sábado, 26 de fevereiro de 2011

Trindades e Rupturas

Infelizmente as grandes alegrias que tenho com o Sporting são nos dias em que sai alguém do clube. Só isso diz muito do que têm sido estes 2 anos da vida do Sporting.
Mas na hora de confirmar o que toda a gente via, não é o momento para grandes celebrações. O problema não nunca foram as entradas e saídas, mas sim as escolhas.

Bettencourt revelou-se um presidente pouco líder, Costinha pouco organizador e Paulo Sérgio pouco inspirado para “pegar” num Sporting que precisa como nunca antes destas qualidades no comando da equipa. O futebol não é tudo, mas é quase tudo para um clube e um país pouco disponível para investir interesse e apoio noutras modalidades.

Se uma equipa é quase tudo o que o clube é, então talvez o Presidente, o Director do Futebol e o Treinador sejam também quase tudo o que o clube precisa para dar a volta a uma situação de clara falência de gestão desportiva e financeira. Parece-me que esta “trindade” será o tema foco das eleições, sendo óbvio que a lista vencedora terá de ter fortes argumentos nestes pontos (pessoas) extra-programa.

Para já conhecem-se 4 candidaturas. Todas parecem querer chegar às urnas com a “trindade” resolvida, mas nenhum está a ter grande criatividade nas escolhas. Uns pela distância que têm do mercado, outros pela ambição (parece desmedida, a ver vamos…) e outros por velhos “ases” do passado, todos comungam de uma “pressa” para chegar aos nomes. Só existe 1 programa conhecido que apesar desse mérito, não parece inovador, nem coerente, nem sequer de “ruptura” como o candidato se esforça por sublinhar.

As principais rupturas quanto a mim até já estão feitas, com a renegociação do financiamento, o aval para a construção do pavilhão e a saída de Costinha, Paulo Sérgio e alguns jogadores (uns já foram, outros se seguirão). Portanto o discurso de ruptura nada resolve, é um chavão eleitoral que não encerra qualquer conteúdo. Se quiserem realmente divergir do caminho recente escolham um óptimo director para o futebol, um óptimo treinador, um óptimo preparador físico e dois ou três jogadores com classe. Isso sim seria de “ruptura”.

Mais trabalho e menos conversa é o meu conselho. O meu e o de todos os sócios que vemos as próximas eleições como uma verdadeira tábua de salvação para o clube. Desta vez não há como ignorar os apelos das bancadas, é delas que depende o futuro do clube. Os sócios querem ideias, boas escolhas e imaginação. Não querem mais do mesmo, regressos ao passado e discursos vazios.

Até breve.

1 comentário:

  1. Caro Verdão,
    Embora a ordem que agora apresenta, de director em primeiro lugar e treinador em segundo me pareça mais correcta, como lhe afirmei no comentário anterior, a inclusão de um preparador físico também a mim me parece fundamental. E a adjectivação dos três com um rotundo "óptimo" é também, do meu ponto de vista, fundamental.
    Nos jogadores a contratar, quer em número quer em qualidade, penso que estará a resposta da qualidade do director e treinador que vierem a ser contratados, que também determinará as saídas de muitos dos actuais.
    Nesta condição e face ao que vamos ouvindo dos candidatos a candidato, estou como o meu prezado Verdão: não me inclino para nenhum.
    Queria muito fazer 600 km e ir a Lisboa votar no dia 26 de Março. Pela primeira vez, desde que sou sócio há quase 20 anos. Mas receio bem que ninguém apareça com ideias próximas das que perconiza e eu subscrevo.
    Julgo que residirá em Lisboa e estará mais bem informado que eu, aqui no Norte. Por isso vou estando atento aos seus escritos, na esperança de que me possa ajudar, aumentando assim a sua carga de responsabilidade.
    Saudações leoninas e um bom fim de semana.
    Ah,o Jesus Silva de agora é o sobrenome do Manuel Augusto de há dias. Alterei a minha conta apenas.

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