segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Os três de JEB

Um.
Paulo Bento quis sair. JEB inebriado por uma esmagadora vitória nas urnas leoninas, encheu-se de uma vontade de agradecer a tudo e a todos. Apanhou o treinador demissionário na saída da porta e anunciando-lhe um novo tempo, convidou-o para ser o seu braço direito. Paulo Bento aceitou, talvez por ser um homem de lutas e árduas batalhas, talvez por uma promessa de talento que chegaria. Não chegou. JEB nunca conseguiria colocar o clube numa rota de mudança, algo que manifestasse uma diferença de politica. Trocou Pedro Barbosa por Sá Pinto e a tríade parecia imparável. Bettencourt, Bento e Sá Pinto. Saíram os dois e talvez a maior dose de culpa fosse de quem ficou.

Dois.
Esgotados, fartos, desmotivados, os sócios recebiam a promessa de um novo técnico como uma luz ao fundo de um enorme túnel. A luz piscou e com o anúncio do nome, desapareceu. Carlos Carvalhal dificilmente vestiria o manto de "herói" do Sporting quando tinha sido despedido sem honra à 5ª ou 6ª jornada pelo Marítimo. Não se lhe conhecia melhor proeza do que 2 boas temporadas no Leixões e Vitória de Setúbal, o que para um Sporting é muito pouco. Esperou-se pouco de CC e pouco foi o que se viu. A equipa entrou em piloto automático até às últimas jornadas e teve um vislumbre de glória na Liga Europa. Depois de um repetido expressar de "recados" para a direcção, Carvalhal saiu sem uma palavra de JEB, que se esforçou tanto por defende-lo como se deve esforçar para beber uma bica.

Três.
Dir-se-ia que depois de dois treinadores jovens "destemidos" e "aventureiros", JEB iria optar por um currículo mais seguro, um treinador com mais batalhas no buço, mais medalhas no cachaço. E....hã...Paulo Sérgio. A luz ao fundo do túnel já não piscava e a maior parte dos adeptos fez por esquecer que precisa de luz. Todos nós adeptos nos programámos para uma época "às escuras".
Mas a alma sportinguista é feita de uma esperança eterna e ilógica. Depois de uma boa digressão pelos EUA e alguns reforços com qualidade, os adeptos ganham um pequeno balão de inspiração e esperança. Cai o caso Moutinho, que derrotou mais do que 20 derrotas com o Celtic. Sem moeda de troca vende-se Veloso por dinheiro e um jogador que à 4ª jornada ainda não "nos disse nada".  Não vieram também atacantes, apesar de toda a gente, toda a gente, toda a gente, repito....toda a gente assinalar a carência de um bom avançado.
Não sei quanto tempo deverá demorar este 3º treinador de JEB, mas se perder em Lille e na Luz, por mim podemos começar a dizer que à "quarta é de vez". Não estou a falar da hipótese de JEB acertar na escolha, estou a falar de demitir quem quer que tenha escolhido Carvalhal e Paulo Sérgio, se foi Costinha...então que seja Costinha, alguém tem de explicar porque é que em 1 ano e meio podemos estar perante o 3º despedimento, o que dá menos de 6 meses para cada um...a culpa é do treinador? Elucidativo.

Até breve.

1 comentário:

  1. E não seria mais aconselhável despedir JEB antes que apareça um 4º JEB sem ponta por onde se lhe pegue?

    Este de futebol não percebe mesmo naaaada!!!!!

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