sexta-feira, 4 de junho de 2010

A pressa e a precipitação

Vejo hoje na blogosfera leonina um verdadeiro "ataque" de urgência à mistura com pânico e desilusão no que diz respeito a contratações. Não acho que os meus congéneres estarão a exagerar nos seus comentários, apenas penso que o recurso à histeria normalmente acaba em negócios precipitados.

Penso que se a direcção, durante os meses de Dezembro e Janeiro deste ano não tivesse sido "encostada contra a parede" por sócios e imprensa nunca teríamos contratado Pongolle, ou pelo menos nunca pelo valor final que pagámos.

Podemos pensar que os dirigentes tem mais responsabilidades que os demais na gestão destas "pressões", mas o que é certo é que também são homens, e são influenciados por um estado de espírito global que os rodeia.

Existe um dado que é importantíssimo neste defeso para o Sporting e todos os que vivemos o clube já entendemos. Costinha anda literalmente a "garantir" reservas para posterior contratação, isto é, acorda-se uma verba com o clube e estipula-se um prazo de reserva da venda do jogador por aquele valor. Este "modelo" não chega a contemplar o diálogo com o jogador, essa parte ficará para mais tarde.

Assim que o Sporting feche alguma venda de M.Veloso, Stojkovic, Izmailov, Moutinho ou Vukcevic (serão estes os atletas com mais mercado e que a direcção acredita poder realizar bons negócios)então penso que assistiremos a uma sucessão de apresentações de jogadores (Evaldo, Lazaretti, Petrovic e outros que talvez desconhecemos).

Aqui tem residido o problema, ninguém tem apresentado boas propostas pelos jogadores que colocámos no mercado e os prazos de "reserva" vão caducando, os últimos exemplos são Petrovic, Valdés e Boghossian. Na eminência estará Evaldo com o Porto a preparar-se para ocupar o lugar do Sporting na mesa de negociações.

Acho que devemos manter uma certa reserva nos comentários, mesmo que nos pareça que esta fase de negociações pudesse ter sido melhor preparada, concordo que houve muito tempo, mas também observo que ter tempo mas não ter dinheiro não serve de muito. Aliás acho que a escolha de Paulo Sérgio em detrimento de Vilas Boas pode também ter tido origem na negociação do prazo de pagamento da cláusula de rescisão.

Meus caros amigos, penso que devemos pensar que mais vale nenhuma contratação do que péssimas contratações e esta é a posição que defenderei no futuro neste blog. Acredito que esta é a melhor atitude, garante a tranquilidade de todos na equação deste defeso, retirando a pressão (que quem vier comprar saberá e usará) de vender a qualquer custo.

Até breve

Sem comentários:

Enviar um comentário