sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Surpresa?

Face aos últimos encontros, o que se pode dizer desta partida é que embora Paulo Sérgio afirme que a equipa não tem duas caras, parece mesmo que a equipa responde de forma diferente aos jogos europeus. Na minha opinião pode haver duas explicações: a compreensão dos treinadores portugueses da forma como o Sporting gosta de jogar e o peso de não poder errar mais nos jogos da Liga.

A realidade é que o Sporting fez um bom jogo, confiante, mais solto e sobretudo muito mais certeiro na hora de marcar. O 4-3-3 que PS desenhou em campo, já havia sido testado com muitos maus resultados, mas desta vez foi bem interpretado, com Salomão e Vukcevic a serem muito mais alas dos que Djaló ou Valdez conseguem neste momento fazer.

Patrício – Só trabalhou nos primeiros 5 minutos. Bem a sair dos postes nos cantos e livres.

Pereira – Houve muitos lances que não lhe saíram bem, mas regra geral foi um dínamo na ala direita.

Evaldo – Uma exibição segura, mas não tão convincente como estamos já habituados.

Polga – Errou no primeiro lance que foi chamado a intervir, mas depois disso limpou tudo. Penso que já merecia substituir Coelho no onze.

Carriço – O capitão liderou a equipa em todos os níveis, até no marcador. Está a superar claramente a fasquia que foi legada por Moutinho.

Maniche – Muito estável, bem no passe e bem no envolvimento atacante, PS entendeu avançá-lo no terreno quando entendeu que o Levski não tinha médios centrais que atacassem e Maniche deu-se bem. O homem gosta de atacar.

Zapater – Não concordo com as críticas na imprensa que dão notas muito baixas ao espanhol. Acho que esteve muito bem, vai a todas as jogadas e quer ser sempre um apoio para sair a jogar e isso expõe-no bastante às falhas. A meu ver foi um poço de força no centro do terreno e está ainda a adaptar-se à equipa.

Vukcevic – Em plena forma. É dos pés dele que sai o perigo e os adversários sabem-no. Teve marcação individual por todo o terreno e mesmo assim consegui dar a marcar e por duas vezes ia levantando o estádio com dois remates a seguir a grandes jogadas, muito empenho também em defender.

Salomão – Para um miúdo que andava na 3ª divisão no ano passado e não fez formação em nenhum clube grande, esteve fabuloso. Estreou-se a marcar, num golo que valeu por dois, marcou e ainda confirmou (grande velocidade). Gostava de o ver a falso ponta de lança, numa espécie de João Pinto ou Sá Pinto.

Fernandez – Muito bom jogo do Chileno, acho que está começar a abrir o livro a cada partida que faz. Ontem já foi o Matigol da Selecção do Chile, espero que PS lhe dê mais oportunidades de jogar, não acho que seja tão decisivo quando se mistura com os médios defensivos e parte de trás, mas nesta altura precisa de bola e enquanto não subir os níveis de confiança, vai servindo como uma espécie de Pirlo com menos funções defensivas. Grandes passes e visão de jogo.

Postiga – Temos de admitir que este avançado tem tentado muito mudar o rótulo (justificado) de pouco eficaz. Fez um bom jogo, muito esforçado. Um grande golo e uma grande bola no poste fecharam uma exibição que ainda deu um golo a marcar a Salomão. Foi substituído por PS aos 60 e poucos minutos, talvez por ter merecido descansar mais até Aveiro, onde deverá ser titular. Se houver mais deste tipo de Postiga nos próximos jogos, Liedson vai mesmo ficar pelo banco.

Saleiro, Abel e André Santos - Abel entrou e ainda teve tempo para dar o último golo a Fernandez, o lateral está com o moral em alta e é opção muito válida nas contas de Paulo Sérgio. Saleiro quase marcou e Santos teve tempo para cortar meia-dúzia de passes.

Até breve

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