sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Zurich e Soluções


Previa-se um jogo de dificuldade mais reduzida e foi isso mesmo que aconteceu. É verdade que já não há jogos fáceis, qualquer equipa razoável que conte com a passividade de uma formação superior pode arrancar uma surpresa. Isso foi válido para o Vaslui, era válido para o Zurich e será também para o Belenenses. Mesmo com muitas ausências (Patrício, Rodriguez, Rinaudo, Elias, Fernandez, Carrilho, Jeffren e Izmailov) o Sporting entrou em campo com a firme disposição de resolver o jogo cedo. E foi mais ou menos aproximando esse desígnio, até que Wolfswinkel materializou o caudal ofensivo numa bola dentro das redes. Muitos outros ficaram por marcar, até que Bojinov fechou o jogo, sem grande história para contar.

Ressalta à vista a solução André Martins, Boeck e Bojinov, já Pereirinha e Rubio fizeram sempre tudo bem menos…ser eficaz. Será talvez injusto pedir mais neste tipo de partidas, especialmente quando o resto da equipa já está a “arrumar” a loja. Mas nesta época vai ser assim, o nível de exigência está bem mais elevado e espera-se de um suplente o mesmo dos titulares. A Boeck grandes defesas, a Carriço uma permanente movimentação e pressão sobre o portador da bola, a Pereirinha grandes arrancadas e assistências para golo, a Rubio bolas no fundo da baliza. Se não o fizerem não estarão tão cedo nas escolhas do treinador. É a eficácia.

Primeiro lugar alcançado num grupo acessível. O último jogo em Itália será para cumprir calendário e dar minutos aos menos usados, se é que isso ainda é possível de conjecturar. Com 8 a 9 lesionados por partida, algum castigo ou impedimento (Elias na Europa por exemplo) o plantel de 27 jogadores fica facilmente com 17 ou 18 disponíveis, precisamente o número que pode constar da ficha de jogo. Essa é uma questão que não está em vias de ser resolvida, continuam a surgir muitas lesões musculares e nem se pode dizer que seja por intensa utilização, o plantel tem rodado permanentemente…graças às lesões.

Como não se pode garantir que estes surtos desapareçam magicamente, deve-se encarar Janeiro como uma oportunidade única de cobrir algumas lacunas da equipa. Já todos o afirmaram e parece quase óbvio o que se tem de fazer. Um central, um médio defensivo e um ala direito. Um central porque Onyewu, Rodriguez e Polga já deram provas de grande propensão para lesões e Carriço está a ser chamado a vário papéis na equipa. Um médio defensivo porque Rinaudo só regressa em Fevereiro (com condição plena talvez em Março) e André Santos tarda em afirmar-se como 6, André Martins e Carriço são adaptações. Um ala direito porque mesmo com Jeffren recuperado, à excepção de Pereirinha e Carrilho (soluções de recurso), não há um dextro para flanquear e Izmailov traz mais dúvidas que certezas na sua utilização.

Não sou ingénuo. Sei perfeitamente que o Sporting não contratará 3 jogadores em Janeiro. Pelo menos não gastará o mesmo que por exemplo fez com Capel, Jeffren, Elias, Wolfswinkel ou Bojinov. Esses foram investimentos prioritários que dificilmente poderemos ver repetidos no mercado de inverno. Acredito sim numa ordem de prioridades, onde provavelmente a questão do médio defensivo terá ultrapassado a do central desde que Rinaudo se lesionou (ainda ninguém conseguirá prever se o Argentino terá um resto de época ao nível do seu início). De qualquer forma é certo que o plantel tem de crescer em número, por cada vez que se chama um júnior aos 18 convocados é uma prova de falta de soluções no plantel principal, mais do que uma opção para motivar ou iniciar jogadores da formação.

Até breve.

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