segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Os moinhos imaginários

Já por várias vezes abordei a questão Bruno de Carvalho aqui neste blog. Antes das eleições manifestei publicamente o meu voto na sua candidatura, algo que o fiz conscientemente e no melhor sentido de transparência que fui capaz. Pareceu-me de facto o melhor para o clube e o projecto mais ambicioso para tirar o Sporting da letargia depressiva em que estava,

Desde a noite das eleições, onde tanta gente esteve mal e o candidato se esforçou por manter uma sensata calma, só tem destruído o imenso capital que restou de uma derrota tangencial de 300 votos. Hoje, a presidencialidade de Bruno de Carvalho está agarrada a uma ideia caótica de que o clube foi assaltado por um bando de malfeitores que só irão afundar ainda mais o futuro da instituição.

Não que seja impossível para GL e seus pares errar e descapitalizar ainda mais o Sporting, isso será sempre uma hipótese. Mas a ideia de “combater” numa espécie de “guerra santa” os infiéis do clube, essa sim é danosa, em primeiro lugar para o próprio ex e futuro candidato. A cada “conjunto” de verdades que tenta comunicar em momentos oportunos (normalmente seguindo as derrotas da equipa) conquista mais adeptos para a facção (onde me incluo) que acredita que só está a demonstrar imaturidade política.

O que seria uma campanha de guerrilha, sem quartel, a uma gestão ruinosa com a marca de “salvador” do clube, está a transformar-se rapidamente numa oposição lamechas e contra-corrente, uma profunda chatice. Não sou ingénuo, entendo que algumas críticas que faz são justas, mas o tempo e sobretudo o espaço onde as difunde está a criar um “Garcia Pereira” leonino, um D.Quixote de verde e branco, tudo o que um candidato a presidente não deve ser.

Para todos os efeitos GL venceu as eleições e salvo alguma irregularidade que não foi nunca provada, é o actual presidente do Sporting. Todos os Sportinguistas que não se identificam com esta direcção devem, em primeiro lugar, apoiar o clube. Em segundo lugar, criticar e solicitar esclarecimentos nos espaços próprios. Em terceiro lugar, aceitar o momento da instituição, reservando para futuros actos eleitorais qualquer criação de
“movimentos” de contestação.

O espaço eleitoral acabou há muitos meses. Não existe oposição num clube de futebol e muito menos será benéfico para o Sporting ter um futuro candidato permanentemente a tentar posicionar-se nas fraquezas ou enganos da direcção. A memória é importante e Bruno de Carvalho está a destruir uma boa, para construir uma verdadeiramente enfadonha e pouco democrática.

Até breve.

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