segunda-feira, 23 de maio de 2011

Os primeiros 3 pontos de Domingos

É oficial e vem na hora certa. O anúncio da escolha de Domingos para treinar a equipa na próxima época é a confirmação de um processo longamente discutido e demasiado especulativo. Não há mais dúvidas. Depois de presidente, depois de director desportivo (quase…), depois de treinador, agora só faltam os jogadores. A mais que gasta “desculpa” de que era preciso o aval do treinador já não irá colar…e o tempo esta a contar, já não falta muito até a maior parte dos jogadores definir o seu rumo.

Três pontos me merecem destaque neste momento. O primeiro vai para a gestão da comunicação da decisão. É certo que o Sporting foi “obrigado” a saber esperar, mas nada justifica a desmazelada e atabalhoada comunicação de GL. Depois de um tabu tão grande o mínimo que se podia esperar era uma conferência de imprensa em prime-time, dando visibilidade e impacto à notícia que todo o universo do futebol português queria ouvir. Esta oportunidade foi adiada para amanhã, mas depois do anúncio de hoje o impacto e o destaque serão menores. Péssima nota para a responsável de comunicação do clube, que tinha obrigação de gerir melhor esta oportunidade.

O segundo ponto é a durabilidade do contrato. Já foi avançado que será um contrato válido por uma época com outra de opção. A meu ver é uma boa opção. Ninguém pode garantir que Domingos não passa por um cenário semelhante ao que passou Paulo Sérgio e as indemnizações custam muito aos cofres do clube.

Terceiro ponto, apesar de achar que Rijkaard daria mais peso, reforços e confiança a um plantel do Sporting, Domingos é uma escolha feliz. Com 3 épocas na função de treinador principal, na Académica e no Braga só restaram saudades, mas é pouco tempo para aferir que tipo de treinador é Domingos. Em ambos os clubes construiu fortes colectivos, que superaram claramente a falta de argumentos individuais. Isso é bom, aliás isso é essencial no Sporting, uma vez que o nosso clube pode não garantir reforços que à partida pareçam equivaler aos dos seus directos rivais.

Mais dúvidas tenho na estruturação da equipa para enfrentar adversários que se fecham e dão o controle do jogo ao opositor. No Braga esse foi o calcanhar de Aquiles que evitou a perfeição. Falta de jogadores? Talvez, e espero que seja de facto essa a razão, porque os campeonatos não se perdem para os rivais directos, mas sim frente a equipas
que procurando um ponto acabam por levar os três.

Finalizo com a curiosidade do nome do treinador. Espero que haja muita Paciência para este técnico, talvez seja um sinal divino enviado aos dirigentes do Sporting, um sinal para darem argumentos e mais tempo a este treinador. Os adeptos não estão a contar com títulos, estão a contar com dignidade, bom futebol e muito trabalho. Se os houver é garantido que não vamos fazer as pobres figuras que temos feito. O problema tem sido que ao nomear um treinador, os restantes responsáveis desaparecem ao primeiro mau resultado, deixando o futebol entregue a si próprio. Isso não é construir uma equipa, é apenas cobardia.

Até breve.

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