terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Bruno Alves, nem fumo nem fogo


Por todas as contratações possíveis a de Bruno Alves seria para mim a pior. Não porque seja um jogador de que não precisamos, mas porque é do género de investimento que não podemos fazer. Comprar o passe não é uma opção. O Zenit nunca venderá um internacional A (agora ainda mais titular da Selecção depois do castigo de Ricardo Carvalho) por menos de 4 ou 5 milhões de euros (pagou 22) mesmo que já tenha 30 anos. E para os leões essa é uma verba impensável, primeiro porque nenhum fundo de jogadores participará na operação e depois porque será uma verba com retorno impossível, pelo menos financeiro.

Como em tantos outros casos estamos perante uma verdadeira “contra-informação”. Parece mentira mas quando saltam estes nomes para as páginas de jornais e rádios ninguém se dê ao trabalho de ver a lógica leonina de investimento esta época. Já aqui escrevi neste blog que o Sporting tem um parametro bastante claro na politica de aquisições esta época. Fora os jogadores em fim de contrato, Freitas e Duque apenas investiram em jogadores com idade limite de 25/26/27 anos e mesmo esses já com algumas garantias de possível retorno.

Bruno Alves terá por sua vez um ordenado bastante acima do que se pratica em Portugal e mesmo que aceite baixar até 30% esse valor, continuará a ser uma mensalidade desenquadrada do resto do plantel. Entende-se a necessidade de jogar e ser visto a jogar, com o Euro à porta não convém perder o ritmo de jogo e o Sporting de Domingos (mesmo com a impossibilidade de disputar a Liga Europa) garante pelo menos 3 provas nacionais onde competir.

Essa também é uma nota negativa para o Sporting neste negócio. Face às lesões no centro da defesa, ter mais um jogador (a somar a Elias) que não pode participar na Liga Europa não deixa de ser uma nota importante, claro que será sempre dificil adquir um jogador de peso que tenha essa vantagem. Apenas no mercado sul-americano os leões encontrarão bons jogadores sem cadastro nesta edição das provas europeias. E mais não digo.

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