domingo, 6 de novembro de 2011

Necessidades Vs Oportunidades

Como nunca se dever contar com facilidades, a nova direcção liderada por GL ao tomar posse colocou os objectivos a curto prazo na “luta pelo título”, assentando a sua lógica numa equipa em “construção” que se afirme capaz a médio prazo de ser favorita e garanta a longo prazo um clube estável financeiramente.

O começo da Liga deu razão a alguma reserva no optimismo e em 3 jogos o Sporting conquistou 2 pontos, deixando descolar imediatamente os seus rivais directos. Acontece que com o passar dos meses se comprova que nem Benfica nem Porto estão ao nível da temporada passada. A longa marcha de vitórias (tanto na Liga como na Champions) está a constantemente as ser interrompida além das exibições serem muito piores que os resultados.

Muita gente ficaria bastante surpreendida se antes da época se iniciar alguém lhe contasse que à 11ª jornada, o Sporting teria (se vencer ao Leiria) 1 ponto de diferença do Porto e igualdade com o Benfica (se os últimos perderem no AXA) no segundo lugar. A surpresa seria ainda maior se também fosse um argumento a diferença do quadro de lesões entre os 3 grandes. Porto e Benfica sem ausências relevantes e Sporting com grandes dificuldades em repetir um onze.

Penso que até a direcção e Domingos estejam incluídos neste grupo de surpresos. Mas em Janeiro surge uma realidade e um novo tempo de repensar os objectivos. Imaginando que o Sporting continua a não permitir o afastamento dos seus rivais, imaginando que continua a ser a equipa que melhor jogo pratica, imaginando que peças nucleares como Wolfs, Capel, Schaars, Elias, Ínsua, Carrilho e Bojinov continuam a crescer e adaptar-se…abre-se uma nova interrogação? Será este apenas o ano zero? Não estaremos a um curto passo (investimento) de garantir títulos?

As grandes carências deste plantel parecem ser as posições de central e médios defensivos. As lesões permanentes de Rodriguez, Onyewu a que se soma a longa paragem de Rinaudo (Janeiro e talvez Fevereiro será ainda para adquirir condição física) exibem 2 lacunas que podem ser resolvidas de 3 formas: zero investimento – não vem ninguém; investimento modesto – retorno de Adrien e Nuno Reis; investimento médio – com o regresso de Nuno Reis (é absurdo investir em mais um central com um promessa tão válida como o jogador emprestado ao Cercle e ainda o bom desempenho de Torsi no Metallist) e a compra de um trinco clássico.

Para poder opinar qual a melhor solução teria de conhecer as possibilidades financeiras do clube neste momento, o que não conheço. Portanto cabe aos responsáveis medir as oportunidades em função das necessidades. Uma coisa é certa, com os regressos de Izma e Jeffren este plantel torna-se ofensivamente no plantel mais forte do nosso país, mas também com uma grande diferença para com as soluções defensivas. Se as equipas se constroem de trás para a frente, terá o Sporting capacidade para marcar sempre mais um golo que o adversário?

Até breve.

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