terça-feira, 8 de junho de 2010

Um ano.















Um ano de JEB. Olhando o momento em que venceu as eleições e comparando com o dia de hoje não posso deixar de dizer que esperava mais. Esperava mais arrojo, mais criatividade, um discurso mais directo e sem as desculpas do costume. O passado como dirigente de JEB no Sporting transportava uma aura de segurança, inteligência e know how que passado um ano esmoreceu, institucionalizou-se. A diferença concreta que todos lhe apontavam “secou” debaixo do calor inclemente dos desaires da equipa de futebol, das “broncas” dentro do balneário, das promessas não cumpridas.
Registo 3 momentos em que o Presidente me deixou prostrado na cadeira em frente ao monitor a ler incredulamente palavras que sabiam a forte desilusão:

1-      Depois de prometer um forte reforço da equipa, chegam Caicedo, M.Fernandez e Ângulo o que acompanhado com várias declarações de candidatura ao título pareceram mais gozo do que esperança, mais do mesmo, sem honestidade.
2-      Depois de instituir P.Bento como o Ferguson do Sporting, demite-o e promete uma “grande surpresa” para o substituir. A surpresa era C.Carvalhal e o seu passaporte era dois falhanços: um na Grécia e outro no Marítimo.
3-      Com nova oportunidade para contratar um treinador que motivasse os sócios e mais importante um balneário de rastos, JEB passa de um Carvalhal que segurou um plantel à beira da humilhação desportiva, para um P.Sérgio que obrigou ao pagamento de uma cláusula de rescisão precipitadamente. Sabia-se que se P.Sérgio podia ser substituído por Machado se não apurasse o Guimarães para a Liga Europa.

Estes foram para mim os grandes “erros” de JEB. Ficam também alguns apontamentos positivos que serão peanuts face à época que a equipa fez, de qualquer das formas…:

1-      Apesar da eminente ruptura financeira, o clube mantém a sua dignidade como instituição e o respeito juntos das organizações, facto que se deve à união da equipa directiva.
2-      Sá Pinto. Uma escolha para agradar aos adeptos. Uma escolha que desiludiu os adeptos. A responsabilidade da escolha foi de JEB mas as asneiras do Ricardo foram bem geridas, pelo menos “depois” houve algum respeito e dignidade.
3-      Muitos podem pensar que ao não assinar com Vilas Boas o Sporting deu ao Porto este treinador de bandeja. Tenho as minhas dúvidas, posso até pensar que por um lado isso é bom, não sou um deslumbrado por pseudo-Mourinhos, e por outro lado é óptimo já que não sei se P.Sérgio não era o que Pinto da Costa realmente procurava.
4-      A escolha de Costinha e a renovação de todo o staff técnico e administrativo que rodeia a equipa de futebol profissional são passos que apontam a uma direcção e não apenas gestão de algibeira.  

Veremos no próximo ano o que mudou. O projecto financeiro do clube é o seu principal obstáculo a um desenvolvimento desportivo. Esta mudança e a da equipa de futebol, que não pode realizar outra época de desaire em desaire, serão as grandes matérias de avaliação. Faço votos para que JEB se supere em ambas.

Até breve

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