sábado, 7 de janeiro de 2012

5 Notas de um Violino

Clássico em Alvalade. Uma oportunidade única de relançar a equipa e abrir o optimismo necessário para os desafios que se avizinham. O Porto deste ano não é a máquina de Vilas Boas, está muitos furos abaixo, a um nível muito mais acessível. Concentração é palavra chave. Bolas paradas e o critério disciplinar do árbitro são as zonas de perigo deste jogo e evitar cometer erros nestes campos é dar passos muito certos para poder vencer a partida. Uma das grandes lacunas deste Porto é a fragilidade da defesa pelas alas e a recuperação defensiva, cabe a Capel e por exemplo a Elias explorar ao máximo as bolas rápidas.

Ter Izmailov, Rodriguez e Matias de volta é muito mais do que ter 3 jogadores aptos. São jogadores muito acima da média e principalmente o russo e o chileno decidem partidas com alguma regularidade. Além disso são atletas valiosos, muito bem pagos, que convém que devolvam em golos e vitórias aquilo que o clube e adeptos lhes dão. Idolatrar um jogador lesionado é matéria de fé e o Sporting não pode ser uma Igreja. Faltará Jeffren e Rinaudo, tudo a seu tempo.

O mercado funcionou em Alvalade. Entraram 3 jogadores, não saiu ninguém. Xandão, Neto e Ribas não são propriamente vedetas, mas são atletas com grande margem de progressão.
O brasileiro vindo do S.Paulo já teve grandes períodos em "alta" no futebol sul-americano e apesar do apagamento recente é visto pelo mercado do futebol como um "prospect" interessante. A cláusula que tem é bastante acessível para aquilo que pode dar à nossa defesa, sobretudo no jogo aéreo e marcação individual. Neto é dos jogadores da formação que melhor fez a transição para os séniores. Brilhou na Bélgica, ao lado de Nuno Reis (outro sucesso) e pode em Alvalade fazer muitas partidas menos importantes em várias posições no meio-campo. Ribas é uma paixão antiga do Sporting e veremos se o "casamento" dá frutos. Acima de tudo é uma alternativa ao apagamento (normal) de Wolfswinkel e à dificuldade de Bojinov em agarrar um lugar (menos normal).

Djaló e Enzo Pérez, duas realidades estranhas no mercado do futebol. Se Djaló acabar no Porto isso é algo que escapa ao Sporting, os leões nunca poderiam receber o jogador de volta, isso daria argumentos à causa perdida do Nice. Assim deixemos Pinto da Costa fazer mais um número de reciclagem, é apenas mais um Varela, mais um Sokota, mais um Panduru. Muito peculiar a tardia decisão da UEFA em forçar o Nice a pagar Djaló ao Sporting, espero que não se faça jurisprudência europeia neste caso, era só o que nos faltava...já somos os "exemplos" em Portugal e isso chega-nos.
Enzo está a fazer na Luz, aquilo que Moutinho fez em Alvalade. Era bom que se definissem limites para o não profissionalismo de alguns atletas mimados que acham que o dinheiro e os contratos são meras formalidades.

A notícia do Público sobre a decoração do túnel de Alvalade é impressionante. Impressiona pela ousadia de afrontar o clube com acusações de "promoção de atitudes de violência" e reparem que estamos a falar de fotografias numa zona privada do Estádio. Nunca vi o Público tão veemente a apontar o dedo a outras "promoções de atitudes de violência" bem mais reais, físicas ou verbais, de outros clubes portugueses. Não penso que deve merecer processo jurídico, mas tão cedo não deveriam entrar nas nossas instalações jornalistas credenciados por esse OCS. Demorou ao jornal 4 meses para se lembrar de publicar esta notícia. Se porventura se lembrasse de investigar as ligações entre a direcção portista, a direcção da claque do Porto e o envolvimento de ambos em actividades que "promovem atitudes de violência" tinham muito mais para escrever do que imaginam.

Até breve.


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