sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Curas e remédios

Costuma-se dizer que quando o caminho é difícil, a pressa de chegar ao destino aumenta. Pois é, pela amostra que tivemos até agora, todo o sportinguista já começa a fazer contas à vida e às jornadas que faltam para esta "tortura" acabar. Gostaria de acreditar que ainda vou ver bons jogos do Sporting, boas vitórias, bons golos, mas o meu pessimismo realista coloca-me sempre a visão daquele jogo na Luz, em que um Benfica à beira de um ataque de nervos ganhou limpinho, venceu sem dificuldades um Sporting completamente tonto e descalibrado.

Esta visão traumática barra-me sempre a esperança e o jogos depois desse só comprovaram uma regularidade de más exibições. Depois existe a Liga Europa onde 3 vitórias muito bem conseguidas nos alimentam a desconfiança. A pergunta percorre-nos a todos: é uma questão de sorte na Europa e azar na Liga? Acho que no fundo sabemos a resposta, mas preferimos acreditar que a sorte tem qualquer coisa de fundamental nesta análise. Não sou dono da verdade, mas penso que mais dia menos dia vamos fazer uma péssima partida nesta competição europeia e assim deitar por terra o último reduto de esperança na capacidade desta equipa de atingir alguma coisa de bom.

Talvez nessa altura, acordemos todos para uma realidade, o Sporting está mal preparado tecnicamente e nos jogos mais fáceis tem tantas dificuldades como nos difíceis. A diferença é que em vez de perdermos 2-0, vamos empatando. Os pontos vão se evaporando, as jornadas passando e Paulo Sérgio sempre a perspectivar as tais melhorias e qualidades que mais ninguém vê. Do azar vamos passar à infelicidade e desta vais ser um pulinho até à crise...depois da crise vem a ruptura. Havia necessidade de esperarmos calmamente que o céu nos caia em cima da cabeça?

A medicina preventiva é e sempre será melhor que os medicamentos, ou purgantes, mas no Sporting a gripe alastra e todos os dias temos um "cérebro" que se recusa ir ao médico. Ele acha que amanhã irá acordar melhor, descrê na cura e às vezes chega mesmo a acreditar que está bem. Mas nunca acorda melhor e as noites mal dormidas vão lhe retirando força. Só mesmo quando estiver incapaz de se mover e sair da cama, surgirá alguém que o irá levar ao hospital. Esta analogia clínica é apenas mais uma forma de não me repetir no "diagnóstico".

Até breve.

1 comentário:

  1. "mais dia menos dia vamos fazer uma péssima partida" -> E o jog do Brondby? A mim também me assustou!

    ResponderEliminar