terça-feira, 7 de setembro de 2010

Esta não é a minha Selecção

"...atitude extraordinária dos nossos jogadores"
"...tivemos o controle total da partida"
"...temos futuro com esta equipa"
"...grande atitude da equipa depois de um golo estranho"

Agostinho Oliveira fez-nos recordar maus velhos tempos em que a Selecção tinha grandes vitórias morais e não ia a nenhuma competição internacional. A equipa esteve mal orientada, nervosa, impaciente, sem garra. Podemos ver o quadro a dois níveis: organizativo e competitivo. Nos dois estamos mal.

Organizativo: O campeonato nacional é pouco competitivo com outras ligas europeias, gerando poucas receitas e está invadido por brasileiros, argentinos, uruguaios que tomam o lugar aos bons portugueses que imigram por meia-dúzia de tostões. As negociações dos contratos de TV são ridículas, o campeonato de juniores é uma anedota. Não há disciplina, arbitragem, justiça de qualidade na Liga e na FPF.

Competitivo: As convocatórias são distribuições politicas de cotas. Existem jogadores no onze completamente fora de forma como Meireles, Alves, Fernandes, Almeida, Eduardo. A perder com a Noruega, Oliveira, só faz entrar Liedson aos 83 minutos. Não há táctica nem nada que se assemelhe a um plano. Há sim muito desespero, o que no 2º jogo do apuramento revela tudo o que é esta selecção.

Gostava muito que Queiroz se demitisse, que Amândio de Carvalho de demitisse, que Madail se demitisse, assim como todos os que têm feito parte das "comitivas reais" da FPF nos últimos anos. Já agora levem com eles o Laurentino Dias. Mas não têm essa fibra e com interesses individuais à frente vão acabar com tudo o que a Selecção Nacional tem conseguido conquistar nos últimos 10 anos. Parabéns a eles.

Esta não é a minha Selecção.

Até breve.

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