terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O meu não e o meu sim

Não sei qual o plano de José Eduardo, que irá ser apresentado no dia 31 de Janeiro, mas para mim já é o melhor candidato à presidência do Sporting. Não fique assustado, este meu “voto” é apenas um exercício de retórica. Quando vejo tantos candidatos a “sentarem-se à mesa” não vejo um que seja que tenha ideia daquilo que vai comer, nem sequer do que gostaria de comer. Assim não dá. Para gerir um clube como o Sporting, uma organização complexa e em crise, é preciso um projecto. De preferência com ideias inovadoras, criativas, ambiciosas.

A última coisa que o clube precisa é de um “gestor de crise”. Para isso qualquer fiscalista serve. Não. Precisamos de valores e planos e não de caras e vozes. Acho uma certa piada (nenhuma!) a pessoas que se afirmam disponíveis para dirigir a instituição sem porventura terem escrito numa folha A4, sozinhos, aquilo que vão fazer de diferente em benefício do Sporting. De facto o Sporting é uma plataforma de muita projecção e mesmo queimando alguma imagem em caso de insucesso, para muitos já é um triunfo passar a ter “imagem”.

Atempadamente avisei para os riscos da via nobre e “herdeira” de Bettencourt, dos erros da promessa de revolução de Cristóvão e agora mais do que nunca me parece vital “impedir” a entrada de gente que quer ser presidente pelo cargo e não pela riqueza das soluções que trará. É tempo de esquecer o passado, os erros e as derrotas dos modelos que estão para trás, olhar continuamente para o passado isenta-nos de agarrar o futuro. O que o Sporting precisa é um novo começo e não me interessa fechar um ciclo negro deixando permanecer o que enfermou o passado.

Tal como outros bloggers, não apoiarei ninguém com vínculos ao passado do clube, ninguém que não tenha um programa sólido, ninguém que seja “marionete” de nenhuma esfera de influência, ninguém que prometa mais do que seriedade e atitude competitiva. Nunca acreditei em “salvadores” e apesar de haver aí muita gente a dizer o contrário, ninguém podia antever o insucesso recente do clube. Os erros foram-se somando e geraram mais erros, até o que eram boas medidas foram “infectadas” pelo mau momento do clube.

O nosso distanciamento e desconfiança de adeptos terá de acabar o mais rápido possível, o clube precisa da força, do estímulo e do “escudo” que nós somos capazes de ser. Para isso deverá surgir alguém que nos inspire e motive a esta união, alguém que com ideias concretas e carácter idóneo encarne uma figura de presidente agregador, lutador e sempre apoiado nos estatutos do clube, não sendo nenhum salvador, encontre os melhores “salvadores” para o clube.

Até breve.

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