quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Sonho (Sul) Americano - Parte 2

De entre os “quases” da imprensa até à apresentação de um jogador em Alvalade vai um mundo, ou melhor, um oceano atlântico de diferença. A julgar pelas notícias sucessivas, o Sporting descobriu o caminho marítimo para o Peru, Colômbia, Argentina e Chile. O navegador-mor chama-se Freitas e nas suas naus leva milhões de euros que espera trocar por futuros Falcões, Hulks, Luisões e Fernandez. Uma vez chegado a Portugal, a mercadoria rentabiliza-se e exporta-se para o resto da Europa.

Mas este mercantilismo futebolístico, envolve riscos. Nem todos os “Morenos” são realmente Falcões. Alguns serão apenas morenos. Todos os Sportinguistas sabem que jovens sul-americanos são um produto bastante perecível. Alguns “estragam-se” logo na viagem, outros depois de uma época na prateleira de suplentes do plantel. Há que escolher muito bem, como dizia Domingos.

Olhe-se para o outro lado da 2ª circular e atente-se ao descalabro que foram a maior parte das aquisições de jovens prodígios das Américas. Quaisquer 100 mil euros são essenciais para o Sporting nesta altura, mas nem sempre o que é barato irá ser rentabilizado exponencialmente, às vezes se queremos qualidade evidente, é preciso investir um pouco mais. Quem sabe comprando menos, mas melhor. É uma lição que, direcção após direcção, se vai ignorando.

Com uma época a ser delineada (por agora) por jovens incertezas, as dúvidas serão muitas até a bola começar a rolar e aí podem acontecer 3 cenários:

1-      Os miúdos são todos revelações e sai o jackpot ao Sporting
2-      50% aproveita-se, o que é uma margem proibitiva para as nossas finanças
3-      “Chumbam” todos o teste “Europa” e afunda-se ainda mais o clube.

É um risco. Mas há esperança. Sobretudo se Freitas descobrir Liedsons em vez de Spehar´s e Duscher´s em vez de Kmet´s.

Até breve.

Sem comentários:

Enviar um comentário