quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A previsão possível

Na época 2010/11 Paulo Sérgio conseguiu 4 vitórias seguidas (Estoril, Gent, Rio Ave e Leiria) na anterior, 2009/10 Paulo Bento conseguira 7 (Naval, Braga, Leixões, Leiria, Nacional, Mafra e Trofense). Este ano Domingos já conseguiu 3 (P.Ferreira, Zurich e Rio Ave) e seguem-se Setúbal e Lázio em casa. Depois de 1 derrota, 3 empates e 3 vitórias, o Sporting tem agora um desafio duplo em casa que deve aproveitar para eliminar o estigma dos maus resultados caseiros.

A irregularidade da equipa não dá ainda para encarar nenhum encontro com a tranquilidade e a normalidade que se deseja, mas se por vitórias se traduzirem os próximos jogos, ela estará bem mais perto. Os níveis de confiança melhoram e já existe um grupo de jogadores com ritmo adequado. A questão centrar-se-á na resolução dos problemas defensivos, que estão na ordem da mesa, sobretudo depois de sofrer 3 golos do Marítimo, 2 do Paços de Ferreira e 2 do Rio Ave. A equipa (não a defesa somente) é bastante permeável mesmo contra adversários com pouca vocação atacante.

Nota-se que Domingos tem tentado mexer o menos possível na retaguarda, que estabilizou em Pereira - Ínsua nas laterais e Rodriguez – Onyewu no centro. Costuma-se dizer que em equipa que ganha não se mexe, mas é evidente que mesmo estes 4 têm tido dificuldades para operar um bloco sólido e seguro. Acrescem os últimos desempenhos de Patrício, que embora não tenham custado qualquer ponto à equipa (bem pelo contrário), exibem um nervosismo já pouco habitual no jogador.

Será uma questão de tempo até que assente a operacionalidade defensiva?

Estranhamente Pereirinha e Carrilho têm sido usados, muito por culpa da saída de Djaló e a lesão de Izmailov e Jeffren. Quando o espanhol regressar à equipa é quase certo que um deles regressará a um papel mais secundário, mas de qualquer forma é um sinal de que Domingos conta com todos, mesmo Aguiar e Fernandez que regressam de lesão. O plantel parece capaz, este ano, de dar muitas soluções ao treinador e suplantar ausências de jogadores importantes.

O que falta mesmo é segurar a equipa num caminho de vitórias. Para os adeptos e para os próprios jogadores é importante definir um patamar mínimo de 75% de vitórias, ou seja, afirmar com vitórias o estatuto de “grande”, tornando a camisola verde-e-branca numa malha intimidadora para os adversários. Ainda estamos longe desse lugar, mas para já uma coisa é certa, para o bem e para o mal, não dá para fiar neste Sporting. O Sporting tanto marca de rajada, como sofre de rajada.

A imprevisibilidade é o melhor trunfo que temos, esperemos por um futuro previsivelmente mais saudável.

Até breve.

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