sábado, 23 de outubro de 2010

Entre(as)vistas de Bettencourt

A entrevista de JEB à Bola, que só li o enxerto na edição on-line, deixa-me confuso. Eu pensava que a comunicação social tinha como missão informar, ou seja, fazer as perguntas que o público gostaria de poder fazer. Mas Vítor Serpa ficou-se pelas questões circunstanciais de ser Presidente do Sporting neste momento, o que para mim é passar ao lado de todas as questões relevantes do futebol do clube.

Se eu fosse fazer uma entrevista com este presidente não deixaria nunca de fazer 6 questões fundamentais, a saber:

1/ Quanto, falando em percentagens, vai o Sporting ver aumentado na próxima época o seu orçamento para o futebol? Depois de tanta propaganda sobre o novo modelo de financiamento, era interessante saber o que vai realmente beneficiar a gestão desportiva do departamento de futebol.

2/ O treinador Paulo Sérgio tem no seu contrato alguma cláusula de rescisão que garanta ao Sporting a capacidade de o despedir por maus resultados?

3/ Porque é que o Sporting vendeu Veloso por valores tão baixos, quando já tinha garantido 10 milhões com a venda de Mourinho?

4/ O director desportivo Costinha não devia ter um papel mais interventivo na imprensa, especialmente numa altura de tanta contestação com a prestação da equipa?

5/ Se o Sporting não conquistar um lugar na Liga dos Campões e não ganhar nenhuma prova este ano, o treinador ficará no clube mesmo assim?

6/ O Sporting vai adquirir um ponta-de-lança na abertura do mercado de transferências em Janeiro?

Posso estar enganado, mas estas seriam as questões mais interessantes de serem colocadas a JEB, muitas outras ficariam por fazer, mas de uma forma ou de outra já todos conseguimos adivinhar as respostas sobre o insucesso de algumas contratações, sobre a contestação à sua direcção ou sobre o estado de finanças do clube.

Pode ser que no futuro alguém se lembre do que significa ser jornalista.

Até breve.

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