quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Siga para bingo

Sinceramente esperei mais da última AG do Sporting. Esperei mais do clube. Fora um incidente, provavelmente mais pessoal do que outra coisa entre associados, o encontro decorreu...morno. Não houve grande ânimo nas críticas à Direcção e apesar da votação ter deixado a ideia de que o mandato de Bettencourt sofreu um sério cartão amarelo, foi visível um comedimento de todos quando se tratou de abordar a gestão corrente e desportiva do clube.

Houve elevação nos argumentos, mas faltou alguma chama, que nem os intervenientes mais emotivos conseguiram provocar. Não sou um líder, nunca me passou pela cabeça tomar da palavra na AG, penso mesmo que ninguém conseguiria arrancar mais do que uma palmas de concordância aos quase 800 sócios que estiveram no pavilhão. Esta aparente apatia é sintomática de um vazio de inspiração. Ninguém tem argumentos, não há ideias, não há nada a dizer que não passe pelo "assim vamos mal".

O clube precisa rapidamente de ser unido em torno de algo, tive pena que a direcção tivesse deixado passar uma boa oportunidade de ser ela mesmo o pólo congregador, como um general que na batalha num último assombro de energia chama a si as tropas e cerra fileiras frente ao adversário. Não houve general nem cerrar fileiras. O que vi foi um capitão desautorizado pelo insucesso, a explicar paulatinamente e de uma forma muito institucional a razão de precisarmos de fileiras e de que é muito conveniente que se cerrem. Onde esteve a liderança? Saí da AG com a mesma sensação com a qual entrei, ou seja, preocupado.

Acabo este post com a primeira frase que me veio à cabeça quando saí:  "vai demorar algum tempo até voltar a ter o meu Sporting de volta". Espero que me passe depressa.

Até breve.

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