domingo, 13 de março de 2011

Não há quem resolva

O jogo do Sporting frente ao Rio Ave é em tudo um óptimo resumo da época do Sporting. Grande incapacidade de criar movimentos colectivos, falta de velocidade, falta de capacidade para ganhar segundas bolas, enorme dificuldade em pressionar o adversário e muita apatia criativa. O Rio Ave não é uma má equipa, mas está a milhas do que vale individualmente o onze do Sporting.

Patrício este bem, a defesa mais ou menos (não houve grande atrevimento da equipa de Vila do Conde), o meio campo não existiu nem na vertente defensiva nem na ofensiva e o ataque foi pouco mais do que insípido. No final do jogo existiu alguma vontade de trazer os 3 pontos, mas faltou a decisão, faltou talvez um…Liedson.

Os próximos treinadores do Sporting ficarão contentes pois será fácil pegar nestes jogadores e fazer bem mais, aliás, parece evidente que o plantel do Sporting já está mentalmente de férias. Digam-se as frases feitas que se disserem, não há motivação naquelas cabeças e muito menos nas pernas. O Rio Ave “parecia” mais ambicioso e decidido a disputar o jogo e isso é uma prova absoluta que este Sporting está de malas feitas para um verão muito precoce.

O 3º lugar não está garantido, o que é inacreditável já que Braga, Paços, Nacional e Guimarães tem desperdiçado pontos atrás de pontos, mas também não parece que exista no Sporting versão Couceiro nenhum rugido extra para dar até ao final. Esperemos que os nossos perseguidores percam tantos pontos como nós, uma vez que não se vislumbra frescura para criar maior distância que a que existe neste momento.

Tão pouco será responsabilidade de Couceiro esta ineficácia e inoperância da equipa. Revela-se a toda a hora os mesmos problemas de toda a época e se existe alguma diferença ela é a capacidade ou sorte (?) para não sofrer 2 ou 3 golos por jogo. Torsiglieri afirmou no final “pelo menos não sofremos golos” e apesar da honestidade ter sido “bruta” ela foi verdadeira.

Para quem esperou um milagre Couceiro, sempre foi realmente essa a probabilidade da recuperação desta equipa, o jogo de Vila do Conde desfez qualquer dúvida. O Sporting pode disfarçar a “doença”, mas não se curará esta época. É triste ver uma equipa não conseguir desenvolver o seu potencial, mas é o fruto de que se obtém de uma má preparação, uma má construção e uma má orientação que se manteve até já não ser possível apagar os seus resultados.

GL afirmou que Rijkaard não tem perfil para treinar o Sporting. Esta é uma tirada que só não será completamente idiota se o candidato tiver Mourinho, Hiddink, Ferguson ou Guardiola prontos a avançar para o banco do “seu” Sporting. Veremos quem é o tal treinador no activo capaz de tornar Rijkaard uma segunda escolha. Honre-se a “cagança” do homem, que depois de prometer 100 milhões parecer ter uma capacidade mágica de superar os trunfos de todos os outros candidatos. Seria pouco mais do que trágico que depois de vencer as eleições não tivesse nem dinheiro nem treinador para sustentar as suas promessas.

Até breve.

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