terça-feira, 30 de agosto de 2011

Elias, a peça táctica

O último reforço a chegar e o mais caro. Quase 9 me! É muito dinheiro e prova 3 coisas. 1- O Sporting confia nos jogadores que tem nos outros sectores; 2- André Santos, Rinaudo, Schaars e Luis Aguiar não convenceram totalmente Domingos; 3- Freitas não preferiu desta vez a possibilidade de adquirir um "meio-reforço", deixando outras possibilidades, muitas, para trás.

A maior aposta de sempre num jogador recaiu sobre um "meia" à brasileira, este sim um box-2-box, que atleticamente é uma espécie de um Ramirez mais lento, mas também mais finalizador. Na europa é um valor quase desconhecido, mas na América do Sul está muito bem cotado e tem sido chamado para as convocatórias mais recentes da selecção canarinha. Só mesmo a limitação de estrangeiros do Atlético, a necessidade de encaixar dinheiro deste clube e o bom lote de médios que chegou ao clube colchonero, fizeram com que fosse possível Elias chegar ao Sporting.

É uma contratação de extremos. Ou será um grande negócio, comprando por 9 e vendendo mais tarde por 25 ou 30 me. Ou será uma aquisição trágica, pelas dificuldades de manter um jogador deste peso num plantel em evolução. Confiemos na capacidade do jogador em fazer exactamente o mesmo que fez no seu país e aquilo que se preparava para fazer no clube espanhol, ou seja, grandes épocas.

Para já vem claramente substituir Rinaudo e André Santos na função de médio recuado. Podendo ainda assim juntar-se a um destes em jogos onde seja necessário uma postura mais defensiva. Uma coisa é certa, por este valor vem mesmo para jogar. Elias está em forma, como o Guimarães pode comprovar e não será tão difícil assim entrar na equipa titular, Rinaudo parece condicionado e Schaars algo "perdido" na adaptação de maestro do meio campo. 

Com Capel e Jeffren, Elias pode fazer uma tríade bastante veloz e dinâmica, deixando para Bojinov e Rinaudo funções mais posicionais e Fernandez como plataforma giratória entre todos estes. É um desenho curioso, talvez até o regresso ao losango, porque estes jogadores o permitem. São rápidos, imprevisíveis e trocam facilmente de posições, tudo o que Paulo Bento não tinha para impor este modelo.

Até breve.

2 comentários:

  1. Caro Violino,
    Então, mas Elias é um trinco?!...
    E, embora não concordando contigo, aceitando que é um trinco, como poderá fazer uma tríade veloz e dinâmica com Capel e Jeffren?!...
    Desculpa, mas há qualquer coisa no teu post que não sou capaz de entender...
    SL

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  2. Discordo que o Capel seja imprevisivel e se mova de forma a trocar de posição com alguns colegas. O seu jogo baseia-se, fundamentalmente, em pegar na bola, procurar a linha de fundo e cruzar.

    Pelo menos é o que tem demonstrado. O Jeffren sim, permiti-lo-á. Porque faz muitas diagonais para o meio, e assim não só teremos mais um jogador perto das zonas de finalização, como se abrirá espaço na lateral para que João Pereira aproveite.

    Honestamente não tenho ficado muito agradado com as prestações do jogador contratado ao Sevilla. Parece muito encostado á linha (não procurando nunca outros terrenos) e acho que demora um pouco demais a largar a bola e a fazê-la circular.

    Mas concordo perfeitamente que Rinaudo, Elias, Matías (ou Izmailov...), Jeffren e até Bojinov estejam longe de ser jogadores estáticos. E eu gosto disso!

    (Yannick, ao contrário de Capel, é um jogador móvel, que nunca pára muito por terrenos delimitados. Ora procura a linha ora - habitualmente - procura o meio, a área, as zonas perto do ponta-de-lança).

    SL

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