quinta-feira, 30 de junho de 2011

O que pode ser a grande surpresa no Sporting

Diego Rubio. Tem apenas 18 anos e é mais recente promessa do Colo-Colo. Daqui a uns anos (1 ou 2) estaria a ser transferido para um Valência ou uma Fiorentina por 5 ou 6 me. Aplico o verbo passado, porque pelos vistos a sua valorização será feita em Alvalade. No Chile este é uma espécie de "novo" Marcelo Salas, e ao que se diz na imprensa local seguido bem atentamente pelos grandes emblemas italianos, espanhóis e ingleses. Ao ascender a internacional A com a idade que tem, Rubio entra numa galeria especial, a dos grandes e promissores talentos. Postiga e Wolfswinkel que se treinem bem, porque o rapaz à boa maneira de um "Chicharrito" promete não desaproveitar a primeira oportunidade Europeia.

Até breve. 

4-0

Quem ler o que muitos bloggers escreveram no anterior defeso sobre o caminho que o Sporting devia tomar, irá reparar que muito está ser feito este ano. Ainda não ganhámos nada, excepto a vontade de acreditar. Nada seria mais importante depois de 2 épocas a exibir uma fraqueza e desorientação desoladora.

Primeiro, a primazia à condição de sócio, que se nota por diversas iniciativas, aguarda-se que assim que a bola comece a rolar não passe para segundo plano. Existem muitas promessas por cumprir, especialmente transformar o clube no que os sócios querem. Transformando o Estádio, a Academia, o plantel, o equipamento, as parcerias e as alianças no que os sócios desejam. Não era segredo para ninguém e nem é preciso referendos ou inquéritos, basta perguntar a 10 sócios anónimos. As respostas serão essencialmente as mesmas.

Segundo, a politica de risco. Sem risco não há prémio. Sem apostar forte não se projectam metas ambiciosas. Durante quase 10 anos vivemos sobre a apologia da poupança, do racional, da depressão auto-imposta de discursos de dívidas e compromissos financeiros. Esta época é notório que finalmente o Sporting acordou. Entendeu que é um clube desportivo e não uma “empresa” financeira. Rigor e racionalidade sim. Desistência e desculpabilização não.

Terceiro, os recursos humanos. Apesar de alguma convulsão e muitos nomes de ex-jogadores a pairar sem funções aparentes pelos corredores do clube, o Sporting entendeu que “inventar” treinadores ou jogadores é tarefa para clubes com barriga cheia de títulos e de dinheiro. O Sporting parou de andar atrás de “ilusões” e concentrou-se em procurar competência. Domingos é a expressão mais pura da recente capacidade para distinguir onde está o valor e onde se escondem as verdadeiras “maçãs podres”.
Esgotou-se também a paciência com o scouting (miserável nas últimas 2 épocas). Cabeças rolaram. Já era hora.

Quarto, a independência. Pela primeira vez desde há alguns anos, o Sporting contrata os jogadores que quer (ou pode) e não o que os empresários querem que contrate. Pela primeira vez não estamos a atirar-nos de cabeça para a vertigem de “nomes” e não estamos preocupados com o final do prazo de transferências. A coisa está a decorrer num um bom timing, com a paciência necessária para esperar pelas surpresas do mercado. Aos que acham que já devia estar tudo tratado e plantel fechado, dou só um 2 exemplos: 1- o clube A tem um jogador B extracomunitário emprestado e o lote desse contingente está completo, o jogador B deseja uma solução definitiva e o clube A precisa de dinheiro para contratar uma estrela de passaporte europeu; 2- o clube C está à espera de vender o jogador D, mas nenhuma proposta foi de encontro ao esperado pelo jogador. Há que saber distinguir entre o incompleto deliberado e não deliberado.

Até breve.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Até onde "deve" ir este novo Sporting?

Quando se define um projecto desportivo de raiz é primordial traçar metas a curto, médio e longo prazo. A segurança e solidez do projecto determinam que todos os movimentos ou acções sejam determinadas nos 3 tempos, o que queremos agora, o que queremos no ano seguinte e o que desejamos no ano depois desse. Quando vejo nomes como Trezeguet ou Nuno Gomes associados ao Sporting estremeço. Tenho dúvidas que sejam rentáveis hoje, tenho a certeza que não o serão no futuro.

Quando todos sabemos que a única solução do Sporting seria construir uma equipa para evoluir (não existiam verbas para mais do que isso) investir em jogadores que podem quanto muito fazer 1 boa época é irrazoável. Mais, é dar um tiro no pé no projecto. Ao ocupar lugares decisivos no plantel com jogadores “a curto prazo” está a boicotar-se a valorização de um outro activo mais jovem, mais propício às vendas milionárias que são o sustento dos 3 clubes grandes de Portugal.

Olhando para as aquisições deste ano, fica claro que o clube está a tentar fazer um 2 em 1: garantir soluções imediatas e preencher algumas lacunas do plantel com jovens promessas. Mas sejamos claros, não são (até agora) o tipo de jogadores que imediatamente transformem o Sporting num favorito ao título. Se grande parte dos jogadores contratados se revelar “melhor que encomenda” será graças ao colectivo que Domingos imporá, uma vez que não vejo nas nossas compras nenhum traço de génio ou valia extraordinária. Vejo competência e potencial, o que já é muito bom.

Árias, Carrilho, Wolfswinkel, Rinaudo e Turan são jovens promessas que ninguém sabe o que esperar. Onyewu, Rodriguez e Schaars são mais experientes mas não são primeiras linhas do futebol europeu. O sucesso do projecto do Sporting passa muito mais pela valorização do primeiro lote do que do segundo. Recomendo a qualquer adepto dos leões que não espere milagres nesta época, pois Domingos não é mágico e Freitas não descobriu petróleo. Um passo de cada vez.

O que esperamos para esta época é a formação de um bom colectivo, uma base forte, que devolva alguma dignidade aos adeptos, alguma aproximação aos 2 rivais. Nos anos seguintes seremos mais exigentes, mas para já gostava de ver o Sporting a ganhar mais do que 2 jogos consecutivos, a ganhar em casa, a mostrar boa preparação física e sobretudo com um bom futebol. Não é normal o melhor marcador do Sporting ficar-se pelos 7 golos, não é normal sofrer tantos golos de bolas paradas, não é normal descobrir a 5 jogos do final da Liga que Fernandez era o melhor marcador de cantos e livres.

Em termos de arranque, o Sporting não podia ter tido mais sorte. O Porto ficou sem o treinador “especial” e é provável que perca 1 ou 2 dos seus melhores jogadores. O Benfica afundou-se no caos da indecisão e desconfiança interna. O Braga reformulou quase uma nova equipa com um novo treinador. Nada nos garante que sejam sinónimos efectivos de fraqueza, mas que nivela um pouco os cenários é evidente.

Até breve.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Falta muito pouco?

Com a contratação da "torre" americana, ao plantel do Sporting só falta, pelas minhas contas, uma ala esquerdo, um ala direito e um avançado. Como o investimento em Wolfswinkel foi avultado e há Postiga compreendo que o nome do avançado seja mais humilde, fala-se de um búlgaro, mas nada existe de concreto. Quanto aos alas, um deles (ala esquerdo) deverá ser de valia garantida e outro uma boa promessa (Izma aparentemente está para jogar). Aguarda-se (sem Guardado) com água na boca quem serão os extremos com que Domingos inevitavelmente terá de contar.

Há quem reclame por mais um central de valor acrescentado, mas sinceramente vejo na escolha do "Matrix" a versão mais barata (possivelmente com valor desportivo próximo) de Alex Silva. Não que me fizesse rogado em aceitar um internacional argentino ou holandês, mas não creio que vá acontecer, a aposta em Polga deve ser revalidada, muito a contragosto de alguns bloggers que insistem no desvalorizar de um atleta como o campeão do mundo. Ao que parece nenhuma proposta chegou e então...nada como ficar com um jogador que é dos mais experientes do plantel. Hoje muitos dos que viam com bons olhos a partida de Tonel já estarão arrependidos dessa opinião face ao rendimento de Torsi e NAC.

Até breve.

Várias notas de interesse

A única explicação que encontro para o empréstimo de Salomão ao Depor que irá disputar a Liga Adelante é a que Guardado estará muito próximo de assinar pelo Sporting. Não é que ache que o mexicano seja mau jogador, bem pelo contrário, mas como já referi neste blog penso ser mais um pivot ofensivo que prefere o centro do terreno. Tal como Fernandez, tal como Valdés, Schaars ou Izmailov. Como é evidente é bom ter muitas soluções, mas não serão demasiados para o mesmo lugar. Não será a adaptação destes a extremos uma opção menos conseguida do que adquirir alas de origem?

O Vitória que me desculpe, mas 250 mil euros é muito dinheiro. Arranjem lá uma outra data para a vossa apresentação, com jeitinho (e o clube minhoto tem feito muitos nos últimos anos aos nossos rivais) a coisa acerta-se. A Juventus desta próxima época é um adversário de grande peso, cheio de novas contratações, espero que o Sporting também já tenha as suas por essa altura.

As promessas de campanha de GL continuam a ser desencaminhadas. Zahavi assinou com o Palermo, Wendt com o M´Gladbach, Bobo está prestes a assinar com o Grémio, Alex Silva com o Flamengo, Garay não sai do Real (entrando Varane e admitindo que Pepe, Ricardo Carvalho Albiol não saem…não sei…) e Jô está mais perto de assinar (mais uma vez) por um clube turco. Sobra Hugo Almeida e Rodriguez. Um assinou realmente e o outro desfez-se em elogios mais como um “não obrigado”. Não vem mal ao mundo, nem ao Sporting, desde que se encontrem outras soluções. As que já chegaram são muito interessantes mas não “acordaram” ainda o fervor dos adeptos.

Hulk, Falcão e Coentrão podem estar de saída. São tantas as notícias que deve existir alguma coisa no “ar”. Para já sabe-se que um dos melhores avançados argentinos (a jogar no país de origem) está de prevenção para entrar no Dragão e que Iturbe é craque para entrar aos poucos nos “sapatos” do brasileiro. Só não se sabe quem irá substituir o lateral esquerdo do Benfica. Queira Jesus que seja Drenthe. O ala holandês é tudo menos defesa esquerdo, o que ficou bem provado no Real Madrid. São novelas para acompanhar com muito interesse.

Se Nuno Gomes for para o Braga é a confirmação de que o clube minhoto é uma espécie de Recicle Bin dos 3 grandes. E com resultados.

Até breve.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Gestão de reforço

Carrilho, Wolfswinkel, Rinaudo custarão cerca de 8me (mais coisa menos coisa), Rodriguez, Arias, Onyewu e Turan assinam livres, mas a pergunta é: qual destes será titular? Claramente as últimas apostas de Freitas no mercado são para dar soluções alternativas, dois laterais promissores mas inexperientes, um central experiente mas apesar de corpanzudo é lento. Um ponta de lança holandês e um meia peruano com longo caminho pela frente....bem vistas as coisas apenas Rinaudo e Rodriguez são eventuais hipóteses para começar a época a fazer muitos minutos. Então e o resto?

Lugar a lugar, podemos constatar que a baliza é assunto encerrado, fora lesão ou quebra brutal de rendimento de Patrício.

A lateral direita é de Pereira e pelos vistos a esquerda será de Evaldo (Turan não estará à altura de passar de um Grenoble para titular do Sporting).

No centro da defesa Rodriguez e Onyewu renderão NAC e Torsiglieri, ficando por saber se chega alguém para o lugar de Polga. Carriço está seguro.

No meio campo defensivo desespera-se pela saída de Maniche, até porque Rinaudo estará por dias para ser apresentado. André Santos está de pedra e cal e pelos vistos não existe interesse em ceder Zapater. Sobra um lugar que pode ser de Pedro Mendes, mas ninguém garante que este ficará.

Nas alas há Izmailov e por enquanto Vukcevic, mas com tantas noticias que se produziram será até estranho ver o montenegrino mais um ano de leão ao peito. Certo é que nenhum ala foi adquirido. Guardado pode fazer a função, mas sinceramente é demasiado parecido com Fernandez ou Valdés, seria sempre uma adaptação forçada.

No meio campo ofensivo, os chilenos deverão dar garantias que bastem para não ter de adquirir ninguém, além de mais, Carrilho pode também fazer o lugar. Fernandez deve ser o dono.

No ataque já há 1 ponta de lança- Wolfswinkel e 2 falsos - Postiga e Djaló, falta obviamente mais um ponta de lança.

Das dezenas de milhões de euros que havia para gastar, apenas 1/3 já foi investido, para quando os "outros" nomes, os tais que vendem camisolas e gameboxes?

Até breve.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Engenharia e Ousadia

Na savana, os leões caçam em grupo, melhor dizer, as leoas (os machos são "policias" de território). A analogia transposta para o futebol é bastante válida. Para escolher melhor as "presas" durante o defeso será melhor que várias pessoas (com aptidões técnicas e financeiras) avalizem os negócios. Para que não se sucedam Pongolles, Grimis e Maniches tão depressa é necessário reunir 3 a 4 pessoas (não mais) que pesquisem, referenciem, sondem, negoceiem e fechem as melhores contratações segundo uma tríade de ouro (valor, potencial, rentabilidade).

Se Freitas, Domingos e Duque são peças fundamentais, na vertente desportiva, faltará um executor de experiência mais financeira, alguém que crie com alguma criatividade e geometria, o melhor preço e condições de pagamento para o clube. Hoje em dia é comum investir faseadamente num jogador. Dois exemplos: Hulk e Torsiglieri. O clube compra parte do passe do jogador sob uma cláusula que prevê o valor de aquisição total. Os direitos desportivos do jogador são cedidos parcialmente e por um período de tempo previsto. Dizem muitos bloggers que Ricky Alvarez é demasiado caro e inacessível ao Sporting. Será mesmo?

O Velez recusou uma transferência de 15me. Mas recusaria uma proposta de 8me por 50% do passe com o acordo de compra total por 18me ao final de dois anos? Reparem que é o mesmo clube de Torsiglieiri e a engenharia de transacção muito semelhante. É muito caro? Pois é. Mas investir 18me para poder receber 30me vale a pena e não tenho por garantido que a proposta do Arsenal fosse tão elevada. Existem muitos exemplos deste tipo de "riscos" no mercado. O Porto tem comprado a esmagadora maioria de grandes jogadores através deste sistema e digam lá que não tem compensado.

Já o Benfica, seguiu outro caminho, a meu ver menos arriscado e menos compensador. Sálvio e Reyes são demonstrativos de apostas em jogadores que precisavam de mais empenho. Resultado - os jogadores não ficaram no plantel apesar de terem sido bem sucedidos. No caso do espanhol o clube da Luz chegou mesmo a investir numa percentagem do passe, mas sem ter recebido nenhum direito desportivo, o que é o mesmo que "comprar" o empréstimo, semelhante ao que fez com o argentino.

Existem amplas possibilidades de ir buscar um jogador de valor elevado, é preciso é apostar com ambição e certeza, uma vez que serão negócios demasiado elevados para poder falhar. No caso de Ricky Alvarez, como noutros nomes (Quaresma, Garay, Savic) essa margem será sempre menor tendo em consideração o valor desportivo actual do atleta. Nada é impossível. Em tempos tivemos a ousadia de ir buscar um tal de Jardel ao Galatasaray e um João Pinto ao Benfica. Também foram caros. Deram-nos um título e uma taça.

Até breve.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Os nomes que não se falam

Aparentemente toda a gente já se esqueceu de Neira. Não sei se isso inclui Freitas, mas é estranho que um jogador internacional sub20 Argentino, em final de contrato, não tenha ainda assegurado a sua posição no mercado europeu. Seria certamente um avançado diferente para o Sporting, um jogador mais capaz de vaguear entre as alas, algo que Wolfswinkel e Postiga dificilmente farão e Djaló tarda em assegurar.

Outro nome que também desapareceu foi Ronald Vargas, o venezuelano maravilha das Bélgicas. Seria um bom extremo para o Sporting e foi com pena que o interesse murchou, ou assim o parece. Estes dois jogadores a que juntaria Savic completam um lote que distingo dos restantes "nomes" da imprensa. De facto estes 3 atletas são de enorme potencial e encaixariam maravilhosamente no Sporting, na Liga Portuguesa e no plano de rentabilização desportiva da SAD leonina.

Talvez sejam demasiado dispendiosos para a folha salarial que Duque pretende, mas ainda assim seriam 3 atletas que com um esforço adicional certamente vingariam numa transferência milionária mais tarde.

Até breve.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vitor quê?

Este não é um blog sobre a vida do FC Porto, mas é demasiado tentador não comentar a escolha de sucessão a Vilas Boas. Vítor Pereira, figura completamente secundária. Mais uma vez, Pinto da Costa confirma a minha ideia como talvez a sua. O Porto "parece" que não precisa de treinador. Primeiro porque quase todos têm sucesso, quase sempre à primeira, quase sempre pouco felizes depois de sair (António Oliveira, Fernando Santos, Jesualdo Ferreira, Co Adriaanse) à excepção de Mourinho nenhum dos treinadores mais recentes brilhou tão alto como nas Antas ou no Dragão.

Mas isso é uma ilusão. Ou VP é mesmo um sucessor à altura, ou não irão existir as diferenças enormes entre rivais como na época transacta. Sou-vos sincero, pensei que PC iria procurar um nome de prestigio no mercado europeu, um técnico à altura da fasquia colocada pelo sucesso de AVB. Mas não. Isso é bom. Ou melhor, pode ser bom, nada de facto nos garante a incapacidade deste novo técnico. Mas lá que é mais provável...

Até breve.

O verão começa assim...

1- O Porto perde o seu treinador. Imagino que o mercado nacional nada tem para oferecer, PC deve ter de recorrer a um técnico estrangeiro. Paulo Sérgio, Peseiro, Rijkaard, Van Basten estão disponíveis : )

2- O Benfica parece ter perdido a bússola, Rui Costa está desavindo, sucedem-se as contratações de "suplentes", Coentrão nunca mais vai, Drenthes e Garays nunca mais chegam...um plantel inteiro à espera de ser vendido, parece o Sporting das últimas duas épocas.

3- O Braga investiu em ilustres desconhecidos para refazer uma época, Ukra é o nome mais sonante o que quer dizer muita coisa.

4- O Guimarães está a fazer muito boas contratações, sem perder nenhum elemento fulcral do anterior plantel, vamos ter outro grande no Minho esta época.

5- O Sporting contrata um jogador por semana, Arias chegou e imagino que Gonçalves deve ser emprestado novamente. Rinaudo espera o fim da época argentina e muitos jogadores esperam colocação ou venda. Depois destes casos resolvidos, seguir-se-ão os grandes nomes para a época.

Até breve.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Money Talks, and Bullshit...

Confesso que se AVB for para o Chelsea "apenas" por 15 me ficarei surpreendido. Primeiro porque PC se fartou de dizer que o treinador não iria sair e depois porque o último disse não menos vezes exactamente o mesmo. 15 me é o que vale a vontade? Parece pouco, até em relação ao que o AVB conseguiu na última época. Dirão muitos que nunca um treinador foi adquirido por estes valores, mas cada cenário é válido apenas em si mesmo, as circunstâncias agora são bem diferentes...começando pelo substituto de AVB que ninguém imagina sequer uma hipótese.

Aos sportinguistas que manifestaram a sua aceitação a uma imaginária vinda de Nuno Gomes para o Sporting eu relembro que: 1- o Sporting não é um asilo de jogadores (já temos um Maniche, um Pedro Mendes e um Grimi); 2 - que o Nuno Gomes nunca será capaz de reproduzir o "efeito" João Pinto; 3- que prefiro 400.000 vezes o Postiga à "Maria Amélia"; 4- se Jesus colocou Nuno Gomes no banco durante 2 anos foi por alguma razão; 5- Não é coincidência o facto do ex-internacional português sair na mesma época que Mantorras.

Até breve.

domingo, 19 de junho de 2011

Títulos e "títulos"

Ver a massa de sportinguismo no Pavilhão de Loures a vibrar como vibrou, dava vontade de saltar do ecrã da RTP 2 para uma qualquer cadeira vazia (que eram poucas) do Paz e Amizade. De facto não houve muito do que do o nome do recinto ostenta durante o 3º jogo da final do Campeonato de Futsal. Assim mesmo são as rivalidades, vividas, levadas ao extremo o que nunca é recomendável. Felizmente ganhou o Sporting, felizmente só existiram algumas escaramuças.

Parabéns à equipa e ao treinador. Elevaram-se acima do que o clube de futebol de onze consegue ser, acima do que toda a imprensa “preparou”para este ano. Na hora da verdade viu-se que a melhor equipa e os melhores jogadores ainda moram em Alvalade, com ou sem Cardinal, com ou sem os Benfiquistas de coração “instantâneos”. A determinação da equipa foi sempre visível, mesmo em situações bastante adversas, o que foi quase regra nos 3 jogos da final.

Por falar em adversidades, a transmissão da RTP 2 não foi serviço público, foi uma manifestação pública de mau perder, onde já se viu transmitir uma final que podia atribuir um troféu sem dar imagens desse mesmo acontecimento. A Tourada podia ter esperado uns minutos, mesmo não tendo em conta os “shares”, a importância jornalística dos dois eventos é bem diferente. Talvez se a festa fosse doutra cor, o serviço “público”tivesse sido mais isento.

Parabéns também ao Hóquei pelo título conquistado, se é de um escalão inferior…quero lá saber, é um título. São vencedores.

Regra geral, as modalidades amadoras mantém a imagem de um Sporting competitivo. No andebol muito correu mal. As glórias recentes não tiveram continuação, mas espera-se uma reacção positiva.

No futebol, espera-se uma semana de confirmações e de algumas surpresas. Depois de Wofswinkel e Schaars já ninguém pode afirmar saber o que vai ser o próximo passo da tríade Freitas, Duque e Domingos. Se por um lado Árias e Rinaudo podem ser as estrelas dos próximos capítulos, paira a ideia que muito se resolverá nesta e na próxima semana, com algumas novidades importantes, que estou certo serem a estocada final na bola de cristal da imprensa.

Ao contrário de outros blogs, admito que não faço a mínima ideia de quem chegará ou de quem irá embora, mas sei de facto e é a única inconfidência que posso cometer, que existe uma confiança notória no departamento de futebol quanto ao que se vai desenrolar nos próximos dias. Uma confiança própria de quem já decidiu o que tinha de decidir e só espera que algumas peças soltas se encaixem, para avançar a todo-o-vapor para os alvos principais do defeso.

O cenário que mais temia nesta janela do mercado, já não irá acontecer. Falo da apatia ou incapacidade para “varrer” o mercado e ter várias soluções para o mesmo problema. No passado fomos lentos numa primeira fase e precipitados no final. Desta vez estamos mais assertivos no início para ser mais criteriosos nas escolhas finais. Quem fizer uma retrospectiva dos últimos defesos saberá exactamente a que me refiro.

Com títulos ou sem, queremos ver organização, confiança e melhorias, para já existem sinais das 3. Um dia de cada vez. É o meu lema.
Até breve.   

sábado, 18 de junho de 2011

E se...

...Moratti batesse à porta 10A com 15 milhões de euros para levar Domingos para o Inter? Então porque haveria de Pinto da Costa vender Vilas Boas? Para mim não há mistério...todos têm um preço e 15 me para o Porto não é o suficiente, mas 30,,,ou 35? Secalhar...

Não me venham com diferenças, a cultura do Porto, a paixão de Vilas Boas pelo projecto de ganhar a Liga dos Campeões. Sou o primeiro a tentar ver o futebol pelo seu lado mais mágico, mas sem inocências...essa idade acabou no Porto com a saída de Mourinho, com o Benfica há dois ou três anos e com o Sporting com a entrada desta nova direcção. Os bons valores pagam-se caro e quem o possui deve dar luta, não cedendo à primeira nem à décima oferta.

O Sporting vendeu Liedson, Moutinho e Veloso como se não existisse amanhã, como se tivesse chegado a um beco sem saída, onde a única opção seria vender pelo preço que outros deram e não pelo valor que exigíamos. A ser verdade, pode-se perguntar a que estado deixámos chegar o clube para aceitar 11me por Moutinho, 7me por Veloso e 1,5me por Liedson (todos internacionais portugueses)?

A resistência por Postiga, Djaló e Patricio pode indicar que no futuro só as mega-propostas serão aceites, ou pode indicar que o clube encontrou forma de não viver à beira do colapso de tesouraria, ambas são fundamentais para a evolução do clube.

Até breve.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Surpresas, Mistérios e Impaciência

Mais uma supresa. Schaars. O capitão do AZ. O homem que tem toda a estampa de um médio defensivo, mas é ofensivo. Resta saber se tão ofensivo como Fernandez ou mais box-to-box como Zapater. Seja como for, não consigo analisar a razão desta contratação, mais uma vez porque nunca vi o jogador a jogar. Está muito bem referenciado e tinha clubes como o PSV interessados. Mas é mais um mistério, a juntar a outros como Árias, Rinaudo, Carrilho e Wolfswinkel.

Isto de contratar jogadores “discretos” do mundo do futebol tem sempre dois lados, um mais optimista e racional que defende que se deve contratar um jogador pela sua valia técnica independente do nome, idade ou nacionalidade. Outro mais incerto, que é o começo do jogador da estaca zero, sem “bagagem” ou “rótulo” com menos margem de erro que outros jogadores já referenciados positivamente na memória dos adeptos sportinguistas.

Pela minha parte desejo que Freitas e Domingos vejam nestes reforços muito mais qualidade e rentabilidade desportiva que outras soluções mais “caseiras”. Que Carrilho seja muito melhor que Salomão, que Wolfswinkel seja muito melhor que Saleiro, que Rinaudo seja muito melhor que Adrien e que Schaars seja muito melhor que Renato Neto. Se o forem, o Sporting dará muitos passos acima na próxima época. Porque devemos ser optimistas (as reservas públicas serão só areia na engrenagem) e porque elegemos uma nova direcção que escolheu um novo treinador, devemos dar o tempo para que estes jogadores se imponham.

A Torsiglieri, NAC, Evaldo, Zapater e Valdês (as 5 contratações mais sonantes da última época) não lhes foi dado tempo algum e por muitos “opinion makers” exibem a marca de jogadores que são (não é o mesmo que “ficaram”) aquém do esperado. Vejo em todos eles potencial para representar o clube, vejo em todos competência para com a habituação ao clube e à sua dimensão dar mais à equipa. Se olharmos para outros “sucessos” como DiMaria, David Luiz, Falcão, Hulk, Liedson, Coentrão, veremos que muitas vezes o primeiro ano não é o melhor, mas com insistência e confiança os bons jogadores “devolvem” a aposta em talento, pontos e boas exibições.

As novas contratações serão assim tão melhores que as do ano anterior? Não deveríamos mudar o nosso paradigma de avaliação? Não vimos todos nós a subida de produção com a passagem de PS para Couceiro (e nem considero o último um grande treinador para clubes)? Não é demasiado fácil apontar o dedo a Evaldo e Zapater, acompanhando as “modas” da crítica jornalística? Quando tantos “cruxificavam” o lateral esquerdo nunca vi, pessoalmente as tão evidentes fraquezas e falhas apontadas.

Com Evaldo, ficou-me sempre a ideia de um lateral empenhadíssimo que queria atacar por vezes “delegando” o seu papel defensivo, muito ao género de Pereyra do Porto ou Fábio Coentrão do Benfica. Não tem a mesma técnica do segundo, nem o poder físico do primeiro, mas ainda assim tenho a certeza que com um enquadramento táctico colectivo correcto (que os dois laterais têm nas suas equipas) a época ter-lhe-ia corrido bem melhor. É só um exemplo dos equívocos de julgamento que afectaram a grande maioria das contratações feitas no ano anterior. Oxalá a visão de Domingos os detecte antes de o “público” os “queimar”.

Até breve.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A lista de Freitas

Ninguém conhece a lista de 150 jogadores de Freitas, mas a imprensa já anunciou mais de 77 jogadores desde que a nova direcção tomou posse. Hoje é dia 15 de Junho e faltam 2 meses e meio para fechar o mercado de transferências. O que quer dizer que a lista da imprensa será bastante maior que a de Freitas, tudo graças à imaginação e criatividade dos nossos jornalistas. Certamente que faltam nomes na lista (só vi no registo online da Bola, Record e Jogo) mas dá para ter uma ideia da margem de erro das noticias que lemos todos os dias. 

Fica o "apanhado".

GUARDA-REDES (2)
Artur Soares – Sp. Braga - Benfica
Frey - Fiorentina

CENTRAIS (12)
Rodriguez – Sp. Braga
Paulão – Sp. Braga
Alex Silva - Hamburgo
Geromel - Colónia
Garay – Real Madrid
Felipe - Fiorentina
Douglas – Twente
Savic - Partizan
Zé Castro - Coruña
Alexis Henriquez - Once Caldas
Semedo - Charlton
Marc Muniesa - Barcelona B

LATERAIS DIREITOS (1)
Árias – Equitad

LATERAIS ESQUERDOS (4)
Wendt – FC Copenhagen – B.M´Gladbach
Gilton Ribeiro - Joinville
Pablo Vergara - Banfield
Sarabia - Real Madrid

MEDIOS DEFENSIVOS (9)
Ralf - Corinthians
Manuel Fernandes - Valencia
Nicolas Colazo – Boca Juniors
Rinaudo - Gimnasia
Leroy Fer – Feyenoord
Kouyate – Standard Liege
Oriol Romeu - Barcelona B
Raphael Guerreiro - Caen
Felipe Seymour - U.Chile

EXTREMOS (16)
Ronald Vargas - FC Brugges
Enzo Perez – Estudiantes - Benfica
Quaresma - Besiktas
Felipe Guiterrez – U.Católica
Martinez – Velez
Zahavi – Happoel Telavive - Palermo
Wijnaldum – Feyenoord
Carrilho – Alianza Lima
Ninis - Panathinaikos
Augusto Fernandez - Velez
Sebastian Leto – Panathinaikos
Paulo Machado – Toulouse
Simão Sabrosa – Besiktas
Pedro Leon – Real Madrid
Kader Keita – All-Saad
Vladimir Weiss – Man City - Udinese

MEDIOS OFENSIVOS (13)
Paolo Hurtado - Alianza Lima
Edwin Cardona – Atl. Nacional
Guardado – Coruña
Hugo Viana – Sp. Braga
Alan – Sp. Braga
Usami - Osaka
Matias Cabrera – Montevideo
Witsel – Standard Liege
Bruno César – Corinthians - Benfica
Diego - Wolfsburg
Taraabt – QPR
Maxi Moralez – Velez
César Gonzalez - Huracan

AVANÇADOS (20)
Bobo - Besiktas
Hugo Almeida - Besiktas
Moreno – Once Caldas
Neira - Gimnasia
Lima – Sp. Braga
Kevin Gameiro – Lorient – PSG
Jô – Manchester City
Semih Senturk - Fenerbache
Kleber – Atl. Mineiro
Ribas – Génova
Erick Torres - Chivas
Elmander – Bolton - Galatasaray
Tulio de Melo – Lille
Christian Benteke - Malines
Wolfswinkel - Utrech
Johnatan Soriano – Barcelona B
Raul Iberbia – Estudiantes
Bas Dost – Hereeven
Tim Mavatz – Hereeven 
Irven Ávila – Sport Huancayo 

Até breve

terça-feira, 14 de junho de 2011

Um puzzle muito verde

As peças do puzzle são estas:

Patrício
Golas (regressa de empréstimo)
Baptista (regressa de empréstimo)
Hildebrand (cessa contrato)
Stojkovic (rescindiu contrato)
Tiago (renovou contrato)

Pereira
Gonçalves (regressa de empréstimo)
Pedro Silva (regressa de empréstimo)
Abel (cessa contrato)
Cedric
Evaldo
Grimi
André Marques (regressa de empréstimo)
Caneira
Torsiglieri
Mexer (regressa de empréstimo)
Pedro Mendes (regressa de empréstimo)
Polga
Carriço
NAC (rescindiu contrato)
Nuno Reis (regressa de empréstimo)

Pedro Mendes
Maniche (renovou automaticamente)
André Santos
Zapater
Adrien (regressa de empréstimo)
Zezinho
Pereirinha (regressa de empréstimo)
André Martins (regressa de empréstimo)
William Carvalho (regressa de empréstimo)
Tales (cessa empréstimo)
Renato Neto (regressa de empréstimo)
Vukcevic
Diogo Rosado (regressa de empréstimo)
Izmailov
Celsinho (emprestado)
Fernandez
Valdes
Salomão
Cristiano (cessa contrato)

Saleiro
Liedson (rescindiu contrato)
Pongolle (regressa de empréstimo)
Owuso (regressa de empréstimo)
Postiga
Djaló
Wilson Eduardo (regressa de empréstimo)
Rui Fonte (rescindiu contrato)
Purovic (regressa de empréstimo)
Balde (regressa de empréstimo)


21 Jogadores mantêm-se (até ver)
09 Jogadores cessaram ou rescindiram contrato
19 Jogadores regressam de empréstimo
03 Jogadores oficialmente contratados (Rodriguez, Carrilho, Wolfswinkel)
02 Jogadores com pré-acordos firmados (Arias e Rinaudo)

Resultado – Domingos e Freitas têm 44 jogadores nas suas mãos, fora mais contratações que ainda cheguem.
Do lote de 21 jogadores que ainda se mantêm do plantel anterior é quase evidente que Grimi, Caneira, Polga, Maniche, Vukcevic e Saleiro (6 jogadores) só ficarão caso muitas coisas corram mal. Bem como têm sido noticiadas as possibilidades de empréstimo de Cedric, Torsiglieri, Zezinho e Salomão (4 jogadores). Assumindo que ambos os lotes cumprem o destino anunciado serão menos 10 jogadores. Ficam Patrício, Pereira, Evaldo, Carriço, Pedro Mendes, André Santos, Izmailov, Fernandez, Valdes, Postiga e Djaló (11 jogadores).

Olhando a coisa por outro prisma, o dos jogadores que regressam de empréstimo, é mais do que óbvio que o clube não contará com alguns (Pedro Silva, André Marques, Mexer, Pongolle e Purovic – 5 jogadores) e precisará de voltar a emprestar muitos outros (Golas, Pedro Mendes, Nuno Reis, Adrien, Pereirinha, André Martins, William Carvalho, Renato Neto, Rosado, Owuso e Balde – 11 jogadores). Sobram 3 jogadores, Baptista, Gonçalves e Wilson Eduardo que podem de facto disputar uma vaga no plantel.

Ao todo a “vassourada” nos activos do futebol profissional pode eliminar 20 jogadores, mantendo outros 15 emprestados, somando aos 11 que ficam do plantel anterior os 3 regressados de empréstimo acima mencionados mais as contratações. O que não bate certo. 14 jogadores a somar às 5 aquisições já (supostamente) feitas dá 19. Um plantel terá sempre 25 ou 26 atletas. Faltam 6 contratações? Não acredito e como tal regressemos à lista de jogadores “à venda” e pode ser que encontremos a solução. Entre Polga, Vukcevic, Torsiglieri, Salomão ou Saleiro, um deles ou mais irão ficar. Isto partindo do principio que serão opções mais fortes que Nuno Reis, Adrien, Balde, Pereirinha ou…Bruma.

Nos próximos dias as peças vão encaixar e muito lentamente, entre saídas e entradas os sportinguistas irão, cada um, construir o seu puzzle. Espero que exista alguém que o saiba completar, e que essas pessoas estejam a ajudar Domingos a tomar as melhores decisões. Como podemos ver pela extensa lista de activos (4 onzes completos) é um quebra-cabeças difícil de resolver.

Até breve.

domingo, 12 de junho de 2011

Esboços

Com a chegada de Rinaudo (parece segura), Arias e João Gonçalves (ambos laterais direitos, mas o colombiano pode fazer de médio direito ou centro também) os reforços aumentam de peso. Especialmente o argentino vem dar opções que foram débeis no passado (lesões e castigos de Mendes e Maniche). Faltará agora a definição de: 1- centrais (Torsi está na calha para sair e NAC já foi colocado) sabendo que Carriço e Rodriguez serão para ficar. Polga pode fazer mais um ano, dependendo do mercado e das verbas gastas com outros sectores. 2 - O extremo que garanta uma posição de titular; 3- Um avançado que lute com Postiga e Van Wolfswinkel pela posição; 4- Um lateral esquerdo de qualidade assegurada.

Ainda falta muito é certo, mas mais do que as entradas, as saídas de Hildebrand, NAC, Torsi e Maniche, mais a manutenção de Tiago revelam a ideia por detrás do plantel de 2011/12. É interessante, mas será mais clara depois de resolver os dossiers de Vukcevic e especialmente de Saleiro e Salomão. Se nenhum ficar, revelará o grau de reforços que iremos ter, bem acima do que os últimos valem, se ficarem será sinal de algum "arrependimento" no investimento.

Não me choca que não venham Wendt, Bobo, Alex Silva, Garay ou qualquer outra promessa eleitoral, desde que sejam substituídos por alternativas de igual valor. Satisfaz-me jogadores da categoria de Rodriguez e Rinaudo, tenho mais dúvidas quanto a Arias, Wofswinkel ou Carrilho. Mas tenho dúvidas acima de tudo porque nunca os vi jogar, o que honestamente me torna inapto para julgar as suas transferências. Já Edwin Cardona, da mesma selecção de James e Arias, esse não engana, é jogador e será bem-vindo se Valdes acabar por sair.

Mas para já, fica uma nota positiva para o que está a ser feito, saiam rápido os que tiverem de sair, cheguem ainda mais rápido os que quiserem entrar. É hora de escolher os melhores e alguém que não quer vir para o Sporting dificilmente pode ser um bom reforço.

Até breve.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ninis ou Pongolle...ou o Paraíso!

Existiu um encontro entre alguém do Sporting e o empresário de Ninis. É um facto. A notícia está longe de apontar à contratação, mas sabem-se duas coisas, o Sporting precisa de alas de qualidade e o Panathinaikos de dinheiro e de um avançado. Freitas mereceria uma estátua se conseguisse fazer baixar o valor do internacional grego (de que sou fã desde que o vi jogar esta época na Champions) acrescentando Pongolle no negócio. Vamos ver no que dá este primeiro contacto, para já a coisa promete.

Até breve.

Éticas de defeso

Um internacional Brasileiro em final de contrato assina pelo Rentistas, um clube da 2ª divisão do Uruguai. É um passo excelente na sua carreira. Do Corinthians, monstro de São Paulo, para o Besiktas um dos maiores clubes da Turquia, segue-se agora a 2ª divisão no Uruguai. A ganância move-se por caminhos tortuosos. O jogador, Bobô está transformado num autêntico bobo, a soldo da avidez de dólares de Figger, o seu empresário…uruguaio.

Se o Sporting cobrir as exigências de Figger, é uma vergonha para o clube, uma vez que se torna cúmplice de um esquema completamente absurdo, que explora o valor de um atleta sem olhar a qualquer meio, verdade, ou transparência. A transferência de Rijkaard ainda hoje é uma mancha no orgulho dos leões, tenho a certeza que GL não quererá criar outra. Sempre vi Bobô como uma boa alternativa para o ataque de um clube como o nosso, especialmente quando isento de verba de transferência, agora, penso ser da mais pura sensatez procurar outras soluções.

Por falar em outras soluções, existem por estes dias alguns blogs de adeptos do Sporting que todos os dias “sugerem” possíveis transferências, através de rumores (que muito possivelmente só eles ouviram). Que autoridade teremos para criticar a imprensa quando fazemos exactamente o mesmo? Um blog é um reflexo de opinião, quando lido por dezenas ou centenas (alguns milhares) de adeptos todos os dias, tornam-se em “fazedores” de opinião. É uma responsabilidade subjectiva, mas não deixa de ser uma responsabilidade.

A liberdade de expressão está garantida na constituição, é um valor inalienável, mas acarreta também deveres, que nunca se devem subjugar à necessidade de visitas diárias, pois a possibilidade de ganhar algum dinheiro não deve interferir com um registo editorial moralmente aceitável. O “tiro ao reforço” tão usado pelos jornais desportivos é uma aberração do mercantilismo desportivo, sem nenhum critério ético jornalístico, o que dizer então da mesma atitude, quando se tratam de adeptos do próprio clube?

Alguma contenção é necessária. Em primeiro lugar e último, somos todos adeptos de um clube e isso dever-nos-ia “obrigar” a pensar se o que escrevemos ajuda ou piora essa relação. Sobretudo quando se exerce de alguma “criatividade” na “invenção” de notícias.

Até breve.   

terça-feira, 7 de junho de 2011

Abrir os olhos

Witsel, Guardado, Alex Silva, Garay, Rodriguez, Artur, Torres foram, estão ou serão negociados com Sporting e Benfica, por vezes um a seguir ao outro, por vezes simultaneamente. São demasiadas coincidências. A razão é simples: os empresários que trazem jogadores para Portugal são sempre os mesmos. Vendo a questão por outro prisma, as pesquisas dos clubes lisboetas são sempre “encomendadas” aos mesmos empresários.

Não existe de facto nenhum conflito de interesses, um jogador e o seu empresário são livres de negociar com clubes rivais e da mesma forma os clubes são livres de negociar jogadores seja qual for o “outro” clube interessado. O problema é a origem e o tipo de jogadores que tem vindo para Sporting e Benfica. Especialmente quando recrutados fora da nossa Liga.

O Benfica está atolhado de jovens brasileiros que não servem para coisa nenhuma, o Sporting apesar de variar nos mercados alvos também não tem sido muito feliz. Mais um facto curioso – sempre que o Benfica ou o Sporting estão realmente próximos de garantir um reforço interessante, o negócio falha e o atleta acaba no Porto. Alguns são públicos, outros nem por isso. Quem sabe do assunto garante que Helton, Álvaro Pereira, James Rodriguez, Falcão e Hulk foram negociados com o Benfica, Otamendi e Rubem Micael pelo Sporting.

O Porto saiu sempre a ganhar, muitas vezes (como vimos à pouco tempo com Djalma e Kleber) pagando menos que os rivais lisboetas. A inocência foi atroz durante anos. Digo “foi” porque penso ter acabado. A mesma coincidência de Sporting e Benfica disputarem os mesmos jogadores estende-se ao facto de o Porto não estar incluído. Isso prova que estão à procura de outros sectores de mercado, fugindo à malha (apetecia-me escrever outra coisa) de interesses do Porto.

Van Wolfswinkel, supreendeu o mercado nacional, acrescento os empresários também, pois foi à revelia destes que o negócio se concretizou rapidamente, sem questões complexas e no anonimato. Freitas move-se bem sem precisar dos Figgers e Mendes desta vida, ainda bem. O plantel agradece a vinda de outro tipo de profissionais, não contaminados pelas negociatas à portuguesa onde os clubes de Lisboa parecem “vendados” em contraste com a precisão milimétrica do seu rival nortenho.

A “guerra” dos defesos esteve inquinada durante demasiado tempo. Com Pinto da Costa a deixar as migalhas passar. Os empresários foram o “braço silencioso” desta operação. Digo foram porque acredito que finalmente abrimos os olhos. Finalmente.

Até breve. 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bastante diferente

Consideremos que Tales, Hildebrand, Cristiano e Caneira são jogadores há muito encaminhados para a saída. Juntemos o fim de contrato de Tiago e Abel sem renovação há vista. Somemos as já anunciadas despedidas de Torsiglieri, Polga, NAC, Grimi e Saleiro. Temos só aqui 11 jogadores. Mas continuemos no exercício. Cedric e Salomão serão para emprestar. Vukcevic e Pedro Mendes para vender. Já vamos em 15. Juntemos a urgente demissão de Maniche do seu “real” posto e teremos a soma fantástica de 16 jogadores.

Presumindo que serão todos ou quase todos substituídos, faltarão neste momento ao Sporting 13 jogadores. Se na baliza o assunto parece de fácil resolução, chamando 1 jogador de empréstimo e a ascensão de um ex-junior, na defesa falta ainda muita coisa.

Dos 4 centrais (excluo Caneira) apenas Carriço fica, o que quer dizer que com Rodriguez faltarão mais dois jogadores. Fala-se de Alex Silva, Garay, Zé Castro e Savic. Parece óbvio que uma das vagas estará aberta ao brasileiro, Castro não dá garantias, Garay pode estar de saída para o Benfica e Savic é demasiado caro. Existe portanto um nome que ainda não foi revelado na imprensa.

Nas laterais Pereira e Evaldo ficam no plantel. Mas ainda não têm concorrente directo. Fala-se de Árias e do regresso Gonçalves para a direita (ou vai para Braga). Falou-se muito de Went. Mas ao certo ainda nada existe para os dois lugares.

No meio campo espera-se e desespera-se por Rinaudo. O que a acontecer abrirá a porta para a saída de Pedro Mendes. André Santos e Zapater ficarão, não se sabendo o que sucederá com a promessa Zezinho. Maniche vai ser um osso duro de roer. Mesmo assim existe uma vaga para médio centro por colmatar.

Nas alas a coisa está mesmo difícil de entender. Izmailov é o único jogador do actual plantel que ficará apto para cumprir esse papel. Entretanto chegou Carrilho. Sobram duas vagas. Zahavi, Pedro Leon seriam sempre  boas apostas, mas...teremos de esperar mais um pouco.

Na função de pivot ofensivo, tudo parecia pacífico, mas ou a imprensa está a inventar largamente ou Domingos não morre de amores por Fernandez e Valdês, uma vez que continuam a dar os chilenos por transferíveis e muito substitutos como Cardona ou Hurtado para o lugar.

Para avançados o lote de Djaló, Postiga e Van Wofswinkel deve ficar fechado com mais um jogador, a tal vaga de Bobô ainda está em aberto. Mas para o caso da nega do brasileiro existe Torres, Ribas, e outros desconhecidos do futebol. Neira passou de "quase" a ausente, o que é pena. 

Uma coisa será certa. O plantel do próximo ano poucas ligações terá com o actual. Apenas Patrício, Pereira, Evaldo, Carriço, André Santos, Zapater, Fernandez, Valdês, Izmailov, Postiga e Djaló continuam. 11 jogadores. Pode-se até dizer que num onze o Sporting abrirá 6 vagas, dando de caras que Patrício, Pereira, André Santos, Izmailov e Fernandez seriam prováveis titulares.

Eis um onze possível na próxima época:
Patrício, Pereira, Wendt, Alex Silva, Carriço, Rinaudo, André Santos, Fernandez, Izmailov, Wolfswinkel e Pedro Leon.
Comparemos com o habitual desta:
Patrício, Pereira, Evaldo, Polga, Carriço, Maniche, André Santos, Valdês, Postiga, Djaló e Vukcevic.

É diferente. Bastante diferente.

Até breve.

O comércio de jogadores

Existem empresários de jogadores que procuram o melhor para os seus clientes e existem outros (a maioria) que procuram os melhores negócios para si próprios. O caso de Moreno é simbólico. De Lisboa para Tijuana e de um clube que luta por títulos para um clube que ascendeu à primeira divisão mexicana vai uma enorme distância. Não sei se no México Moreno vai ganhar o dinheiro que o seu empresário pediu ao Sporting, mas tenho por certo que o seu empresário vai evidentemente ganhar mais com o negócio.

Daqui por uns anos, senão agora mesmo, o colombiano deve estar a pensar se foi bem aconselhado neste passo da sua carreira. Hoje há mais uma notícia que dá conta da impaciência de Bobô com o seu empresário Figger. Ao que parece, o agente que deu um ultimato ao Sporting, recebeu agora outro, do seu próprio representado. O conteúdo do artigo releva que Figger anda pelo Brasil à procura de um clube que pague mais do que o Sporting, o que é estranho uma vez o jogador Brasileiro estaria satisfeito com a proposta e projecto leoninos.

Se a UEFA e a FIFA não começarem a preocupar-se mais com esta relação entre empresário e jogador, qualquer dia estamos de volta ao comércio de escravos, nem sempre a balança é justa entre a capacidade de um atleta saber o que é melhor para o seu futuro e a ganância do seu empresário. Se Moreno aceitou, Bobô já parece mais renitente. Os sacos azuis estão aí, as luvas começam a atingir proporções fabulosas e a verdade desportiva inquinada pela gestão mafiosa dos que querem ser mais “espertos” que os outros.

Até breve.

domingo, 5 de junho de 2011

Arautos da Desgraça

Para quem fala da "desgraça" da nossa Academia, da ausência de Ronaldos ou Figos desde a sua abertura em 2002 convém lembrar que Portugal não é o Brasil com milhares (bastantes) de praticantes federados. Fenómenos de descobrir "melhores jogadores do mundo" não acontecem todos os dias. Se acontecessem não era em Portugal. Isso não quer dizer que não saiam proveitos fantásticos de Alcochete.

Para os que profetizam o fim da época de ouro da nossa formação, recomendo um pouco mais de calma e paciência pois em breve pode ser que se arrepender das suas previsões. Jogadores como Cedric, Dier, Nuno Reis, Golas, André Santos, Rui Patricio, Tobias Figueiredo, Ricardo Esgaio, Zezinho, Betinho, Bruma, Tiago Ilori, vão ter uma palavra a dizer...já para não esquecer Moutinho e Veloso (podem chegar longe, apesar dos processos terem sido precipitados).

Até breve.

sábado, 4 de junho de 2011

Assim sim!

Devo confessar antes de mais, que a contratação de Van Wolfswinkel ao Utrech foi uma grande surpresa. Tinha quase por garantida a contratação de outro avançado, que joga em Portugal (bem conhecido de Domingos), mas ao que parece é sobre este jovem holandês que se depositam as apostas para substituir Liedson. Esta contratação tem uma carga simbólica que convém realçar.

Parece claro que Duque, Freitas e Domingos planeiam uma equipa para 2 ou 3 anos. Assim se explica uma aposta tão forte num jogador que aos 22 anos tem muito potencial, mas não é ainda nenhum “peso pesado”, faltando amadurecer muitas áreas do seu jogo. Todavia é, a meu ver uma excelente aposta do Sporting, porque:

1-      Aos 22 anos já é um dos melhores avançados holandeses.
2-      Estaria na eminência de transitar para um clube grande europeu
3-      Está nos planos da Selecção A Holandesa
4-      Advém de um país que é uma autêntica escola de goleadores
5-      É bem conhecido o seu rigor profissional, ambição e descrição fora dos relvados
6-      Embora com um passe de valor elevado não atinge nem por sombras a fasquia de 400 mil euros de salário (um tal de Moreno achou pouco e foi para Tijuana)

Mas a melhor garantia que este holandês (que já afirmou que não gostaria que o tratassem por Ricky) Wolfswinkel…vamos ter que nos habituar…é a sua capacidade goleadora que ficou bem patente mesmo jogando numa equipa muito mediana como é o Utrech na Eredivise. Aliás os 5.4me que o Sporting investiu nele serão (dentro da normalidade) fáceis de ver multiplicados. Não será um jogador para marcar mais de 10 ou 12 golos numa primeira época (já nem a isso estamos acostumados), mas depois de feita a habituação ao jogo português, poderá render muito mais.

A contratação revela ambição, vontade de incorrer em riscos, visão e espírito de construção. O que me alegra. Penso que este é o caminho mais viável – a aposta em valores jovens, com enorme potencial, de espírito combativo e ambicioso, espectáveis de marcar presença em grandes torneios de selecções. Valorizáveis porque são bons, rentáveis porque crescerão normalmente.

A imprensa volta agora atenções para outros sectores, Castro é apontado a Alvalade. Há uns 4 anos diria que era um investimento tão bom como o que fizemos como o avançado holandês. Hoje trata-se de um central ainda jovem, mas com um potencial estagnado por lesões, más opções de carreira, fragilizado com épocas no banco. Num Corunha paupérrimo nunca conseguiu encontrar a titularidade o que prova o estado lastimoso em que o jogador se encontra, quando tantos lhe destinaram voos bem maiores. Na minha opinião será um investimento de elevado risco, ao contrário do que seria apostar em Nuno Reis ou manter Nuno André Coelho.

Interessa dizer que dos 15 milhões (mais coisa menos coisa) que o Sporting terá para gastar este ano em passes, um terço já está alienado, sobrando 10me que se devem concentrar na compra de um central e de um médio ala. Outro avançado, lateral esquerdo e central virão de outra via, a tal do fim de contrato. Sobram Zahavi e Rinaudo que esperam a venda de Pongolle, P.Mendes ou Vukcevic.

Até breve.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Leão ou Lebre?

Esta é nova. Nos últimos dois anos temos visto e ouvido de tudo no Sporting, mas nada que se parecesse com as declarações do empresário de Alex Silva e Bobô. O agente dá através dos jornais e rádios um autêntico ultimato ao Sporting para se decidir se quer os jogadores ou não pelo preço que o mesmo propõe. Este novo paradigma de comunicação através da imprensa, ainda por cima insolente e indiscreta, não pode deixar se ser encarado como uma “pedra” grande demais no sapato da nossa dignidade.

Gostaria de imaginar Figger a dizer o mesmo a Pinto da Costa sobre algum jogador sondado para ir para o Porto, mas não consigo, talvez porque nunca aconteceu e talvez porque se acontecesse saberíamos muito bem que nunca mais colocaria um atleta no Dragão. Há quem não dê muita importância a estes “braços de ferro” mediáticos, mas na minha opinião o respeito conquista-se nesse mesmo terreno, talvez fazendo o que Freitas fez ao agente de Moreno – “Um muito obrigado e até sempre.” Se eu fosse GL, daria instruções imediatas para cancelar o negócio como o avançado do Besiktas e o defesa do Hamburgo, melhor, responderia à proposta do empresário baixando a última feita pelo Sporting.

Nenhum jogador merece que percamos a face no mercado, na imprensa, aos olhos dos nossos adeptos e como tal Figger deve pagar um preço pela exposição que decidiu dar a conversas privadas. O Bobô que vá para o Atlético de Madrid e o Alex Silva que vá para o Benfica. Ficaram muito bem entregues. Talvez seja isso mesmo que o agente sempre quis, usando o Sporting como “lebre” para alimentar outros negócios.

Até breve. 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Tique- taque

Está difícil entender onde vão parar os 30 milhões para investir na equipa. Por mais declarações de GL a clamar que tudo está bem, não posso deixar de notar que já entrámos no mês de Junho e apenas Carrilho (1.2me) e Rodriguez em fim de contrato entraram no clube. Eu não tenho pressa, por mim podem chegar todos no 1º dia de estágio, mas nem o mercado nem a preparação do plantel podem esperar tanto tempo.

Está-se a ter demasiada "tranquilidade" nas decisões, o que das duas uma: ou Freitas tem a coisa tão bem feita que uma destas semanas apresenta 8 jogadores na sala de imprensa ou (e temo que esta seja a mais real) estamos mais uma vez sentados à espera que nos "livrem" de certos jogadores para ir ao mercado. Tenho por garantido que esta direcção se apercebeu do descalabro que foram os últimos dois defesos, com o clube a ir ao mercado quando já não havia opções e a "despachar" jogadores como Tonel a custo zero.

Onde pairam os milhões, os Wendts, os Bobos, os Alex Silvas? Depois de meses a "negociar" esperamos agora vencer as propostas dos clubes da Premier League, da Serie A, da Liga BBVA, da Bundesliga? Pois não. Olhemos então para Ribas, Arias e outros do género, uma coisa é certa, já não há nenhum miúdo colombiano ou peruano que não conheça o Sporting. Fama sem proveito. Onde estão as "pedras base de um plantel ganhador"? Onde está a "massa" para Domingos "amassar"? Vamos queimar mais um treinador? Mais uns jogadores? Mais uma época? Quando é que os Caneiras, Maniches e Saleiros saem de uma vez por todas?

Tanto trabalho para fazer e relógio está a contar...tique...taque...

Até breve.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Problema ou Desafio?

Não é um mistério, não é um caso, não é um paradoxo, não é nada daquilo que se escreve na imprensa como um “grande problema”. Estou a falar na queda de espectadores em Alvalade. O “monstro” da dissolução do clube é uma tragédia que a imprensa adora narrar de tempos a tempos. Depois, numa qualquer boa época, o clube ressurge e diz-se em letras garrafais que o leão está vivo, ou que acordou.

Como qualquer Fénix, o Sporting morre e ressuscita constantemente nos jornais. O verdadeiro problema do Sporting chama-se futebol. Não há nenhum problema com a afectividade dos adeptos, nada está “doente” no sportinguismo. Apenas não há equipa.
Um adepto apoia a equipa quando se sente ligado à mesma. Qual será a percentagem de sportinguistas que nos últimos 10 anos se sentiu realmente identificado com os dirigentes, jogadores, treinadores ou tipo de jogo praticado?

As sucessivas equipas de Paulo Bento, Carvalhal e Paulo Sérgio, têm apesar de diferentes resultados, apresentado um futebol pobre, sem génio, sem criatividade, isto quando não é completamente humilhante ou ausente. Portugal não é a Inglaterra, onde o apoio ao clube é incondicional, onde se aplaudem os adversários, onde por pior que esteja a equipa existe sempre empenho e vontade de marcar golos. Em Portugal, tal como na maioria dos países latinos, estar na mó de baixo significa sempre perder a presença dos adeptos.

Isso não quer dizer que tenham deixado de existir, ou que não regressem. Mas apenas um factor irá permitir voltar a encher as bancadas de Alvalade: o espectáculo. Para existir um verdadeiro espectáculo de futebol têm de acontecer duas coisas, a fé na equipa e o bom desempenho da mesma. Estão interligadas mas depois de anos a fio a ver maus jogos, derrotas, contestação, treinadores sem ideias, jogadores sem paixão, presidentes mudos, o adepto sportinguista é um apoiante desconfiado e descrente.

Não sei se ninguém já reparou que quando a equipa faz dois ou três bons jogos e existe a esperança de afastar os fantasmas das péssimas exibições, os adeptos comparecem em massa. Pena que seja difícil nos últimos anos encontrar grandes registos de vitórias ou excelentes exibições em jogos consecutivos. Aqui tem residido o grande problema. Não será fácil resolvê-lo, mas também não é nada do outro mundo encontrar num clube como o Sporting soluções que permitam mudar o paradigma de “coitadinho” para algo mais motivador de apoio.

Está nas mãos de Domingos, Duque, Freitas e GL permitir que a ambição racional opere as mudanças que tanto se clamaram na campanha eleitoral e por uma vez construir uma verdadeira e competitiva equipa de futebol. Os adeptos leoninos saberão reconhece-la.

Até breve.