quinta-feira, 7 de julho de 2011

Bons sinais

Agora que está quase tudo contratado, faltando a confirmação de Turan (aguarda a insolvência do Grenoble) e a apresentação do tal extremo (o grande nome...espera-se) podemos olhar para o plantel e compará-lo com outras equipas adversárias ou mesmo a sua versão anterior. Uma coisa é certa, todos estão a afinar pela mesma tecla - o Sporting está com um plantel mais rico em soluções e apesar de alguma incógnitas, parece mais próximo do Porto e principalmente (por culpa própria) do Benfica.

É bom que a imprensa, os bloggers e o público em geral disseminem esta noção. Ela é extremamente útil para a moralização e criação dum ambiente favorável à integração de tantos elementos novos. Ao fazer uma revolução no plantel seria de esperar alguma convulsão, alguma perturbação e ruído. Mas até agora, os responsáveis leoninos têm sabido conter estes efeitos secundários. Os tais cheques devem ter ajudado.

O Sporting desta época pouca ligação terá com o passado. Permanecem os jogadores mais importantes, mas há muitas caras novas, nomes de peso que pelo investimento terão de ser primeiras opções. O treinador é novo e completamente diferente do estilo táctico dos seus antecessores. O Sporting nunca poderá jogar à "Braga" e o desafio parece ter sido compreendido pelo técnico que repete palavras como "ganhar", "vencer" e "ambição" de uma forma mais veemente e sobretudo adequada a uma equivalência de exigência - a pedra de toque dos últimos Sportings.

O futuro dificilmente trará algo pior que as últimas épocas, mas dificilmente também alguém se contentará com mais uma época sem vislumbre de luta por algum troféu. A equipa em construção é uma verdade condicionante mas não alienante, o que significa que de forma alguma se espera que o Sporting facilite um palmo de terreno aos seus rivais. O que significa que as derrotas continuarão a ser derrotas ao contrário do discurso de Paulo Sérgio que via numa derrota bons sinais, evolução e mais confiança na equipa - esta visão demasiado soft para com a dimensão do clube foi suportada pelos responsáveis e até por alguns adeptos. Mas não mais. Esse tempo acabou.

Construir uma equipa significa dar passos em frente, evoluir. Não significa adiar constantemente o sucesso, empurrando com a barriga a realidade que se esconde por detrás de cada insucesso.
Esta pré-época está a revelar outra ambição e já está a ter retorno nos adeptos. A venda de Gameboxes e merchandising está a subir e as inscrições de sócios a aumentar. São bons sinais.

Até breve.

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