segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Matar a "fome"

Nesta época, como nas anteriores, refugio-me dos maus jogos do Sporting vendo sempre que possível outros futebóis. É uma reconciliação com o prazer de ver o jogo, bem interpretado e fluido, algo que os treinadores Paulo Bento e Paulo Sérgio deixam para último lugar e Carvalhal conseguiu só a pequenos espaços. No topo das prioridades estão os jogos da liga Inglesa, a Premier League é de facto um produto Premium, desiludindo muito poucas vezes.

Tenho especial preferência pelos jogos de Manchester United e Tottenham, os melhores interpretes de um futebol ofensivo, menos geométrico e “italiano” que Chelsea e sem dúvida menos esquemático e de “puxões” do Arsenal de Wenger. As tardes de Sábado podem começar sempre muito bem, com uma hora e meia em White Hart Lane ou em Old Trafford, com os momentos gloriosos de Nani (como cresce este míudo!) Barbatov e Rooney, Giggs é uma lenda viva em campo.

O Tottenham tem uma equipa de sonho, com um meio campo de luxo, Kranjkar, Modric e Huddlestone (tem o pontapé mais forte em toda a Europa) e o que dizer deste Bale, o melhor jogador inglês sem dúvida, o atómico Lennon, Van der Vaart…enfim…com um treinador menos conservador iria de facto lutar pelo título. Newcastle e Everton também estão a “dar” bons jogos.

A seguir nas minhas preferências estão os jogos de Real Madrid e Barcelona, por esta ordem. Perdoem-me os fãs do tiki-taka catalão, sei que é um futebol colectivo de primeira categoria e Messi um prodígio, mas Ronaldo é Ronaldo e com Mourinho, Pepe, R.Carvalho, Kaka e Marcelo a balança cai sempre os jogos dos “blancos”. A expectativa de ver como Mou se sai deste desafio Madrileno é enorme e é um “affair” não apenas português mas internacional. Em caso de sucesso, José Mourinho ascenderá ao estatuto de uma divindade menor, mas mesmo assim um deus do jogo e do banco.

Não tenho dúvidas que este setubalense marcará o futebol para sempre, não pelas inovações tácticas, mas pela postura, um verdadeiro Patton dos relvados, um destemido e arrogante líder de homens. A pergunta que faço é – e depois de Madrid? O que haverá a ganhar, o que faltará provar? Depois de Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha? Tenho para mim que pegará numa selecção de um grande país que não vença nada há muito tempo…Inglaterra?

Depois de todos estes “interesses” e só depois, volto ao “calccio”, este ano com um Inter menos poderoso, a liga italiana está mais interessante e os normalmente entediantes Milan e Juventus estão mais virados para resultados diferentes de 1-0. A ver com algum destaque os jogos de Nápoles e Palermo, Lavezzi e Pastore são muito bons jogadores. França e Alemanha têm bons jogos, mas falta o perfume, as estrelas, o sangue mais latino, a emoção e cor do tudo ou nada.

E será assim até que o futebol do meu clube me encha a barriga e me deixe ansioso até ao próximo jogo. Por agora vou matando a “sede” por outras paragens.

Até breve.

3 comentários:

  1. Belíssimo artigo!!
    Apenas um senão, uma vitória do "seu", "meu", nosso Sporting impôr-se-á sempre a qualquer outro jogo, por melhor que seja...ou não?!
    Compreendo do que padece. Sofro do mesmo, como todos os Sportinguistas, mas uma vitória é sempre uma vitória e um golo do Sporting terá sempre que ser gritado a plenos pulmões por cada Sportinguista espalhado por cada recanto do Mundo!1

    Já agora, se mo permite, peço-lhe encarecidamente que linke o Sporting Visto Por Nós (http://sportingpornos.blogspot.com/) na sua lista de blogs.
    O seu verde às listas já se encontra linkado lá!
    Desde já um obrigado!

    SL

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  2. Já foi feito caro Mauro. Espero continuar a merecer as suas visitas, visitarei o seu com agrado.

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  3. Obrigado Verdão!! :)
    Claro que continuarei a visitar...

    SL

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