sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Organização

Costumava ser um clássico ver o plantel leonino ser fechado já em plena Liga, em oposição ao Porto que muito cedo resolvia as suas trocas. O Benfica nesta matéria não serve de exemplo, a pressão mediática sempre levou as águias a excessos de última hora.

Este ano porém é o Sporting o campeão do "despacho". Apenas existem 3 casos por resolver. Onyewu, Pongolle e Bojinov. Idealmente seriam 3 vendas, mas a desvalorização do francês e o elevado ordenado do norte-americano impedem que as saídas apareçam com naturalidade. O búlgaro tem mercado, mas os interessados jogam com o tempo e com a declarada postura do Sporting que nem sequer integrou o jogador nos trabalhos da pré-época (algo que deveria ter feito nem que fosse para criar dúvida nos compradores).

Se são casos complicados, não se comparam (em quantidade) aos que Porto e Benfica têm ainda por resolver. Num caso e noutro são mais de uma dezena de jogadores à espera de decisão, ou seja, qual o clube e contrato que vão ter pela frente. Em crise impera a lógica de rentabilizar recursos e apesar de se esperar dinheiro como moeda de troca, estes cedidos dificilmente encontrarão melhor que um empréstimo sem participação no ordenado e muitos deles sem cláusula de rescisão.

Com o surgir das equipas B, é impensável aos grandes continuar a gastar para alimentar o sucesso desportivo de outros clubes, ainda por mais agora que grandes empresários portugueses encontram bons clubes em ligas competitivas para fazer crescer jogadores. Arrisco a dizer que a medida de proibir empréstimos entre clubes da mesma divisão, não só era fantástica para o controle financeiro como é essencial para a verdade desportiva. Apenas a intransigência de Benfica e Porto impediu o avanço desta medida, e todos sabemos porquê. Clubes como Paços de Ferreira, V. Setubal ou Olhanense minguam por atletas até à última da hora e Dragões e Águias costumam fazer-lhes o favor. Desconhece-se o que os "pequenos" dão em troca. Não será concerteza a valorização do jogador, pois se fosse essa a razão haveria outros clubes (espanhóis, franceses, brasileiros, holandeses, belgas, gregos. etc) que o fariam muito melhor.

Para sermos justos temos de dar os parabéns aos responsáveis leoninos, pois o plantel parece fechado (permanece a dúvida sobre o lateral direito e a permanência de Izmailov, embora sejam assuntos sem eco nas declarações do departamento de futebol) e competente em soluções.

Até breve

1 comentário:

  1. Gostei do que li e subscrevo inteiramente. Oxalá Carlos Freitas consiga resolver os imbróglios que sobraram. Mas, de uma maneira ou outra, com vantagens ou com custos, os 25 parecem isolados das confusões e isso é bom.
    Agora só falta Sá Pinto meter naquelas cabecinhas que têm que entrar a matar e nunca perder a embalagem. Aplaudiremos se assim for.

    SL

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