quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sentir a camisola bem leve


Há jogadores que perdem uma grande carreira por muito pouco. Existem milhares de exemplos de opções, timings, teimosias que foram custosas ao ponto de eclipsar um trajecto até promissor. É claro que estou a falar de Djaló. As notícias mais recentes dão conta da dificuldade do Sporting em conseguir renovar com o atleta. É óbvio que estas “fugas” só interessam à parte do atleta, que conta com a exposição mediática do facto para “empurrar” mais um pouco a balança da decisão.

O jogador já não está nas boas graças dos adeptos (se é que alguma vez esteve) e desta forma só irá alimentar as vozes que o dão como “transferível” a um ano de cessar o contrato. O interesse “especulado” de clubes italianos é outro dado que surge sobre a mesa, mas com os anos que levo disto, penso que assim que o atleta renovar esse interesse esfumar-se-á quase por magia. É que existem interesses que só o agente do jogador é que conhece, ele e os jornalistas que fizeram o favor de os publicar.

Por mais que goste de valorizar o talento e valor comercial dos jogadores do meu clube tenho alguma dificuldade em entender que um jogador que ainda não convenceu os treinadores e adeptos do clube em que está seja matéria de uma transacção para clubes de maior dimensão desportiva. Clubes que podem chegar a atletas, que o Sporting por questões financeiras está proibido de sequer pensar.

É razoável que um Zentit ou um Anzhi (por exemplo) lhe interessasse a contratação a custo zero de Djaló. Até mesmo que estejam dispostos a pagar alguns milhões de euros pela sua saída já, mas esse (como outros) são caminhos que muitos atletas se têm arrependido. Ganha-se mais, mas sai-se por completo do mapa mediático da Europa…e é uma chatice jogar 50% dos jogos com temperaturas abaixo de zero. Não é para todos, que o digam Meireles, Derlei, Aguiar e outros tantos que depois de ganhar a comissão de transferência…

Não se esse será o caminho escolhido por Djaló, tão pouco isso me preocupa, o que verdadeiramente me preocupa é o facto de o jogador achar que deve ganhar mais quando época após época tem conseguido poucas evoluções. Hoje as deficiências deste jogador do Sporting são exactamente as mesmas que tinha quando se estreou pela equipa principal. Irregularidade exibicional, pouca resiliência, dificuldade na recepção da bola e enormes lacunas em conquistar espaço face a oponentes que joguem com o meio campo e defesa mais juntos.

Só posso dizer que vou estar atento a este desenrolar de dados, sendo certo que começo a ficar com a ideia definida de que o Djaló é tão sportinguista conforme o ordenado que lhe pagam e neste momento “sente-se pouco” leão (atenção que Djaló não tem um ordenado assim tão pobrezinho como isso). Estes são o tipo de jogadores que formamos…os jovens leões…com uma juba a soldo. Um novo Sporting começa precisamente nos atletas que vestem a nossa camisola, se não a querem…

Até breve.

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