sábado, 13 de outubro de 2012

A inconclusão

Só há uma ilação possível retirada da não nomeação até agora de um treinador para a equipa de futebol do Sporting e ela é:

Entre o que o Sporting quer e necessita e o que isso custa no mercado há uma diferença intransponível.

A suportar os salários de duas equipas técnicas desactivadas, deve ser extenuante procurar um candidato com provas dadas de competência com meia dúzia de tostões. Não há treinadores a custo zero, nem homens dispostos a "pesadelos desportivos" quando podem prosseguir carreiras tranquilas em clubes com estabilidade competitiva e financeira.

O que já foi vendido como ponderação, reflexão, estudo, pesquisa ou concertação não passa, para mim, de conjuntos de ideias e palavras que escondem a realidade do que não se fala. O Sporting não tem dinheiro para treinadores de top. Porque não há investidores nem fundos para "apoiar" o empenho financeiro. Porque não há agentes sequiosos de colocar treinadores na "montra" leonina. Porque nenhum treinador ganha ao golo ou à vitória.

O número de técnicos que poderá ajudar o Sporting neste momento reduz-se provavelmente a umas 30 ou 40 pessoas (cálculo optimista). Destes, 90% estão a trabalhar em pleno nos clubes com quem mantêm contrato. Os outros 10% estão já a preparar terreno para destinos mais atraentes que a Liga Portuguesa, com uma expectativa salarial que supera 5 vezes o que Domingos recebe no Sporting.

É definitivamente para esquecer a primeira escolha. Este iato de mais de uma semana, na minha opinião, marca definitivamente uma mudança de perspectiva. Entrámos provavelmente há dias, no percorrer de uma segunda divisão de técnicos. Uns pela inexperiência, outros por insucesso recente, é nestes perfis que Carlos Freitas encontrará o próximo treinador.

Perante isto, fica difícil de entender o que ganhará a equipa com a mudança. De entender como é que justificará o despedimento de Sá Pinto.Da desilusão de perder um técnico muito promissor (Domingos), de perder um "herói" da casa (Sá Pinto) irá nascer uma nova imagem, um perfil divergente. Mas será melhor? Será mais competente?

Para já não parece que estejamos a ir de encontro a uma resolução eficaz. Isso pagar-se-á a seu tempo.

Até breve.

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