segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Estado de espírito

Tenho pena de não poder ter estado em Alvalade, vi a segunda parte na TV e só posso dizer que este resultado é bastante motivador para os jogadores (já lá vamos), a exibição um presente para os adeptos e a festa nas bancadas o melhor anúncio publicitário para o sucesso do aumento das receitas desta época.

Apesar da força do adversário parecer ser bastante aquém do nível médio da 1ª Liga, não deixa de ser verdade que outros Sportings bem recentes teriam dificuldade de ultrapassar a bem organizada formação Gilista. Mas este é outro Leão, rejuvenescido, confiante e que gosta de jogar bom futebol super-concentrado nos golos. Não há floreados, nem lateralizações, tudo é feito para desenhar linhas de tiro à baliza. Quando Jeffren entrar na ala direita (ou esquerda em rotação com Capel) ao seu melhor nível, esta equipa será um puzzle para as defesas adversárias.

Bons alas, suportados por laterais que sabem subir. Médios com visão, passe e remate de meia distância. Um ponta de lança que joga bem em qualquer função de área. Alas que abrem o campo e fixam laterais opositores, de onde vem o maior perigo? Ninguém sabe e Paulo Alves falhou rotundamente ao fixar os centrais na missão de estancar Wolfs.

Uma palavra a Carriço e Polga. Quem lê este blog sabe o que já escrevi (não me vou repetir) sobre os síndromas de "patinho feio". Espero que alguns "opinadores" compreendam finalmente que todos os jogadores são importantes. Todos podem ajudar. Nas últimas duas partidas foram Evaldo e Carriço que inauguraram o marcador, ainda bem que Domingos é o treinador que é e vem bem mais do que os "apontadores de dedos".

Gostaria de dar os parabéns ao scout que apostou na aquisição de Carrilho. Hoje teve dois momentos só possíveis a um jovem de grande talento, o internacional Peruano é de uma classe diferente, das que reinventam futebol, a última vez que tive esta sensação com um jogador do Sporting, chamava-se Nani. Não sei se será sequer em Alvalade que confirmará o meu palpite...o que eu vejo outros vêem também.

9ª vitória. Mais do que a série, interessa a evolução. Hoje subimos um pouco mais.

Até breve.

P.S.- Rinaudo tem de se adaptar a um futebol português muito "sensível" e evitar entradas impetuosas, na verdade o seu jogo melhorará bastante se "travar" as entradas à queima, poupa-se nos amarelos e no choque.

2 comentários:

  1. Lapidar expressão Violino, na mensagem: uma em que me revejo por inteiro. Uma mistura bastante sólida entre exuberência e trabalho. Andamos lá em cima, mas bem agarrados ao solo. É o melhor sítio para se estar.
    Um abraço.

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  2. Elacções individuais à parte, parece-me que o mais importante a retirar da vitória de hoje é a união do grupo e a forma elegante como Domingos tem condicionado tanto os jogadores como a percepção pública da caminhada Sportinguista.
    As oportunidades para todos os jogadores surgirão, o importante é contribuir para a elevação da equipa e dos seus desempenhos e resultados.
    O caminho faz-se ganhando jogo a jogo, sem euforias mas com plena consciência do que temos crescido e da qualidade que demonstramos.

    E isso deixa-me ainda mais satisfeito que o golo de entendimento entre os centrais, a frieza sob pressão do matador holandês, os dois golos de cabeça do baixote corcunda sevilhano, os passes magistrais do peruano, e a experiência do búlgaro. Se é que isso é possível.

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