domingo, 23 de outubro de 2011

Gestão da felicidade

Muitas vezes gerir um plantel não implica colocar os melhores jogadores em campo, mas os que por continências das suas próprias prestações estão mais moralizados. Olhando para o Gil Vicente, não podemos dizer que se espere um jogo em que a defesa seja realmente posta à prova. Não tem jogadores especialmente altos, mas faz (como 80% das equipas ditas pequenas) da velocidade do contra-ataque a única arma para ameaçar as balizas contrárias.

Desenha-se pois a oportunidade para deixar Onyewu recuperar mais uns dias, pois um central alto mas lento é tudo o que o Sporting menos precisa para a próxima partida. O(s) avançado(s) do Gil Vicente vão ser tudo menos posicionais, logo ter um “pinheiro” à espera de bolas altas para espaços perdidos será de pouca utilidade. Serão precisos “marcadores” ao homem e não à zona, de preferência com capacidade para ganhar bolas nas costas e, velocidade.

Continuar com Rinaudo, Schaars e Fernandez é um cenário mais difícil de perspectivar, penso que Elias recuperará a titularidade remetendo para o banco o internacional chileno. Aceitar-se-á a decisão especialmente pela função de grande desgaste que Matias teve na quinta-feira como organizador e motor do meio-campo. Se o jogo correr de feição poderá Domingos até testar Elias e Fernandez juntos, com o brasileiro a render Schaars como apoio na construção e o chileno a pegar na distribuição do jogo ofensivo.

Nas alas e no ataque não haverá surpresas. Evaldo será substituído por Ínsua, Capel e Pereirinha devem iniciar o jogo, com Carrilho a render o português se o marcador estiver difícil de activar. Wolfswinkel é o ponta-de-lança e espera-se que volte a marcar frente a uma equipa que tem especiais dificuldades com avançados mais móveis como é o holandês e as suas grandes diagonais para receber a bola de frente para o guarda-redes.

Não faço a mínima ideia de como Paulo Alves vai montar a sua equipa, confesso que vi pouco desta equipa minhota que além de bem organizada tem poucos méritos assinaláveis. Vem de uma eliminação da taça de Portugal frente ao Torreense e um empate caseiro frente ao Beira Mar, tem feito um campeonato tranquilo (9º lugar) evitando aquilo parecia natural, ou seja, os lugares de despromoção.

Não parece um adversário capaz de vir a Alvalade roubar os 3 pontos, mas convém não acreditar muito nisso e fazer pela vida. Com o passar dos minutos equipas como o Gil vão ficando afoitas e acertando as marcações vão perdendo o “receio” natural do adversário. Por isso seria bom não deixar a equipa de Barcelos sequer entrar no jogo, começando desde o apito inicial a pressionar a permeável defesa gilista.

Esta pode ser a 9ª vitória consecutiva, a 5ª a contar para a Liga. Algo que deixará o clube estabilizar e recuperar jogadores moralizado por mais uma semana de boa imprensa. Vale a pena ganhar partidas e isso é o que vemos estampado na atitude de jogo dos jogadores leoninos esta época.

Até breve.

1 comentário:

  1. Caro Violino,
    Boa análise e serena convicção. Como sempre, gostei.
    Creio que terei cometido consigo um erro de que me penitencio: sugeri em tempos troca de links e como não obtive confirmação, julguei - mal reconheço - que não teria havido interesse da sua parte. Hoje percorri o seu blogrol e qual não foi o meu espanto ao ver incluído o meu blog. As minhas desculpas pelo meu lapso, o meu obrigado pela adição do meu link e a informação de que acabo de adicionar o seu link.
    Creia-me admirador de há muito de "Verde às listas", da sua lucidez e inteligência.
    Um abraço amigo

    ResponderEliminar