domingo, 10 de abril de 2011

Advogado do diabo

Sei que a opinião que vou dar neste post não é consensual e que muitos irão pensar que estou a atalhar pelo "contra" para defender algo que é obviamente adverso aos interesses do Sporting, mas não consigo deixar de logicamente pensar que o devo exprimir.

O 3º lugar na liga, para mim, pode não ser o melhor a longo prazo para o Sporting.

A frase parece idiota, mas leiam antes de fazer qualquer interpretação. Penso que o melhor para o Sporting seria ficar em 4º lugar. Porquê?

1- Porque tendo de acelerar a preparação em cerca de um mês, a habitual indecisão e pasmaceira negocial do clube teriam de ser contrariadas. Seria óbvio que qualquer reforço terá de ficar fechado em Junho e o plantel definido no final desse mesmo mês.

2- A equipa teria mais um mês de trabalho quando se iniciasse a Liga Portuguesa, o que dará mais tempo a um treinador novo para dar novas instruções tácticas.

3- A preparação física desta equipa roça o amadorismo. Uma pré-época com jogos a sério pode definir mais depressa os índices atléticos dos jogadores mais "preguiçosos".

É óbvio que não desejo que fiquemos em 4º lugar. Apenas defendo que ir à pré-eliminatória da Liga Europa também trará benefícios, não sendo portanto uma tragédia. Aliás, face à época miserável que estamos a fazer é justo dizer que neste momento o Braga é mais equipa do que o Sporting e não tendo as nossas "estrelas", é pelo menos pacifico que, salvo uma recta final excelente do Sporting, merecem o 3º lugar. Depois do embate frente ao rival do Minho e o clássico no Dragão da próxima semana, serão mais claras as hipóteses de existir luta até ao final.

Até breve.

1 comentário:

  1. O facto de ter de começar a época sensivelmente a meio de Julho (4º lugar) pode ter consequências bastante negativas:

    1º Obriga o plantel a iniciar trabalhos 1 mês (senão um pouco mais) em relação aos principais rivais, o que vai causar um maior desgaste físico a meio e no fim da temporada, potenciando lesões desse tipo (mialgias de esforço, por exemplo);

    2º Cria maiores dificuldades em atacar o mercado, pois em caso de indecisão um jogador pode bem optar por outro clube onde pode gozar de mais 15, 20 dias de férias (actualmente, com a sobrecarga de jogos nas principais ligas, é um facto importante para os jogadores ao mudares de clube).

    3º O prestígio e imagem do clube sai muito prejudicada a todos os níveis, principalmente financeiros com as quedas na publicidade e marketing.

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