a época passada, nem contratados que entretanto saíram) a diferença de prestação é bastante grande o que ainda se torna mais significativo quando olharmos ao tipo de ligas e clubes a que foram cedidos (excepção de Valdez e Postiga).

Toda a estatística pode ser consultada em transfermakt.de e embora existam valores estranhos (Pedro Mendes vale 5.5 me, Grimi 3.0me, Zapater 7.5me e Hildebrand 1.7me em oposição a Carrilho que só vale 1.1me ou Wolfswinkel que só vale 6.0me) é possível ver que regra geral o valor do plantel subiu muito consideravelmente (+ 12.6 me) com os reforços desta época. Na verdade, corrigindo algumas desactualizações, facilmente podemos entender uma diferença de valor entre 20 a 25 me.

Contra factos…

Até breve.

Parabéns Portugal

Os meus parabéns a Paulo Bento, a toda a equipa técnica e claro, aos jogadores da Selecção. Espero que finde a campanha anti-PB, principalmente na imprensa. Agora também gostava de ouvir as críticas de Bosingwa, ou outras insubordinações. Agora sim se reconheceria coragem a quem contestar o mérito do treinador em fazer as suas escolhas. Mas não, a cobardia de jornalistas, comentadores, empresários e jogadores só permite acusações em "maré baixa".

Deixando as tristezas para trás, este foi o melhor jogo que vi a Selecção fazer desde o particular frente à Espanha. Patrício não fez uma defesa e só um penalty muito forçado e um golo em fora de jogo destoaram na festa que foram estes 90 minutos. A Bósnia fica mais uma vez de fora, mais uma vez com um esquema táctico muito defensivo, o que só ajudou a nossa vitória. Portugal é incomparavelmente mais forte do meio campo para a frente que do meio campo para trás. Estamos de pleno direito no Euro 2012 e embora existam muitas dificuldades a ultrapassar, não seremos nem de perto nem de longe das equipas menos ambiciosas em prova.

A esta Selecção falta um grande ponta de lança (Liedson era assim tão descabido?), um bom trinco (será Veloso?) e o regresso de Ricardo Carvalho. Era bom que o jogador do Real Madrid pedisse desculpa pelo seu acto completamente descabido a um profissional, (o Ricardo sempre foi excelente nessa matéria) e dessa forma abrir espaço para a sua presença nos convocados. Estes 3 jogadores ou outros que surjam fazem falta. Já agora, os parabéns à formação do Sporting. Patrício, Moutinho, Miguel Veloso, Nani, Ronaldo, Quaresma e Carlos Martins são made in Alvalade e convém não esquecer de onde vêm os talentos que tornam toda esta alegria possível.

Até breve.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O play em Off do nosso futebol

Logo à noite temos jogo. Temos também a obrigação de mostrar que somos alguma coisa de jeito, ver a Bósnia no Europeu será um trauma que dificilmente não levará o país futebolístico à histeria e a uma revolução prematura. É pena, mas uma vitória na Luz adirá montanhas de medidas que estão na gaveta há pelo menos 10 anos. Os campeonatos dos escalões jovens, o número de equipas nos escalões seniores, a limitação de jogadores estrangeiros nos escalões de formação e seniores, o quadro técnico das selecções, a regularização orçamental dos clubes profissionais, a negociação colectiva dos direitos de transmissão televisiva, etc.

Todas estas medidas são essenciais à sobrevivência do nosso futebol, que de outra forma continuará a ver clubes centenários fechar portas, os melhores jogadores vendidos todos os anos, 2 ou 3 clubes a disputar sempre os mesmos lugares e as selecções a perder estatuto europeu e mundial. Implementá-las quebrará todo o equilíbrio político do futebol luso, “arranjos” com décadas de validade terminarão em desuso, zangando-se muitas comadres. Uma reestruturação com as medidas que aponto, facilmente construiria uma valorização pelo mérito e competência, onde os clubes viveriam do que construíssem, onde a lógica actual, de 1 clube grande com 15 satélites que sobrevivem do empréstimo de “favorecimento”, de jogadores e da partilha de uma ideia de sobrevivência mendicante a quem prometer qualquer tipo de “ajuda”, terminaria.

Aflige-me clubes com a história do Beleneneses, Vitória de Setúbal, Académica e Leixões venderem tão facilmente o seu futuro, deixando-se apadrinhar por alguém que apenas os usa como “pesos mortos” e depois os abandona quando se tornam incontornavelmente ingovernáveis. A geminação de processos e amizades com os “padrinhos” do nosso futebol só traz ruína e a assunção de menoridade, ou seja, o fim do sonho de um clube em ser sempre maior.

AF do Porto tem na Liga ZonSagres e Orangina: FC Porto, Rio Ave, Paços de Ferreira, Feirense, Penafiel, Moreirense, Freamunde, Leixões, Desp. Aves, Oliveirense, Naval, Arouca, Trofense (14).

AF de Lisboa: Sporting, Benfica, Belenenses, Atlético e Estoril (5)

Esta diferença pouco se explica. Sporting e Benfica amealham quase todos os adeptos de Lisboa, tornando a Grande Lisboa um deserto para os pequenos clubes. O Alverca ou o Estrela da Amadora são só dois exemplos de clubes “artificiais” que viveram muito mais de habilidade política e apadrinhamento do que de excelência competitiva. Os clubes do Porto mantém-se apesar deste panorama, pelas mesmas vicissitudes, mas a concentração de poder de decidir quase tudo no futebol adia o inadiável, ou seja o eclipse (competitivo sobretudo porque a dimensão é sempre a mesma) da lógica de satélite político.

O paradigma “eu ganho e vocês sobrevivem” só é possível porque a independência dos clubes pequenos do Porto é ilusória, na verdade dependem das receitas de TV muito mais do que dos pouco sócios que possuem e a ameaça de descida de divisão é quase uma sentença de morte. Assim, colaboram num sistema viciado de manutenção de poder, que obriga a que nenhuma medida permita o crescimento do nosso futebol. Essa melhoria nunca conseguiriam acompanhar porque lhes falta o básico: adeptos, estádios, escolas de formação e sobretudo vontade de crescer.

Arrisco a dizer que soluções como as equipas B são completamente inversas aos interesses destes “mendigos” que substituem muita da sua incapacidade para ter bons jogadores com jovens valores dos 3 ou 4 grandes que precisam de minutos de jogo. O Sporting conseguir fazer aprovar a alteração estatutária que permita a inserção de equipas B até à permanência na Liga Orangina será para mim uma completa surpresa. Tal como todas as medidas que referi no 1º parágrafo deste post, esta medida decretará o fim do poder dos “pequenos”, o fim do futebolinho de estádios decrépitos, sem espectadores e sem espectáculo, sem cultura de mérito e sem dinheiro.

Olhar para um jogo da Eredivide, da Permier League Escocesa ou da Júpiter League com olhos de ver poder-nos-á dar um vislumbre do muito que falta fazer no nosso futebol. Certamente que o resultado de logo à noite pode acelerar esta compreensão, mas não o desejo. Gostava apenas que alguém com responsabilidades ou poder pudesse fazer cumprir os dois desígnios: estar no Euro 2012 e mudar tudo no nosso futebol. Certamente que em 2016 seríamos muito mais fortes.

Até breve.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Os moinhos imaginários

Já por várias vezes abordei a questão Bruno de Carvalho aqui neste blog. Antes das eleições manifestei publicamente o meu voto na sua candidatura, algo que o fiz conscientemente e no melhor sentido de transparência que fui capaz. Pareceu-me de facto o melhor para o clube e o projecto mais ambicioso para tirar o Sporting da letargia depressiva em que estava,

Desde a noite das eleições, onde tanta gente esteve mal e o candidato se esforçou por manter uma sensata calma, só tem destruído o imenso capital que restou de uma derrota tangencial de 300 votos. Hoje, a presidencialidade de Bruno de Carvalho está agarrada a uma ideia caótica de que o clube foi assaltado por um bando de malfeitores que só irão afundar ainda mais o futuro da instituição.

Não que seja impossível para GL e seus pares errar e descapitalizar ainda mais o Sporting, isso será sempre uma hipótese. Mas a ideia de “combater” numa espécie de “guerra santa” os infiéis do clube, essa sim é danosa, em primeiro lugar para o próprio ex e futuro candidato. A cada “conjunto” de verdades que tenta comunicar em momentos oportunos (normalmente seguindo as derrotas da equipa) conquista mais adeptos para a facção (onde me incluo) que acredita que só está a demonstrar imaturidade política.

O que seria uma campanha de guerrilha, sem quartel, a uma gestão ruinosa com a marca de “salvador” do clube, está a transformar-se rapidamente numa oposição lamechas e contra-corrente, uma profunda chatice. Não sou ingénuo, entendo que algumas críticas que faz são justas, mas o tempo e sobretudo o espaço onde as difunde está a criar um “Garcia Pereira” leonino, um D.Quixote de verde e branco, tudo o que um candidato a presidente não deve ser.

Para todos os efeitos GL venceu as eleições e salvo alguma irregularidade que não foi nunca provada, é o actual presidente do Sporting. Todos os Sportinguistas que não se identificam com esta direcção devem, em primeiro lugar, apoiar o clube. Em segundo lugar, criticar e solicitar esclarecimentos nos espaços próprios. Em terceiro lugar, aceitar o momento da instituição, reservando para futuros actos eleitorais qualquer criação de
“movimentos” de contestação.

O espaço eleitoral acabou há muitos meses. Não existe oposição num clube de futebol e muito menos será benéfico para o Sporting ter um futuro candidato permanentemente a tentar posicionar-se nas fraquezas ou enganos da direcção. A memória é importante e Bruno de Carvalho está a destruir uma boa, para construir uma verdadeiramente enfadonha e pouco democrática.

Até breve.

domingo, 13 de novembro de 2011

A torneira seca

Fiquei com a sensação de que a Bósnia é ligeiramente superior que a Dinamarca. O problema é a consciência dos ex-jugoslavos de que Portugal é superior. Os nórdicos, mais maduros mas com muito menos talento individual interpretaram bastante melhor as lacunas dos portugueses. Resultado: Portugal podia ter resolvido bastante cedo o playoff. Mais uma vez pecámos na finalização.

Todos colocam o problema de marcar golos em cima dos ombros dos avançados, mas na verdade é um problema colectivo. Não vemos um Ronaldo com a veia goleadora do Real Madrid e isso só se deve seguramente aos restantes elementos, que não conseguem libertar o bota de ouro para decidir as partidas. O 7 português passa muito tempo à procura da bola e de espaços, perdendo fulgor na hora de partir para a baliza.

Já é fácil perceber que a linha média nacional perdeu valor. Com a saída de grandes médios defensivos e ofensivos como Rui Costa, Figo, Paulo Bento ou Paulo Sousa, e o eclipse de Tiago, Moutinho, Manuel Fernandes ou Meireles, tardam em surgir novos valores no centro do terreno. Miguel Veloso é um bom jogador, mas tal como Postiga e Almeida no centro do ataque, uns furos abaixo do resto da equipa.

Olhando o panorama de escolhas o cenário é desolador. As promessas mais óbvias têm à volta de 18 e 19 anos, subsistindo um fosso enorme de maturidade pronta a ser chamada a vestir as Quinas AA. Em Lisboa, a Selecção terá uma oportunidade clara de carimbar a presença no Euro, mas tal como no último Mundial muitos se interrogam das hipóteses de fazer boa figura na fase final. É que por muito optimistas que sejamos, não deixa de ser quase evidente a diferença entre Nani, Ronaldo, Pepe, Coentrão e o resto do elenco.

Jogadores como por exemplo Eliseu, Amorim, Micael, Dany ou Rolando são claramente aquém do que estamos habituados e nem a melhor disciplina táctica de Paulo Bento fará esquecer o tipo de jogo espectacular que já tivemos. Vamos tapando o sol com a peneira e imaginando que somos capazes de produzir gerações espontâneas, quando os 3 grandes estão repletos de estrangeiros. A selecção é a tradução do que Benfica, Porto e Sporting conseguem produzir, fazer nascer. Essa torneira está quase seca.

Até breve.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O nível

Se o jogo frente ao Braga fosse hoje, não teríamos 1 central disponível. Polga, Onyewu, Carriço e Rodriguez estão em recuperação. Não sei quantos poderão vir a ser recuperados em 9 dias, mas o caso, mais uma vez, merece alguma preocupação. Parece-me que em alguns casos a utilização de jogadores ainda não totalmente recuperados provocou recaídas e subsequentes ausências bastante superiores. Mas pelo que vimos em Angola, tem sido um risco assumido, pela vontade de permanecer a vencer partidas e a recuperar pontos perdidos.

O plantel do Sporting tem sido posto à prova em termos de qualidade e sobretudo em quantidade. Apenas Árias, Rubio e André Martins (jogadores de campo) poderão ser considerados “frescos”, já que todos os restantes têm sido constantemente rodados no onze. Carrilho, um talento ainda em bruto, não deveria esperar fazer mais do que 10 jogos esta época, mas face às lesões de Izmailov e Jeffren (e um sempre tímido Pereirinha) viu o seu espaço de participação completamente aberto.

A excelente prestação de alguns jogadores como Wolfswinkel, Capel, Schaars, Rinaudo, Ínsua e Elias tem feito parecer o jogo de Bojinov, Evaldo, Pereirinha e André Santos menos eficiente, pois a fasquia foi elevada e só me parece que Patrício, Pereira e Fernandez tenham a capacidade de acompanhar o ritmo dos reforços. Este facto contém um bom e um mau presságio: é bom ter jogadores que nivelem por alto a qualidade da equipa, é mau ser tão evidente a diferença de “andamento” entre jogadores que lutam pela mesma posição.

Acresce a nuance de a maioria dos reforços ainda não estar totalmente adaptada à realidade cultural e competitiva do nosso país. Quando tal acontecer (não é um processo imediato) julgo estar criada a base de trabalho para Domingos ou qualquer outro treinador. Não será possível estar permanentemente a revolucionar o plantel, portanto, o que se pode esperar do mercado de Inverno, como na próxima época serão pequenos ajustes para o caso de uma venda ou péssima prestação.

Existem muitos atletas emprestados, e em alguns casos grandes candidatos a integrarem o plantel. Farão o caminho que Árias, Rubio, André Martins e Carrilho estão a fazer agora. Seja qual for o sucesso desta época, ele será sobretudo materializado no crescimento e maturação do plantel, sendo cada ano um passo em frente, sempre em direcção a uma equipa com capacidade interna (quiçá europeia) de disputar em pé de igualdade qualquer troféu.

Olhando para o plantel, numa análise bastante intermédia:

Patrício, Boeck e Tiago – O experiente Tiago dará naturalmente lugar a uma nova aposta e há indícios que pode ser um jovem valor estrangeiro.

Árias, Pereira, Evaldo e Ínsua – O Argentino pegou de estaca e será o provável titular no futuro. Evaldo permanecerá até que Turan ou outro lateral jovem emerja como hipótese. João Pereira estará a cimentar a sua posição na Selecção (sem Paulo Bento talvez dê o lugar a Sílvio em algumas partidas) e melhorando o seu comportamento disciplinar é o lateral direito by default da equipa. Árias parece uma excelente alternativa, polivalente e sobretudo com muita margem de progressão.

Polga, Onyewu, Rodriguez e Carriço – O português não está a deixar-se ficar no banco (beneficiado também pelas lesões) e juntamente com Rodriguez e Onyewu são valores a confiar que evoluam. Polga fará a sua última época e abrirá lugar a um outro tipo de central, mais categorizado (Torsiglieri?). Nuno Reis e Ilori espreitarão uma oportunidade sendo que será mais óbvio o aproveitamento do primeiro.

Rinaudo, André Santos – Os trincos desta equipa são dois valores bastante diferentes, o argentino foi a revelação do início de época e veremos como o português aproveita esta oportunidade. A abertura é dupla para o André, uma vez que na Selecção também falta um trinco de origem. É provável que no mercado de inverno chegue mais um jogador para a posição o que com Adrien em bom plano na Académica serão boas escolhas na época 2012/13.

Schaars, André Martins e Elias – Os chamados médios de transição estão em excelente condição e até o português parece destinado a brilhar até ao final da época. Aqui não haverá necessidade de chamar ninguém.

Matias Fernandez, Luis Aguiar e Izmailov – Todos eles médios ofensivos centro (Izma na lateral é sempre uma adaptação) todos eles uma incógnita para o futuro. O chileno se não render (e está a começar a fazê-lo) o que sempre se esperou dele será transferido, o uruguaio não voltará seguramente a Alvalade e o russo, mesmo tendo renovado, será transferível se não realizar pelo menos, uma segunda volta sem as recorrentes lesões. Neto é um valor bastante importante a considerar para esta função. Valdez também será uma hipótese.

Capel, Jeffren, Carrilho e Pereirinha – O português é claramente o elo mais fraco deste lote de alas. Abrirá uma vaga se continuar a tardar a sua afirmação. A ala direita é claramente um sector carenciado na equipa e Bruma um jovem que poderá ser mais tarde ou mais cedo testado como alternativa a um ala de nível internacional.

Rubio, Wolfswinkel e Bojinov – Com a saída de Postiga e Djaló, a função de avançado está a ser dividida por estes 3 valores. Wolfswinkel será difícil de segurar, continuando neste ritmo de golos. O chileno tem todas as condições de vir a ser um grande ponta de lança e Bojinov, penso eu, ainda não está na plenitude do seu jogo, muito menos de uma boa condição física. Talvez tenha de chegar mais um avançado para a próxima época, especialmente se o búlgaro continuar a suplente crónico do holandês. Há que começar a olhar para o jovem Betinho com olhos de ver. Está ali qualquer coisa de raro e tanto o Sporting como a Selecção estão há muitos anos sem um jogador de top na função de ponta de lança.    

O panorama será sem dúvida mais animador no final desta época do que no final da anterior. Os adeptos e as finanças do clube precisam disso. Atenção redobrada às lesões.

Até breve.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Money talks

Encaixámos uma verba considerável e uma derrota implacável. Dirão os mais emocionais que nos "vendemos" barato, dirão os mais realistas que sabíamos aos que íamos. Mas custou a todos. Valha a experiência para os júniores e a rodagem de habituais suplentes. O calor, a agenda apertada e cheia, uma longa viagem de avião, um cruzamento de jogadores bastante "remendado"...foram dificuldades a mais para a nossa comitiva. Ponto final.

Amanhã no batatal bósnio joga-se um apuramento. Temos alguns "agricultores" de renome na selecção e não ficaria surpreendido que soubéssemos plantar naquele relvado um belos nabos e umas couves galegas perto da baliza bósnia. Não é campo para Nani, para Moutinho ou Quaresma e só acho que será para Ronaldo pelos livres directos... Força Portugal!

Até breve.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Campanhas de Natal

Não sei se é apenas coincidência, mas parece que o início das Campanhas de Natal marcou também a abertura de caça aos nomes para reforços do Sporting. Ao contrário do Benfica, que resolveu antecipar-se expressando em comunicado a resolução de não investir no mercado de inverno (vejo por detrás disto um receio legítimo de perder mais negócios para o Porto) Sporting e Porto já deram sinais evidentes de estar a procurar soluções.

Se no Porto é evidente que falta um lateral direito e um avançado, no Sporting o centro da defesa e o meio campo defensivo serão as posições mais carenciadas. E mesmo que diga o contrário o Benfica precisa evidentemente de um lateral esquerdo. O problema, comum aos 3 clubes é que nenhum terá neste momento da época verbas para grandes aquisições.

O Sporting gastou o que tinha para gastar, o Benfica e Porto tem acordos de pagamentos elevadíssimos por cumprir (Garay, Enzo Perez, Danilo e Alex Sandro), não têm nenhuma garantia de passagem à próxima fase da Champions e no caso do Benfica, o final da época (ou talvez antes) marcará uma remodelação profunda do plantel.  Eduardo regressará a Génova, Capdevilla a Espanha, Miguel Vítor, Jardel e Luis Martins para empréstimo, Aimar, Enzo, Saviola e Cardoso dificilmente quererão ficar e ainda existe a hipótese de Javi Garcia e Gaitan serem alvos de ataques de “tubarões”.

È pois evidente que 2012 será palco para uma grande revolução na Luz, não se sabendo se será Jesus o treinador desta transição (se não vencer a Liga e prova Europeia é mais de que certo que não será). Manda a prudência que se reserve algum “poder” de investimento para essa altura.

Neste cenário as soluções internas, da Liga Portuguesa são mais que apetecíveis. A rápida adaptação e reduzido custo já que (à excepção de Braga e Beira Mar) os restantes clubes estão a precisar urgentemente de vender. Algumas soluções são lógicas:

Sporting – Adrien (Académica), Tavares (Beira Mar), Felipe Lopes (Nacional)  Ludovic (Feirense)

Benfica – Ismaily (Olhanense), Pedro Moreira (Beira Mar), Mateus (Nacional), Schaffer (U.Leiria), Teles (Guimarães)

Porto – Hugo Vieira (Gil Vicente), Luis Leal (U.Leiria), Michel (P.Ferreira) Edgar (Guimarães)

Numa economia desportiva caseira falida, qualquer um destes negócios seria fundamental, já aqui mencionei os perigos que os ditos clubes “pequenos” atravessam por quererem à força hipervalorizar os seus atletas quando um “grande” bate à porta, mas a cada ano que passa são menos as trocas de moeda internas, aumentando o fosso económico, por mais que orçamentos também hipervalorizem as receitas.

Não sei quantos clubes chegarão ao fim desta época com ordenados em atraso, mas pelo que já corre por aí serão em número bem maior que 50%. Se continuarmos neste caminho serão um dia 75% e depois 90%...acabando os 3 grandes por jogar sozinhos. Janeiro pode ser uma boa oportunidade para sair do red line financeiro, desde que engolindo o orgulho, vendam alguns atletas por preços justos e moderados.

Até breve. 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Imprensa pouco Salomónica

Primeiro e antes de mais, defendo que nenhum jogador deveria passar impune com uma atitude semelhante à praticada por João Pereira no jogo frente ao Leiria.
Segundo, a ser castigado, o que seria justo, a Liga deveria punir também outros casos de agressões físicas ou verbais não constantes do relatório do árbitro, neste e em todos os jogos.

Se Pereira for o precedente (já estamos habituados a que sejamos cobaias de todas as “mudanças”), há que exigir equidade dos que a fizerem, sobretudo se este “caso” servir apenas para impedir o jogador de jogar o derby. Tanta celeridade é de espantar, sobretudo quando noutros casos as sentenças ficam semanas à espera de deferimento. Seria também um precedente de rapidez algo a que o Sporting deveria estar atento, sobretudo em vésperas de outros jogos importantes.

É claro que toda esta temática teve o alto patrocínio de Record e Bola, que não hesitaram em pesquisar as imagens, documentar o minuto de jogo e os envolvidos na jogada, coisa que ainda não se lembraram de fazer com as imagens do jogo de Braga em relação aos insultos racistas de Javi Garcia. Porventura dará muito trabalho e não agradará muito aos chefes de redacção.

Até breve.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Um balão de tempo ganho


Numa equipa onde Insua, Onyewu, Rodriguez, Polga, Rinaudo, Jeffren, Izmailov e Bojinov não deram o seu contributo, Domingos teve de chamar Llori e Arias ao jogo e recorrer de muita fé no desempenho das habituais segundas linhas. Não se pode dizer que tenham falhado a sua missão, estiveram uns furos acima da última partida, mas faltou capacidade (talvez física) para manter a União a defender no seu meio-campo.

Apesar da quebra de rendimento face às últimas partidas da Liga, o Sporting acaba por vencer justamente a destemida equipa de Cajuda e garantir uma aproximação aos lugares da frente, numa jornada onde recuperou pontos aos 3 dos 4 clubes do topo da tabela. Se a exibição não foi brilhante, o resultado foi o melhor tónico para as semanas que se seguirão, conquistando o plantel um fabuloso espaço para recuperar energias e treinar convenientemente o esquema táctico que apresentou hoje.

O jogo em Angola terá de ser encarado como treino, uma vez que os oito jogadores indisponíveis para hoje, manda a precaução o sejam também daqui a 5 dias. Somando a isso a chamada de Patrício e João Pereira à Selecção Portuguesa, Fernandez ao Chile, Elias à Brasileira,  Schaars à Holandesa, o onze que entrará em campo no aniversário da Independência Angolana pode muito bem ser:
Boeck-Arias, Evaldo, Carriço e Llori- André Santos, André Martins, Pereirinha e Carrillo- Rubio e Bruma.  Sobram evidentemente Capel e Wolfswinkel, mas não dar algum descanso a estes 2 habituais titulares (podem por exemplo fazer apenas a primeira meia hora) é pedir mais problemas. Mas irá ser ainda mais curioso ver as opções que restam, ou seja, quem vai ser chamado dos juniores, pois seniores, entre Selecções e lesões não há mais ninguém excepto Tiago.

Uma coisa é certa. Estamos na luta e com maior ou menor dificuldade este Sporting não desiste facilmente. Isso é o que nos orgulha. Isso é o que assusta neste momento os nossos adversários.

Até breve.